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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Janot pede ao STF para investigar Aécio, Cunha e Edinho na Lava Jato

Procurador também quer investigar deputado do PT e ministro do TCU.
Pedidos de inquérito se baseiam na delação do senador Delcídio do Amaral.

Mariana OliveiraDa TV Globo, em Brasília
Montagem Aécio Neves, Eduardo Cunha e Edinho Silva (Foto: José Cruz/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil )A PGR quer autorização para abrir inquéritos para investigar Aécio, Eduardo Cunha e Edinho Silva (Foto: José Cruz/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil )
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para abrir quatro novos inquéritos para investigar políticos na Operação Lava Jato com base na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
Os pedidos foram protocolados na última sexta-feira (29), mas devem ser cadastrados no sistema do tribunal somente na tarde desta segunda (2).
O procurador quer abertura de quatro inquéritos para investigar:
- o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG);
- o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ);
- o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT-SP), que atuou como tesoureiro da campanha presidencial do PT em 2014;
- o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União(TCU) Vital do Rêgo.
Os pedidos de abertura de inquérito ainda precisam ser analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.
Aécio, Marco Maia e Vital do Rêgo ainda não são investigados pela Lava Jato. Se Teori Zavascki autorizar, será o primeiro inquérito contra eles.
Edinho SIlva já é alvo de um inquérito baseado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. Esse poderá ser o segundo inquérito contra o ministro da Comunicação Social na Lava Jato.
Réu em uma das ações penais em tramitação no Supremo que investigam o esquema de corrupção que atuava na Petrobras, Eduardo Cunha é alvo de outros quatro inquéritos da Lava Jato. Esse seria o sexto procedimento da Procuradoria Geral da República contra o presidente da Câmara.
Além dos quatro pedidos de abertura de inquérito, Janot também solicitou ao STF autorização para incluir citações feitas por Delcídio do Amaral a integrantes da cúpula do PMDB – Edison Lobão,Valdir Raupp e Renan Calheiros – em nove inquéritos já instaurados, entre os quais o principal inquérito da Lava Jato, que apura se houve uma quadrilha para fraudar a estatal do petróleo.
Eles foram citados por desvios no Ministério de Minas e Energia e na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
O que dizem os suspeitos
Em nota divulgada por sua assessoria, Aécio afirmou que considera "absolutamente natural e necessário" que as investigações sejam feitas.
Segundo o parlamentar tucano, a apuração irá demonstrar, "como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta" (leia ao final desta reportagem a íntegra da nota).
"Como o próprio senador Delcídio declarou recentemente, as citações que fez ao nome do senador Aécio foram todas por ouvir dizer, não existindo nenhuma prova ou indício de qualquer irregularidade que tivesse sido cometida por ele. Trata-se de temas antigos, que já foram objetos de investigações anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que não guardam nenhuma relação com o senador", observa trecho do comunicado divulgado por Aécio.
Também por meio de nota, Edinho Silva disse que é "favorável à apuração de todos os fatos" com relação à atuação dele como tesoureiro da campanha de Dilma na eleição de 2014.
"Sempre agi de maneira ética, correta e dentro da legalidade. As afirmações do senador Delcídio Amaral são mentiras escandalosas. Jamais orientei o senador a "esquentar" doações, jamais mantive contato com as mencionadas empresas, antes ou durante a campanha eleitoral. As doações para a campanha de Dilma Rousseff em 2014 estão todas declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral, bem como seus fornecedores. As contas da campanha foram todas aprovadas por unanimidade pelos ministros do TSE", destacou o ministro da Comunicação Social na nota.
O senador Valdir Raupp afirmou, por meio de nota, que "jamais fez indicações políticas para o setor elétrico e que as acusações  do senador Delcídio Amaral são mentirosas e descabidas".
G1 entrou em contato com a assessoria de Cunha, mas até a última atualização desta reportagem ainda não havia obtido resposta.
As acusações
Todos os pedidos se baseiam na delação premiada de Delcídio. No termo de colaboração número 4, Delcídio cita a participação de Aécio Neves e Eduardo Cunha em irregularidades em esquema na diretoria de Furnas. A Procuradoria pediu para separar para que Aécio e Cunha sejam investigados em procedimentos diferentes.
Em relação a Aécio Neves, Delcídio disse que um "grande esquema de corrupção" era operado por Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas, e que teria “vínculo muito forte” com Aécio. 
Segundo Delcídio, esse esquema "atendia interesses espúrios do PP e do PSDB", e após 2002, do PT. O senador disse ainda na delação que "um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves".
Sobre Eduardo Cunha, Delcídio afirmou que o presidente da Câmara recebeu dinheiro desviado e que era ligado à diretoria de Furnas.
Em outro termo de delação, o número 10, o ex-líder do governo afirmou que Edinho Silva utilizou a empresa farmacêutica EMS para pagar empresas prestadoras de serviços da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014.
CPI da Petrobras
No termo de colaboração 17, Delcídio do Amaral contou que houve um esquema para impedir convocações na CPI da Petrobras, do qual, segundo ele, participaram os deputados Marco Maia e o atual ministro do TCU Vital do Rêgo.
Em nota, Marco Maia afirmou que a investigação do Ministério Público mostrará que ele é "vítima de uma mentira deslavada e descabida" que, segundo disse, tem o "único intuito de desgastar" a imagem dele e a do Partido dos Trabalhadores (leia ao final desta reportagem a íntegra da nota).
"Refuto com indignação as ilações ditas a luz de acordos de delação", enfatizou.
Por meio de sua assessoria, Vital disse que "reitera o repúdio" ao que ele classificou de "ilações" do ex-líder do governo.
"Ao tempo que reitera o repúdio às ilações associadas a seu nome na referida delação premiada, desprovidas de qualquer verossimilhança, o ministro Vital do Rêgo informa que está à disposição das instituições para qualquer esclarecimento", declarou a assessoria do ministro do TCU.
O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) também foi citado nesse contexto, mas os fatos sobre ele estão em apuração na primeira instância porque ele perdeu o foro privilegiado ao deixar de ser parlamentar.
Nesse caso, além de pedir abertura de inquérito, a Procuradoria quer ouvir depoimentos de Gim e de diversos empreiteiros.
Leia abaixo a íntegra das notas divulgadas pelos alvos do pedido de inquérito da PGR:
Nota da assessoria do senador Aécio Neves
O senador Aécio Neves considera absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas, pois elas irão demonstrar, como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta.
Quando uma delação é homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como ocorreu com a delação do senador Delcídio Amaral, é natural que seja feita a devida investigação sobre as declarações dadas.
Por isso, na época, o senador defendeu publicamente que fossem abertas investigações sobre as citações feitas ao seu nome.
Como o próprio senador Delcídio declarou recentemente, as citações que fez ao nome do senador Aécio foram todas por ouvir dizer, não existindo nenhuma prova ou indício de qualquer irregularidade que tivesse sido cometida por ele.
Trata-se de temas antigos, que já foram objetos de investigações anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que não guardam nenhuma relação com o senador.
O senador Aécio Neves reitera o seu apoio à operação Lava Jato, página decisiva da história do país, e tem convicção de que as investigações deixarão clara a falsidade das citações feitas.
Assessoria do senador Aécio Neves
Nota do deputado Marco Maia
Quanto a iniciativa do Ministério Pública Federal de pedir a abertura de inquérito envolvendo minha pessoa gostaria de dizer:
Que entendo a posição do MP, mas a investigação irá mostrar que sou vítima de uma mentira deslavada e descabida com o único intuito de desgastar a minha imagem e a do Partido dos Trabalhadores, o qual faço parte. Refuto com indignação as ilações ditas a luz de acordos de delação.
Fui relator de uma CPMI em 2014, onde pedi o indiciamento daqueles que me acusam, o que foi aprovado pela comissão. Foram 53 indiciamentos e mais o pedido de investigação de 20 empresas ao Cade, pela pratica de crime de Cartel.
Como já havia afirmado anteriormente, não recebi nenhuma doação para minha campanha eleitoral em 2014 de empresa que estivesse sendo investigada pela CPMI.
Por fim utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem de parlamentar sejam reparados na sua integralidade.

02 de Maio de 2016,
Marco Maia - Deputado Federal

WhatsApp está liberado para algumas pessoas via wi-fi, relatam usuários

Aplicativo diz que decisão 'pune mais de 100 milhões de brasileiros'.
Bloqueio a partir das 14h deve durar 72 horas, decide Justiça de Sergipe.

Do G1, em São Paulo
O WhatsApp ficou liberado para uso por meio de wi-fi, relataram usuários do aplicativo na tarde desta segunda-feira (2), em comentários no Twitter e no Facebook.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da TIM disse que o bloqueio do WhatsApp foi feito para os planos de dados móveis e de banda larga. A empresa vai apurar relatos de que é possível ter acesso por meio de wi-fi.
A assessoria da Claro também falou que está em busca de mais informações sobre o acesso por internet fixa ao WhatsApp.
TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel cumpriram a intimação judicial, que impõe multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento.
Para o aplicativo, o bloqueio “pune mais de 100 milhões de brasileiros”. “Estamos desapontados que um juiz de Sergipe decidiu mais uma vez ordenar o bloqueio deWhatsApp no Brasil”, disse em comunicado.(veja íntegra no final da reportagem)
A empresa lamentou a decisão e disse não ter a informação exigida pelo juiz que determinou o bloqueio.
Decisão
A Justiça de Sergipe mandou as maiores operadoras de telefonia do país bloquearem o acesso dos brasileiros ao aplicativo de mensagem instantânea a partir das 14h desta segunda.
A decisão do bloqueio é do juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, em Sergipe. O magistrado atendeu a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal, que foi endossado por parecer do Ministério Público.
O bloqueio foi pedido porque o Facebook, dono do WhatsApp, não cumpriu uma decisão judicial anterior de compartilhar informações que subsidiariam uma investigação criminal. A recusa já havia resultado na prisão do presidente do Facebook para América Latina em março deste ano, em uma decisão do mesmo juiz de Sergipe.
O WhatsApp informa que cooperou “com toda a extensão da nossa capacidade com os tribunais brasileiros”. A empresa voltou a afirmar que a Justiça tenta "nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que nós não temos".
Segundo o juiz, a medida cautelar é baseada no Marco Civil da Internet.
Os artigos citados pelo magistrado dizem que uma empresa estrangeira responde pelo pagamento de multa por uma “filial, sucursal, escritório ou estabelecimento situado no país” e que as empresas que fornecem aplicações devem prestar “informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislação brasileira referente à coleta, à guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de dados, bem como quanto ao respeito à privacidade e ao sigilo de comunicações.”
Veja abaixo o comunicado do WhatsApp:
"Depois de cooperar com toda a extensão da nossa capacidade com os tribunais brasileiros, estamos desapontados que um juiz de Sergipe decidiu mais uma vez ordenar o bloqueio de WhatsApp no Brasil. Esta decisão pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do nosso serviço para se comunicar, administrar os seus negócios e muito mais, para nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que nós não temos."
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Juiz manda polícia sair de ocupação e dá 72 horas para secretário se explicar

Polícia Militar entrou no Centro Paula Souza sem mandado judicial. 
Estudantes ocuparam prédio em protesto contra problemas com a merenda.

Gabriela Gonçalves e Karina TrevizanDo G1 São Paulo
A Justiça de São Paulo deu 72 horas para que a Secretaria da Segurança Pública explique a ação da Policia Militar, nesta segunda-feira (2), na sede do Centro Paula Souza, na região central de São Paulo, ocupada por alunos desde a última quinta-feira (28).
Pela manhã, o juiz Fernão Borba Franco determinou a reintegração de posse do Centro Paula Souza. Entretanto, a reintegração só passa a valer a partir do momento em que um oficial de Justiça vai até o local e informa os envolvidos a determinação.
A Policia Militar entrou no local sem autorização judicial antes que o oficial de Justiça cumprisse o mandado. Por conta dessa ação, o juiz Luis Manuel Pires, da central de mandados, cobrou explicações da SSP. O governo tem até a tarde de quinta-feira para apresentar os esclarecimentos.
Em sua decisão, o juiz Luis Manuel Pires disse que “não houve mandado judicial para o cumprimento da ordem" e determina que o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, "esclareça, no prazo de 72 horas, se foi o responsável por 'adiantar' o cumprimento da ordem judicial com a determinação de ingresso da Polícia Militar no imóvel sem mandado judicial".
"Sem mandado judicial, não há possibilidade de cumprimento de decisão alguma. Sem mandado judicial, qualquer ato de execução forçada caracteriza arbítrio, violência ao Estado Democrático, rompimento com a Constituição Vigente e os seus fundamentos", escreveu o juiz em sua decisão.
A Justiça irá aguardar tal prazo para que a reintegração seja, de fato, cumprida.
Os estudantes de escolas da rede estadual e de Escolas Técnicas (Etecs) ocupam desde quinta (28) o edifício para protestar contra o esquema de desvio de verba para a compra da merenda escolar, os problemas com merendas nas Etecs e Fatecs e os cortes nos repasses para a educação.
Estudante olha para policiais da Tropa de Choque da PM em ocupação do Centro Paula Souza (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)Estudante olha para policiais da Tropa de Choque da PM em ocupação do Centro Paula Souza (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Polícia Militar entrou no Centro Paula Souza no final da manhã desta segunda e negociava a saída dos estudantes. Os policiais foram enviados até lá para garantir a entrada de funcionários no prédio. As ruas no entorno do edifício foram bloqueadas.
Os estudantes afirmaram que a ocupação continuaria e que a polícia entrou ilegalmente no edifício. Já a PM anunciou que a ocupação pode continuar e que o objetivo era garantir a entrada dos funcionários no prédio. Quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos com palavras de ordem como: "sem violência" e "prisão para quem roubou merenda".
Alckmin
Mais cedo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda que a ocupação do Centro Paula Souza “não tem sentido”. Em evento sobre supermercados no Expo Center Norte, na capital, o tucano acrescentou que os estudantes pretendem ter aula.
“O que os alunos querem é estudar”, afirmou. "Não há nenhuma razão para uma escola ser ocupada. Não tem causa, não tem sentido."
Alckmin posa para selfie em evento na Zona Norte de SP (Foto: Karina Trevizan/G1)Alckmin posa para selfie em evento na Zona Norte de SP (Foto: Karina Trevizan/G1)
Sobre as merendas nas Etecs, o governador disse que o problema foi resolvido. “O curso técnico é médio ou pós-médio, então, quando foi concebido lá atrás, não tinha merenda. Mas nós resolvemos fazer. Das 212 [unidades], faltavam sete. Hoje nós completamos a sétima. Então não há razões para essas ocupações.”
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Estudante fica de costas para policiais militares dentro da sede do Centro Paula Souza, em São Paulo (Foto: Vivian Reis/G1)Estudante fica de costas para policiais militares dentro da sede do Centro Paula Souza, em São Paulo (Foto: Vivian Reis/G1)
SSP
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, esteve no local acompanhado pela diretora-superintendente da instituição, Laura Laganá. Os dois conversavam com a PM em um galpão, ao lado da instituição.
O Centro Paula Souza é uma autarquia do governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). A sede invadida pelos estudantes reúne a administração central do Centro Paula Souza, a Etec Santa Ifigênia e o Centro de Capacitação.
Reintegração de posse
A Justiça determinou a reintegração de posse do local, que está ocupado desde a tarde de quinta-feira (28). Por causa da ocupação, os portões da Etec Santa Ifigênia estão trancados com cadeados e os alunos não tiveram aula.
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O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes se reúne com o comando da PM durante ocupação do Centro Paula Souza (Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo)O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes se reúne com o comando da PM durante ocupação do Centro Paula Souza (Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo)
PM dentro do Centro Paula Souza  (Foto: Vivian Reis/G1)PM dentro do Centro Paula Souza (Foto: Vivian Reis/G1)
Além do Centro Paula Souza, a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na Zona Oeste, também foi ocupada. A escola foi uma das primeiras a serem ocupadas durante um protesto de estudantes contra a reorganização escolar proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), entre novembro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016.
Estudantes que ocuparam a Fernão Dias dizem que a Secretaria da Educação descumpriu ordem da Justiça de suspensão da reorganização escolar em 2015 e fechou salas de aula em algumas escolas. De acordo com a secretaria, a escola foi desocupada nesta segunda.
Políticos
Durante a tarde desta segunda, políticos visitaram os estudantes na ocupação. A primeira a chegar foi a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), que prestou solidariedade aos estudantes. Parte dos alunos, porém, criticou a atitude da parlamentar dizendo que o movimento não tem ligações políticas.
O deputado estadual Carlos Giannazi, também do PSOL, chegou logo depois, seguido pelo ex-senador Eduardo Suplicy (PT). Assim como aconteceu com Erundina, parte dos ocupantes criticou a ida dos dois até a sede do Centro Paula Souza.
Apoio de professores
Na sexta-feira (29), os professores da rede estadual fizeram uma manifestação em São Paulo. A categoria partiu em caminhada da Avenida Paulista rumo ao Centro Paula Souza. Os alunos que ocupam o local apoiam as reivindicações dos professores. Eles receberam os docentes com palavras de apoio e cantaram gritos de guerra, como "Pela educação, professor fazendo greve e estudante ocupação".
Antes do protesto, a categoria realizou uma assembleia e optou por voltar a negociar reajuste salarial com a Secretaria da Educação antes de decretar a greve.
Nota
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação repudiou a ocupação das duas escolas e disse que o ato representa um desrespeito ao bom senso e prejudica estudantes, professores e funcionários. O texto ainda informa que 95% das Etecs e 100% das escolas estaduais oferecem alimentação de graça. A Secretaria afirma também que não há qualquer processo de reorganização sendo executado e que nenhuma escola foi fechada e desativada.
Também por meio de nota, o Centro Paula Souza disse que, a partir desta semana, todas as Etecs vão oferecer merenda aos alunos.
Na semana passada, o Centro Paula Souza disse em nota que "investiu, apenas nos últimos dois anos, mais de R$ 250 milhões na ampliação e melhoria estrutural na sua rede de educação profissional. As melhorias incluem obras para o armazenamento e preparo da merenda". "O Centro Paula Souza segue trabalhando para solucionar questões pontuais com a readequação da estrutura disponível em algumas unidades e a negociação com as prefeituras e a Secretaria da Educação, responsável pelo orçamento, compra e distribuição de alimentos".
Pauta dos estudantes
O ato foi convocado pelas redes sociais. Na página do evento no Facebook, o texto diz que as escolas sofrem não apenas com falta de merenda, situação provocada "graças aos desvios da verba pública, além do fechamento silencioso de ciclos, turnos e salas".
Em investigação, o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil descobriram fraudes na licitação da compra da merenda escolar. Algumas escolas estão inclusive sem merenda, segundo os alunos.
Também por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado diz ser "vítima" da Operação Alba Branca, que investiga o esquema de fraude na merenda escolar do estado, e alega estar "colaborando com as investigações iniciadas pelo próprio governo do estado com a Polícia Civil, Corregedoria Geral da Administração e Ministério Público."
Quanto à redução nos repasses, a pasta afirma que "apesar da grave situação econômica do país, São Paulo conseguiu manter a política de bônus com pagamento de R$ 450 milhões a 223,8 mil servidores."
Ruas no entorno do Centro Paula Souza foram bloqueadas nesta segunda (Foto: Vivian Reis/G1)Ruas no entorno do Centro Paula Souza foram bloqueadas nesta segunda (Foto: Vivian Reis/G1)

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