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domingo, 18 de junho de 2017

Incêndio florestal deixa 62 mortos e 59 feridos em Portugal

Mais da metade das pessoas morreu carbonizada dentro de seus carros em uma estrada tomada pelas chamas. Autoridades já afastaram a hipótese de incêndio criminoso.

Bombeiros combatem incêndio na região central de Portugal, neste domingo (18) (Foto: Rafael Marchante/Reuters)Bombeiros combatem incêndio na região central de Portugal, neste domingo (18) (Foto: Rafael Marchante/Reuters)
Bombeiros combatem incêndio na região central de Portugal, neste domingo (18) (Foto: Rafael Marchante/Reuters)
Um incêndio florestal de grandes proporções matou 62 pessoas e deixou 59 feridos em Pedrógão Grande, na região de Leiria, no centro de Portugal, segundo balanço oficial divulgado pelo jornal português “Público” na manhã deste domingo (18). Autoridades já afastaram a hipótese de incêndio criminoso.
Mais da metade das vítimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, que foi tomada pelo fogo no sábado (17). O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que, entre os feridos, 18 foram levados para hospitais. Quatro bombeiros e uma criança estão em estado grave. O número de mortos ainda pode aumentar.
O diretor nacional da Polícia Judiciária do país, Almeida Rodrigues, descartou que incêndio seja criminoso. "Tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Conseguimos determinar que 'trovoadas secas' estejam na origem do incêndio. Encontramos uma árvore atingida por um raio", afirmou.
As ‘trovoadas secas’ são chuvas que evaporam antes de chegar ao solo, mas que são acompanhadas por raios que provocam faíscas ao tocar a superfície. Na ausência de água e na presença do vento, as chamas se espalham rapidamente. Os "ventos descontrolados" transformaram um fogo de pequenas dimensões em "um incêndio impossível de controlar".
Carro incendiado abandonado em rodovia após incêndio florestal perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante/Reuters)Carro incendiado abandonado em rodovia após incêndio florestal perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante/Reuters)
Carro incendiado abandonado em rodovia após incêndio florestal perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante/Reuters)
As chamas se espalham a partir de quatro focos pela região, que fica próxima a Coimbra e entre as duas maiores cidades portuguesas: Lisboa e Porto.
O jornal “Público” afirma que as cidades de Lisboa, Santarém, Setúbal e Bragança estão sob aviso vermelho até as 21h do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que indica situação meteorológica de risco extremo.
Exceto o distrito de Faro, o restante do país está sob aviso laranja - o segundo mais grave em uma escala de quatro, que aponta para um risco entre moderado a elevado. O governo decretou três dias de luto nacional.
O incêndio começou por volta das 15h de sábado (horário local, 11h em Brasília). Mais de 1,6 mil bombeiros e 495 veículos foram mobilizados para combater as chamas. Centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas.
O sábado foi de forte calor no país, com temperaturas que superaram os 40 graus em várias regiões. Após ter registrado poucos incêndios florestais em 2014 e 2015, Portugal foi duramente atingido no ano passado, com mais de 100 mil hectares de florestas devastadas em seu território continental.
"Enfrentamos uma terrível tragédia. Até o momento, há 24 mortes confirmadas e o número de óbitos ainda pode aumentar", afirmou no sábado o primeiro-ministro português, Antônio Costa, antes do aumento no número de mortes ser confirmado. "Lamentavelmente, é sem dúvida a maior tragédia dos últimos anos em relação a incêndios florestais".
O primeiro-ministro disse que, no momento, "a prioridade é combater o incêndio que permanece e entender o que ocorreu". Segundo o secretário de Estado de Administração Interna do Governo, João Gomes, "as chamas se propagaram de um jeito sem explicação".
 (Foto: Arte/G1) (Foto: Arte/G1)
(Foto: Arte/G1)
Bombeiros tentam combater o incêndio florestal de atingir a vila de Avelar, na região central de Portugal, durante o amanhecer deste domingo (18) (Foto: Armando Franca/AP)Bombeiros tentam combater o incêndio florestal de atingir a vila de Avelar, na região central de Portugal, durante o amanhecer deste domingo (18) (Foto: Armando Franca/AP)
Bombeiros tentam combater o incêndio florestal de atingir a vila de Avelar, na região central de Portugal, durante o amanhecer deste domingo (18) (Foto: Armando Franca/AP)
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, viajou à zona atingida para prestar suas condolências às famílias das vítimas e "compartilha sua dor, em nome de todos os portugueses", segundo o governo.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, expressou neste domingo pesar pela morte de pessoas em Pedrógão Grande e anunciou a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A Comissão Europeia afirmou que "A União Europeia está pronta para ajudar" e "tudo será feito para ajudar as autoridades portuguesas, caso seja necessário”.
Policial guarda corpo de uma das vítimas do incêndio florestal na autoestrada IC8, perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante)Policial guarda corpo de uma das vítimas do incêndio florestal na autoestrada IC8, perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante)
Policial guarda corpo de uma das vítimas do incêndio florestal na autoestrada IC8, perto de Pedrógão Grande, na região central de Portugal (Foto: Rafael Marchante)



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Depois do grande incêndio na Madeira, Portugal volta a sofrer só que desta vez em Pedrógão Grande... 

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Netflix ficará mais caro no Brasil a partir do mês que vem

© Reprodução

A assinatura do Netflix será reajustada no Brasil a partir deste mês. A mudança dos valores foi comunicada em um email enviado aos assinantes, e apenas os planos Premium e Padrão sofrerão com as alterações.

Segundo o serviço de streaming, os novos valores foram alterados "para continuar oferecendo um serviço cada vez melhor, desenvolvendo novas funcionalidades como downloads".

• CEO do Netflix veio ao Brasil anunciar a nova série nacional – e falar sobre muitas outras coisas
• Netflix cresceu demais para se importar com a neutralidade de rede

O reajuste mais pesado será na modalidade Premium, que oferece quatro telas simultâneas e resolução 4K – ele custava R$ 29,90, e a partir de julho serão cobrados R$ 37,90.

O aumento da versão Padrão, que permite assistir em duas telas simultâneas e com resolução HD é menos pesado: passa de R$ 22,90 para R$ 27,90.

Enquanto o modo Básico, que dá direito a uma tela e não tem conteúdo em HD continuará custando R$ 19,90.

Enquanto o catálogo diminuiu pela metade nos EUA em quatro anos, no Brasil ele só cresce. Segundo levantamento não-oficial do blog Filmes Netflix, o serviço tinha 1.061 filmes em 2012, contra 3.257 agora – ou seja, o número triplicou. Quanto a séries, eram 237 há quatro anos, contra 834 agora – mais que o triplo.

O país também tem sido ponto estratégico para o desenvolvimento dos conteúdos originais da empresa. Além de incorporar diretores e atores brasileiros em grandes produções como Narcos, o Netflix já lançou 3% e anunciou a série Samantha!.

A última que vez que o Netflix reajustou os preços no Brasil foi em 2015, mas os usuários que já eram assinantes só pagaram um novo valor no ano seguinte. Dessa vez, no entanto, o aumento já vale para o próximo mês.

Os novos preços já estão em vigor para novos assinantes brasileiros, mas a estratégia do mês grátis para novos clientes continua inalterada.

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