Em comunicado, operadora destaca momento "desafiador" do país e do setor de telecomunicações. Empresa já tinha demitido 150 diretores e gerentes em 2014
01 de Abril de 2015 - 17h51
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A operadora Oi vai cortar 1.070 postos de trabalho no país ao longo do mês de abril. O número corresponde a 6% do quadro de funcionários diretos da empresa. As demissões atingem todos os setores da empresa. Vale notar que esse corte significativo acontece alguns meses após demitir cerca de 150 diretores e gerentes, em outubro de 2014.
Em comunicado oficial, a telco destaca o momento “desafiador” pelo qual passa a economia do país e o setor de telecomunicações. “Considerando este cenário e os próprios desafios da companhia, a Oi desenvolveu um Plano Orçamentário para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e de rentabilidade, com vistas ao fortalecimento da empresa e de sua sustentabilidade”, afirma a operadora. De acordo com a empresa, esses cortes resultaram numa redução de cerca de 20% das despesas relacionadas à estrutura pessoal da operadora.
Por fim, a Oi destaca que gera cerca de 177 mil empregos diretos e indiretos no país, mesmo com essas demissões recentes. “Além disso, a Oi tem um histórico de investimentos em larga escala no país. Foram investidos mais de R$ 87 bilhões desde a privatização do setor de telecomunicações, em valores não corrigidos. A companhia também é responsável por um volume altamente expressivo de arrecadação de impostos, com quase R$ 150 bilhões de reais entre 2007 e 2013, em tributos diretos e indiretos.”
Crise geral
Mas a Oi não está sozinha nessa. Segundo a Reuters, a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações (Fenattel) destaca que a Telefônica e a Nextel realizaram recentemente cortes parecidos, na casa de 1 mil funcionários cada.
Procuradas pela reportagem da agência, a Telefônica e a Nextel confirmaram que realizaram cortes recentes, mas não informaram o número de demissões.
Confira abaixo o comunicado completo da Oi sobre o assunto:
“O ano de 2015 é desafiador em todo o contexto macroeconômico do país e também no setor de telecomunicações. Considerando este cenário e os próprios desafios da companhia, a Oi desenvolveu um Plano Orçamentário para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e de rentabilidade, com vistas ao fortalecimento da empresa e de sua sustentabilidade. Os pilares do Plano 2015 da Oi se desdobram em iniciativas que têm como foco o controle de custos e o ganho de agilidade na tomada de decisões. A companhia elaborou e vem executando desde outubro de 2014 mais de 250 ações com esse propósito, como redução de despesas administrativas (gastos com viagens aéreas e deslocamentos de táxi), limite de horário para consumo de energia elétrica, controle rigoroso da jornada de trabalho e renegociação de contratos com fornecedores.
A Oi acrescenta que, mesmo com a redução do quadro funcional, continua sendo um dos maiores grupos empregadores do Brasil, gerando cerca de 177 mil empregos diretos e indiretos em todo o território nacional. Além disso, a Oi tem um histórico de investimentos em larga escala no país. Foram investidos mais de R$ 87 bilhões desde a privatização do setor de telecomunicações, em valores não corrigidos. A companhia também é responsável por um volume altamente expressivo de arrecadação de impostos, com quase R$ 150 bilhões de reais entre 2007 e 2013, em tributos diretos e indiretos.Em linha com essa estratégia, a Oi também iniciou no ano passado a simplificação de sua estrutura organizacional no nível executivo da companhia. A iniciativa teve como propósito aumentar a eficiência na gestão e no controle, além de agilizar o processo de tomada de decisões em todos os níveis da empresa. Este processo se estendeu em 2015 a todos os níveis da empresa, com uma análise profunda da estrutura e dos negócios da companhia, o que resultou numa redução de aproximadamente 20% nas despesas relacionadas à estrutura de pessoal da Oi. Esse movimento é resultado da redução, em abril, de 1.070 posições nos quadros da companhia; do bloqueio de vagas que estavam abertas; do desligamento de executivos ocorrido em outubro, no início do processo de simplificação da estrutura; e do natural processo de turnover que ocorre mensalmente numa companhia com o porte da Oi.