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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Um ano após massacre do 'Charlie Hebdo', França se mostra dividida

Extrema direita e desconfiança em relação a islâmicos se fortaleceram.
Extremistas invadiram sede de publicação e mataram 12 pessoas.

Do G1, em São Paulo
Vídeo divulgado nesta terça-feira (13) mostra os irmãos Kouachi após o ataque à sede da revista 'Charlie Hebdo' na quarta-feira (7) em Paris, na França (Foto: Reuters TV/Reuters)Imagem mostra os irmãos Kouachi logo após o ataque ao jornal 'Charlie Hebdo' em Paris (Foto: Reuters TV/Reuters)
ataque à sede do jornal 'Charlie Hebdo', em Paris, completa um ano nesta quinta-feira (7). Passadas as grandes manifestações de união e solidariedade por causa do atentado, o clima na França atualmente é bastante diferente: uma nova série de atentados, em 13 de novembro, expôs ainda mais a divisão do país e, entre os efeitos, podem ser observados um aumento da intolerância religiosa, a ampliação das desconfianças em relação à comunidade islâmica e o fortalecimento da extrema direita.
“Eventos como os ataques de janeiro e novembro provocam momentos de união, em reação. Mas isso não é o bastante para desfazer divisões profundas”, disse à agência Reuters Brice Teinturier, diretor do instituto de pesquisa Ipsos na França.
“As divisões são enormes. Existem muitas Franças, e elas estão em confronto”, disse, descrevendo um país de grandes cidades progressistas, uma França antiquada que se sente oprimida pela globalização e outra França que abriga comunidades que se sentem esquecidas.
Um homem segura um lápis gigante durante uma marcha em Tarbes, no sul da França, em homenagem às 12 pessoas mortas por dois atiradores na redação da revista 'Charlie Hebdo' nesta quarta-feira (7) em Paris (Foto: Laurent Dard/AFP)Um homem segura um lápis gigante durante uma marcha em Tarbes, no sul da França, em homenagem às vítimas do ataque ao 'Charlie Hebdo'  (Foto: Laurent Dard/AFP)
12 mortos
Atualmente, pouco restou do espírito do “Je suis Charlie”, slogan criado em solidariedade às vítimas e sobreviventes do ataque à publicação satírica, em 7 de janeiro de 2015. Naquele dia, os irmãos Chérif e Said Kouachi invadiram a redação e mataram cartunistas, colunistas, dois policiais e um funcionário do prédio. No total, foram 12 mortos e 11 pessoas gravemente feridas.

Chérif e Said Kouachi, mortos dois dias depois em um cerco policial, deixaram o local aos gritos de “Vingamos o profeta! Matamos Charlie Hebdo!”, de acordo com testemunhas. Os dois se identificavam como membros da Al-Qaeda, assim como Amédy Coulibaly, que na madrugada de 8 de janeiro matou uma policial em Montrouge e depois atacou um supermercado judeu em Porte de Vincennes, onde matou mais quatro pessoas e foi morto pela polícia.
O presidente francês François Hollande é cercado por chefes de Estado, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da Ucrânia Petro Poroshenko em marcha pela liberdade nas ruas de Paris, no domingo (11) (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)O presidente francês François Hollande é cercado por chefes de Estado, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da Ucrânia Petro Poroshenko em marcha pela liberdade nas ruas de Paris, em 11 de janeiro de 2015 (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)
Em reação aos dois ataques, quase 4 milhões de pessoas tomaram as ruas francesas no dia 11 de janeiro, quando o presidente francês François Hollande caminhou por Paris acompanhado por cerca de 50 líderes estrangeiros, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel; os chefes de governo italiano, Matteo Renzi; espanhol, Mariano Rajoy; e britânico, David Cameron, e os primeiros-ministros israelense, Benjamin Netanyahu; e turco, Ahmed Davutoglu; e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmmud Abbas. Na ocasião, Hollande disse que Paris havia se tornado “a capital do mundo”.

Capas polêmicas
Uma semana após os ataques, porém, uma nova polêmica foi lançada com a “edição dos sobreviventes”. Com uma tiragem de cinco milhões de exemplares (contra os 60 mil de costume) e traduzida em cinco idiomas, a Charlie Hebdo estampou em sua capa o profeta Maomé chorando, segurando uma placa com a frase “tudo está perdoado”. A atitude gerou protestos em diversos países de maioria muçulmana, onde bandeiras da França foram queimadas e manifestantes entraram em confronto com a polícia.
Um salafista palestino queima uma bandeira da França durante um protesto contra a impressão de desenhos satíricos do profeta Maomé pelo jornal Charlie Hebdo durante passeata para o Centro Cultural Francês na cidade de Gaza (Foto: Mohammed Abed/AFP)Um salafista palestino queima uma bandeira da França durante um protesto contra a impressão de desenhos satíricos do profeta Maomé pela Charlie Hebdo, em Gaza, em 19 de janeiro de 2015 (Foto: Mohammed Abed/AFP)
Segundo a agência France Presse, mesmo dentro da França houve resistência à onda de solidariedade à publicação. Professores tiveram dificuldades em impor os minutos de silêncio em homenagem às vítimas, enquanto os assassinos foram, por vezes, glorificados na internet.

A França passou a questionar seu modelo de integração. Como os jihadistas, nascidos e criados na França, chegaram ao ponto de cometer tais atos extremos? O primeiro-ministro Manuel Valls denunciou um "apartheid territorial, social, étnico" no país.
A extrema-direita acabou por se beneficiar da tensão, registrando resultados históricos nas eleições territoriais em março (25% dos votos no primeiro turno) e, em seguida, nas regionais de dezembro (quase 28%). Neste último pleito, a Frente Nacional, contrária aos imigrantes, ficou em primeiro, indo bem em áreas rurais e pequenas cidades francesas. No segundo turno, no entanto, os eleitores das grandes cidade ajudaram a manter a Frente fora do poder, expondo a profunda cisão entre aqueles que se voltam para a extrema-direita em busca de esperança e aqueles que a rejeitam.
Assinantes
Mulher segura a nova edição do jornal ‘Charlie Hebdo’, com Maomé na capa, em banca de jornal em Paris nesta quarta-feira (14) (Foto: Bertrand Guay/AFP)Em banca de jornal, mulher segura a primeira edição do ‘Charlie Hebdo’ após o ataque à publicação (Foto: Bertrand Guay/AFP)
Já o jornal viu um crescimento de sua popularidade sem precedentes. Dos 10 mil, passou a 200 mil assinantes em menos de um mês, e o faturamento de milhões de euros permitiu o resgate de suas finanças, bastante debilitadas antes do atentado. Um ano depois, o semanário tem uma tiragem de cerca de 100 mil exemplares em bancas, com 10 mil deles distribuídos no exterior, e 183 mil assinantes.
Na quarta (6), véspera do primeiro aniversário do ataque, uma nova capa polêmica foi revelada, com o título: "1 ano depois, o assassino ainda corre" e a charge de um deus barbudo, carregando um Kalashnikov e com a veste ensanguentada. O desenho é assinado por Riss, que ficou gravemente ferido há um ano e é o atual diretor da Charlie Hebdo.

Entre os colaboradores externos da edição estão a ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin; atrizes, como Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg e Juliette Binoche; intelectuais, como Élisabeth Badinter, a bengalesa Taslima Nasreen e o americano Russell Banks; e o músico Ibrahim Maalouf.

Vítimas
Foram mortos pelos irmãos Kouachi o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”.
Entre os mortos no ataque estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier, Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)Entre os mortos no ataque a Charlie Hebdo estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier, Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)
Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estão o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud.

Homenagens
As homenagens às vítimas dos atentados de janeiro de 2015 tiveram início na terça (5), quando o presidente François Hollande inaugurou três placas, a primeira delas na antiga sede da Charlie Hebdo, uma na rua onde um policial foi morto durante a fuga dos atiradores e a terceira no supermercado kosher atacado por Amédy Coulibaly.
As cerimônias terminarão no domingo na Praça da República com uma cerimônia de recordação aos mortos de janeiro, mas também aos 130 falecidos nos atentados de 13 de novembros, os mais violentos da história da França.
Na data está prevista a instalação de uma "árvore da recordação", um carvalho de 10 metros de altura, nesta praça que se transformou em um local de homenagem às vítimas.
O cantor Johnny Hallyday interpretará a canção "Un dimanche de janvier" ("Um domingo de janeiro"), que recorda as grandes manifestações de 11 de janeiro de 2015, que contaram com a presença de quatro milhões de franceses.
Charge de Riss que estampa edição especial de um ano do ataque ao 'Charlie Hebdo' (Foto: Reprodução/Twitter@JFGuyot)Charge de Riss que estampa edição especial de um ano do ataque ao 'Charlie Hebdo' (Foto: Reprodução/Twitter@JFGuyot)


Arte consolidada Ataque França Charlie Hebdo V2 (Foto: Editoria de Arte/G1)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Cinco aplicativos para quando você estiver sem internet no celular

sem internet no celular?

Usar aplicativos mesmo sem internet pode ser útil em época de férias e viagens, quando pode acontecer de ficarmos sem sinal 3G e longe de redes Wi-Fi. Para driblar a falta de conexão, vale a pena manter alguns apps instalados no celular. O HERE Maps, por exemplo, oferece navegação GPS sem depender da rede. Já o Pocket salva seus artigos e notícias para ler depois. Confira na lista abaixo os cinco apps para quando você estiver sem internet no seu AndroidiOSou Windows Phone.
Samsung Galaxy A3 2 (Foto: Lucas Mendes/TechTudo)Tela do celular Samsung Galaxy A3  (Foto: Lucas Mendes/TechTudo)
1 - HERE Maps
O HERE Maps é indispensável para viagens. O aplicativo oferece navegação offline, com instruções curva-a-curva em português e todos os outros recursos de apps GPS, eliminando os riscos de se perder ao ficar sem conexão. Para ter acesso aos mapas offline, é preciso baixá-los antes pelo próprio app. Há opções para todos os estados brasileiros e vários outros países, caso pretenda viajar para o exterior.
HERE Maps leva mapas off-line para qualquer celular (Foto: Divulgação)HERE Maps leva mapas off-line para qualquer celular (Foto: Divulgação)
2 - BitTorrent Sync
BitTorrent Sync é útil para acessar arquivos pessoais de qualquer lugar. O serviço é gratuito e oferece transferência em uma pasta secreta em todos os dispositivos permitidos, mantendo-os sempre acessíveis, mesmo estando offline. O espaço para guardar os arquivos depende somente da capacidade de armazenamento do aparelho e nada fica na nuvem, uma vez que é utilizado o protocolo P2P para manter uma ligação única entre os dispositivos.
Faça o Download do BitTorrent Sync para Android, iOS, Windows Phone, Mac, Windows e Linux.
BitTorrent Sync é praticamente um Dropbox sem limites  (Foto: Divulgação)BitTorrent Sync é praticamente um Dropbox sem limites (Foto: Divulgação)
3 - Pocket
O Pocket permite salvar links de artigos, notícias e vídeos para acessar depois. O conteúdo salvo é sincronizado e disponibilizado mesmo quando não há conexão com a internet. Além do acesso offline, ele oferece uma formatação limpa, livre de anúncios e com fontes que facilitam a leitura. O serviço é multiplataforma, disponível para smartphone, tablet e computador.
Faça o download do Pocket para Android, iOS e web. No Windows Phone, pode ser utilizados com apps de terceiros recomendados pelos próprios desenvolvedores.
Pocket salva conteúdos para serem visualizados depois  (Foto: Divulgação)Pocket salva conteúdos para serem visualizados depois (Foto: Divulgação)
4 - BeyondPod Podcast Manager
O BeyondPod sincroniza as assinaturas de podcasts e baixa os programas para serem escutados a qualquer momento. Disponível apenas para Android, o aplicativo organiza a coleção e faz o download novos episódios automaticamente. A interface intuitiva, as configurações detalhadas e os mecanismos para encontrar novos programas de podcasts são os principais diferenciais do app.
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beyondpod-interfaceBeyondPod baixa podcasts no Android para ouvir offline (Foto: Divulgação)
Faça o download do BeyondPod para Android. No iOS e Windows Phone, os aplicativos nativos dos sistemas são capaz de fazer os downloads dos podcasts.
Google Keep
Google Keep é uma entre várias opções para tomar notas no smartphone. O app, no entanto, é um dos mais leves e rápidos, permitindo organizar listas de tarefas, notas de texto, áudio, desenho ou foto. Os arquivos podem ser criados e acessados offline, mas quando há conexão com internet ele sincroniza tudo para acesso em outros dispositivos ou pela web.
Google Keep está disponível em diversas plataformas (Foto: Divulgação)Google Keep está disponível em diversas plataformas (Foto: Divulgação)
Faça o download do Google Keep para Android e iOS. No Windows Phone, há aplicativos de terceiros como alternativa.
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Actor: converse e compartilhe qualquer arquivo pelo celular


Paulo Alves
por PAULO ALVES em 04/01/2016 19h20
Actor é um aplicativo de mensagens para iPhone, Android e web que busca ser uma alternativa de código aberto ao WhatsApp e, ao mesmo tempo, oferecer algumas funções extras. Os principais destaques são o compartilhamento de uma variedade de arquivos, como DOC e PDF, e criação de grupos com membros ilimitados. O app é gratuito e baseado na nuvem, ou seja, sincroniza suas conversas entre todos os dispositivos.
Nossa opinião
Apesar de ser tão novo, o aplicativo surpreende pelos recursos e interface, oferecendo uma alternativa real a quem quer testar novos mensageiros. Seu desempenho é satisfatório e as funções operam bem, porém, ainda está longe de agradar uma base fiel de usuários, coisa que vários concorrentes do WhatsApp já fazem.
Sua função de sincronização na nuvem facilita a obtenção de mensagens e arquivos trocados em qualquer dispositivos, fazendo dele uma ferramenta poderosa de trabalho colaborativo. A plataforma é parecida com a oferecida pelo Telegram, mas com uma garantia: o usuário pode saber exatamente por onde está passando o seu tráfego, já que se trata de um programa open source.
Se você priva pela segurança dos seus dados, utilizar um aplicativo cujo código pode ser explorado e avaliado pela comunidade é uma opção mais inteligente, embora isso requeira abrir mão de algumas funções, como o envio de gravações de voz ou criptografia de mensagens, além da base muito pequena de usuários. Caso decida baixar, portanto, vale ter paciência para esperar sua popularização.
Prós
  • Design agradável
  • Grupos ilimitados
  • Compartilhamento variado de arquivos
Contras
  • Base de usuários muito pequena
  • Falta gravação de voz

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