Jucá, Renan e Eunício formam o que delator de empreiteira classifica de "grupo dominante do PMDB no Senado"
Parlamentares do Senado e da Câmara receberam R$ 7 milhões para aprovar medida provisória. Os recursos, segundo afirmou o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho em sua delação premiada no âmbito da operação Lava Jato - foram destinados aos senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE) além dos deputados Rodrigo Maia (RJ) e Lúcio Vieira Lima (BA).
De acordo com delator, Jucá, Renan e Eunício formam o que ele classifica de "grupo dominante do PMDB no Senado". "Esse fato dá a esse núcleo grande poder de barganha, pois possui a capacidade de praticamente ditar os rumos que algumas matérias serão conduzidas dentro do Senado", afirmou o executivo.
O executivo definiu Jucá como "Resolvedor da República no Congresso", a quem recorria constantemente para conseguir emendas e aprovações de leis e projetos. Um dos episódios diz respeito à Medida Provisória 613/2013, que culminou no projeto de lei de conversão 20/2013 e permitiu a concessão de incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química por meio de crédito presumido e da redução das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins.
De acordo com a delação foi fechado um acordo de R$ 7 milhões em torno da MP. Nesse acerto, sempre segundo o delator, R$ 2,1 milhões foram para Eunício e R$ 4 milhões para Jucá e Renan. No caso da MP 613, além dos três senadores do PMDB, disse o delator, dois deputados "solicitaram pagamentos decorrentes do mesmo contexto". O deputado Lúcio Vieira Lima, que atuava na Comissão Mista que analisou a matéria em agosto de 2013, recebeu "entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão", segundo o delator. O segundo deputado beneficiado foi o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia , com R$ 100 mil.
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