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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Idoso é agredido por universitário durante festa em república de Santo André

Homem teria reclamado a jovem que urinava em sua casa. Após bate-boca, estudante teria atingido idoso com socos na cabeça

Um homem de 81 anos foi agredido por um universitário após um bate-boca na noite dessa sexta-feira (27). O estudante participava de uma festa em uma república de Santo André.
Ítalo Paschoalini, 81, foi agredido por universitário em frente a sua casa
Reprodução/Facebook
Ítalo Paschoalini, 81, foi agredido por universitário em frente a sua casa
Ao perceber que alguém urinava em frente a sua casa, Ítalo Paschoalini saiu para reclamar com o estudante e começaram uma discussão. 
"Meu avô ficou bravo e pegou uma mangueira para molhar o menino e fazê-lo sair de lá. Daí o menino deu uma chave de pescoço no meu avô e começou a esmurrar meu avô", afirma Débora Vaccari, neta de Ítalo. 
O idoso teve um corte na cabeça e ferimentos no braço e passou a noite em um hospital municipal de Santo André, segundo ela.
Eduardo, de 19 anos, é estudante da UFABC (Universidade Federal do ABC) e participava de uma festa em uma república na mesma rua, no Parque das Nações.
De acordo com Débora, as festas frequentes nessa república chegam a reunir cerca de 400 pessoas e incomodam os vizinhos da rua residencial.
Em depoimento à polícia, o universitário confessou ter empurrado o aposentado, mas disse que em seguida teria se arrependido e o ajudado a se levantar. 
Rafael Batista, um dos moradores da república Vó Gina, diz que o estudante não era conhecido e que, como a agressão aconteceu fora da república, os organizadores da festa só souberam da briga depois do ocorrido.
"Foi uma surpresa para gente a agressão. Nunca ocorreu um fato dessa proporção nas festas das repúblicas por ali", afirma Guilherme de Lucas, membro da associação de repúblicas. "Estamos apurando o que aconteceu, vamos ver o que houve de errado e discutir na universidade o que podemos fazer para evitar que isso volte a acontecer."
O caso foi registrado na 2ª Delegacia Policial de Santo André como lesão corporal e perturbação da tranquilidade. 
Indignada com a situação, Débora Vaccari diz que a família pretende processar o universitário pela agressão. "É surreal que um jovem espanque um idoso de 81 anos. Temos medo porque isso pode voltar a acontecer e os irmãos do meu avô [que moram na mesma rua] poderiam ser os próximos a sofrer agressão."
Até a publicação desse texto, o estudante acusado de agressão não foi encontrado para comentar o caso. 
Veja casos de violência em universidades e repúblicas do País
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução
Depois de se sujaram com ovos, tinta, farinha e café, os calouros tiveram de rodar até ficar tontos na UnB (14.07.10). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Estudantes lambem linguiça com leite condensado durante trote do curso de agronomia da Universidade de Brasília (31,01.2011). Foto: Agência UnB
Imagem onde caloura pintada de preto aparece acorrentada junto a uma placa
Todos os calouros tiveram de entrar juntos na piscina de lama, vegetais, legumes e lixo (14.07.2010). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Calouros tiveram de andar em fila indiana, com as mãos entrelaçadas entre as pernas uns dos outros, o chamado elefantinho (14.07.2010). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Os estudantes de agronomia tiveram de procurar sabonetes em uma piscina de lama. Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Calouros escorregam em poça d'água no meio do corredor do principal prédio da universidade. Foto: Divulgação
Trote Unb. Foto: Divulgação
Imagens de trote no ano passado foram anexadas à denúncia à universidade. Foto: Reprodução
Caloura é pintada por veteranos em trote da Poli na USP. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Amarrados, calouros são conduzidos para uma festa no gramado da faculdade. Pais acompanham e fotografam tudo. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Homero Santiago Maciel, 19 anos, recebe banho na lama, durante o trote da Faculdade Politécnica da USP. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Beatriz Castro, de 18 anos, recebeu trote com tinta, farinha e leite condensado:
Brincadeira com fezes e urina teria sido realizada perto do campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Foto: Reprodução
Frente Feminista denuncia atos obscenos durante trote na USP São Carlos. Foto: Frente Feminista USP
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução

Enchentes no Acre deixam mais de 11 mil pessoas desabrigadas

Cheia histórica atinge nove dos 22 municípios do Estado. Até hoje, 105 mil habitantes tiveram de abandonar suas casas

As enchentes no Acre já deixaram 11.682 pessoas desabrigadas, segundo o último boletim divulgado neste sábado pelo Ministério da Integração Nacional. A maior parte das vítimas está em Rio Branco.
As fortes chuvas que atingem o Estado da região Norte castigam moradores de nove dos 22 municípios acrianos: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Manuel Urbano, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Xapuri.
De acordo com o boletim, 133.387 pessoas foram afetadas pelas enchentes, o que significa um a cada seis moradores do Acre.
Dessas, 105.674 habitantes já tiveram de deixar suas casas por conta das enchentes. A maioria deles (94,8 mil) moram em Rio Branco. Sena Madureira também soma um grande número de desalojados (5.894).
Até o momento, apenas uma morte foi registrada em decorrência da cheia histórica do Rio Acre em Rio Branco. Fátima Lima de Moura, de 62 anos, morreu em decorrência de uma forte descarga elétrica, segundo o governo do Acre.
Seis municípios do Acre têm desabrigados: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Cruzeiro do Sul e Rio Branco sofrem com as enchentes. Foto: Agência de Notícias do Acre
Cheia do Rio Acre já tem mais de 8 mil pessoas atingidas. Foto: Agência de Notícias do Acre
Transbordamento de rio mantém a pequena Taraucá (AC) debaixo d´água desde sábado (31). Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Morador tenta se locomover em meio à cheia; prefeitura diz que, neste domingo (1º), rio seguia subindo. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Placa em rua de Tarauacá, cidade de 37 mil habitantes, a 400 quilômetros de Rio Branco. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Equipe de resgate em uma das principais vias da cidade de Tarauacá. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
A cidade de Taraucá: prefeito diz que nunca choveu tanto. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Casa inundada em Taraucá: quase cem pessoas em abrigos após perderem suas casas. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Canoa pelas águas da cidade que segue passa sábado e domingo (1º) sob a água. Foto: Asscom Prefeitura de Tarauacá
Seis municípios do Acre têm desabrigados: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Cruzeiro do Sul e Rio Branco sofrem com as enchentes. Foto: Agência de Notícias do Acre
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Nível dos rios
O nível do rio Acre estava em 6,95 metros em Brasileira e Epitaciolância, segundo medição do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC) na manhã deste sábado (28).
Em Xapuri, apesar do nível do rio ter baixado para 17, 62 metros, ainda permanece bem acima da cota de transbordamento que é de 13,40 metros. No município, cerca de 1,2 mil pessoas foram atingidas.
Na capital acriana, o nível do rio continua subindo. Às 9 da manhã deste sábado, o nível do rio na capital era de 16,89 metros.
Em Sena Madureira, o nível do Rio Iaco continua subindo e media na manhã deste sábado 16,75 metros.
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