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sábado, 7 de março de 2015

Com mais público que Brasileirão, campeonato dos EUA terá Kaká e novos times

Astro do Orlando City, brasileiro é o mais bem pago da Major League Soccer e estreia deve reunir 60 mil pessoas no estádio. Em 2014, a liga teve média de 19.147 torcedores por jogo, número superior ao último Campeonato Brasileiro

Kaká é recebido por multidão em Orlando
Reprodução
Kaká é recebido por multidão em Orlando
Se a Major League Soccer (MLS) fosse um time brasileiro, teria levado ao estádio em 2014 mais público do que 13 dos 20 integrantes da Série A, com média de 19.147 torcedores por jogo na temporada regular, um recorde na história da liga. O número é superior ao registrado no Campeonato Brasileiro do ano passado (16.555 pagantes) e por agremiações populares, como Fluminense (18.490), Vasco (14.232) e Atlético-MG (14.132). A franquia de futebol dos Estados Unidos que mais mobilizou pessoas em partidas foi o Seattle Sounders: 43.734. O Cruzeiro, atual campeão nacional e líder do quesito por aqui, teve em média 29.678 espectadores em sua campanha vencedora.
No país onde o football é jogado com as mãos, o soccer é a bola da vez. Cerca de 70 milhões de pessoas acompanham futebol nos Estados Unidos, e 20 milhões são praticantes - é a modalidade com mais adeptos atualmente na terra da bola oval, segundo recente pesquisa. Os jogos da seleção local na última Copa do Mundo, no Brasil, chegaram a reunir 25 milhões de espectadores em frente aos aparelhos de TV. Oito equipes aumentaram em pelo menos 5% a ocupação de seus estádios em 2014. O Chivas USA, o pior em média de público (7.063), foi comprado pela liga e dará lugar em 2017 ao Los Angeles FC. Para a 20ª edição do campeonato, com início na noite desta sexta-feira - pelo horário de Brasília, a partida de abertura, entre Los Angeles Galaxy e Chicago Fire, será à 0h de sábado -, a aposta é investir em nomes conhecidos para atrair ainda mais o interesse do público, e um brasileiro virou um dos cartões de visita dessa nova fase de expansão.
Leia: Com maior salário da história nos EUA, Kaká domina a cidade de Orlando
Kaká, eleito o melhor jogador do mundo em 2007, é o principal reforço do Orlando City, uma das franquias que estreiam na MLS nesta temporada e que tem como dono um brasileiro: Flávio Augusto da Silva. Recebido como popstar na cidade, o ex-jogador de São Paulo, Milan e Real Madrid agregou sua popularidade ao time e já conseguiu uma façanha: não há mais ingressos disponíveis para a primeira partida na elite norte-americana, neste domingo, contra o New York City FC, o outro debutante do torneio.
Embora o clube não tenha revelado a carga total de bilhetes, são esperadas mais de 60 mil pessoas no Citrus Bowl, na Flórida, com capacidade para 61.348 pessoas e possibilidade de expansão para 65.194. Se contar com casa cheia, o Orlando City vai figurar entre os dez maiores públicos da história da MLS logo na estreia - o recorde da liga é de 1996, quando 69.255 espectadores foram ao Rose Bowl, na Califórnia, para ver LA Galaxy 2 x 1 NY/NJ MetroStars.
Leia: Técnico de Kaká nos EUA sonha em jogar a Libertadores com o Orlando City
O New York City FC, adversário de Kaká neste domingo, também debuta na MLS fazendo barulho. A grande atração para a temporada é o atacante espanhol David Villa, ex-Barcelona e Atlético de Madrid, e em julho outro reforço de peso é esperado: o meia inglês Frank Lampard. A franquia é uma sociedade entre os donos de Manchester City e o New York Yankees, o clube de beisebol mais rico dos Estados Unidos.
Vem da Inglaterra, também em julho, outro astro do futebol: o meia Steven Gerrard, ídolo do Liverpool e reforço do Los Angeles Galaxy, atual campeão da MLS. O Toronto FC, que contou com o goleiro brasileiro Júlio César na temporada passada, trouxe da Itália o meia Giovinco, ex-Juventus, para integrar o elenco que conta com dois jogadores de destaque na seleção dos Estados Unidos:  o volante Bradley e o atacante Altidore (confira na galeria de fotos alguns dos principais jogadores da MLS nesta temporada).
O brasileiro Kaká chega ao Orlando City como o jogador mais bem pago da MLS. Foto: Reprodução
Ídolo do Liverpool, o meia inglês Steven Gerrard reforçará o Los Angeles Galaxy a partir de julho. Foto: Shaun Botterill/Getty Images
O meia inglês Frank Lampard trocará o Manchester City pelo New York City FC em julho. Foto: Divulgação
O espanhol David Villa, atacante do New York City FC, é um dos astros da MLS para a temporada 2015. Foto: Divulgação
Atacante da seleção dos Estados Unidos, Clint Dempsey defende o Seattle Sounders. Foto: Site oficial do Seattle Sounders
O irlandês Robbie Keane, atacante do Los Angeles Galaxy, atual campeão da MLS. Foto: Divulgação
O nigeriano Obafemi Martins, atacante do Seattle Sounders. Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images
O brasileiro Guly do Prado será atacante do Chicago Fire nesta temporada da MLS. Foto: Clive Rose/Getty Images
O volante brasileiro Juninho é um dos ídolos do Los Angeles Galaxy. Foto: Divulgação
O italiano Sebastian Giovinco, ex-Juventus, uma das novidades do Toronto FC para a temporada 2015 da MLS. Foto: Reprodução/Twitter
O meia argentino Ignacio Piatti, campeão da Libertadores com o San Lorenzo em 2014, reforça o Montreal Impact. Foto: Divulgação
O inglês Bradley Wright-Phillips, atacante do New York Red Bulls, foi o artilheiro da última edição da MLS, com 27 gols. Foto: Jeff Gross/Getty Images
O argentino Cristian Maidana, meia do Philadelphia Union. Foto: Jamie Squire/Getty Images
Michael Bradley, volante do Toronto FC e da seleção dos Estados Unidos. Foto: Reprodução/Twitter
O americano Jozy Altidore, atacante do Toronto FC. Foto: Reprodução/Twitter
O brasileiro Kaká chega ao Orlando City como o jogador mais bem pago da MLS. Foto: Reprodução
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Mas como convencer jogadores com mercado nos campeonatos mais prestigiados da Europa a jogar nos Estados Unidos? Com dinheiro, claro. Para isso, a regra da liga precisou de adaptações. Para ser sustentável, a MLS impõs um teto salarial: cada clube pode gastar até US$ 3,1 milhões, com salário máximo de US$ 387,5 mil por temporada. Atletas com status chegam a ganhar mais do que isso por semana ou por mês em outros países. A solução encontrada foi permitir a realocação de verba fora da folha salarial para usar em categorias especiais de jogadores, como o Designated Player, também conhecido como Regra Beckham - o inglês David Beckham foi o primeiro beneficiado, em 2007, e permitiu que assinasse um contrato de cinco temporadas com o Los Angeles Galaxy recebendo US$ 6,5 milhões anuais.
Atualmente, 49 jogadores são Designated Player, entre eles Kaká, o mais bem pago da MLS: US$ 7,1 milhões por temporada, mais do que Beckham embolsou do LA Galaxy. Para se ter uma ideia da discrepância em relação aos valores que seguem o teto salarial, o atacante inglês Bradley Wright-Phillips, artilheiro do campeonato passado com 27 gols, recebia US$ 372,5 mil anuais até 2014. Com a aposentadoria do francês Thierry Henry, o New York Red Bulls o promoveu ao status privilegiado, mas os novos valores não foram revelados.
Ronaldo é sócio do Fort Lauderdale Strikers, que almeja fazer parte da MLS
AP
Ronaldo é sócio do Fort Lauderdale Strikers, que almeja fazer parte da MLS
Com dez times em sua primeira edição, em 1996, ainda sob o frenesi da Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, a Major League Soccer conta agora com 20 participantes, e duas novas franquias serão incorporadas em 2017. Outras ainda negociam ou vislumbram serem promovidas futuramente, como o Miami, pertencente a um grupo de investimentos liderado por David Beckham, e o Fort Lauderdale Strikers, que tem o brasileiro Ronaldo Fenômeno como um dos sócios.
Time popular nos Estados Unidos no fim da década de 1970, quando teve nomes como o goleiro inglês Gordon Banks e o meia peruano Teófilo Cubillas, o Strikers foi comprado por empresários brasileiros em 2014 e é filiado à North American Soccer League (NASL), uma espécie de segunda divisão do futebol local, mas que não serve como acesso à MLS. Essa liga tem início em abril, e o time de Ronaldo irá enfrentar na estreia o lendário New York Cosmos, equipe defendida por Pelé e que contratou o atacante espanhol Raúl, maior artilheiro da história do Real Madrid.
A disputa
O formato da MLS se assemelha às principais ligas profissionais dos Estados Unidos: as 20 equpes se dividem em Leste e Oeste. São 34 partidas na temporada regular, e os seis primeiros de cada conferência disputam os playoffs finais, em jogos de ida e volta. Os campeões de cada lado disputam o título, em partida única.
Confira os jogos da primeira rodada da MLS:
Sexta-feira (6/3)
Los Angeles Galaxy x Chicago Fire
Sábado (7/3)
DC United x Montreal Impact
Philadelphia Union x Colorado Rapids
Vancouver White Caps x Toronto FC
FC Dallas x San Jose Earthquakes
Houston Dynamo x Columbus Crew
Portland Timbers x Real Salt Lake
Domingo (8/3)
Orlando City x New York City FC
Sporting Kansas City x New York Red Bulls
Seattle Sounders x New England Revolution
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Carvão proveniente de florestas plantadas abastece siderúrgicas brasileiras

Indústria do aço se compromete a obter carvão vegetal e ferro-gusa a partir de 2016 apenas de fornecedores que seguem os princípios da sustentabilidade

Thinkstock Photos
A ArcelorMittal BioFlorestas é referência na adoção de modelos de gestão sustentável e produz carvão vegetal a partir de florestas renováveis de eucalipto
A indústria do aço estabeleceu  o compromisso de suprir 100% de sua demanda em 2016 de carvão vegetal e seus derivados por meio de florestas plantadas de acordo com as mais modernas práticas de manejo florestal. O documento Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal foi assinado em 2012 junto ao governo federal e já resulta em importantes avanços nas boas práticas ambientais do setor. 
O carvão exerce duas funções nas siderúrgicas. É combustível para aquecer os altos-fornos que fundem o minério de ferro e serve também como reagente no processo de extrair metal do minério para formar o ferro-gusa, a matéria-prima utilizada para a fabricação do aço.
Leia mais: Conheça o caminho por trás do aço ecológico
De acordo com o processo produtivo de cada siderúrgica, o carvão utilizado pode ser mineral ou vegetal, proveniente de florestas. Na origem da indústria siderúrgica mundial utilizava-se o extrativismo florestal para a obtenção do carvão vegetal.
Hoje, as grandes siderúrgicas no Brasil obtêm a totalidade de seu carvão vegetal de florestas plantadas. É o chamado carvão verde. Em 2013, essas companhias possuíam uma base florestal voltada à produção de 542 mil hectares.
A indústria brasileira do aço, porém, ainda convive com produtores independentes de ferro-gusa, que utilizam carvão vegetal proveniente de florestas nativas.
O protocolo de sustentabilidade estabelece que as siderúrgicas só mantenham, a partir de 2016, acordos comerciais com fornecedores de carvão vegetal e gusa que adotem práticas legais e sustentáveis de manejo florestal e respeito aos direitos trabalhistas. Segundo o Instituto Aço Brasil, todas as siderúrgicas brasileiras já estabeleceram programas de qualificação de seus fornecedores para a obtenção desses objetivos. 
A ArcelorMittal produz seu ferro-gusa utilizando carvão vegetal e mineral. O fornecimento de carvão vegetal ocorre por meio de uma empresa do mesmo grupo, a BioFlorestas, que possui uma área de 100 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto para uso econômico e 40 mil hectares de preservação permanente e reserva legal. O manejo florestal segue os princípios do Conselho de Gestão Florestal (Forest Stewardship Council ou FSC).

Jovens e o álcool: 'Apaguei e colocaram 1 litro de cachaça na minha boca'

Universitários desafiam limites do coma alcoólico e contam, orgulhosos, casos de “perda total” em festas de faculdades

As imagens do estudante Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, participando de uma maratona de bebida na InterReps, em Bauru (SP), reacenderam as discussões sobre a relação abusiva do jovem com o álcool. Morto no dia 28 de fevereiro, o universitário teria ingerido 25 doses de vodca. Para alguns, a tragédia representa o extremo do consumo irresponsável. Entre relatos ouvidos pelo iG, no entanto, jovens desafiam rotineiramente os limites do coma alcoólico e colecionam orgulhosos as experiências de “perda total”. 
Com o carro abastecido de cerveja e vodca, o estudante de fisioterapia A. V. e amigos decidiram de última hora que pegariam a estrada de São José dos Campos (SP) e seguiriam a Brasópolis (MG) para a “Mil e Uma Noites”, festa dos estudantes de engenharia da Unip. Após 130 km, todos chegaram ao sítio “calibrados”. Um dos jovens, com 22 anos, começou a passal mal e foi visto chamando pela mãe. 
“Mais tarde, umas 3 horas da manhã, estava com muito sono. Nem sei o quanto tinha bebido. Como o carro estava trancado, encostei na lateral e dormi em pé. Um pessoal viu a cena e me levou para uma barraca”, narra o estudante. Horas depois, os amigos decidiram acordá-lo. “Não conseguiram. Apaguei e eles colocaram um litro de cachaça na minha boca. Sequei a garrafa e não acordei mais”, relembra aos risos. V. diz ter acordado 40 horas depois ao lado de um lago artificial, queimado de sol e usando a bermuda de um desconhecido.
V. reconhece que precisou das testemunhas para entender o que ocorreu. E até hoje consegue lembrar apenas da ressaca. Isso não o impediu de voltar a frequentar festas dias depois. “A melhor maneira de curar a ressaca é começar a beber de novo." Na festa universitária seguinte, que começou em São José dos Campos, ele ficou bêbado e acordou na casa de desconhecidos em Cachoeira Paulista, munícipio distante 115 km.
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“Ninguém sabia como eu tinha parado ali. Acredito que tenho um anjo da guarda muito forte. Desde os meus 14 anos vivo situações assim e nunca aconteceu nada grave”, conta orgulhoso. E continua: “Tive uma fase muito bem aproveitada”.
“Um dia você cuida, no outro é cuidado”
Para L. B., de 25 anos, sua relação com o álcool é de controle. Estudante de comunicação social da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, ele defende que suas experiências de coma alcoólico ocorreram apenas quando decidiu cruzar o próprio limite. “Uma decisão completamente consciente”, explica. Por isso, seus hábitos não podem ser tratados como vício - só exagera aos finais de semana.
Ele conquistou o pior "PT" após tomar 24 doses de tequila na festa “Caminhos da Perdição”, organizada pelos alunos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), em Piracicaba (SP). Famosa na região, a festa oferece tequila, cerveja e caipirinhas open bar - bebida liberada para todos. “As doses eram menores. Mas apaguei e precisei ser levado ao hospital”, conta o estudante, que só descobriu o ocorrido após acordar na casa da namorada no dia seguinte.
A experiência também não mudou a forma de B. lidar com festas e baladas. Dias após o caso, ele voltou a beber tequila e garante que não criou aversão à bebida. “Vou para o meu limite, mas não vou entrar numa dessa de beber até morrer. Cuido de mim e dos meus amigos. Sempre falamos: um dia você cuida, no outro é cuidado”, explica, reconhecendo que os episódios de exageros fazem parte da rotina.   
Jovens tomam quatro doses em duas horas
Para Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), o hábito dos jovens desperta a necessidade de criação de políticas de prevenção. “O jovem tem uma ideia impregnada de que o álcool serve para divertir. Sem beber, não se diverte. Isso ocorreu pela propaganda, nossa cultura e falta de políticas de prevenções e tratamento”.
Relembre trotes e casos de violência em universidades do País:
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução
Depois de se sujaram com ovos, tinta, farinha e café, os calouros tiveram de rodar até ficar tontos na UnB (14.07.10). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Estudantes lambem linguiça com leite condensado durante trote do curso de agronomia da Universidade de Brasília (31,01.2011). Foto: Agência UnB
Imagem onde caloura pintada de preto aparece acorrentada junto a uma placa
Todos os calouros tiveram de entrar juntos na piscina de lama, vegetais, legumes e lixo (14.07.2010). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Calouros tiveram de andar em fila indiana, com as mãos entrelaçadas entre as pernas uns dos outros, o chamado elefantinho (14.07.2010). Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Os estudantes de agronomia tiveram de procurar sabonetes em uma piscina de lama. Foto: Luana Lleras/UnB Agência/Divulgação
Calouros escorregam em poça d'água no meio do corredor do principal prédio da universidade. Foto: Divulgação
Trote Unb. Foto: Divulgação
Imagens de trote no ano passado foram anexadas à denúncia à universidade. Foto: Reprodução
Caloura é pintada por veteranos em trote da Poli na USP. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Amarrados, calouros são conduzidos para uma festa no gramado da faculdade. Pais acompanham e fotografam tudo. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Homero Santiago Maciel, 19 anos, recebe banho na lama, durante o trote da Faculdade Politécnica da USP. Foto: Amana Salles/Foto Arena
Beatriz Castro, de 18 anos, recebeu trote com tinta, farinha e leite condensado:
Brincadeira com fezes e urina teria sido realizada perto do campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Foto: Reprodução
Frente Feminista denuncia atos obscenos durante trote na USP São Carlos. Foto: Frente Feminista USP
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução
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Segundo dados do órgão, jovens ingerem em média, quatro doses em duas horas. As universidades, segundo ela, deveriam assumir as responsabilidades pelos estudantes, principalmente durante os “rituais descontrolados”, como as festas promovidas por repúblicas, oferecendo programas de proteção ao aluno. “Precisamos afastar os botecos das portas das faculdades”, diz a especialista, enfatizando o que já é feito nos entornos de escolas de ensino fundamental e médio.
O problema não está restrito aos ambientes universitários, pondera Ana Cecília. Em levantamento de 2012, o órgão revelou que a experimentação de bebida alcoólica no Brasil acontece entre adolescentes de 13 e 14 anos. Esse envolvimento precoce traz doenças relacionadas ao vício para uma nova faixa etária. “Hipertensão, AVCs, alteração de memória. Doenças que a gente encontrava em homens de 45 anos, hoje vemos em jovens de 25 anos.”
25 anos e ameaça de cirrose
A trajetória do músico L. L. é prova da consequência do alcoolismo precoce. Após o primeiro porre aos 15 anos, “algo totalmente irresponsável da idade”, ele não imaginava que dez anos depois não poderia ingerir qualquer gota de álcool. Após sentir-se mal com o excesso de peso e fadiga, passou por exames e enfrentou um diagnóstico preocupante no mês passado. “Se eu continuasse no mesmo ritmo, teria cirrose em no máximo um ano”.
Morando sozinho em São Paulo, então com 23 anos, L. bebia cerveja no horário do almoço, no happy hour após o trabalho, ao chegar em casa e durante a madrugada. “Em um dia comum, tomava umas três garrafas de cerveja de 600 ml. Fui bebendo sem perceber. Em dois anos, destruí meu fígado”, conta. A notícia de que o corpo já não aguentava os excessos o fez largar completamente o álcool e o cigarro.
“O problema do álcool é que ele é muito social. Quase tudo que você quer fazer à noite tem a ver com bebidas. O jeito é pedir cerveja sem álcool ou sucos. Estou tentando me acostumar com isso”, desabafa o músico, assumindo que pode procurar ajuda caso não consiga abandonar os antigos hábitos sozinho.
Uma forma positiva de lidar com a nova rotina, ele conta, é não esconder o problema de saúde na roda de amigos. “Não gosto de ficar criando drama ou escondendo. Penso que talvez posso conscientizar os meus amigos e pedir para eles pegarem mais leve com isso”.

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