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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Líder da greve da PM na Bahia, Marco Prisco é preso, diz MPF.


Foi preso na tarde desta sexta-feira (18), o líder da greve da PM na Bahia, Marco Prisco. De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), o pedido de prisão preventiva ajuizado pelo órgão foi concedido pela Justiça Federal na última terça-feira (15) e a prisão foi realizada na tarde desta sexta-feira pela Polícia Federal. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Prisco foi preso em Santo Antônio de Jesus, cidade a cerca de 190 km de Salvador, e será levado para Brasília.
Prisco, que é vereador e diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra), é processado pelo MPF por crime político grave e qualquer recurso contra a prisão dele só poderá ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal. A prisão será cumprida inicialmente em presídio federal localizado fora do estado da Bahia.
Segundo o MPF, o pedido foi feito na segunda-feira (14), dentro de uma ação penal movida pelo órgão em abril de 2013, que denunciou sete pessoas entre vereadores, soldados e cabos da PM por diversos crimes, a maioria deles contra a segurança nacional, praticados durante a greve realizada entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro de 2012.
Ainda de acordo com o MPF, a intenção do pedido de prisão preventiva é garantir a ordem pública.

Greve
A greve da Polícia Militar da Bahia foi encerrada na tarde de quinta-feira (17) após assembleia realizada entre líderes do movimento e PMs, no Wet'n Wild, espaço de shows em Salvador, onde parte da corporação permaneceu acampada desde a noite de terça-feira (15), quando o movimento foi iniciado. Logo após a assembleia, os policiais comemoraram bastante e gritaram em coro "A PM voltou".
De acordo com Marco Prisco, vereador e presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a categoria conseguiu um aumento de 25% no soldo (remuneração específica dos policiais) para o administrativo da PM; de 45%, para o operacional; e de 60%, para motoristas. Também foi aprovada a extinção do código de ética, nova discussão sobre o plano de carreira e fim do curso de cabo. "Os benefícios conseguidos hoje são para ativos e inativos”, afirmou o líder da PM.
“Estamos indo para a governadoria para a entrega do documento, pois primeiro precisávamos conversar com a categoria para votação e depois levar o documento assinado para o governo”, completou Marco Prisco.
De acordo com informações do coronel Gilson Santiago, diretor de comunicação da Polícia Militar, representantes da gestão estadual estão em reunião na sede da governadoria e devem se posicionar no final da tarde sobre os itens discutidos.
O fim da greve ocorreu no mesmo horário em que era realizada uma reunião entre o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, além de outras autoridades locais e nacionais. O encontro foi realizado na sede da governadoria, no Centro Administrativo da Bahia.
"Estamos satisfeitos com o fim da greve, pois não queríamos. O governo foi intransigente, mas conseguimos chegar a um acordo. Foi satisfatório esse resultado para nós e tenho certeza que, para a população, também. A população pode ficar tranquila", comentou o soldado Santos, da 41ª Companhia Independente de Polícia Militar, após participar da assembleia.
A Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autorizou o uso de tropas federais para a segurança do estado, está mantida mesmo com o fim da greve. A permanência ocorre até pelo menos o fim do feriado, quando vai ser feita a reavaliação da situação e verificada se a quantidade de policiais em atividade está normalizada.
Primeira reunião
Uma reunião entre o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, o coronel da Polícia Militar Alfredo Castro, representante do governo, e lideranças de associações da PM foi realizada na manhã desta quinta, no Largo dos Aflitos, na capital. Durante o encontro, uma nova contraproposta foi apresentada pelo coronel da PM aos grevistas e um documento foi elaborado pelas lideranças para ser submetido ao crivo da categoria em assembleia.
"Eu penso que minha participação foi modesta, mas de alguém que ajuda as pessoas a dialogar e desarmar o espírito. Hoje na missa eu disse 'a paz é um dom de Deus'. Vamos pedir que ela venha para toda a Bahia. Nem eu achei que viria uma resposta tão rápida", disse Dom Murilo Krieger após o fim da paralisação.
Segundo o coronel Castro, comandante da corporação, o reajuste nas Condições Especiais de Trabalho (CET), um dos principais pontos de divergência entre governo e grevistas, foi revisto . "O que mudou foram as condições das propostas no que diz respeito aos índices. Nós tivemos uma proposta feita anteriormente sem o índice de CET e nós colocamos agora o índice de CET. Também estamos colocando a retirada de sanção disciplinar, as faltas leves administrativas durante esse período de greve", disse o oficial. O governo explica que a CET é uma gratificação que atualmente vigora para oficiais e que os grevistas pedem que se estenda a todos do efetivo policial.
Homicídios
Foram registrados 39 homicídios em Salvador e região metropolitana pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia durante pouco mais de 42 horas desde o início da greve, que começou por volta das 19h30 da terça. Na segunda-feira (14), dia que anteceu o início da paralisação, foram registrados seis homicídios em Salvador e região, segundo dados da SSP-BA.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da SSP, esse número foi contabilizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa até as 13h40 desta quinta-feira. A secretaria ressalta que ainda é preciso um período de investigação para saber se essas mortes estão relacionadas à redução do policiamento nas ruas devido à greve da PM.
Em 2012, a média foi de 4,3 homicídios por dia em Salvador. Já em 2013, esse número caiu para 3,91. Em 2014, nos meses de janeiro e fevereiro, a média diária de assassinatos foi de 5,5, enquanto em março foi de 6,6. Já no mês de abril, em apenas 17 dias foram contabilizados 123 homicídios em Salvador e região metropolitana, o que representa 7,2 assassinatos diariamente. Durante a greve da PM, que durou pouco mais de 43 horas, a média do número de assassinatos por dia foi de quase 20 homicídios. 
 Assembleia aprovou o início da greve da PM (Foto: Imagens/G1)Assembleia aprovou o início da greve da PM na BA
(Foto: Imagens/G1)
Justiça
Na quarta-feira, a greve foi considerada inconstitucional pela Justiça da Bahia, que estipulou multa diária de R$ 50 mil. O governo afirmou que as reivindicações das associações de policiais grevistas "ultrapassavam o limite orçamentário do Estado".
Nesta quinta, a Justiça Federal determinou a suspensão imediata da paralisação, estipulou multa em R$ 1,4 milhão, além de bloquear bens das associações grevistas.
Enquanto governo e categoria não chegavam a um acordo, tropas do Exército reforçavam a segurança nas ruas de Salvador. Durante a madrugada de terça (15), houve uma série de saques e arrombamentos pela cidade.
Saqueadores roubam supermercado e quebram produtos (Foto: Imagens/TV Bahia)Saqueadores roubam supermercado e quebram
produtos em Salvador (Foto: Imagens/TV Bahia)
Saques
A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos da capital contabilizou 60 carros roubados no primeiro dia de greve da Polícia Militar. Segundo o delegado titular da unidade, Marcos César Silva, essa quantidade foi registrada entre terça (15) e quarta-feira (16), e representa um número três vezes maior do que o registrado em um dia comum. "Isso aqui está um inferno na terra. O movimento triplicou", afirmou o delegado
Na madrugada desta quinta-feira, uma loja de eletrodomésticos foi invadida no bairro da Calçada, na Cidade Baixa, também em Salvador. Segundo informações da polícia, um grupo de homens entrou no estabelecimento com um carro e roubou diversos produtos da loja. Um veículo foi abandonado no local. Já por volta das 5h desta quinta-feira, um supermercado da rede Cesta do Povo foi arrombado no bairro da Fazenda Grande I. De acordo com a polícia, um grupo ainda ateou fogo ao estabelecimento.
No bairro de Cosme de Farias, na noite de quarta-feira (16), um mercado local foi arrombado por moradores da região. O estabelecimento foi completamente saqueado pelo grupo.
Ainda na noite de quarta, outros quatro estabelecimentos foram arrombados e saqueados em Salvador. Três deles no bairro de Brotas. No supermercado Bompreço, saqueadores levaram diversos produtos, quebraram objetos e sujaram todo o local. Já em Camaçari, região metropolitana de Salvador, um caixa eletrônico foi explodido por um grupo de homens.
Ainda no bairro de Brotas, só que nas Lojas Americanas, um carro foi utilizado para arrombar a porta da Lojas Americanas, que também foi saqueada. Homens do Exército foram até o local, mas não encontraram os assaltantes.
Já no Vale do Ogunjá, no mesmo bairro, o assalto foi realizado no supermercado GBarbosa. Seis homens foram presos pela Polícia de Choque (PM) durante a ação. No supermercado Bompreço, localizado na Avenida Garibaldi, produtos também foram levados após o arrombamento do local.

Após prisão de líder, PMs ameaçam retomar greve.







Por André Uzêda e João Pedro Pitombo 
SALVADOR, BA, 18 de abril (Folhapress) - Os policiais militares da Bahia ameaçam retomar a greve no Estado em retaliação à prisão, hoje, do soldado Marco Prisco, líder do movimento encerrado nesta semana. 
Vereador em Salvador pelo PSDB e diretor-geral da Aspra, uma das associações que encabeçaram a paralisação, Prisco foi detido pela Polícia Federal em um resort na região da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia), segundo informações do Ministério Público Federal. 
De acordo com o vice-presidente da Aspra, Fabio Brito, a prisão de Prisco poderá desencadear uma nova paralisação da PM baiana. A paralisação anterior durou cerca de dois dias e foi encerrada ontem após acordo entre os policiais e o governo do Estado. 
Brito afirmou que líderes da categoria estão reunidos e devem realizar uma nova assembleia hoje, no mesmo parque aquático inativo onde foi deflagrada a greve da última terça-feira. 
"Foi uma traição. Assim fica difícil confiar nos Poderes da Bahia. Os policiais não ficaram satisfeitos em saber que no dia seguinte ao fim da greve um dos nossos líderes foi preso", disse. 
A prisão, segundo a Procuradoria, que fez o pedido, não tem relação com a greve desta semana, mas com a paralisação de 2012. 
O Ministério Público Federal move desde abril de 2013 uma ação penal que resultou na denúncia de Prisco e de outras seis pessoas sob acusação de crimes cometidos durante a greve anterior da PM baiana, que durou 12 dias entre janeiro e fevereiro de 2012. 
Em nota, o MPF afirmou que Prisco é processado por "crime político grave" e que a intenção do pedido de prisão foi "garantir a ordem pública". O vereador será levado para Brasília, onde ficará no Complexo Penitenciário da Papuda. Qualquer recurso contra sua detenção, segundo o MPF, só poderá ser ajuizado no STF (Supremo Tribunal Federal).

Líder da greve da PM, Marco Prisco é preso pela Polícia Federal, Bahia.



Ele foi preso em um resort na Costa do Sauípe, no Litoral Norte.

O vereador Marco Prisco Caldas Machado, líder do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, foi preso na tarde desta sexta-feira (18), a pedido do Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA). O pedido de prisão preventiva ajuizado pelo MPF foi concedido pela 17ª Vara Federal na terça-feira (15). 

Diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra), Prisco foi localizado pela Polícia Federal em um resort na Costa do Sauípe, no Litoral Norte, e transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. 
O pedido de prisão foi feito dentro da ação penal movida pelo MPF em abril de 2013, que denunciou sete pessoas entre vereadores, soldados e cabos da PM por diversos crimes, a maioria deles contra a segurança nacional, praticados durante a greve realizada entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro de 2012. Segundo o MPF, a intenção do pedido de prisão preventiva é garantir a ordem pública.
Prisco está sendo processado pelo MPF por crime político grave. De acordo com o Ministério Público, qualquer recurso contra sua prisão poderá ser ajuizado apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). 
Prisco está sendo processado pelo MPF por crime político grave (Foto: Betto Jr/Arquivo CORREIO)
Na quarta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, já havia concedido liminar determinando a imediata paralisação da greve dos policiais militares, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1,4 milhões. 

A Justiça determinou, ainda, o bloqueio de bens de Prisco e mais 13, entre as associações envolvidas no movimento paredista e seus dirigentes. Os bens seguem bloqueados como medida para assegurar a possibilidade de ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos.

Proposta aceita por PMs é quase igual à rejeitada no início; exército fica na cidade até feriado.


Em 43 horas, morreram 53 pessoas só em Salvador, e o ganho da categoria foi: anistia para quem participou e 15% em gratificação para tenentes.

A Semana Santa, para os cristãos, é o momento de refletir sobre o sacrifício de Jesus, que deu sua vida para salvar a humanidade. Nas 43 horas de greve da Polícia Militar, que acabou ontem às 14h, só em Salvador foram sacrificadas — assassinadas —  53 pessoas. A troco de quê?
 O acordo assinado ontem pela categoria que pôs fim à paralisação contém praticamente as mesmas propostas que foram apresentadas pelo governo do estado no fim de tarde de terça-feira, e negadas pela categoria na assembleia que iniciou a greve. 
Às 19h de terça, o vereador Marco Prisco (PSDB), presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado (Aspra), fez a leitura da proposta pela primeira vez, em uma assembleia com cerca de 5 mil policiais que durou menos de cinco minutos, no Wet’n Wild. A possibilidade de greve foi colocada em votação e o resultado foi aclamado com os braços para o alto e aos gritos de “a PM parou”.
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Ontem, após uma quarta-feira de negociações frustradas, os líderes do movimento leram praticamente a mesma proposta, e durante 35 minutos a elegeram como “vitória histórica” da categoria, como disse o próprio Prisco. “Foi histórica porque vamos sair daqui de cabeça erguida. Ninguém vai sair daqui perseguido”, disse ele.
A proposta aprovada ontem teve apenas duas novidades:  a anistia nos processos administrativos para que todos os policiais que participaram dessa greve não sejam punidos  (item que, claro, não seria necessário se o acordo fosse feito na terça) e o aumento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) para uma das patentes, que não estava contemplada na proposta inicial – os tenentes, que tiveram o percentual da gratificação elevado de 110% para 125%, igualando assim aos demais níveis do oficialato. 
Após o discurso de Prisco, os presidentes das seis entidades envolvidas se manifestaram, todos comemorando o acordo. “Batalhas  se vencem no campo de batalha e na mesa de negociações, e saímos vitoriosos”, acrescentou o presidente da Associação dos Oficiais do Quadro Auxiliar da PM baiana, major Ubiraci Vieira. “A vitória foi nossa, do governo do estado e da sociedade. A partir de segunda-feira, vamos sentar numa mesa para começar as discussões sobre o acordo que vamos firmar”, completou o presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia, tenente-coronel Edmilson Tavares. 
No fim dos discursos, antes mesmo de consultar os policiais para saber se eles concordavam com a proposta, Prisco chegou a prometer um churrasco “de graça, 0800” ao som de arrocha para comemorar o acordo, bancado pelas associações. A festança, todavia, ficou para ser marcada para outro dia. As mãos se levantaram homologando o acordo, e um novo grito, de “A PM voltou”, saiu, dessa vez tímido, após o pedido de Prisco.  
Outros pontosEntre os itens acordados – presentes na primeira proposta – está o aumento do CET de 0% para 25% para os praças que trabalham na área administrativa, de 17% para 45% para os praças operacionais (que vão para as ruas) e de 35% para 60% para os praças motoristas. 
O texto ainda promete regulamentar o Artigo 92 do Estatuto da PM, que prevê o pagamento de adicionais de insalubridade, periculosidade e demais auxílios, mas sem estabelecer prazos.
Assim como na proposta original, também mantiveram-se os compromissos de rediscutir o projeto de lei que cria o Plano de Reestruturação da PM. O governo garantiu que irá retirar a proposta de Código de Ética e rediscutir o estatuto e plano de carreira da categoria, para que em um mês um novo projeto seja enviado para a votação na Assembleia Legislativa. Nenhum dos pontos da proposta enviada ontem pelos manifestantes ao governo do estado – que somados teriam custo de R$ 600 milhões – foi acatado.
Na saída do Wet’n Wild, era visível o descontentamento de parte dos policiais com o acordo. “O fim da greve não se deu por satisfação dos PMs. Os ganhos foram poucos. A cidade estava um caos e por isso resolvemos voltar. Estamos bastante descontentes com o governo, mas felizes com a população, que nos apoiou”, disse o cabo Agnaldo Souza, 44 anos.
O major Ubiraci, um dos líderes do movimento, tentava consolar. “Nem tudo se conquista de vez, tensionar não se chega a lugar nenhum. Realmente, não foi o que esperávamos, conquistas mais deveriam ter vindo, mas virão, com certeza. O grande trunfo é continuar lutando. Eles têm que entender que esse momento bastou”, afirmou. 
Negociação  As pressões pelo fim da greve  vieram de vários lados.  No início da manhã, Prisco foi recebido no Palácio Thomé de Souza pelo prefeito ACM Neto (DEM), que pediu pelo fim da greve. Neto recebeu um telefonema do governador Jaques Wagner (PT), que colocou o comandante da PM, coronel Alfredo Mascarenhas, à disposição para negociar um acordo. 
Marcou-se, então, uma nova reunião na sede da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), no Largo dos Aflitos. Na mesa, além do vereador e do comandante da PM, sentaram-se membros das outras cinco entidades de policiais, deputados e vereadores. Para mediar a mesa, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger. 
“Houve um desejo de todos de se chegar a um consenso. Percebi boa vontade, estava todo mundo preocupado, um vendo a violência e o outro com medo de ser atingido por ela. Pedi para que a gente desarme os corações”, disse o líder religioso. De lá, saiu o acordo que foi levado de imediato aos policiais. 
Dom Murilo foi até o Wet’n Wild, rezou com os grevistas antes da assembleia e sorriu ao perceber que sua colaboração surtiu efeito. “Como a paz é importante e como é importante para ter a paz o trabalho da polícia!”, exaltou.
Exército permanecerá nas ruas pelo menos até fim do feriadoApesar do fim da greve, o governador Jaques Wagner anunciou, ontem, que o Exército permanecerá nas ruas pelo menos até o fim do feriado. Cerca de 7,5 mil homens devem continuar a postos em Salvador, já que não chegaram a ser deslocados para o interior.
Wagner concedeu entrevista, ontem, após uma reunião para planejar o policiamento durante o regime de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que dá ao Exército o poder de polícia e foi decretado pela presidente Dilma Rousseff por causa da greve. “O nosso planejamento não se encerra aqui, porque temos um feriado pela frente, então vamos manter a GLO até a normalidade ser reconquistada”, assegurou.
O governador disse ainda que voltará à negociação com os policiais para discutir as questões estruturais da remuneração policial no futuro. Mas não poupou críticas ao movimento. “O que foi assinado hoje é absolutamente igual ao que tinha sido ofertado a eles antes. A única coisa que melhorou foi a CET dos tenentes, algo muito pequeno, o resto é absolutamente igual ao assinado antes da greve”, criticou.
Presente à reunião, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou a inconstitucionalidade da greve e prometeu ação rápida caso o mesmo ocorra em outros estados. “Não é justo que interesses corporativos fiquem acima dos interesses da sociedade”, disse. Apesar dos homicídios em alta, o general Racine Bezerra Lima, comandante da 6ª Região Militar e líder do Exército no período, considerou: “Tivemos um dia e noite de relativa normalidade. O objetivo de nossa operação foi garantido”.
Justiça bloqueia bens de Marco Prisco, líder do movimento
Líder do movimento grevista, vereador pelo PSDB e pré-candidato a deputado estadual, Marco Prisco, foi um dos alvos do Ministério Público Federal (MPF), na tentativa de pressionar os policiais a voltarem ao trabalho.
Na quarta-feira, a pedido do MPF, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), sediado em Brasília, concedeu uma liminar determinando o bloqueio de bens do político, uma medida que visa garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos, a exemplo do uso da Força Nacional de Segurança Pública para o estado.
A decisão ainda determinou a imediata paralisação da greve da PM, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1,4 milhão e o bloqueio de bens das associações envolvidas no movimento paredista e de seus dirigentes.
O bloqueio de bens de outros líderes também foi solicitado. Foram eles: Jackson da Silva Carvalho, presidente da ABSSO-BA, Agnaldo Pinto de Sousa, presidente da APPM-BA, Edmilson Tavares Santos, presidente da AOPM-BA (Força Invicta), José Alberto da Silva, diretor financeiro da AOAPM-BA, Nelzito Coelho Oliveira Filho, presidente da Associação Dois de Julho-BA, Ubiraci Vieira dos Santos, presidente da AOAPM-BA e Paulo Sérgio Simões Ribeiro, diretor financeiro da Força Invicta. As associações  também são réus no processo.

Justiça determina fim da greve da PM sob pena de multa diária de mais de R$1 milhão.



Caso a greve da PM não seja encerrada imediatamente, foi determinada uma multa diária de R$ 1,4 milhões de reais. Os bens de Prisco também foram bloqueados.

Uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, determina o fim imediato da greve dos policiais e bombeiros militares da Bahia sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1,4 milhões de reais. Além da decisão, a Justiça também ordenou o bloqueio dos bens do vereador Marcos Prisco, líder da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra).
A multa deverá ser paga por 14 réus da ação do Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) - além de Marcos Prisco e da Aspra, são citadas as Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM/BA), Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPM/BA - Força Invicta), Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar do Estado da Bahia (AOAPM/BA), Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar Da Bahia – (ABSSO/BA), Associação dos Bombeiros Militares da Bahia (Associação Dois de Julho/Ba), Jackson da Silva Carvalho, presidente da ABSSO/BA, Agnaldo Pinto de Sousa, presidente da APPM/BA, Edmilson Tavares Santos, presidente da AOPM/BA - Força Invicta, José Alberto da Silva, diretor financeiro da AOAPM/BA, Nelzito Coelho Oliveira Filho, presidente da Associação Dois de Julho/BA, Ubiracy Vieirados Santos, presidente da AOAPM/BA e Paulo Sérgio Simões Ribeiro, diretor financeiro da AOPM/BA - Força Invicta.
A decisão foi tomada na tarda da quarta-feira (16), depois de que foi decretada a ilegalidade da greve dos PMs. O bloqueio de bens visa garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos, a exemplo do uso da Força Nacional de Segurança Pública para o estado. 

Greve da PM na Bahia: Cerveja foi a mercadoria preferida dos saqueadores aos supermercados.



A bebida foi a mercadoria mais roubadas por jovens, adultos, crianças e até famílias, segundo relato de funcionários e seguranças das lojas visitadas pelo CORREIO.

 

Mesmo sem o peixe garantido, não vai faltar a cervejinha neste feriadão de Semana Santa — pelo menos para os saqueadores a supermercados de Salvador, que agiram nos três dias de greve da Polícia Militar.
A bebida foi a mercadoria mais roubadas por jovens, adultos, crianças e até famílias, segundo relato de funcionários e seguranças das lojas visitadas pelo CORREIO, que, ontem, flagrou uma sucessão de saques à Cesta do Povo de Cajazeiras X.
Não por acaso, a bebida era a mercadoria que enchia os carrinhos dos saqueadores. O flagrante foi registrado ontem, mas a loja vinha sendo roubada desde a noite da última quarta-feira, após um grupo abrir um buraco de 60 m de altura e 80 m largura, na lateral do prédio. 
Rastro de destruição na Cesta do Povo, em Cajazeiras X: após saques seguidos, população incendiou loja(Foto: Mauro Akin Nassor)
Em seguida, o grupo  derrubou uma das portas e uma multidão entrou. Uma guarnição da 13ª Delegacia (Cajazeiras) espantou parte dos saqueadores, que voltou após a saída dos agentes e, com raiva, ainda incendiou a loja.
Por volta das 10h de ontem, a fumaça ainda saía do prédio, mas a população ignorava o risco de o teto desabar, para retirar as sobras. A distância, a equipe do CORREIO flagrou grupos de motociclistas, motoristas e pedestres levando caixas de cerveja, refrigerantes e energéticos.
Os mais ágeis eram os motociclistas. Em dupla, iam e voltavam com pacotes de Skol, Skin e Grau. Mulheres contavam com os filhos para carregar as “compras”. “Bora menino com isso aí. Sua tia está esperando”, disse uma senhora a uma das três crianças. As bebidas eram transportadas em carrinhos da própria loja.
Saqueador empurra carrinhos de compras, da própria loja, lotado delatas de  cervejas
(Foto: Mauro Akin Nassor)
Duas pessoas foram detidas por agentes da 13ª Delegacia  (Cajazeiras) para averiguação, entre elas um adolescente de 17 anos. “Ia cortar o cabelo quando fui abordado pela polícia”, justificou. O outro detido, um auxiliar de serviço gerais, também negou que fizesse parte dos saqueadores.
Churrascão
Na Cesta do Povo de Alto de Coutos, arrombada na quarta, as bebidas também foram os produtos mais disputados. Segundo populares, um grupo de moradores usou um pé-de-cabra para ter acesso ao local.
“Essa loja tinha mais cerveja do que comida. No mesmo dia, uma turma fez um churrascão com o que foi levado”, disse um rodoviário. Na madrugada de quarta, a Cesta do Povo do Ogunjá foi arrombada — cervejas e alimentos foram levados.
O presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que administra as lojas da Cesta do Povo, Eduardo Sampaio, confirmou que a greve ter ocorrido próximo à Semana Santa contribuiu para os saques de bebidas e pescados. “Como esse é um período de pré Semana Santa, e estávamos bem abastecidos, roubaram bacalhau, camarão, salmão, pescada amarela, além das bebidas, que foram alvo da maior parte dos saques”, disse.
Aglomeração na porta da loja: crianças e até famílias participaram de arrastão a mercado
(Foto: Mauro Akin Nassor)
Sampaio estima o prejuízo em R$ 2 milhões. As lojas de Cajazeiras X, Caixa D'Água e Alto de Coutos podem não ser reabertas. Já as unidades do Ogunjá, São Thomé de Paripe, Barros Reis, Estrada das Barreiras e Castelo Branco funcionam amanhã, a partir das 12h, com reforço na segurança.
Prejuízo  
Também no Ogunjá, o G Barbosa sofreu ataques — foram levados TVs e micro-ondas. Em Brotas, o Bompreço foi invadido por cerca de 30 pessoas. Segundo funcionários, foram roubados cerveja, uísque, refrigerante, carnes e peixes. Ainda na quarta, 50 pessoas invadiram o Hiper Bompreço da Garibaldi e levaram bebidas, roupas e eletrônicos.  
Buraco aberto, na última quarta, pela população em uma das laterais da Cesta do Povo(Foto: Mauro Akin Nassor)
A assessoria do GBarbosa informou que não vai divulgar o prejuízo durante a greve. Já o Bompreço disse que está concluindo um levantamento dos saques.

Após acordo, policiais militares decidem encerrar a greve na Bahia.

Greve foi deflagrada durante assembleia no início da noite da última terça (15)
Os policiais militares e bombeiros da Bahia decidiram encerrar a greve deflagrada no início da noite da última terça (15). O coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, apresentou os itens da contra-proposta elaborada pelo Governo do estado, em assembleia realizada no Wet'n Wild, na tarde desta quinta-feira (17), e perguntou aos policiais se eles aprovavam. A maioria levantou as mãos, em sinal de que aprovava o fim da paralisação, gritando em coro "ô, ô, a PM voltou". 

Detalhes do acordo que pôs fim à greve dos militares ainda não foram divulgados. A contra-proposta do Governo foi elaborada durante a madrugada e apresentada aos líderes dos grevistas pelo coronel da Polícia Militar Alfredo Castro na manhã desta quinta (17), no Quartel do Comando Geral da Polícia, nos Aflitos. O arcebispo-primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, foi convidado para participar da reunião e abençoou o acordo. 
Dom Murilo Krieger acompanhou a assembleia no Wet (Foto: Yuri Almeida/Reprodução/Twitter)
A categoria, que reúne pelo menos 34 mil homens na ativa no estado, reivindicava melhoria salarial, mudanças na política remunerativa, plano de carreira, acesso único ao quadro de oficiais, um Código de Ética, aposentadoria com 25 anos de serviço para a Polícia Feminina, aumento do efetivo, bacharelado em Direito para os oficiais, além de elevação de toda a tropa para o nível superior entre 2014 e 2018.
A assembleia desta quinta-feira (17) contou com as diversas associações da categoria, como a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (Força Invicta).

Consenso
Segundo a Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia (Secom), com o encerramento da paralisação, o Governo do Estado e representantes de entidades de policiais militares vão retomar as negociações para implantação do Plano de Modernização da PM. De acordo com o governo, houve consenso nos seguintes pontos:
- aumento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) dos praças na proporção de 25% para as funções administrativas, 45% para as operacionais, 65% para os motoristas e Regime de Tempo Integral (RTI) para os oficiais, com atualização da lei;
- retirada para nova discussão da proposta do Código de Ética e rediscussão das propostas do Estatuto e Plano de Carreira;
- rever os processos administrativos e disciplinares referentes à mobilização de 2012;
- e regulamentar o artigo 92 do Estatuto dos Policiais Militares, nas bases a serem negociadas com o Governo do Estado, Associações e PM – o artigo trata dos auxílios alimentação, funeral, fardamento para alunos em formação, transporte e bagagem.

Os pontos listados estão em um documento assinado por dirigentes de seis associações representativas da categoria, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, e o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.
Multa
Na tarde de quarta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), sediado em Brasília, concedeu liminar determinando a imediata paralisação da greve dos policiais militares na Bahia, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1,4 milhões. A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens de Marco Prisco, das associações envolvidas no movimento e de seus dirigentes. 

A decisão foi tomada a partir de pedido urgente ajuizado por meio do Ministério Público Federal (MPF). Segundo a Justiça, o bloqueio de bens visa garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos, a exemplo do uso da Força Nacional de Segurança Pública para o estado. 
ConsequênciasDurante as 36 horas de greve dos policiais militares, 25 pessoas foram mortas e outras quatros ficaram feridas em Salvador, segundo o boletim diário de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Entre as vítimas estão crianças, adolescentes e policiais militares. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, nas últimas 24 horas, houve um aumento superior a 100% no numero de agressões físicas por arma de fogo e branca na capital.
Ruas ficaram desertas, lojas foram saqueadas e os pontos de ônibus ficaram vazios por conta do medo da população. Pelo menos 50 pessoas foram presas em flagrante por roubo a mão armada, arrombamentos e saques. Centenas de ônibus deixaram de circular para evitar ataques de vândalos e arrastões. 

Nasa anuncia a existência do planeta mais parecido com a Terra.


Kepler-186F faz parte de um sistema, com mais outros quatro planetas. Tem 14 mil quilômetros de diâmetro.





A Agência Espacial Americana anunciou, oficialmente, a existência do planeta mais parecido com a Terra já descoberto até hoje.
Nasa usou um foguete para lançar o telescópio Kepler ao espaço. E foi com esse equipamento que os pesquisadores descobriam o novo planeta.
O Kepler-186F faz parte de um sistema, com mais outros quatro planetas. Tem 14 mil quilômetros de diâmetro.
É 10% mais largo do que a Terra. E os cientistas acreditam que seja rochoso. As semelhanças não param por aí.
O mais importante da descoberta é que o Kepler-186F está na chamada zona habitável de um sistema. Nesta região, as temperaturas permitem que haja água em estado líquido na superfície do planeta.
Isso cria condições, pelo menos teoricamente, para sobrevivência de espécies. O Kepler-186F orbita em uma estrela anã vermelha - tem a metade do tamanho do nosso Sol e é um pouco mais fria.
Por isso, um ano lá dura só 130 dias. Mesmo assim, os pesquisadores dizem que este é um momento histórico.

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