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sábado, 3 de dezembro de 2016

Homenagens marcam velório coletivo de 50 vítimas na Arena Condá

Caixões foram levados em cortejo aberto para o estádio da Chapecoense.
Cerimônia teve discurso do prefeito de Chapecó e presidente da Fifa.

Do G1 SC
O velório coletivo de 50 das 71 vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense foi marcado por homenagens na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Após a cerimônia, que durou cerca de duas horas sob muita chuva, permaneceram em Chapecó para serem velados 16 corpos.
Vindos da Colômbia, os corpos chegaram por volta das 12h30 deste sábado (3) em meio à emoção de familiares, amigos e torcedores do clube.

Os caminhões com os caixões saíram do aeroporto às 11h14 e percorreram cerca de 10 quilômetros por aproximadamente uma hora. O público nas arquibancadas da Arena Condá aplaudia, um a um, cada caixão carregado por militares na chegada para o velório coletivo no estádio da Chapecoense. Na área coberta montada sobre o gramado, reservada aos familiares e pessoas próximas, os caixões foram depositados.


Às 13h25, todos as urnas haviam sido levadas à área coberta. Às 13h28, a cerimônia começou na Arena Condá, com participação do apresentador Mário Motta. Em seguida, foram executados os hinos brasileiro e da Chapecoense, pela banda da Polícia Militar.
Depois, às 13h38, falou na Arena Condá o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo. Durante a cerimônia, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, usou a camiseta do Atlético Nacional de Meddelín e agradeceu as homenagens e o apoio das autoridades e da população da Colômbia.
O próximo a falar foi o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho. Crianças levaram para o campo da Arena Condá as bandeiras do Brasil, da Colômbia, de Santa Catarina, de Chapecó e da Chapecoense.
O apresentador Cid Moreira leu uma passagem bíblica no estádio Condá e foi aplaudido pela multidão. Depois, o bispo da arquidiocese de Chapecó, Dom Odellir José Magri, leu uma  mensagem do Papa Francisco. "Consternado pela trágica notícia do acidente aéreo na Colômbia que causou numerosas vítimas, o Papa pede que transmita suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados", declarou o pontífice.
Balões foram soltos a cada nome de vítima que era dito na cerimônia. Carlinhos, o indiozinho símbolo da Chape, entrou em campo com os pais.
No ato final da cerimônia em homenagem aos atletas, os dirigentes do time entregaram uma placa ao técnico do Atlético Nacional e ao embaixador da Colômbia no Brasil. O presidente Michel Temer deixou o estádio Condá sem discursar, enquanto a torcida gritava  "Vamo, Vamo, Chape", grito comum durante os jogos.
Participaram do ato várias personalidades do futebol, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, o técnico da seleção brasileira, Tite, e os jogadores Seedorf e Puyol.
Cerimônia em aeroporto
Por volta das 10h30, os familiares das vítimas começaram a ser levados para o local no estádio onde ficarão os caixões durante o velório. A última urna funerária foi retirada às 10h47, com cerimônia com salva de três tiros com participação do presidente Michel Temer.
Durante a cerimônia de honras militares, o presidente pretendia entregar às famílias a Medalha da Ordem do Mérito Desportivo como reconhecimento do governo federal e do povo brasileiro pelos serviços prestados ao país por todos os que estavam no voo que caiu na Colômbia na madrugada de terça (29), porém essa etapa da cerimônia foi adiada.
Chegada dos aviões
Os dois aviões da FAB chegaram às 9h28 e às 9h43 ao Aeroporto Municipal Serafin Enoss Bertaso, em Chapecó. Os caixões começaram a ser retirados das aeronaves às 9h59.
A chegada dos aviões foi acompanhada por familiares das vítimas e pelo presidente Michel Temer. Ele e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, participaram de uma cerimônia com salva de tiros com o primeiro caixão a ser retirado, do atacante da Chapecoense Thiaguinho.
Chegada dos torcedores na Arena Condá
Moradores de Chapecó começaram a chegar por volta das 4h30 deste sábado (3) à Arena Condá para o velório coletivo. Segundo a RBS TV, alguns grupos passaram a madrugada na frente do estádio.
Os portões da Arena Condá abriram por volta das 7h30 para a entrada dos torcedores. Eles ocuparam as arquibancadas em silêncio. Chovia em Chapecó.
Militares levam caixão de vítima para a Arena Condá (Foto: AFP/Divulgação)Militares levam caixão de vítima para a Arena Condá (Foto: AFP/Divulgação)
Repórter do Globoesporte.com Laion Espíndula é homenageado com faixa na Arena Condá (Foto: RBS TV/Divulgação)Repórter do Globoesporte.com Laion Espíndula é homenageado com faixa na Arena Condá (Foto: RBS TV/Divulgação)
Telões na Arena Condá mostravam chegada dos corpos (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)Telões na Arena Condá mostravam chegada dos corpos (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

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Funcionária que alertou LaMia sobre falta de combustível será investigada por negligência

Órgão de navegação aérea e Ministério Público querem saber porque ela não vetou decolagem em Santa Cruz de la Sierra, apesar de detectar problemas em plano de voo.

Funcionária que recebeu plano de voo da Chapecoense é acusada de negligência
Celia Castedo Monasterio, a funcionária que alertou que o avião da LaMia não tinha combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência, irá responder a um processo penal da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea (Aasana).
Ela também está sendo investigada pelo Ministério Público da Bolívia, que avalia “falta de cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”.
Um documento com o relato da funcionária – que está afastada de seu trabalho – foi obtido pelo Jornal Hoje, e aponta que ela alertou a LaMia que o tempo de voo era igual à autonomia do avião, que isso não era adequado, e que fazia falta um plano alternativo.
A principal advertência se referia ao tempo de voo previsto entre Santa Cruz de La Siera e o aeroporto da cidade colombiana de Medellín (quatro horas e 22 minutos), que era o mesmo registrado para a autonomia de combustível que tinha a aeronave.
Segundo o jornal “El Deber”, de Santa Cruz de la Sierra, a Aasana avalia se houve negligência por parte de Monasterio, e querem que ela explique porque permitiu a saída da aeronave se existiam tantas observações a respeito do plano de voo. Com base em suas observações, ela poderia ter vetado a decolagem em Santa Cruz de la Sierra.
Segundo a funcionária, que tem 30 anos de experiência, ao ouvir suas queixas o despachante da Lamia respondeu que conversou com o piloto e não haveria problemas. “Não, senhora Celia, essa autonomia me passaram, é suficiente. Assim, não apresento mais nada. Faremos (o voo) em menos tempo, não se preocupe”, foi a justificativa que ela alega ter ouvido.
O acidente ocorreu na madrugada de terça-feira (29). A aeronave, um Avro RJ-85, bateu em uma montanha ao ficar sem combustível a 17 km da pista do aeroporto José María Córdova, em Medellín. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram. Houve seis sobreviventes. A aeronave havia sido fretada para levar o time da Chapecoense para Medellín.
Em entrevista na quarta-feira (30), o secretário de Segurança Aérea da Colômbia, Freddy Bonilla, afirmou que os tanques da aeronave estavam vazios. E que o piloto chegou a declarar emergência por falta de combustível às 21h52 (horário local), 0h52 no Brasil. Áudio divulgado pela imprensa colombiana mostra o piloto apontando que havia tido uma "falha elétrica" e "total" momentos antes da queda.
Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)
Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)

Follmann, sobre a amputação: "Prefiro a vida à perna. Vamos tirar de letra"

Goleiro da Chapecoense vem se recuperando bem, conversa com médicos e mostra estar bem psicologicamente. Médicos brasileiros falam em "milagre"

Por Medellín
Jackson Follmann Chapecoense (Foto: Andre Penner / AP)Jackson Follmann em ação pela Chapecoense (Foto: Andre Penner / AP)
O goleiro Jackson Follmann, um dos sobreviventes do acidente que vitimou a delegação da Chapecoense, está consciente da amputação de parte de sua perna direita (abaixo do joelho). Segundo os médicos que cuidam dos feridos em Medellín, atleta reagiu bem à notícia da perda do membro e mostrou estar bem psicologicamente. 
– Prefiro a vida à perna. Vamos tirar isso de letra – disse o jogador, de acordo com relato dos médicos que concederam entrevista coletiva neste sábado, em Medellín. 
Falaram à imprensa os médicos Marcos André Sonagli, ortopedista da Chapecoense, Edson Stakonski, intensivista de Chapecó, e Ferney Tobón, diretor clínico do hospital San Vicente Fundación, que falaram também da situação dos outros pacientes.
medicos chapecoense (Foto: Leonardo Lourenço)Marcos André Sonagli, Ferney Tobón e Edson Stakonski, os médicos que concederam entrevista (Foto: Leonardo Lourenço)

O lateral Alan Ruschel respira sem ajuda de aparelhos deste ontem. Está bem e conversando com os médicos. Apesar de ter fraturado uma vértebra, ele não tem lesão medular e está mexendo normalmente os quatro membros. 
Já o zagueiro Neto tem fratura na quinta vértebra lombar, a princípio não é uma fratura grave.O jogador, porém, tem perfuração no pulmão. Essa lesão é a que mais exige cuidados.
– Vamos fazer um novo exame para analisar a lesão. Mas só será feito em alguns dias, até que a parte pulmonar dê condições – afirmou Marcos André Sonagli.
Sobre o jornalista Rafael Henzel, os médicos explicaram que ele ainda respira com a ajuda de aparelhos, mas apresenta melhora clínica. Ele também lesão no pulmão, com infecção, mas vem respondendo bem ao tratamento. 
Torcedores se emocionam na Arena Condá velório Chapecoense (Foto: Ag. Estado)Torcedores se emocionam na Arena Condá no velório da Chapecoense neste sábado (Foto: Ag. Estado)

Segundo Edson Stakonski, não há uma explicação definitiva para o fato de eles terem sobrevivido à queda do avião. 
– Eles tiveram uma segunda chance, o resto é especulação. Não sabemos a posição em que estavam no avião. E na posição em que estavam, provavelmente alguém ao lado morreu.
Marcos André Sonagli vai além. Ao falar sobre prazo para transferência dos feridos ao Brasil, ele disse que eles sobreviveram por milagre. 
– Ainda não há previsão (de transferência). Eles ainda se encontram em situações críticas, especialmente na questão pulmonar (Neto e Henzel). Fazer a transferência não é satisfatório. Já estamos na vigência de um milagre e não vamos correr riscos.
INFO - acidente avião chapecoense v3 (Foto: Editoria de Arte)

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