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sexta-feira, 5 de maio de 2017
Sem querer, pesquisadora descobre que espécie comum de lagarta pode biodegradar sacolas plásticas
Hipótese é de que enzimas presentes nas larvas ou nas bactérias presentes em seus interiores sejam capazes de biodegradar plástico por já serem adaptadas a digerirem cera de abelha
Às vezes a solução para problemas complicados pode estar bem debaixo do seu nariz. Cientistas descobriram que uma lagarta comum (as larvas da mariposa Galleria mellonella) são capazes de comerem polietileno, o tipo de plástico tipicamente usado para fazer sacolas de compras descartáveis, relata o site Phys.org.
É uma descoberta notável, que poderia oferecer uma maneira plausível de biodegradar uma quantidade substancial de poluição plástica jogada em aterros e oceanos ao redor do mundo a cada minuto.
Lagartas da espécie Galleria mellonella são mais comumente chamadas de "traças grandes da cera" porque vivem fora de sua fase larval como parasitas em colmeias, onde consomem cera de abelhas. Elas são extremamente difundidas e representam uma praga substancial para abelhas e apicultores em toda a Europa. Ninguém tinha considerado que a adaptação que permite a esses bichinhos estranhos fazerem a digestão da cera de abelha também poderia ser aplicada ao plástico... Não até um encontro casual entre a apicultora amadora (e cientista em tempo integral do Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantabria, na Espanha) Federica Bertocchini e as larvinhas.
Bertocchini estava tentando se livrar dos vermes de cera que haviam infestado suas colmeias, colocando-os em sacolas plásticas. Então ela começou a notar que as sacolas rapidamente ficavam cheias de buracos. Depois de mais uma inspeção, ficou claro que os buracos não eram apenas o resultado das lagartas tentando mastigar seu caminho para a liberdade. Eles estavam as consumindo.
A pesquisadora montou uma equipe de para investigar mais e descobriu que os sacos de compras de plástico se degradavam rapidamente mesmo quando as lagartas estavam esmagadas e manchadas pelo material, indicando que os insetos ou suas bactérias intestinais provavelmente estavam produzindo algum tipo de enzima que quebraria o plástico.
"Se uma única enzima é responsável por esse processo químico, sua reprodução em grande escala usando métodos biotecnológicos deve ser viável", explicou Paolo Bombelli, primeiro autor do estudo publicado na revista Current Biology. "Essa descoberta poderia ser uma ferramenta importante para ajudar a lidar com os resíduos do plástico de polietileno acumulados em aterros sanitários e oceanos."
O problema da poluição não pode ser subestimado. Pessoas em todo o mundo usam cerca de um trilhão de sacos plásticos a cada ano e, uma vez que o plástico não se degrada facilmente, todo esse lixo permanece no ambiente.Que os vermes de cera são capazes de biodegradar plástico é provavelmente um dos acidentes felizes da natureza. Embora os pesquisadores precisem de mais estudos para determinar exatamente como a química funciona, eles suspeitam que a digestão de cera de abelha e polietileno envolva a quebra de tipos semelhantes de ligações químicas.
"A cera é um polímero, uma espécie de 'plástico natural', e tem uma estrutura química não tão diferente do polietileno", disse Bertocchini.
Bombelli acrescenta: "A lagarta produz algo que quebra o vínculo químico, talvez em suas glândulas salivares ou nas bactérias simbióticas em seu intestino. Os próximos passos para nós será tentar identificar os processos moleculares nessa reação e ver se podemos isolar a enzima responsável".
‘Aperte um botão, pegue um voo’; Uber e Embraer lançam parceria
Depois de redefinir o mercado de transporte urbano por meio do sucesso de seu aplicativo, o Uber agora propõe uma alternativa para o tráfego aéreo. Como divulgou em Dallas, nos Estados Unidos, a empresa pretende expandir seus negócios e lançar um novo modelo de transporte e táxi aéreo. Dentre as empresas parceiras para desenvolver os veículos está a brasileira Embraer.
Os táxis aéreos do Uber serão silenciosos, pequenos, elétricos e, como os helicópteros, terão capacidade de decolagem e aterrissagem vertical. Os VTOLS (sigla em inglês para Vertical Take Off Landing) devem entrar em operação em Dallas, EUA, e em Dubai, Emirados Árabes, até 2020.
O Uber, avaliado em 68 bilhões de dólares, fechou parcerias com empresas especializadas em produção de aeronaves para desenvolver seu veículo. Como foi o caso da brasileira. De acordo com a Embraer, a parceria integra o projeto de desenvolvimento de tecnologias no transporte aéreo do Centro de Inovações e Negócios da empresa, sediado em Melbourne, na Flórida. Entre as outras parceiras estão a Aurora Flight Sciences, companhia de drones, Bell Helicopter, que atende o mercado de veículos militares, além de Pipistrel e Mooney, ambas desenvolvedoras de veículos aéreos leves.
‘Aperte um botão, pegue um voo’, esse é o objetivo do Uber. Segundo a empresa, com os novos veículos, uma viagem que teria em média duas horas de duração, será possível de ser realizada em cerca de 20 minutos. Um exemplo: O trajeto entre Campinas e São Paulo, que de carro leva aproximadamente duas horas, cairia para 18 minutos.
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