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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Randy Blythe, do Lamb of God, lembra prisão antes do Rock in Rio; leia prévia

Líder da banda de metal foi acusado de matar fã na República Tcheca.
Trechos de livro lembram 'carcereiro metaleiro' e reflexões na cadeia; leia.

Do G1, em São Paulo
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Randy Blythe, do Lamb of God, em show no Madison Square Garden, em Nova York, em 14 de November de 2009 (Foto: Cory Schwartz / Getty Images / AFP)Randy Blythe, do Lamb of God (Foto: Cory Schwartz
/ Getty Images / AFP)
Antes do Palco Sunset do Rock in Rio, "dias sombrios" se passaram na vida de Randy Blythe, do Lamb of God. Este é o nome do novo livro ("Dark days", ainda sem edição em português) em que o músico de 44 anos lembra a acusação de homicídio na República Tcheca. Ele teria empurrado um fã que tentava subir no palco em um show. O jovem de 19 anos bateu a cabeça e morreu. O líder da banda de metal ficou 37 dias preso em 2012 e sete meses à espera de julgamento, antes de ser inocentado.
O Lamb of God toca no Rock in Rio no dia 24 de setembro, quinta-feira, logo antes do Deftones no Palco Sunset. O mesmo dia tem System of a Down, Queens of the Stone Age e Hollywood Vampires no Palco Mundo.
No livro, que sai no dia 14 de julho, Blythe se lembra de conhecer um "carcereiro metaleiro" na chegada da prisão, mostra como ficou "perdido na tradução" ao tentar falar com colegas de cela, e compartilha reflexões que teve enquanto encarcerado. Ele se chama de "rockstar barato", desdenhando da fama, mas não esconde a alegria de encontrar uma groupie após chegar livre de volta aos EUA.
Leia abaixo trechos do livro "Dark days", divulgados no Instagram por Randy Blythe:
Capa de 'Dark days', de Randy Blythe (Foto: Divulgação)Capa de 'Dark days', de Randy Blythe (Foto:
Divulgação)
'Carcereiro metaleiro'
"O guarda saiu, deixando a porta da van aberta. Eu acho que ele sabia que eu não ia fugir - a gente estava atrás dos muros altos da prisão agora, e eu ainda estava algemado. Eu escorreguei pelo assento em direção à porta, mas com cuidado. Eu não queria ser estraçalhado por tiros de guardas nos meus três primeiros minutos na cadeia. Eu virei meu pescoço para ver o que conseguia da minha nova casa. O lado de fora de Pankrác até parecia uma casa legal, pelo que eu conseguia ver - de onde eu enxergava, vi um edifício europeu padrão, até arrumado. Tinham até umas caixas floridas no caminho curto das escadas de concreto que levavam até a porta limpa e branca da frente do prédio. Talvez esse lugar não fosse tão tosco quanto Martin disse. Logo o motorista voltou com dois copos na mão: café para ele e água para mim. Eu o agradeci e bebi minha água em dois goles. Ele pegou meu copo e começou a beber seu café. "Sinto muito que isso está acontecendo com você", ele disse, com um tom amigável. "Eu sou um grande fã de heavy metal". Eu balancei minhas mãos algemadas querendo dizer "Não esquenta, cara, não é sua culpa", e disse: "Sério? Que bandas você curte, mano?". "Eu ouço Bathory, Finntroll e um pouco de Rammstein", ele disse. "Enquanto esperamos, você quer um café?". "Isso, meu caro, seria foda", eu disse. Ele saiu e voltou para a prisão. Isso era muito melhor que eu esperava. Talvez tivessem outros guardas e presos que também fossem fãs de black metal de raiz lá dentro. Logo ele voltou com uma caneca de café com espuma de leite por cima. Eu gosto de café preto, mas não dava para mandar aquele guarda metaleiro legal ir fazer outro. Eu dei um gole - estava quente e tinha um gosto maravilhoso. "Muito obrigado - estava me matando por um café. Como vocês chamam isso em checo? Caffé?", eu perguntei, usando o termo quase universal na Europa para a bebida. "Cappuccino", ele disse, com a sobrancelha levantada e um sorrisinho, como se dissesse: "Mano, você nunca tomou um cappuccino antes?"
Perdido na tradução
"Colé? Sou o Randy. Como é que tá?". Eu perguntei, tentando um inglês informal para testar para testar as águas linguísticas na cela 505. O cara só olhou para mim. Então fui mais formal: "Olá, meu caro companheiro. Esse lugar é uma coisa, não é?", eu disse. Ele continuou a encarar, não com malícia, mas com incompreensão escrita em seu rosto escuro. “Bonjour, mon ami. Parlez vous francais?”, perguntei, esperando que o pouco que aprendi das aulas de Madame Degnan’s no primeiro ano pudesse ser útil. Mas na verdade ele fez uma careta - obviamente não gostava muito de franceses. Eu o saudei em japonês, e acho que vi algum reconhecimento em seus olhos negros, mas ele continuou calado. Tudo bem, meu japonês é horrível mesmo. Espanhol? Sem resposta. Eu passei por todos os cumprimentos que aprendi ao viajar pelo mundo, arriscando até um patoá jamaicano só pra zoar, mas o cara não soltou uma palavra. Talvez fosse mudo?
Finalmente, eu empreguei a técnica clássica que eu, com vergonha alheia, já vi vários turistas americanos usarem com moradores contrariados por todo o mundo. Eu falei inglês o mais alto possível. Como todos os americanos pelo mundo fazem intuitivamente, o melhor jeito de falar com uma pessoa local confusa no país em que abençoamos com nossa presença é diminuir a velocidade da fala, enquanto se aumenta o volume até estourar os ouvidos. Isso, claro, garante a compreensão instantânea da nossa linguagem. "ALÔOOO-O, EU SOU RANDY", eu gritei. "EU SOU DOS ESTADOS UNIDOS. RAAAAAN-DY. ESTADOS U-NI-DOOOS."
Reflexão na cadeia
"Eu viajo o mundo, sou pago para pular e gritar feito um maluco em lugares exóticos que a maioria das pessoas nem sonharia ir. É mesmo assustador para mim, toda vez que penso nisso. Eu ainda não consigo acreditar que pessoas por todo o planeta esperam para me ver com a banda chegar aos seus países e fazer nossas músicas e danças ridículas. Incrível.
Mas eu não me considero um rockstar, pelo menos não um rockstar de verdade. Rockstars de verdade são podres de ricos, têm legiões de mulheres e/ou homens lindos se jogando neles e não conseguem andar pelas ruas sem serem ameaçados de morte. Rockstars de verdade são convidados para coisas estranhas como semanas de moda em Milão ou para a Casa Branca. Nem o presidente nem ninguém de sobrenomes como Gaultier me ligou ainda, então mesmo que eu seja bem conhecido no estilo de música que toco, não sou um rockstar de verdade.
Eu prefiro o termo rockstar barato. Um rockstar barato lembra um rockstar de verdade de muitos jeitos superficiais, e muitos rockstars baratos tentam bastante manter a aparência de que eles nadam na mesma onda dos garotos e garotas grandes, mas há algumas diferenças grandes, geralmente intransponíveis. Um rockstar barato não tem cacife para torrar sua grana extra em dentes de diamante, em uma garagem cheia de Porches e Lamborghinis (a gente não teria dinheiro nem para financiar um jogo de pneus), ou arte impressionista obscura da Micronésia. Um rockstar barato provavelmente nunca vai conhecer, e certamente não vai namorar uma supermodelo. Um rockstar barato nunca vai ter um avião ou iate particular, nem ser aceito em algum clube estranho de entusiastas desses veículos de luxo. Um rockstar barato nunca vai dizer essas palavras: "Aguarde um segundo, Preston - minha governanta de Malibu está na outra linha."
Boas vindas
As palavras "Bem-vindo ao lar, senhor" nunca soaram tão doces como as que vieram dos agentes americanos do aeroporto JFK, de Nova York, enquanto me devolviam meu passaporte no dia 3 de agosto de 2012. Além de uma sacolinha barata de lembranças da prisão, eu não tinha nenhuma bagagem para despachar para meu voo para Richmond, então eu fui direto para a saída do terminal em direção ao solo americano (ou pelo menos ao concreto de Nova York) pela primeira vez em meses. Enquanto eu me movia com a multidão pelo último portão de segurança, ouvi uma voz feminina chamar meu nome. Eu me virei e vi uma morena gata parada perto da saída. "Randy, queria só que você soubesse que estou feliz por você voltar", ela disse, e me deu um abraço.
Lia era uma fã de Lamb of God de Nova York que leu na Internet que eu tinha sido solto. Os detalhes do meu voo não foram divulgados, mas Lia tinha espertamente descoberto que eu provavelmente voaria direto de praga para Nova York ou Washington, e então pegar uma conexão para Richmond. Como ela morava em Nova York e tinha a tarde livre, ela conferiu todos os voos de Praga para o JFK, e decidiu ir e tentar me ver no desembarque. Depois de esperar algumas horas inúteis ela estava quase saindo, mas decidiu arriscar em mais um voo. Lia não era uma stalker ou uma aberração; ela só achou que alguém tinha estar lá para me dar as boas-vindas de volta aos EUA, e depois de fazer isso ela me disse que ia embora. Eu fiquei profundamente comovido com seu gesto afetuoso, e perguntei se ela queria ficar e tomar um café comigo..."
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Hacker adolescente invade mais de 50 mil computadores

Jovem de 17 anos é condenado após furtar dados de cartões de crédito e invadir sites de universidades americanas.

Da BBC
Um adolescente finlandês de apenas 17 anos já é dono de um extenso currículo em matéria de ataques cibernéticos: ele foi condenado em mais de 50 mil casos. Mesmo assim, não foi preso.
Julius Kivimaki foi julgado culpado pela Justiça em 50,7 mil "casos de invasão de computadores com agravamento".
Autoridades dizem que seus ataques afetaram a Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Entre suas ações, estariam sequestro de e-mails, bloqueio de tráfego de dados para sites e furto de dados de cartões de crédito.
Ao invés de determinar a prisão do jovem, a Corte Distrital de Espoo suspendeu a sentença de prisão de dois anos, deixando o rapaz em uma espécie de liberdade assistida.
Kivimaki, que usava o apelido de Zeekill, teve seu computador confiscado e teve que devolver bens avaliados em 6 mil euros (R$ 23 mil), obtidos por meio dos crimes cibernéticos.
O juiz Wilhelm Norrmann observou que Kivimaki cometeu os crimes quanto tinha 15 e 16 anos, em 2012 e 2013.
"O veredito levou em conta a idade do acusado na época dos crimes, sua capacidade de entender mal gerado por seus crimes, e o fato de que ele passou um mês na prisão durante o processo de investigação", afirmou Norrmann em um comunicado.
O especialista Alan Woodward, que presta consultoria sobre crimes cibernéticos à Europol, o órgão policial da União Europeia, se disse preocupado com a sentença.
"Estou certo de que a Justiça considerou todas as circunstâncias envolvendo a condenação e a sentença aplicadas, mas a questão é se esse tipo de punição vai deter outros hackers", afirmou.
Fraude
Kivimaki comprometeu mais de 50 mil computadores servidores explorando vulnerabilidades em um software usado por neles chamado ColdFusion. Assim, ele conseguiu criar uma "porta dos fundos" para entrar em dezenas de milhares de computadores, dos quais conseguiu extrair informações.
Promotores acusaram o adolescente de instalar vírus de computador em cerca de 1,4 mil servidores.
Com essa tática, ele atacou sistemas, direcionando a eles um tráfego de dados tão grande que os sobrecarregou. Isso afetou o site de notícias ZDNet e o site de conversas Canternet.
O jovem também foi acusado de ajudar a furtar 7 gigabites de dados de e-mails que usavam as terminações @mit.edu – usados pelo MIT. A companhia que fornecia infraestrutura de e-mail para o instituto, Educause, disse ter sofrido prejuízos de US$ 213 mil.
Além disso, Kivimaki foi acusado de acessar irregularmente contas que pertenciam a um site californiano provedor de dados chamado MongoHD – fato que deu a ele a possibilidade de ter acesso a dados de pagamentos e contas de cartão de crédito de seus clientes.
Kivimaki teria usado sistematicamente informações de cartões furtadas para fazer compras na internet em 21 ocasiões, além de ter compartilhado os dados com outras pessoas.
Evidências mostram que as compras incluíram champanhe e cupons para compras em lojas.
O rapaz também foi acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a moeda virtual Bitcoin e ter usado os lucros para financiar uma viagem ao México.
Ele acabou sendo preso em setembro de 2013.
O blogueiro especializado em segurança Brian Krebs já havia ligado Kivimaki a um conhecido grupo de hackers chamado Lizard Squad, que se envolveu em diferentes incidentes relacionados a ataques contra a Sony e a Microsoft.
Mas as atividades do Lizard Squad não foram mencionadas no julgamento.

Com a cabeça raspada, Miss Mato Grosso passa a faixa para nova Miss

Camila Della Valle, de 22 anos, foi a vencedora do Miss MT 2015.
Miss 2014 chamou a atenção ao aparecer careca para repassar a faixa.

Do G1 MT
Miss Mato Grosso Jéssica Ferreira Rodrigues mudou radicalmente o visual e raspou a cabeça. (Foto: Claryssa Amorim/G1)Miss Mato Grosso Jéssica Ferreira Rodrigues mudou radicalmente o visual e raspou a cabeça. (Foto: Claryssa Amorim/G1)
A nova Miss Mato Grosso 2015 foi eleita na noite desta quinta-feira (9), em Cuiabá. A modelo Camila Della Valle Obersteiner, de 22 anos, recebeu a faixa e a coroa da universitária Jéssica Ferreira Rodrigues, de 21 anos, que ganhou o título no ano passado e chamou a atenção no evento por estar com o cabelo raspado. Bem diferente de quando venceu o concurso anterior, quando tinha cabelos longos, Jéssica compareceu ao evento com um turbante e o retirou, logo depois, deixando a cabeça raspada à amostra. Ela prefere não revelar o motivo da mudança, mas alegou que não se trata de doença.
Camila Della Valle Obersteiner foi eleita Miss Mato Grosso 2015. (Foto: Claryssa Amorim/G1)Camila Della Valle Obersteiner foi eleita Miss Mato Grosso 2015. (Foto: Claryssa Amorim/G1)
A ganhadora do concurso, Camila Della Valle, concorreu ao título representando Cuiabá com outras 15 candidatas de diversos municípios mato-grossenses. Além das três primeiras colocações, as jovens também disputaram os títulos de Miss Elegância e Miss Simpatia.
Com 50 quilos e 1,69 de altura, Camila declarou que estava confiante na vitória. “A minha torcida era forte, me deixou mais segura no momento em que o concurso rolava. Estou muito feliz. É uma experiência única”, afirmou a nova Miss Mato Grosso após receber a coroa. Familiares e amigos da jovem superlotaram o local de evento e vibravam a cada entrada dela na passarela.
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Jéssica usava um acessório na cabeça e tirou ao chegar na frente do palco. (Foto: Claryssa Amorim/G1)Jéssica usava um acessório na cabeça e tirou ao chegar na frente do palco. (Foto: Claryssa Amorim/G1)
Minutos antes da nova vencedora do desfile ser anunciada, Jéssica Ferreira, Miss Mato Grosso 2014, subiu ao palco para apresentar o último desfile antes de repassar a coroa para a sucessora. A universitária  surpreendeu ao público por estar com um acessório na cabeça e retirá-lo ao chegar na frente do palco, mostrando o novo estilo.
“Foi uma experiência muito boa. Adorei ser Miss Mato Grosso durante este ano, aproveitei bastante. Tive momentos felizes, momentos tristes, mas consegui superá-los e hoje me sinto honrada em passar essa faixa para a ganhadora. Infelizmente acabou o meu momento e, agora, é tempo de outra menina desfrutar disso”, declarou Jéssica.
Na passarela
As concorrentes foram analisadas em três tipos de trajes: casual, praia e gala. Também quesitos de beleza, passarela, simpatia e desenvoltura. No início do evento, as 16 candidatas se apresentaram ao público com vestido longo de moda 'casual'. Logo de início, seis candidatas foram eliminadas, restando dez jovens para disputar a faixa. A seleção foi feita por 12 jurados. Em seguida, as candidatas que foram escolhidas, desfilaram moda 'praia', todas vestidas de biquíni preto.
Miss Mato Groso 2014 (primeira à esquerda) e finalistas do concurso de 2015. (Foto: Claryssa Amorim/G1)Miss Mato Grosso 2014 (primeira à esquerda) e finalistas do concurso de 2015. (Foto: Claryssa Amorim/G1)
Entre as dez, cinco foram selecionadas como semifinalistas, sendo  Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Cáceres e Querência. E para encerrar o evento, elas foram analisadas pelos jurados com o traje de 'gala', onde três foram escolhidas para a última parte do concurso. Elas representaram as cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Barra do Garças e tiveram que responder perguntas elaboradas pelos jurados, com intuito de analisar a desenvoltura das candidatas.
Miss Mato Grosso Jéssica Ferreira Rodrigues antes e depois. (Foto: Reprodução/ Instagram/ Claryssa Amorim/G1)Miss Mato Grosso Jéssica Ferreira Rodrigues antes e depois. (Foto: Reprodução/ Instagram/ Claryssa Amorim/G1)
A ganhadora da faixa Miss Elegância foi a representante do Distrito Vila Operária, Cristiane Santin. A faixa de Miss Simpatia, título votado pelas próprias candidatas, foi para Mikaella Campos, que representou o município de Jaciara.
A 3º colocação do Miss Mato Grosso foi para a representante de Várzea Grande, Érika Quebara. Em 2º lugar ficou a candidata Marcela Castro, de Barra do Garças.

Passaporte comum passa a valer por dez anos e tem reajuste de 64,8%

Modelo foi apresentado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Documentos pedidos a partir do último dia 6 já serão feitos no novo formato.

Do G1 DF
Novo modelo de passaporte divulgado nesta sexta (10) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Novo modelo de passaporte divulgado nesta sexta (10) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Polícia Federal e a Casa da Moeda apresentaram nesta sexta-feira (10) o novo modelo de passaporte comum brasileiro, que passa a ter validade de dez anos – o dobro dos anteriores – e itens de segurança mais avançados. O valor também mudou: de R$ 157,05 para R$ 257,25, um aumento de 64,8%.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, justificou o aumento dizendo que o valor era reajustado com base na inflação. A taxa para emissão do documento não sofria alteração desde dezembro de 2006.
As novas expedições e as renovações feitas desde segunda-feira (6) já obedecem às novas regras. Quem possui o passaporte antigo pode continuar utilizando até o prazo de validade.

O ministro disse que a expedição do novo passaporte é uma "vitória". "É um ganho importante para a população porque podemos evitar as situações de acúmnulo e de renovação sem perder o controle necessário na expedição desta documentação".
Com a alteração do prazo de validade, o sistema de criptografia dos passaportes teve a segurança aprimorada. O passaporte comum continua azul, mas a capa ganhou cinco estrelas representando a constelação do Cruzeiro do Sul e a inscrição "Passaporte Mercosul" em amarelo.

'Ajuste fiscal é realidade', diz ministro da Educação sobre cortes

Em entrevista à BBC Brasil, Renato Janine Ribeiro diz trabalhar para que corte de gastos do governo não afete essência dos programas da pasta – que teve redução de 19% em seu orçamento.

João FelletDa BBC Brasil
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Nomeado há três meses para conduzir a área que a presidente Dilma Rousseff diz ser sua prioridade, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirma trabalhar para que o ajuste fiscal não afete a essência dos programas da pasta.
"Tem-se menos dinheiro, então o que estamos fazendo é procurar preservar ao máximo possível a qualidade dos programas, a essencialidade dos programas, e escalonar o que não possa ser feito neste ano para fazer no futuro", diz Janine à BBC Brasil.
Sua pasta teve um corte de 19% no seu orçamento para 2015.
Ele afirma ainda que, por causa do corte nos gastos do governo, o ministério tem buscado "reavaliar projetos e programas em andamento para ver onde podem ser aprimorados".
Em entrevista na semana passada, quando acompanhava a presidente em sua visita pela Califórnia, Janine questionou críticas ao ministério pelo atraso de bolsas a alunos de pós-graduação.
Segundo ele, "muitas das queixas não procedem". "As pessoas querem uma prorrogação da bolsa quando isso não está nas regras, pedem exceção."
Ele disse ainda que atrasos nos pagamentos do Ciência Sem Fronteiras nos Estados Unidos, principal parceiro do programa que financia a ida de alunos brasileiros a universidades estrangeiras, já foram sanados.
O ministério chefiado por Janine é tema do slogan do segundo mandato de Dilma, "Brasil: Pátria Educadora".
Professor de ética e filosofia política na USP, ele diz que o principal objetivo de sua gestão é melhorar o ensino básico.
"Hoje temos no Brasil uma loteria perversa pela qual uns nascem com todas as chances, e outros nascem sem chances. Temos que igualar as oportunidades das pessoas ao nascimento."
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil - O que o senhor está achando da vida de ministro?
Renato Janine Ribeiro - É muito puxada. Quando você está no meio da pesquisa, você fixa seus próprios horários, tem sua própria agenda. Mas quando está num cargo público, tem uma responsabilidade muito grande com a demanda que vem de fora. Tanto com questões pontuais quanto com aqueles projetos estruturantes, que são realmente o essencial.
Não é somente uma questão de ter muito mais tempo ocupado, mas de conseguir, diante das crises momentâneas que sempre pipocam, tempo e espaço para articular o presente e o futuro.
BBC Brasil - Como é a relação do senhor com a presidente?
Janine - Muito boa. Conversamos sobre os objetivos da pasta, sobre ideias. Ela é muito atenta a tudo, à parte econômica, é claro. Examinou com muita atenção todo o projeto do novo Fies(Programa de Financiamento Estudantil) no ensino superior. Deu sinal verde porque isso tem a ver com a preocupação dela de ter uma qualidade do gasto muito boa.
BBC Brasil - Apesar de toda a correria, o senhor ainda consegue atualizar seu perfil no Facebook e dialogar com outras pessoas na rede. Como isso se relaciona com seu trabalho?
Janine -
 O Facebook ficou muito pouco, estou mantendo o mínimo, quase tudo ligado a meu próprio trabalho. Não está havendo diálogo como havia antes. Até porque boa parte das mensagens que recebo no "inbox" são de pessoas que não frequentam meu Facebook e querem a solução de problemas pessoais, como se imaginassem que essa é a via correta. Não é.
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Hoje temos no Brasil uma loteria perversa pela qual uns nascem com todas as chances, e outros nascem sem chances. Temos que igualar as oportunidades das pessoas ao nascimento"
Renato Janine Ribeiro,
ministro da Educação
BBC Brasil - Na visita aos Estados Unidos, foi noticiado que universidades americanas conveniadas com o programa Ciência Sem Fronteiras se queixaram de atrasos nos pagamentos do governo brasileiro. Houve esse problema?
Janine -
 Essa notícia estava bastante atrasada. Tudo o que se devia no Ciência Sem Fronteiras nos Estados Unidos foi pago. Não há nenhuma pendência.
BBC Brasil - Ouve-se muitas queixas de alunos de pós-graduação no exterior sobre atrasos em suas bolsas e cortes de gastos. Qual é a situação?
Janine -
 Isso você tem que ver com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, fundação subordinada ao Ministério da Educação que financia alunos de pós-graduação).
BBC Brasil - Não há problemas?
Janine - 
O ministério não pode responder por tudo o que está acontecendo. Se existe algum caso episódico, tem que ver com a Capes. Não posso dar entrevista sobre cada problema que surgir na educação brasileira.
Muitas dessas queixas não procedem. As pessoas querem uma prorrogação da bolsa quando isso não está nas regras, pedem exceção.
Houve o caso notável, há cerca de um mês, da moça colocada na TV dizendo que tinha deixado o Ciência Sem Fronteiras porque não recebeu o dinheiro a tempo. Depois ela desmentiu, dizendo que era mentira do canal de TV, o qual se retratou.
BBC Brasil -Quais os impactos do ajuste fiscal na educação?
Janine -
 O ajuste fiscal se baseia numa realidade. Tem-se menos dinheiro, então o que estamos fazendo é procurar preservar ao máximo possível a qualidade dos programas, a essencialidade dos programas, e escalonar o que não possa ser feito neste ano para fazer no futuro. E também reavaliar projetos e programas em andamento para ver onde podem ser aprimorados
BBC Brasil -Que resultados o senhor espera que a visita aos Estados Unidos gerem para a educação no Brasil?
Janine - 
A visita tem um foco muito claro que é aumentar o intercâmbio, a relação com os Estados Unidos dentro de uma perspectiva de relançamento em bases sustentáveis da economia brasileira. A educação faz parte desse papel.
Uma das nossas agendas é como vamos, num diálogo com os "community colleges" (faculdades de baixo custo geralmente mantidas por governos locais), conseguir subsídios para o ensino técnico e profissional no Brasil. E como vamos ampliar o acesso ao ensino superior. Os Estados Unidos conseguem isso através de um sistema que tem de um lado as universidades mais caras e, do outro lado, as faculdades comunitárias, que absorvem um número muito grande de jovens.
Outro ponto é aumentar o diálogo nas questões da nossa educação básica: currículo comum, formação de professores e diretores e o uso de tecnologias na educação.
BBC Brasil - O que pode sair do diálogo sobre ensino técnico? Alunos brasileiros viajariam aos Estados Unidos para estudar em "community colleges"?
Janine -
 Por enquanto é diálogo, é saber de estruturas e programas. Neste momento em que priorizamos a ampliação quantitativa e o desenvolvimento qualitativo do ensino superior no Brasil, queremos que o "community college" seja uma peça desse diálogo.
BBC Brasil - O que o senhor espera deixar como marca de sua gestão?
Janine -
 O Brasil tem a necessidade absoluta de ter uma educação básica de qualidade. Conseguimos nesses últimos anos acabar praticamente com a miséria no Brasil. A miséria abrangia cerca de 12% das crianças de 10 anos em 2002. Hoje está numa faixa de 1%.
Conseguimos praticamente universalizar o ensino fundamental, agora temos que aumentar a inclusão na pré-escola e a manutenção dos alunos no final do ensino fundamental dois (do sexto ao nono ano) e no ensino médio, mas também desenvolver qualidade.
Hoje temos no Brasil uma loteria perversa pela qual uns nascem com todas as chances, e outros nascem sem chances. Temos que igualar as oportunidades das pessoas ao nascimento.

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