Cantor morreu na manhã deste domingo (5), segundo secretaria da saúde.
Artista estava internado com pneumonia grave em Cotia, Grande SP.
O corpo do cantor Nelson Ned era velado na tarde deste domingo (5) no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo. O artista de 66 anos morreu nesta manhã no Hospital Regional de Cotia, também na região metropolitana. Ele estava internado desde sábado com pneumonia.
Segundo funcionários da Funerária Municipal de Cotia, o cantor morreu às 7h25 em decorrência de "choque séptico, sepse, broncopneumonia e acidente vascular cerebral". O corpo do cantor será cremado. A cerimônia de cremação está prevista para as 21h.
De acordo com a irmã do cantor Neuma Nogueira, que cuidava dele em São Paulo, Nelson teve infecção pulmonar e urinária e não respondeu ao tratamento. “Ele teve febre muito alta e estava muito debilitado. Nos últimos 2 dias, ele já estava inconsciente e respondia muito pouco”, disse.
Natural de Ubá, Minas Gerais, Nelson Ned fez fama como cantor de músicas românticas nos anos 60, quando já vivia no Rio de Janeiro. "Tudo passará", de 1969, foi um de seus grandes sucessos.
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Em 2003, o cantor sofreu um acidente vascular cerebral. Desde então, vivia no Recanto São Camilo, na Granja Viana, em Cotia, sob a guarda e cuidados de Neuma. O AVC afetou sua parte vocal, assim como memória. Ned foi casado duas vezes e teve três filhos com Marly, sua segunda esposa: duas filhas, de 32 e 33 anos, e um filho, que mora no México. Segundo a irmã Ned Helena, as filhas irão acompanhar o velório em São Paulo.
Família
Parentes recordavam com carinho do autor do sucesso "Tudo passará". "O Céu está mais romântico", disse Veronica Pinto, filha mais velha de Nelson. Ela contou que um dos últimos momentos que viveu com ele foi em seu aniversario, em dezembro. "Dei o primeiro pedaço de bolo para ele e ele ficou se achando", afirmou, com um sorriso no rosto.
Parentes recordavam com carinho do autor do sucesso "Tudo passará". "O Céu está mais romântico", disse Veronica Pinto, filha mais velha de Nelson. Ela contou que um dos últimos momentos que viveu com ele foi em seu aniversario, em dezembro. "Dei o primeiro pedaço de bolo para ele e ele ficou se achando", afirmou, com um sorriso no rosto.
A família acrescentou que, além das canções românticas, o cantor deixa um legado de superação, principalmente após sofrer um derrame que afetou sua voz. "Ele é um homem que só deixou exemplos. Só tenho a agradecer a Deus por ter nascido na família que ele nasceu. Para mim é um privilegio", afirmou Neide, uma de suas irmãs.
Outra filha de Nelson, Monalisa Pinto Pereira afirmou que o cantor foi "um pai, uma mãe, um amigo, um artista". "O Céu esta mais romântico. Está uma festa.”
Carreira
Primogênito dos 7 filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto, ele saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17 anos. Começou bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de uma fábrica de chocolates. Cantou em boates paulistas e cariocas antes da maioridade e era escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de Menores passava para fiscalizar.
Primogênito dos 7 filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto, ele saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17 anos. Começou bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de uma fábrica de chocolates. Cantou em boates paulistas e cariocas antes da maioridade e era escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de Menores passava para fiscalizar.
Tempos depois, passou a ser figura recorrente no programa do Chacrinha, que ele considera o “pai de sua carreira artística”. Foi na televisão que conquistou espaço e sucesso com o hit "Tudo passará", uma de suas primeiras músicas.“Ele foi um divisor de águas na minha vida. Me deu oportunidade e comida. Devo muito ao falecido amigo. Foi muito difícil ser cantor de brega e anão neste país”, relembrou Ned em entrevista ao G1, em 2012.
Com 32 discos gravados em português e espanhol, Ned cantou no Carnegie Hall e no Madison Square Garden, ambos em Nova York. Ele se converteu nos anos 90 à religião evangélica e, desde então, cantava músicas gospel. Em 1996, lançou a biografia "O pequeno gigante da canção", que fazia referência à sua altura, de 1,12m.
O hit "Tudo passará” era sua faixa predileta, conforme contou ao G1. “É a que mais gosto. Quando cantei em um programa fui aplaudido de pé no meio da música. Isso é ser brega? Quem não é brega quando fala de amor? É o amor que é brega, não a minha música.”
Principais discos:
1960 - "Eu sonhei que tu estavas tão linda/Prelúdio à volta"
1969 - "Tudo passará"
1970 - "Nelson Ned"
1979 - "Meu jeito de amar"
1992 - "Penso em você"
1993 - "El romantico de América"
1997 - "Jesus está voltando"
1998 - "Seleção de ouro/20 sucessos"
1999 - "Os melhores tangos e boleros"
1999 - "Tudo passará/Meu jeito de amar"
1969 - "Tudo passará"
1970 - "Nelson Ned"
1979 - "Meu jeito de amar"
1992 - "Penso em você"
1993 - "El romantico de América"
1997 - "Jesus está voltando"
1998 - "Seleção de ouro/20 sucessos"
1999 - "Os melhores tangos e boleros"
1999 - "Tudo passará/Meu jeito de amar"