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sábado, 3 de dezembro de 2016

Funcionária que alertou LaMia sobre falta de combustível será investigada por negligência

Órgão de navegação aérea e Ministério Público querem saber porque ela não vetou decolagem em Santa Cruz de la Sierra, apesar de detectar problemas em plano de voo.

Funcionária que recebeu plano de voo da Chapecoense é acusada de negligência
Celia Castedo Monasterio, a funcionária que alertou que o avião da LaMia não tinha combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência, irá responder a um processo penal da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea (Aasana).
Ela também está sendo investigada pelo Ministério Público da Bolívia, que avalia “falta de cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”.
Um documento com o relato da funcionária – que está afastada de seu trabalho – foi obtido pelo Jornal Hoje, e aponta que ela alertou a LaMia que o tempo de voo era igual à autonomia do avião, que isso não era adequado, e que fazia falta um plano alternativo.
A principal advertência se referia ao tempo de voo previsto entre Santa Cruz de La Siera e o aeroporto da cidade colombiana de Medellín (quatro horas e 22 minutos), que era o mesmo registrado para a autonomia de combustível que tinha a aeronave.
Segundo o jornal “El Deber”, de Santa Cruz de la Sierra, a Aasana avalia se houve negligência por parte de Monasterio, e querem que ela explique porque permitiu a saída da aeronave se existiam tantas observações a respeito do plano de voo. Com base em suas observações, ela poderia ter vetado a decolagem em Santa Cruz de la Sierra.
Segundo a funcionária, que tem 30 anos de experiência, ao ouvir suas queixas o despachante da Lamia respondeu que conversou com o piloto e não haveria problemas. “Não, senhora Celia, essa autonomia me passaram, é suficiente. Assim, não apresento mais nada. Faremos (o voo) em menos tempo, não se preocupe”, foi a justificativa que ela alega ter ouvido.
O acidente ocorreu na madrugada de terça-feira (29). A aeronave, um Avro RJ-85, bateu em uma montanha ao ficar sem combustível a 17 km da pista do aeroporto José María Córdova, em Medellín. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram. Houve seis sobreviventes. A aeronave havia sido fretada para levar o time da Chapecoense para Medellín.
Em entrevista na quarta-feira (30), o secretário de Segurança Aérea da Colômbia, Freddy Bonilla, afirmou que os tanques da aeronave estavam vazios. E que o piloto chegou a declarar emergência por falta de combustível às 21h52 (horário local), 0h52 no Brasil. Áudio divulgado pela imprensa colombiana mostra o piloto apontando que havia tido uma "falha elétrica" e "total" momentos antes da queda.
Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)
Celia Castedo Monaterio, que trabalha no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, alertou que avião da LaMia não teria combustível suficiente para chegar a outro aeroporto em caso de emergência (Foto: Reprodução/Facebook/Celia Castedo Monasterio)

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