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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Vírus da zika que circula em PE tem mapeamento genético feito pela 1ª vez

Estudo diz que vírus da zika é mais potente em bloquear sistema imunológico.
Pesquisa é parceria entre Fiocruz Pernambuco e Universidade de Glasgow.

Bruno MarinhoDo G1 PE
Pela primeira vez, o sequenciamento genético do vírus da zika circulante no estado foi realizado.  A partir da análise do material coletado de um paciente no ano passado, pesquisadores da Fiocruz Pernambuco e da Universidade de Glasgow (Reino Unido) verificaram mutações e constataram que o vírus da zika é mais eficiente em bloquear a ativação do sistema imunológico que outros vírus. O resultado do estudo foi publicado na revista científica PLoS Neglected Tropical Disease na quarta-feira (5).
“Fizemos o mapeamento genético do vírus circulante em Pernambuco, ou seja, do começo da epidemia. Isso é importante para compreender a genealogia do vírus que circula localmente e poder compará-lo com o vírus de outros locais do Brasil e do mundo, pois as mutações podem explicar uma maior agressividade ou não da infecção”, destaca Rafael França, que assina o estudo junto com outros dois pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, Lindomar Pena e Marli Tenório.

A pesquisa aponta que uma estrutura molecular do vírus da zika chamada sfRNA, que é um RNA produzido durante a infecção, é a responsável por bloquear o sistema imunológico do paciente. O conhecimento do que provoca essa inibição pode contribuir para testar novas drogas para evitar esse tipo de mecanismo. “Esses dados são públicos e outros pesquisadores podem consultar as características genéticas do vírus daqui”, complementa França.

O estudo também comparou o bloqueio do sistema imunológico ocasionado pela zika com o provocado pela dengue. “Vimos que o vírus da zika é mais eficiente em bloquear a ativação do sistema imunológico, ou seja, tem uma capacidade maior do que outros vírus de fazer isso”, explica o pesquisador, que estuda a infecção desde o início da epidemia, em 2015.

Cooperação internacional
No mesmo dia da publicação desse estudo, uma parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e instituições de pesquisa do Japão foi assinada com o objetivo de desenvolver um sistema de diagnóstico rápido do vírus da zika e de outras arboviroses, como dengue e chikungunya. Com o novo método, os pesquisadores estimam que o diagnóstico seja fornecido em dez minutos.

O desenvolvimento do método de diagnóstico rápido é a etapa inicial desse acordo entre o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) e o Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social, ambos da UFPE, com o National Institute of Infectious Diseases e a Universidade de Nagasaki. A produção de remédios e vacinas passa a ser o foco seguinte com o avanço das pesquisas. Um seminário, que acontecerá no Recife em março de 2017, apresentará os primeiros resultados e discutirá as próximas etapas.

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Jovem 'ressuscitada' durante coma divulga fotos chocantes para alertar sobre meningite

Cabeleireira britânica quase morreu por causa da doença e terá que amputar partes dos pés, tomados pela infecção.

Da BBC
imagens fortes (Foto: Arte G1)
 Charlene, que tem 18 anos, é cabeleireira e maquiadora  (Foto: Charlene Colechin)Charlene, que tem 18 anos, é cabeleireira e maquiadora (Foto: Charlene Colechin)
Após quase morrer por causa das consequências de uma meningite, a cabeleireira e maquiadora Charlene Colechin, de 18 anos, divulgou fotos de seu corpo completamente tomado pela infecção como forma de alertar sobre os perigos da doença.
As imagens são chocantes.
A jovem, que mora nos arredores da cidade inglesa de Chesterfield, ficou internada durante um mês e passou nove dias em coma induzido.
Segundo ela, o quadro foi tão grave que seus órgãos ficaram fracos e pararam de funcionar, mas os médicos conseguiram ressuscitá-la.
Charlene vai ter de passar por uma cirurgia para amputar partes dos pés.
Charlene diz se sentir sortuda por ter sobrevivido à doença (Foto: Charlene Colechin)Charlene diz se sentir sortuda por ter sobrevivido à doença (Foto: Charlene Colechin)
A jovem ficou um mês internada (Foto: Charlene Colechin)A jovem ficou um mês internada (Foto: Charlene Colechin)
A jovem diz se considerar uma pessoa de sorte por ter conseguido sobreviver, mas conta que as dores eram tão intensas que ela chegava a gritar.
"Sentia muito mal-estar, depois tive uma dor de cabeça forte, parecida com uma enxaqueca, e todo o meu corpo doía", explicou.
Corpo de Charlene ficou tomado por marcas da infecção (Foto: Charlene Colechin)Corpo de Charlene ficou tomado por marcas da infecção (Foto: Charlene Colechin)
Contágio
A meningite é uma infecção provocada principalmente por bactérias ou vírus. A bacteriana é mais rara, porém mais perigosa que a viral.
A transmissão pode acontecer de algumas formas: pelo espirro, pela tosse, pelo beijo ou compartilhando talheres e escovas de dente.
Isso normalmente ocorre por meio de pessoas que não estão doentes, mas carregam os vírus ou bactérias. O contágio via alguém infectado também é possível, mas esses casos são menos comuns.
No Brasil, a doença é considerada endêmica - casos são esperados em todas as épocas do ano, com a possibilidade de ocasionais surtos. Em 2013, foram mais de 18 mil ocorrências de seus diferentes tipos no país, que resultaram em mais de 1,7 mil mortes.
Charlene ficou nove dias em coma induzido (Foto: Charlene Colechin)Charlene ficou nove dias em coma induzido (Foto: Charlene Colechin)
Além de chamar a atenção para a necessidade de vacinar as crianças, o Ministério da Saúde recomenda medidas de higiene como forma de prevenção - entre elas lavar as mãos, cobrir a boca ao tossir e não compartilhar itens de uso pessoal.
O órgão também alerta para que pessoas com viagens marcadas para locais como as regiões semiáridas e subsaarianas da África, onde a incidência da meningite meningocócica (um dos graves tipos causados por bactérias) é alta, procurem os serviços de saúde antes de embarcar para verificar a necessidade de serem vacinadas.
Coma
Na primeira vez em que Charlene foi atendida, em setembro, os médicos acharam que ela estava apenas com uma gripe forte, uma vez que ainda não apresentava marcas no corpo.
Mas sua condição logo piorou - as manchas apareceram no dia seguinte. Os médicos decidiram então levar a jovem rapidamente para o hospital.
"Em minutos eu estava deitada em uma ambulância a caminho do hospital de Chesterfield", lembra a cabeleireira.
Charlene ainda vai passar por cirurgia (Foto: Charlene Colechin)Charlene ainda vai passar por cirurgia (Foto: Charlene Colechin)

Ela contou como foram os dias em que esteve internada. "Os órgãos ficaram fracos e fiquei em coma por nove dias. Eu morri, mas me trouxeram de volta."
Charlene ainda vai fazer exames para definir quais partes dos pés vão ter de ser amputadas.
"Meus calcanhares estão pretos, o que pode significar que o tecido está morto. A infecção pode ainda subir para as pernas", explicou.
A jovem espera que a divulgação das fotos ajude a evitar que outras pessoas sejam contaminadas pela doença.

Ciência aponta o melhor remédio para o mau hálito deixado pelo alho

Pesquisadoras da Universidade Estadual de Ohio fizeram experiências com chá verde, maçã, alface e hortelã.

Da BBC
Bem Estar alho (Foto: Reprodução/TV Globo)Pesquisadoras estudaram alternativas para eliminar odor do alho (Foto: Reprodução/TV Globo)
Não é uma unanimidade, mas muita gente é fascinada pelo sabor do alho. E não há como negar que o ingrediente é indispensável em muitas culinárias.
Além disso, estudos já comprovaram que o Allium sativum ajuda a reduzir o risco de câncer - especialmente no estômago, esôfago e cólon - assim como diminuir os níveis de colesterol e açúcar no sangue.
Apesar das virtudes, muitos concordam, no entanto, que o alho deixa o hálito com um aroma bastante desagradável.
Diante disso, duas pesquisadoras do Departamento de Ciências e Tecnologias dos Alimentos da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, decidiram investigar a melhor forma de acabar com o problema.
"O alho tem um cheiro imperceptível antes de ser triturado, mas quando cortado ou esmagado libera um odor característico do enxofre", explicaram Rita Mirondo e Sheryl Barringer na apresentação da pesquisa.
O artigo publicado na publicação científica "Journal of Food Science" reforça que o consumo do ingrediente pode deixar o hálito indesejável por quase 24 horas. "Por isso, é importante encontrar formas e mecanismos para acabar com o odor", informa o texto.
Mirondo e Barringer começaram a pesquisa comparando algumas frutas e vegetais na eliminação dos principais compostos voláteis - derivados do enxofre - associados ao hálito do alho. São eles o dialil dissulfeto, o alilo mercaptana, o dissulfeto de metil-alilo e o sulfeto de metil-alilo.
Para combatê-los, as pesquisadoras testaram chá verde, folhas de hortelã (spearmint ou Mentha spicata), maçãs e alfaces, consumidas de diferentes formas.
As folhas de hortelã, por exemplo, foram analisadas cruas e no uso para bebida; as maçãs, cruas, quentes e no suco; e a alface, crua e quente.
No primeiro experimento, os participantes mastigaram, durante 25 segundos, três gramas de alho. Depois ingeriram algum dos "remédios naturais" mencionados anteriormente.
As pesquisadoras então mediram a concentração dos voláteis.
O poder da hortelã
A conclusão do experimento é que, para eliminar o mau hálito provocado pelo alho, nada é melhor que... mastigar hortelã.
Hortelã (Foto: Alexandre Petzold/Biosphoto/Arquivo AFP)Hortelã é a melhor alternativa para combate ao mau hálito provocado pelo alho (Foto: Alexandre Petzold/Biosphoto/Arquivo AFP)
A pesquisa mostrou que a maçã crua, a alface também crua e as folhas de hortelã reduziram significativamente todos os compostos voláteis do mau hálito deixado pelo alho.
"As folhas de hortelã, contudo, tiveram um maior nível de desodorização quando comparadas à maçã e ao alface", explica o estudo.
Mirondo e Barringer revelaram que todos os materiais analisados tiveram algum tipo de efeito positivo, menos o chá verde.
Os sucos de maçã e hortelã, porém, não foram tão eficazes quanto os mesmos produtos consumidos de forma triturada.
Uma possível explicação é que os alimentos crus contêm não apenas as enzimas que eliminam o cheiro, mas também compostos capazes de destruir os elementos voláteis.

Saiba mais sobre a Síndrome do Choque Tóxico associada aos tampões (absorventes internos) Cuidado!


A Síndrome do Choque Tóxico é causada por uma bactéria que pode se proliferar em ambientes úmidos. Suas consequências podem chegar a ser fatais se não as identificarmos a tempo.

Esta síndrome não é algo novo e, apesar dos esforços para evitá-la, continua fazendo vítimas em muitos lugares do mundo.

Trata-se de uma doença grave causada por toxinas produzidas pela bactériaStaphylococcus aureus, cuja proliferação foi vinculada ao uso de tampões e produtos de higiene feminina.

Os alertas continuam devido ao número de casos que surgiram nos últimos anos, muitos com consequências lamentáveis.
A modelo americana Lauren Wasser, perdeu uma perna como consequência desta doença, atribuída ao uso de tampões.
A jovem de 27 anos iniciou uma batalha legal contra a Kotex Natural Balance, que acusa pela infecção que, por pouco, não lhe custou a vida.
Menos da metade dos casos têm a ver propriamente com o uso de tampões, mas seguem-se fazendo recomendações estritas para evitar seu uso.

O que é a síndrome do choque tóxico?

A Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é uma infecção grave, que se produz por bactérias como a Staphylococcus aureus e a Streptococcus pyogenes, cujo crescimento anormal produz uma toxina com um grande poder para desencadear uma septicemia.
Pode afetar qualquer pessoa, mas os primeiros casos identificados se encontraram em mulheres que haviam utilizado tampões durante sua menstruação.
Foi descoberto na década de 1980, pelo microbiólogo Philip Tierno e sua equipe, que determinaram que seu desenvolvimento se havia dado pelas condições em que os materiais sintéticos ofereciam às bactérias.
A doença continua sendo um problema e seguem aparecendo casos isolados.

A maioria dos casos de SCT está também relacionada com outras circunstâncias, como cirurgias, e não apenas com o uso de tampões durante a menstruação.Quais os sintomas da síndrome do choque tóxico?

Os sintomas habituais começam com um mal-estar geral, acompanhado de febre alta, confusão e enjoos.
Conforme avança, a tensão arterial diminui, a pele apresenta alterações e são recorrentes os episódios de vômito e diarreia.
Pode conduzir a consequências graves, como a insuficiência renal, hepática ou cardíaca.
Os casos que não são tratados de forma oportuna levam à morte.

Qual o tratamento?

O tratamento geral da doença inclui a administração de líquidos e antibióticos capazes de frear a produção da toxina.
Também são administrados medicamentos para recuperar as funções vitais da paciente, como remédios para tratar a pressão baixa, terapia de suporte ou recuperação de fluidos, entre outros.
No caso de abscesso, drena-se a área para eliminar o pus.
É necessário que as pacientes permaneçam sob observação médica para conferir sua pressão sanguínea, a respiração e a atividade de seus órgãos.

Que medidas preventivas podem ser tomadas?

As infeções causadas por tampões não são comuns, mas ninguém está livre do risco de sofrer com elas, sobretudo se não souber usá-los de forma adequada.
·Seu uso não deve ser superior às oito horas; na verdade, o melhor é trocá-lo a cada 4 ou 5 horas.
·No caso de ter fluxo abundante, o melhor é optar pelos absorventes íntimos ou coletor menstrual.
·Use tampões apenas em situações especiais, como, por exemplo, idas à praia, atividades físicas ou para usar certos tipos de roupas.
·O ideal é escolher os de baixa absorção, já que, quanto mais absorver fluidos, maior o risco da doença.
·Os tampões devem ser mantidos longe do calor e da umidade para evitar o crescimento das bactérias.
A Síndrome do Choque Tóxico é uma doença que requer atenção imediata, pois as consequências podem ser fatais.
Recomenda-se consultar um médico imediatamente no caso de sentir os sintomas citados, sobretudo se forem identificados os fatores de risco.
fonte: melhorcomsaude

sábado, 8 de outubro de 2016

o cenário é de bombardeio general brasileiro que comanda rasgate após furacão no haiti

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"O cenário é de bombardeio", diz general brasileiro que comanda resgate após furacão no Haiti
Luis Kawaguti
Da BBC Brasil em São Paulo 08/10/2016 - 07h40






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Minustah

Sobrevoo mostra destruição em Port-a-Piment; ONU e governo haitiano calculam que 350 mil pessoas precisam de assistência imediata
"Sobrevoei o litoral sul e a sensação de tristeza foi a mesma que tive após o terremoto, em relação ao desespero da população", afirmou o general Ajax Porto Pinheiro.
Foi ele quem comandou tropas brasileiras no Haiti depois do terremoto de 2010 e hoje coordena todo o efetivo militar da ONU no socorro após a passagem do furacão Matthew.
O número de mortos já passa de 800. A ONU e autoridades locais estimam que 350 mil pessoas necessitam de assistência devido à passagem do furacão.
Pinheiro disse à BBC Brasil que a região mais afetada foi o sul do país caribenho - especialmente as cidades de Jeremie, Port Salut, Roche-a-Bateu, Coteaux, Port-a-Piment, Chardonieres e Les Anglais.
"O cenário dessas cidades é de bombardeio", disse o general. "As pessoas veem o helicóptero e ficam acenando e pedindo socorro."
A maioria das áreas que ele sobrevoou ainda não foi alcançada por tropas terrestres e equipes de ajuda humanitária devido a bloqueios nas estradas.
"Árvores foram arrancadas do solo junto com a raiz, florestas inteiras... Os coqueiros parecem mato tirado da terra com a mão. Foi um desastre ambiental também".
Vilas costeiras foram as mais atingidas por furacão no Haiti

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"O furacão destruiu todas as plantações de banana e acabou com criações de frangos, porcos e gado. Ou seja, toda a agricultura de subsistência foi arrasada e essas pessoas precisam de alimentos", afirmou o general.

Os ventos chegaram a 230 km/h durante a passagem do furacão. Em cidades como Jeremie, 80% das construções foram arrasadas.
Segundo o general, muitas das mortes aconteceram porque as pessoas foram atingidas por destroços, ou se afogaram. A maré subiu durante a passagem do furacão e as vilas costeiras foram invadidas por ondas.
Pinheiro comparou o cenário atual à situação do país após o terremoto de janeiro de 2010. Segundo ele, na tragédia anterior houve um número muito maior de vítimas fatais - estima-se que mais de 200 mil - porque a área mais atingida foi a capital, Porto Príncipe, onde há uma grande densidade populacional.
Matthew atinge os EUA enquanto número de mortos cresce no Haiti

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A área atingida pelo furacão Matthew é menos povoada, mas suas construções eram frágeis e não resistiram à força do vento.
"Na capital, as casas têm lajes pesadas, preparadas para resistir a furacões. No terremoto de 2010 foi isso que matou muitas pessoas. No sul, as casas têm teto de zinco, não aconteceria nada no caso de terremoto, mas elas não resistiram ao furacão", disse Pinheiro.
"A população quer uma resposta rápida, mas ainda estamos tentando chegar aos locais mais distantes", disse.
Ajuda humanitária
Desde a passagem do furacão na última terça-feira, tropas da ONU estão tentando desobstruir estradas bloqueadas por quedas de barrancos, árvores e detritos. Com as estradas livres, equipes de ajuda humanitária serão capazes de levar comida e remédios aos locais mais distantes.
Uma tropa formada por fuzileiros navais e engenheiros militares equipados com escavadeiras, caminhões e outros equipamentos pesados foi posicionada no sul do Haiti, na cidade de Miragoane, antes mesmo da chegada do furação, segundo a ONU. A ideia era agilizar a resposta após a catástrofe.
Minustah

O general Ajax Porto Pinheiro (à direita), em visita a uma das regiões atingidas pelo furacão
"Tivemos de amarrar contêineres e fazer uma barreira contra o vento para que nossos equipamentos não fossem arrastados durante a passagem do furacão", disse o general.
Segundo Pinheiro, a estratégia funcionou, pois uma ponte na cidade de Petit-Goave, que liga o sul à capital, foi destruída e atrasou em 24 horas as equipes de socorro que estavam de prontidão em Porto Príncipe.
Entre terça-feira e sexta-feira os brasileiros reabriram as entradas que ligam a capital às principais cidades do sudoeste: Les Cayes e Jeremie. Neste sábado, a tropa tenta desobstruir a estrada entre Les Cayes e Port Salut, o primeiro dos vilarejos costeiros destruídos.
A ONU havia organizado depósitos de mantimentos em cidades estratégicas no sul. Caminhões carregados de comida do Programa Mundial de Alimentos começaram a circular para atender as áreas mais afetadas. Um grande comboio deixou Porto Príncipe na manhã de sexta-feira em direção ao sul.
A prioridade da instituição agora é chegar aos vilarejos costeiros, que ainda não receberam atendimento.
Em paralelo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde estão prevendo o ressurgimento de uma epidemia de cólera no Haiti após a passagem do Matthew. Isso porque a doença já existe no país e pode se alastrar devido a condições precárias de saneamento e habitação.
O país já havia registrado 28 mil casos em 2016, antes da passagem do furacão.
A OMS afirmou que já enviou epidemiologistas para a região e acompanha a situação de perto. Após o terremoto de 2010, foram registrados 790 mil casos de cólera no país, que resultaram em mais de 9.300 mortes.
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O nível mais baixo da água permite que caminhões com ajuda humanitária cruzem leito de rio em trecho onde ponte foi derrubada
Eleições
A destruição causada pelo furacão Matthew forçou autoridades haitianas a adiar o primeiro turno das eleições presidenciais, que deveria ocorrer no domingo.
O Haiti deveria ter escolhido seu novo presidente no início de 2016, mas denúncias de fraudes na votação deflagram dias antes do segundo turno uma onda de violência armada pelo país que forçou o cancelamento total do pleito.
Um governo provisório foi instituindo e desde então autoridades eleitorais e a comunidade internacional se esforçam para organizar uma nova eleição.
O futuro desse novo ciclo eleitoral deve determinar se a ONU conseguirá seguir seu plano de deixar retirar todas as suas tropas do país em 2017.
Autoridades trabalham agora com a hipótese de realizar o primeiro turno da nova eleição no dia 30 de outubro ou 6 de novembro.
Se isso realmente ocorrer, o cronograma de ter um presidente eleito por voto direto e empossado em março de 2017 ainda pode ser possível.
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União é obrigada a usar verba de publicidade para pagar remédio caro







Consumidora em farmácia; União é obrigada a usar verba de publicidade para pagar remédio caro
Por decisão judicial, a União está sendo obrigada a usar verbas da publicidade oficial, e não do SUS, para fornecer remédio importado e de alto custo a uma jovem de 22 anos com doença rara.
A decisão inicial veio de uma liminar concedida pelo juiz federal Paulo Marcos Rodrigues, de Guarulhos, em 2015. A Advocacia Geral da União recorreu da decisão.
O desembargador Johonsom di Salvo, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, em São Paulo, negou provimento ao recurso da União e manteve a decisão de Rodrigues. O acordão deve ser publicado nesta terça (4).
Judicialização da saúde
Decisão do Supremo sobre o fornecimento de remédios guiará as ações pelo país
1 em 4 remédios ofertados por decisão da Justiça já está no Sistema Único de Saúde
Com tratamentos de até R$ 2,5 milhões, doentes dependem de decisão do Supremo
Entenda a judicialização da saúde e o debate do Supremo sobre acesso a remédios
A decisão abre um novo capítulo no debate da judicialização, que está sob julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). Ela reconhece que os recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) são finitos, proíbe que sejam usados para a compra de drogas caras e sem aprovação, mas dá a alternativa de buscar recursos de outras áreas.
"O SUS não pode pagar tratamentos específicos e caríssimos, o cobertor é curto. Você tem que decidir se uma pessoa sobrevive custando R$ 1 milhão ou se 1 milhão de pessoas sobrevivem custando R$ 1", disse o juiz Rodrigues, 37, em entrevista à Folha.
No caso julgado, a jovem tem uma doença genética (hemoglobinúria paroxística noturna, HPN) que destrói os glóbulos vermelhos. Provoca anemias, tromboses, dores torácicas e abdominais, hipertensão pulmonar, problemas renais, entre outros.
Sem melhora com os tratamentos tradicionais, ela ingressou com a ação solicitando a droga Soliris (Eculizumabe), importada e sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que promete aumentar sua expectativa de vida. Por ano, o tratamento custa cerca de R$ 1 milhão.
"A União não é só SUS. Talvez caiba olhar todo o orçamento federal para ver se não há áreas menos prioritárias que estão recebendo recursos vultuosos que podem ser canalizados para a saúde", afirma Rodrigues.
Ao conceder a liminar, em setembro de 2015, o juiz diz que havia R$ 45 milhões alocados para a propaganda oficial da União, segundo o Portal da Transparência.
Para ele, a publicidade, mesmo a de utilidade pública (sobre Aids e dengue, por exemplo), é importante, mas não mais do que situações em que a pessoa pode morrer caso não receba a medicação.
"Ao manter a propaganda estatal, muitas vezes de caráter de promoção do governante, ou a compra de talheres de prata para o Itamaraty, enquanto há pessoas morrendo por falta de tratamento, o Executivo comete uma inconstitucionalidade."
Ele explica que cabe aos juízes reconhecer a compatibilidade de atos administrativos e de leis com a Constituição. "Não estamos dizendo que não pode usar verba da publicidade, mas sim que, enquanto houver necessidade urgentíssima de saúde pública, a prioridade é essa."
Antes de se tornar juiz federal, Rodrigues já foi procurador do município de São Paulo por cinco anos.
Para se defender, a União usou dois argumentos: que o o Judiciário não pode interferir na alocação orçamentária do Executivo e que a autora da ação não pediu que fosse usada verba da publicidade.
"Ela pediu o medicamento. Mas o Código de Processo Civil autoriza o juiz a usar todos os meios para conseguir a realização do direito da parte, que é o de sobreviver."
Em sua decisão, o desembargador di Salvo também refutou a alegação da União. Para ele, o Judiciário está apenas determinando o cumprimento das regras constitucionais. "(...) Está fazendo recordar a verdade sublime que o Estado existe para o cidadão, e não o contrário".
Após a publicação da sentença, a União pode recorrer novamente e, em última instância, o caso pode chegar para análise do STF.
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Comentários
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germano ottmann (04/10/2016 08h17) há 4 dias
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Perfeito ..parabéns . A colocação sobre prioridades de gastos do governo é ótima...o exemplo da propaganda e dos talheres de prata mostra isso...vamos diminuir o caviar e o uísque por conta da viúva em pró da saúde...isso sim.
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Rodrigo ROAL (04/10/2016 08h22) há 4 dias
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Tem que pagar mesmo, doa a quem doer, custe o que custar. Sem essa de o executivo fazer conchavo com o STF para que seja parido qualquer novo acordão, mais um deles, que vise a negar ao cidadão o direito humano fundamental ah saúde, sob qualquer pretexto.
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Alencar Gracino (04/10/2016 10h57) há 4 dias
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Que tal pegar dinheiro também do auxílio moradia dos magistrados? Acho que não fará falta para alguns e ajudaria muitos.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
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