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domingo, 11 de setembro de 2016

Terremoto na Tanzânia deixa 16 mortos e mais de 200 feridos

Tremor atingiu a cidade Nsunga no sábado (10).
Quinze alunos de uma escola secundária, estão entre os mortos e feridos.

Da France Presse
 Pessoas removem escombros de um edifício danificado por terremoto que atingiu a Tanzânia, em Bukoba  (Foto: STR / AFP)Pessoas removem escombros de um edifício danificado por terremoto que atingiu a Tanzânia, em Bukoba (Foto: STR / AFP)
Pelo menos 16 pessoas morreram e 253 ficaram feridas no distrito de Bukoba, noroeste da Tanzânia, que sofreu com um terremoto no sábado.
"Até agora, temos a confirmação de que 16 pessoas morreram e 253 ficaram feridas. Elas estão sendo cuidadas (pelos serviços médicos) nos diferentes locais afetados pelo terremoto", declarou o gobernador da província de Kagera, o general Salum Kijuu.
Ele também informou que 840 edifícios ficaram destruídos, incluindo 44 do serviço público da região de Kagera.
Quinze alunos, internos de uma escola secundária, estão entre os mortos e feridos.
Foi programada uma cerimônia em memória às vítimas neste domingo, no estádio nacional Kaitabe de Bukoba, com a presença do primeiro-ministro do país, Kassim Majaliwa.
Casas foram destruídas após terremoto na Tanzânia  (Foto: STR/AFP)Casas foram destruídas após terremoto na Tanzânia (Foto: STR/AFP)
A Cruz Vermelha tanzaniana indicou que ao menos 270 casas foram destruídas em Bukoba e não há eletricidade. O principal hospital da cidade estava operando no limite de sua capacidade e só dispunha de uma reserva reduzida de medicamentos.
"O pessoal da Cruz Vermelha e seus voluntários fazem tudo o que podem para ajudar e apoiar os feridos e traumatizados", declarou Andreas Sandin, coordenador da organização para a África do leste.
"Saímos correndo imediatamente. Uma parte da minha casa foi destruída. Inclusive as pessoas mais velhas asseguram que nunca viveram um terremoto tão forte nessa região", declarou um morador do subúrbio de Bukoba, Jonathan Mbelwa, citado pelo jornal tanzaniano Habari Leo.
O terremoto de 5,9 graus, de acordo com o Instituto Geológico dos EUA (USGS), atingiu também países vizinhos como Ruanda, Burundi, Uganda e Quênia, e, de maneira mais fraca, a cidade de Bukavu, no leste da República Democrática do Congo (RDC).
Os terremotos são habituais na zona dos Grandes Lagos, mas raramente alcançam essa intensidade.
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Mais de 1,5 mil candidatos são estrangeiros; veja países de origem

Candidatos estrangeiros nas eleições de 2016Mais de 1.500 candidatos participando das eleições de 2016 são estrangeiros, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número representa 0,3% do total de pessoas participando do pleito deste ano.

Dos 1.542 estrangeiros cadastrados no TSE, 58 são portugueses com igualdade de direitos políticos. Essa igualdade pode ser solicitada por portugueses que tenham residência habitual no Brasil há mais de três anos. Exercer esses direitos políticos no Brasil implica na suspensão dos mesmo direitos em Portugal, o que significa que as pessoas que solicitarem e conseguirem a igualdade de direitos não poderão votar mais em seu país de origem.

Os outros candidatos que não nasceram no Brasil são estrangeiros que se naturalizaram brasileiros. Ter a nacionalidade brasileira é um dos requisitos para se candidatar a um cargo eleitoral no Brasil, juntamente com outras determinações, como ser alfabetizado, estar em dia com a Justiça Eleitoral e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Os países de origem dos candidatos estrangeiros variam bastante. Além de Portugal, há argentinos, bolivianos, espanhóis, alemães, chineses e americanos competindo por um cargo políticos nestas eleições. Também há angolanos, belgas, cubanos, gregos e palestinos entre os candidatos.

Por Clara Velasco

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PUBLICADO EM: 11/09/2016
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Créditos

Reportagem e narração:
Letícia Macedo
Edição de texto:
Mariana Mendicelli e Dennis Barbosa
Edição de imagens:
Rafael Barbosa e Alexandre Nascimento

É ouro! Petrúcio bate o seu 2º recorde mundial no Rio e é campeão nos 100m

Depois cravar 10s67 na eliminatória e quebrar marca de mais de 20 anos, atleta corre trecho em 10s57 e conquista sua primeira medalha paralímpica. Yohansson é bronze

Por Rio de Janeiro
Quem será capaz de parar Petrúcio Ferreira? Depois de correr a eliminatória dos 100m T47 em 10s67 e bater o recorde mundial da prova que já durava mais de duas décadas, o paraibano conquistou o ouro neste domingo superando a própria marca. Com os 10s57 estabelecidos no Engenhão, Petrúcio, de apenas 19 anos, conquistou a sua primeira medalha de ouro em Paralimpíadas, com direito a dobradinha brasileira no pódio. Dono de quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos, o alagoano Yohansson Nascimento ficou com o bronze, com 10s79. A prata foi para o polonês Michal Derus, com os mesmos 10s79. As colocações de ambos foram definidas no photo finish, já que o tronco de Derus estava um pouco mais à frente.
Petrucio Ferreira ouro 100m T47 paralimpíada rio 2016 atletismo pódio  (Foto: Reuters)Descrição da imagem: Petrucio Ferreira com a medalha de ouro no pódio no Engenhão (Foto: Reuters)

- No momento em que eu estava no pódio escutando o hino nacional passou um filme na cabeça, de tudo o que eu suei nos treinos e dos dias em que cheguei em casa e mal conseguia tomar banho de tão cansado. Tudo o que vivi hoje é uma alegria que eu mal consigo explicar - disse Petrúcio, que chegou à zona mista acompanhado de Yohansson.
- Estou muito feliz com essa medalha que é a minha quinta em Paralimpíadas, e quero muito ganhar a minha sexta amanhã com o Petrúcio, quando a gente corre o revezamento - disse o alagoano, que completa 29 anos no próximo dia 25 de setembro. 
Petrúcio, que perdeu a mão esquerda num acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos de idade, dominou a prova do início ao fim. A partir dos 50m finais, a distância do paraibano para Derus e Yohansson já era bastante visível. Após cruzar a linha de chegada, Yohansson, que é tricampeão mundial, fez questão de abraçar o compatriota, que no ano passado já conquistara o ouro nos 100 e 200m T47 dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. 
Petrucio Ferreira ouro 100m T47 paralimpíada rio 2016 atletismo (Foto: Reuters)Descrição da imagem: Petrúcio Ferreira vibra ao cruzar a linha de chegada no Engenhão (Foto: Reuters)
Presente nas proximidades da tribuna de imprensa, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, foi outro a vibrar efusivamente com o feito do jovem fundista. Foi das mãos do dirigente máximo do esporte paralímpico brasileiro que o alagoano recebeu a medalha minutos depois. Ao ouvir tocar o Hino Nacional Brasileiro no Engenhão, o jovem fundista não se conteve em lágrimas.
- O recorde foi mais uma alegria neste domingo. Treinei os meus últimos dois anos para esse momento e ano passado infelizmente fiquei de fora do Mundial. Chorei bastante naquele momento, mas coloquei na cabeça que esse era o ano da volta por cima. Além dessa medalha, levo de volta para a Paraíba a minha alegria e o carinho do público - comentou Petrúcio.
Petrúcio, que também é recordista mundial nos 200m, ainda corre mais duas provas na Rio 2016: o revezamento 4 x 100m rasos T42-47, nesta segunda, e os 400m T47, na sexta. A Paralimpíada do Rio é sua primeira grande competição do paraibano, já que uma lesão o impediu de largar nas três provas em que estava previsto para o Mundial de Doha 2015, pouco depois do Parapan de Toronto. 
FRAME - chegada dos 100m rasos Paralimpíada (Foto: Reprodução / SporTV)Descrição da imagem: Decisão da medalha de prata nos 100m, na visão do photofinish (Foto: Reprodução / SporTV)
- Eu sabia que seria muito difícil de competir contra os brasileiros, que são muito fortes. Um foi melhor (Petrúcio), mas, pelo menos eu consegui superar o que tinha me vencido ontem (Yohansson) - disse Michal Derus.
O polonês, que não se classificou para os Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012, elogiou a atmosfera do Estádio Olímpico e comemorou muito a prata.
- Estou muito feliz oi ter sobrevivido nos cinco anos entre 2008 e 2013. Eu ainda estava competindo, treinando. Valeu a pena, pois hoje consegui a medalha. Eu não desisti - completou.
MATEUS EVANGELISTA FICA EM QUARTO

Em outra final realizada na parte da manhã, Mateus Evangelista ficou em quarto nos 100m T37, com 11s62 de marca. O ouro foi para o sul-africano Charl du Toit, com o tempo de 11s45, a prata para o egípcio Mostafa Fathalla Mohamed, com 11s54, e o bronze para o também sul-africano Fanie Van Der Merwe, com os mesmos 11s54. Especialista no salto em distância, Mateus compete na prova na próxima terça-feira.
Mateus Evangelista, corredor dos 100m T37 na Paralimpíada (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Mateus Evangelista ficou em quarto nos 100m T37, mas volta para o salto, sua especialidade (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
- Numa final de Paralimpíada você tenta mostrar todo o seu potencial e eu acho que tinha possibilidade de ganhar essa prova. Só que a minha frequência na corrida não foi muito boa, e isso me prejudicou. Terça vou ter o salto em distância, que é uma das minhas principais provas e lá eu vou buscar medalha - disse Mateus.
Outro brasileiro a competir neste domingo de sol forte no Rio foi Fábio Bordignon, da classe T35, para atletas com deficiência motora oriunda de paralisia cerebral. Com muita facilidade, ele venceu a sua eliminatória dos 200m com o tempo de 26s22 e avançou à final. 
ODAIR NA FINAL; ARIOSVALDO DESCLASSIFICADO

Na final dos 400m T53, o brasileiro Ariosvaldo Silva foi desclassificado por ter invadido a raia ao seu lado na pista do Estádio Olímpico. O ouro ficou com o tailandês Pongsakorn Paeyo, com o tempo de 47s91, novo recorde paralímpico. Completaram o pódio o canadense Brent Lakatos, com 48s53, e o francês Pierre Fairbank, com 49s00.
Um dos maiores medalhistas do atletismo paralímpico brasileiro, Odair dos Santos correu a eliminatória dos 1.500m T11, para deficientes visuais. Segurando um pouco o ritmo, ele passou à final com a segunda colocação da sua bateria, com o tempo de 4m05s34, atrás do queniano Samwel Mushai Kimani, com 4m04s50.
- É uma disputa acirrada, ele (queniano) está muito bem, e eu espero surpreendê-lo na terça-feira. A briga será muito dura, e eu espero sair do Engenhão com mais uma medalha. Eu vi que estava dentro do tempo que daria para estar passando, então, demos uma conservada no ritmo para chegarmos inteiro na terça-feira. Se fosse na terça-feira, daria para soltar - disse Odair.

Na última quinta-feira, Odair acrescentou mais uma medalha à coleção, a prata nos 5.000m, prova na qual sofreu um colapso devido a uma hipertermia na final do Mundial de Doha, no ano passado. O paulista de Limeira liderava até o fim, quando foi superado no sprint final pelo queniano Samuel Kimani. Wilson Bill, também do Quênia, levou o bronze. O brasileiro ainda tem a chance de faturar o tão esperado ouro. No momento, ele tem oito pódios em Paralimpíadas. 

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