Homem teria reclamado a jovem que urinava em sua casa. Após bate-boca, estudante teria atingido idoso com socos na cabeça
Um homem de 81 anos foi agredido por um universitário após um bate-boca na noite dessa sexta-feira (27). O estudante participava de uma festa em uma república de Santo André.
Ao perceber que alguém urinava em frente a sua
casa, Ítalo Paschoalini saiu para reclamar com o estudante e começaram
uma discussão.
"Meu avô ficou bravo e pegou uma
mangueira para molhar o menino e fazê-lo sair de lá. Daí o menino deu
uma chave de pescoço no meu avô e começou a esmurrar meu avô", afirma
Débora Vaccari, neta de Ítalo.
O idoso teve um corte na cabeça e ferimentos no braço e passou a noite em um hospital municipal de Santo André, segundo ela.
Eduardo,
de 19 anos, é estudante da UFABC (Universidade Federal do ABC) e
participava de uma festa em uma república na mesma rua, no Parque das
Nações.
De acordo com Débora, as festas frequentes
nessa república chegam a reunir cerca de 400 pessoas e incomodam os
vizinhos da rua residencial.
Em depoimento à polícia, o
universitário confessou ter empurrado o aposentado, mas disse que em
seguida teria se arrependido e o ajudado a se levantar.
Rafael
Batista, um dos moradores da república Vó Gina, diz que o estudante não
era conhecido e que, como a agressão aconteceu fora da república, os
organizadores da festa só souberam da briga depois do ocorrido.
"Foi
uma surpresa para gente a agressão. Nunca ocorreu um fato dessa
proporção nas festas das repúblicas por ali", afirma Guilherme de Lucas,
membro da associação de repúblicas. "Estamos apurando o que aconteceu,
vamos ver o que houve de errado e discutir na universidade o que podemos
fazer para evitar que isso volte a acontecer."
O caso foi registrado na 2ª Delegacia Policial de Santo André como lesão corporal e perturbação da tranquilidade.
Indignada
com a situação, Débora Vaccari diz que a família pretende processar o
universitário pela agressão. "É surreal que um jovem espanque um idoso
de 81 anos. Temos medo porque isso pode voltar a acontecer e os irmãos
do meu avô [que moram na mesma rua] poderiam ser os próximos a sofrer
agressão."
Até a publicação desse texto, o estudante acusado de agressão não foi encontrado para comentar o caso.
Veja casos de violência em universidades e repúblicas do País
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução