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Google recebe multa de R$ 50 mil por fotos e vídeo de Cristiano Araújo morto. (Foto: Divulgação)
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As imagens divulgadas nas redes sociais mostram os corpos do cantor e sua namorada, Allana Moraes, que também morreu no acidente, sendo preparados para o enterro.
A juíza Denise Gondim de Mendonça, da 5º Vara Cível da capital, que analisou o recurso, negou o pedido e ainda determinou o pagamento de uma multa "pela má fé praticada", já que algumas imagens ainda podem ser encontradas no Google. Em nota enviada ao site G1 Goiás, a assessoria de imprensa do Google informou que vai recorrer da decisão.
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Allana e Cristiano morreram em acidente. (Foto: Reprodução/Instagram)
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Vazamento de fotosO cantor Cristiano Araújo, 29 anos, e a namorada, Allana Moraes, de 19 anos, morreram após um acidente de carro na BR-153, em Goiás, quando voltavam de um show em Itumbiara, no sul do estado.
O empresário Victor Leonardo e o motorista do cantor, Ronaldo Miranda, também estavam no veículo e se feriram no acidente, mas já tiveram alta médica.
A
família do cantor entrou na Justiça com ação por danos morais contra a Clínica Oeste, onde foram registradas imagens do corpo do artista sendo preparada para o enterro. Também foram acionadas a Funerária Paz Eterna, contratada para o transporte, e a seguradora do plano funerário, que não teve o nome divulgado.
A ação foi protocolada na tarde de quarta-feira (1º) no Fórum de Goiânia em nome do pai do músico, José Reis de Araújo. "Pedimos uma indenização para a família do cantor, a título de danos morais, em função dos transtornos causados pela exposição das imagens do corpo. Além do sofrimento que eles já enfrentavam, ainda tiveram que lidar com essa situação e ficaram consternados", disse ao G1 a advogada Amelina Moraes do Prado.
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Funcionários de clínica onde corpo de Cristiano Araújo foi filmado foram indiciados pela polícia. (Foto: Divulgação)
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O vazamento de imagens do cantor aconteceu no dia seguinte à morte dele. Vídeos e fotos circularam nas redes sociais mostrando tanto o cantor sem vida como a namorada dele, Allana Moraes, que também morreu no acidente.
A Clínica Oeste disse em nota que "lamenta profundamente a divulgação de imagens do corpo do cantor Cristiano Araújo e que a família e os fãs do artista tenham de passar por essa situação". Disse ainda que não foi notificado sobre a ação, mas tomará todas as providências junto à Justiça quando isso acontecer.
A Funerária Paz Eterna também disse que não foi notificado. "Se assim for, vamos apresentar a nossa defesa no momento adequado", diz nota. Valores da indenização não foram citados pela defesa.
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Acidente aconteceu na BR-153, em Goiás. (Foto: Divulgação)
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InvestigaçãoA Polícia Civil indiciou três pessoas pelo crime de vilipêndio de cadáver (desrespeito ao corpo), que tem pena prevista de 1 a 3 anos de prisão. Segundo as investigações, os técnicos em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluídos do corpo para o enterro) Marco Antônio Ramos, 41 anos, e Márcia Valéria dos Santos, 39 anos, foram os responsáveis pela produção do vídeo.
Os dois, que trabalhavam na Clínica Oeste, foram demitidos por justa causa. O estudante de enfermagem Leandro Almeida Martins, 24 anos, apontado como o responsável por disseminar os vídeos e fotos nas redes sociais, também foi indiciado.
De acordo com o delegado Eli José de Oliveira, responsável pelo caso, Márcia foi quem gravou o momento em que o corpo do cantor era preparado por Marco, que foi indiciado por ser cúmplice e não ter impedido a colega de fazer a gravação.
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Polícia acredita que Allana e Cristiano não usavam cinto de segurança no momento do acidente. (Foto: Reprodução/Instagram)
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Segundo informações da polícia, Márcia enviou o vídeo a Leandro, que estuda na mesma universidade que ela e foi responsável por disseminar o material. O jovem repassou o vídeo para duas tias, de 39 e 40 anos.
As duas mulheres somente não foram indiciadas porque, em depoimento, alegaram que ficaram horrorizadas e excluíram o arquivo antes que pudessem terminar de assistir. Os celulares das duas foram apreendidos e passam por perícia.
"[O procedimento] vai confirmar essa versão de que não enviaram a gravação, que foi feita de forma desrespeitosa e humilhante. Se algo for comprovado, mesmo após a conclusão do inquérito, elas poderão ser indiciadas", disse o delegado.
Não há prazo para que o laudo da perícia dos celulares fique pronto. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário.
Em nota enviada ao G1 Goiás, na última quinta-feira (2), a Clínica Oeste disse que "lamenta profundamente a divulgação de imagens do corpo do cantor e que a família e os fãs do artista tenham de passar por essa situação".