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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Juiz que deu voz de prisão a funcionários da TAM é afastado no Maranhão

O Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu, nesta quarta-feira (17), afastar preventivamente de suas funções o juiz Marcelo Baldochi. Ele é titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz (727 km de São Luís), no sul do Estado.
O juiz Marcelo Baldochi, que deu voz de prisão a funcionários da TAM por chegar atrasado e ser barrado para embarque
O juiz Marcelo Baldochi, que deu voz de prisão a funcionários da TAM por chegar atrasado e ser barrado para embarque
Baldochi vai ficar afastado até o fim da sindicância da Corregedoria de Justiça que investiga um suposto abuso de poder pela voz de prisão dada a três funcionários da TAM no começo do mês, após chegar atrasado para embarque num voo para São Paulo.
Ontem, o juiz prestou depoimento de duas horas aos corregedores de Justiça do Estado. Em dois dias, além do dele, foram ouvidos os três funcionários detidos e cinco testemunhas.
Assim, a fase de colhimento de depoimentos está finalizada, e o processo segue para a fase final. A conclusão preliminar informada pela comissão é que o juiz excedeu o seu direito ao mandar prender os funcionários.
"Que houve abuso está claro. Isso é fato. Contra fato não há contestação", disse o desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, que preside a comissão, em entrevista à TV Mirante.
O prazo para conclusão das investigações da comissão é de 30 dias, mas a ideia é que o relatório seja entregue antes do fim de ano. O teor do depoimento do juiz não foi revelado. O UOL tenta falar com o juiz desde que o caso foi revelado, mas ele tem evitado a imprensa.
Caso seja punido administrativamente, ele pode sofrer desde uma simples advertência a aposentadoria compulsória (punição máxima para um juiz). Ele ainda poderá recorrer ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Em entrevistas ao UOL, funcionários e testemunhas disseram que o juiz agrediu verbalmente os funcionários com termos como "vagabundo" e "merda".
Até a manhã desta quarta-feira (17), o juiz não havia comparecido à 3ª Delegacia de Imperatriz, onde um procedimento foi aberto para investigar o suposto caso de crime ao consumidor, como denunciou o juiz. Sem a presença dele, a polícia não irá dar sequência ao caso.

VEJA COMO FOI A CONFUSÃO ENVOLVENDO O JUIZ

Outras denúncias

Para complicar ainda mais a situação do juiz, os corregedores informaram também que receberam outras denúncias contra o Marcelo Baldochi, e que serão abertas novas investigações.
"Eu não posso dizer [quais as denúncias] porque isso implicaria tomar decisões precipitadas ou pelo menos comprometer alguma coisa que não seja verdade. Isso merece um procedimento a parte, que não diz respeito ao caso presente, da TAM", afirmou o desembargador.
O juiz já é conhecido no Estado por se envolver em polêmicas. Em 2007, foi flagrado por fiscalização e denunciado por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda de sua propriedade. Dois anos depois, foi condenado a pagar direitos trabalhistas.
Em dezembro de 2012, também em Imperatriz, ele se negou a dar dinheiro a um flanelinha, discutiu com ele e acabou sendo esfaqueado. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também informou que abriria uma representação contra o juiz por tratamento arrogante com advogados.
Também em 2012, o juiz negou indenização a cliente de uma companhia aérea que passou por situação semelhante no mesmo aeroporto, perdendo voo por conta de horário de finalização do check in. 
O juiz Marcelo Baldochi voltou às atividades normais nesta segunda-feira (15), após ficar uma semana afastado por licença-luto por causa da morte de um familiar no Estado de São Paulo. Procurado mais uma vez pela reportagem, Baldochi não atendeu às ligações, nem respondeu às mensagens enviadas ao seu celular.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Conheça os mascotes - Meet the mascots | Rio 2016

Conheça os mascotes Rio 2016!

No dia 02 de outubro de 2009, quando a cidade do Rio foi escolhida como a próxima sede dos Jogos, a explosão de alegria dos brasileiros foi sentida por toda a natureza e dessa energia, nasceram os nossos mascotes!

Meet the mascots I Rio 2016

On 2 October 2009, when Rio de Janeiro was elected to host the Games, the great explosion of joy amongst Brazilians was felt by nature and from this energy the mascots were born.

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VINÍCIUS E TOM SÃO OS NOMES ESCOLHIDOS PARA OS MASCOTES DE 2016

Os mascotes das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, já têm nome. Depois de 21 dias de votação popular pela internet, Vinícius e Tom venceram a disputa com 44% dos 323.327 votos.

Oba e Eba ficaram logo atrás com 38% dos votos. E Tiba Tuque e Esquindim tiveram 18% da preferência do público.

Gostou dos nomes?

Clique Ciência: raios caem duas vezes em um mesmo lugar?

Um dos maiores mitos propagados por aí é o de que dois raios não caem no mesmo lugar. Mas não dê ouvidos a tudo o que lhe dizem. Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios. Prova disso é o Cristo Redentor, agraciado por seis raios por ano, em média, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). E o Empire State Building, em Nova York, que recebe 25 descargas, sendo que já aconteceu de o topo do prédio ser atingido oito vezes em apenas oito minutos.
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que um para um milhão. O que não é motivo para baixar a guarda. Se você estiver em uma área descampada (como uma praia ou campo de futebol) durante uma tempestade forte, a probabilidade é bem maior: de um para mil. Isso porque o seu corpo acaba se transformando em para-raios nessas situações.
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade e o solo. Ou seja: para que eles ocorram, é necessário haver uma nuvem carregada de partículas com carga negativa (geradas pelo choque das partículas de gelo) e um solo repleto de partículas com carga positiva. Como os campos elétricos costumam se acumular em extremidades, não é de se estranhar que arranha-céus, monumentos pontiagudos, copas de árvores e cabeças sejam mais vulneráveis.
É bom lembrar que relâmpago é o nome genérico que se dá às descargas elétricas, mas os raios são só os que se conectam ao solo. E o trovão? É o som produzido pelo ar que se aquece e se expande rapidamente na região na qual circula a corrente elétrica do raio. 
 
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Os diamantes são formados sob altíssimas pressões, graças às camadas de magma que se depositam umas sob as outras ao longo de muitos e muitos anos. É por isso que essas pedras são tão valiosas. E como é que um cãozinho ou gatinho pode virar pedra preciosa? O segredo está na quantidade de carbono, aliada à alta tecnologia que recria o processo de formação do diamante na natureza Leia mais Sophie Gammon/Arte UOL

Brasil é recordista

A ocorrência de raios no Brasil é de 50 milhões por ano, segundo o Inpe, o que faz do país o recordista mundial. A cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre no Brasil. Ou seja: 130 brasileiros morrem dessa forma a cada ano. "A explicação é geográfica: é o maior país da chamada zona tropical do planeta -- área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades", explica Osmar Pinto Junior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
 
A Amazônia é uma das três regiões com maior incidência de descargas elétricas do país e do mundo. Recebe cerca de 30 milhões de raios por ano, devido à grande quantidade de água doce e calor. As outras regiões chamadas de "chaminés de raios" são a África Central e a Indonésia.
 
De 2000 a 2013, o Estado com maior número de mortes por acidentes com raios foi São Paulo, de acordo com o Inpe -- foram 269 no total. Considerando a densidade populacional, o total de mortes registradas no Amazonas impressiona: foram 80, no mesmo período. Só em Manaus, 20 pessoas morreram, o que fez a cidade ser referida como a "capital brasileira com maior número de mortes por raios".
 
Um estudo feito por pesquisadores do Inpe e divulgado no ano passado no periódico American Journal of Climate Change mostrou que, nos últimos 30 anos, a capital amazonense registrou um aumento de 50% na taxa de descargas atmosféricas, alcançando 13,4 raios por quilômetro quadrado ao ano. A explicação para isso é que a urbanização em Manaus fez a temperatura máxima da cidade subir 3°C em relação à encontrada na floresta amazônica.
 
Outros estudos do Elat já haviam mostrado como a urbanização tende a formar um cinturão de ar quente ao redor da região central das cidades, favorecendo tempestades e raios. E o aquecimento global só tende a piorar o cenário, à medida que faz aumentar a presença de vapor d'água na atmosfera. Um estudo publicado recentemente na revista Science mostrou que a ocorrência de relâmpagos em todo o mundo vai aumentar 50% até 2100.
 
Segundo levantamento de cientistas do Elat feito em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, o aumento da temperatura das águas do Oceano Atlântico no Hemisfério Sul fará a incidência de tempestades duplicar no Sudeste em 2070, chegando a triplicar nas cidades litorâneas.
 
Só a cidade de São Paulo, por exemplo, tinha 33 dias de tempestade por ano de 1910 a 1951. De 1951 a 2010 esse número aumentou para 67 dias de tempestade -– um crescimento de 103%. "A previsão é a de que os dias de tempestade se tornem ainda mais frequentes nos próximos anos", afirma o coordenador do Elat. Os resultados até trazem algum alívio para quem está preocupado com a falta de água, mas são preocupantes, considerando o consequente aumento de raios.
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Raios promovem espetáculo de imagens pelo mundo75 fotos

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15.jan.2014 - Raio é fotografado na região da avenida Paulista, no centro de São PauloGustavo Basso/UOL

Como evitar

"A intensidade típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico", diz Osmar Pinto Junior, especialista do Elat. Portanto, a morte é imediata. Além de queimaduras, a corrente pode provocar parada cardíaca e respiratória. Os relatos de vítimas que sobreviveram referem-se a quem foi afetado indiretamente, ou por faíscas laterais, ou pela corrente que vem do solo. As sequelas podem incluir insuficiência cardíaca, problemas de memória e psicológicos.
O período mais afetado pela incidência de raios no Brasil é a transição entre a seca e a estação chuvosa, ou seja, entre a primavera e o verão. Veja as recomendações do Inpe para evitar ser atingido por um raio, direta ou indiretamente:
1. Se você estiver em uma área sem abrigo próximo durante uma tempestade e sentir os pelos arrepiados (sinal da proximidade de um raio), ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre eles;
2. Se estiver sem abrigo na tempestade, evite segurar e mantenha distância de objetos metálicos e/ou longos, como varas de pescar, tacos de golfe, enxadas e tripés;
3. Durante a tempestade, mantenha distância de árvores (especialmente as isoladas), cercas de arame e varais metálicos. Saiba que pequenas construções como tendas, barracos e celeiros não oferecem proteção;
4. O ideal é não sair de casa durante tempestades, mas, se estiver na rua, procure abrigo em: carros, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis (mas evite ficar encostado na lataria); moradias ou prédios (de preferência que possuam proteção contra raios); abrigos subterrâneos (como metrôs ou túneis); grandes construções com estruturas metálicas; barcos ou navios metálicos fechados; desfiladeiros ou vales;
5. Caso esteja em algum local protegido, evite usar o telefone com fio ou o celular ligado ao carregador, assim como  tocar em equipamentos elétricos ligados à tomada, já que as redes elétricas podem ser atingidas. Evite também ficar ao lado de portas, canos ou janelas metálicas (esses objetos têm maior condutividade elétrica).
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Cristo Redentor passa por reparos após ser atingido por raio10 fotos

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21.jan.2014 - Funcionário trabalha na estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (21). O terceiro dedo da mão direita desse que é um dos principais monumentos brasileiros foi atingido por um raio, durante tempestade na última quarta-feira, o que danificou a pedra sabão. Uma placa de mármore também sofreu danos e será reparada, segundo a Paróquia Cristo Redentor. A prioridade, segundo os técnicos, é consertar primeiro os para-raios Leia mais Antonio Lacerda/EFE

Relâmpagos e a vida na terra

Os relâmpagos podem ter participado da geração de moléculas que deram origem à vida na Terra, segundo o Inpe. Há cerca de 3 bilhões de anos, a atmosfera do planeta era bem mais quente e continha grande quantidade de moléculas de diversos gases, como amônia, metano e hidrogênio.  Por isso, é provável que houvesse mais tempestades e raios. As descargas elétricas teriam ajudado a quebrar essas moléculas e a formar os aminoácidos, estruturas básicas para todas as formas de vida. Experimentos em laboratório mostraram que o processo é, em princípio, possível. Mas há incertezas sobre os estágios iniciais da evolução da atmosfera terrestre.

Clique Ciência: todo mundo precisa beber 2 litros de água por dia?

Cerca de 60% do nosso corpo é composto por água. Esse líquido precioso é fundamental para manter o sangue em circulação, controlar a temperatura e permitir inúmeras reações químicas que ocorrem a todo instante no organismo. Em dias normais, perdemos aproximadamente 2,5 litros pela respiração, pela urina, pelo suor e, em menor escala, pelas fezes. Claro que no verão ou após uma atividade física intensa, a perda pode ser maior.

Felizmente, ninguém precisa fazer cálculo para descobrir quanto de água deve ingerir por dia. Temos um mecanismo de controle dos mais sábios para executar essa tarefa: a sede. Por isso, vale a pena confiar mais nela do que nas pessoas que recomendam a ingestão de pelo menos dois litros de água todos os dias, mesmo contra a vontade.

"Esse é um dos maiores mitos já propagados por aí", comenta o clínico geral e nefrologista Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele afirma que as pessoas devem confiar na sede da mesma forma que não pensam o tempo todo em respirar. O mecanismo é tão poderoso que administrar a hidratação de pacientes em coma, por exemplo, costuma ser um grande desafio para os médicos -- não é só colocar dois litros de soro na veia e pronto, está tudo certo.

Em um artigo publicado em 2011 no British Medical Journal, a médica escocesa Margareth McCartney alertou que a recomendação dos dois litros é "nonsense", já que não há evidências científicas que apoiem essa ou qualquer outra quantidade. A necessidade de líquidos varia muito entre as pessoas -- depende de idade, alimentação, clima, atividade e metabolismo, entre outros fatores.

Pessoas com tendência a ter pedras nos rins ou infecções urinárias de repetição até podem se beneficiar de um consumo um pouco maior de água, assim como crianças e idosos, que podem ter uma sensação de sede diminuída. Pessoas com lesões cerebrais também podem perder essa capacidade de autorregulação e exigem cuidados específicos quanto à hidratação.
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Os diamantes são formados sob altíssimas pressões, graças às camadas de magma que se depositam umas sob as outras ao longo de muitos e muitos anos. É por isso que essas pedras são tão valiosas. E como é que um cãozinho ou gatinho pode virar pedra preciosa? O segredo está na quantidade de carbono, aliada à alta tecnologia que recria o processo de formação do diamante na natureza Leia mais Sophie Gammon/Arte UOL

Água demais

Será que há algum problema em tomar uns copos de suco a mais? Quando o excesso é comedido ou distribuído ao longo do dia, rins saudáveis são capazes de eliminá-lo pela urina sem maiores consequências. Entretanto, doentes renais precisam ter um controle rigoroso da quantidade de líquido ingerida, e até devem evitar certos tipos de frutas.

Agora, anote aí: empanturrar-se de água pode ser fatal. E há vários relatos desse tipo na literatura médica. Jennifer Strange, uma norte-americana residente da Califórnia, participou de um concurso em 2007 para ver quem conseguia ingerir mais água. Depois de tomar seis litros em um intervalo de apenas três horas, ela sofreu um quadro de intoxicação ao voltar para casa e acabou morrendo.

Um estudo de 2005, publicado no New England Journal of Medicine, informou que um a cada seis maratonistas desenvolve a chamada hiponatremia, quadro de diluição de sangue que ocorre quando a pessoa ingere mais água do que o corpo consegue administrar. Os sintomas incluem fadiga, náusea, vômito e confusão mental, podendo chegar a culminar em convulsões e morte. É que o excesso de água chega ao cérebro e, ao contrário de outras células, os neurônios não têm a capacidade de se expandir ao receber muito líquido.

"Já tive paciente que teve convulsão por seguir conselhos para tomar muita água", avisa o médico. Mas e a afirmação de que sentir sede já é sinal de que o organismo está desidratado? "É outro mito", garante Olzon.
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Condomínios de SP mostram saídas criativas para escapar da falta d'água15 fotos

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5.nov.2014 - A síndica do edifício Saint Hilaire, Marizilda Gonçalves, mostra copos após tratamento da água usada nos tanques e lavadoras de roupas. A água é reutilizada na descarga e torneiras da área comum do prédio no Campo Belo, zona sul de São PauloLeia mais Junior lago/UOL

Como a vontade aparece?

O centro da sede no cérebro é o hipotálamo, uma estrutura do tamanho de uma amêndoa que fica na base do cérebro e também regula o sono e o apetite. Quando está faltando água no corpo, ele envia a mensagem que traduzimos como vontade de beber água. Claro que o cérebro pode ser sugestionado, às vezes, e sentimos esse desejo só de ver o solo rachado das represas do Sistema Cantareira, em São Paulo, assim como temos fome ao sentir o cheirinho de pão quente dentro de uma padaria.

Outras situações podem fazer a sede vir mais forte, como, por exemplo, quando há algum sangramento no corpo ou um quadro de diarreia. Depois de acabar com um pacote de salgadinhos, a vontade também aumenta. Como esses alimentos são ricos em sódio, o mineral acaba atraindo a água presente dentro das células por um mecanismo conhecido como osmose.

Outro processo explica a vontade de tomar água depois de consumir um doce: o excesso de glicose entre as células leva o hipotálamo a ativar a sede, e um hormônio liberado pelo pâncreas ajuda a transportar esse açúcar para dentro das células, para que seja metabolizado. Se a pessoa sofre de diabetes e a orquestração hormonal não ocorre como deveria, tende a sentir mais sede e urinar mais.

E a ressaca? Paulo Olzon explica que o álcool inibe a presença de um hormônio que atua como antidiurético no organismo. A consequência é que a pessoa acaba urinando mais do que bebeu. "Isso acontece mesmo quando se toma destilados", esclarece o médico, apesar de associarmos as visitas ao banheiro somente à cerveja. Para aliviar a desidratação, o hipotálamo envia a mensagem para tomar (bem) mais água no dia seguinte à bebedeira.

Nessas situações, lembre-se que não vale tomar um balde de água para prevenir a sede futura. Deixe uma garrafinha por perto e vá dando goles conforme a vontade aparecer.

Clique Ciência: tablets e celulares podem transmitir doenças?

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    Adolescente usa celular para ver mensagens: mais sujo do que banheiro, segundo especialistas
    Adolescente usa celular para ver mensagens: mais sujo do que banheiro, segundo especialistas
Você teria coragem de levar o assento da privada ou o sapato de um estranho para a sua cama? Não, né? Mas sempre lê alguma notícia no tablet ou troca mensagens pelo celular antes de dormir, certo? Então prepare-se para esta notícia: esses aparelhos eletrônicos carregam mais micro-organismos que o vaso sanitário, inclusive bactérias causadoras de doenças e infecções hospitalares.

Embora existam poucas análises envolvendo tablets, não faltam pesquisas sobre a contaminação dos celulares. Uma delas foi divulgada em 2012 por pesquisadores da Universidade do Arizona. Segundo eles, esses aparelhos contêm dez vezes mais bactérias que um banheiro.

"O celular só perde, em contaminação, para os carrinhos de supermercados e para mouses e teclados de computadores", afirma o microbiologista Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria.

Em quantidade de micro-organismos, o aparelho ganha de longe de solas de sapato, apoios de ônibus, corrimãos de escadas rolantes, tampos de vasos sanitários e escovas de dentes, segundo o especialista. Ganha até dos panos de prato molhados, que por sua vez têm um milhão de bactérias a mais que os assentos de privada. E, segundo o Dr. Bactéria, tanto faz se o aparelho tem tela de touch screen ou teclado -- o nível de contaminação é o mesmo.
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Os diamantes são formados sob altíssimas pressões, graças às camadas de magma que se depositam umas sob as outras ao longo de muitos e muitos anos. É por isso que essas pedras são tão valiosas. E como é que um cãozinho ou gatinho pode virar pedra preciosa? O segredo está na quantidade de carbono, aliada à alta tecnologia que recria o processo de formação do diamante na natureza Leia mais Sophie Gammon/Arte UOL

Até ebola

Não é de se espantar que computadores, smartphones e tablets sejam fontes de doenças, algumas bem graves. Roberto Figueiredo avisa que, na literatura, há caso até de transmissão do vírus ebola pelo celular.

Em análises de laboratório, Roberto Figueiredo e sua equipe já encontraram, nos aparelhos, bactérias como a Staphylococcus aureus, que pode provocar intoxicações alimentares, conjuntivite, sinusite, laringite e infecções com pus; a Escherichia coli, que é indicadora de contaminação fecal e pode causar diarreias e vômitos; e até a Pseudomonas aeruginosa, associada a infecções hospitalares, entre outras doenças.

O motivo de tanta contaminação é simples: além da proximidade com a boca, muita gente não lava as mãos da forma correta e na frequência adequada. Sem contar que celulares e tablets têm substituído revistas e jornais no banheiro.

Mouses e teclados de computador são ainda piores, segundo Figueiredo, porque acumulam, além de saliva e coliformes fecais, restos de comida e bebida, que também são alimentos para as bactérias.

Uma pesquisa divulgada pela especialista em higiene Lisa Ackerley, da Universidade de Salford, diz que dois em cada três trabalhadores do Reino Unido almoçam no computador. E 20% nunca limpam o mouse. No Brasil, o cenário não deve ser muito diferente.

Basta uma tosse ou uma coceira no nariz e pronto, vírus e bactérias vão logo para as superfícies mais tocadas. E alguns desses micro-organismos podem sobreviver por até 24 horas, como alerta Ackerley em uma reportagem do jornal britânico Daily Mail.
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Conheça os locais com maior concentração de germes no shopping8 fotos

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Maquiagem para testar
Todas as lojas de maquiagem dispõem de batom, sombra, gloss e outros produtos para teste. Cuidado: "Se uma mulher está com conjuntivite e passa um lápis no olho, ou tem herpes labial e usa um batom, ela eventualmente contaminará as próximas usuárias", adverte Maria Beatriz Souza Dias, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Sírio-Libanês Thinkstock

Limpeza

Para evitar contrair doenças pelo contato com esses micro-organismos, a principal recomendação é lavar as mãos corretamente -- com sabão, por no mínimo 20 segundos e secando bem depois. E o ritual deve ser repetido não só depois de usar o banheiro, como também antes de comer e de começar a trabalhar, especialmente se você usa transporte público.

E quanto aos celulares e tablets, companheiros inseparáveis até nos momentos mais íntimos? Vale lembrar que os manuais desses equipamentos sempre trazem advertências contra o uso de água e de produtos de limpeza comuns.

Dr. Bactéria dá a dica: umedecer um lenço de papel toalha com álcool isopropílico e passar por todo aparelho. Mas atenção: esse tipo de produto costuma ser encontrado em lojas especializadas, e é diferente do álcool etílico que você compra no supermercado.

Mesmo com um produto adequado, é bom ser comedido na quantidade. "É só umedecer, e não encharcar -- você mata bactérias pelo contato e não por afogamento", ressalta Figueiredo. Para pessoas ligadas à área da saúde, como dentistas, médicos e enfermeiros, é preciso higienizar o aparelho diariamente. Já outras pessoas podem fazer a limpeza só uma vez por semana.

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