EMPREENDEDOR DE SUCESSO

domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher: a luta continua

Daniele Vilela Leite
No dia 8 de março de 1857, em uma fábrica de tecidos de Nova York, operárias decidiram fazer greve para reivindicar melhores condições de trabalho, pois cumpriam jornada de 16 horas diárias. Elas também pediam equiparação salarial com os homens, que chegavam a ganhar três vezes mais exercendo a mesma função. A greve, porém, não foi bem sucedida. Como forma de represália, a polícia trancou as mulheres dentro da fábrica e ateou fogo. Mais de 100 delas morreram carbonizadas.
Em 1910, após uma Conferência Internacional Feminina, na Dinamarca, em homenagem as mulheres assassinadas em 1857 nos Estados Unidos, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”
Mesmo passado tanto tempo, ainda hoje mulheres são “carbonizadas” em diversas situações: violência doméstica, exploração sexual, falta de atendimento médico especializado. Mas posso afirmar que nós mulheres somos muito batalhadoras e guerreiras.
Quantas de nós cumprem a jornada de trabalho com competência e eficiência o dia todo, para depois chegar em casa e iniciar o “segundo turno” com a mesma disposição e ainda mais dedicação? Lavar, passar, cozinhar, olhar os cadernos dos filhos, perguntar como foi a aula, se tem tarefa, e auxiliá-los na realização da lição de casa. É nossa casa, nossos filhos, maridos, nossa família! Além de competência e eficiência no trabalho, devemos realizar nossas tarefas caseiras com carinho e amor.
Algumas famílias podem contar com HOMENS de verdade, que apoiam suas esposas, auxiliando nas atividades domésticas, no cuidado com os filhos e, quando chega a noite, mesmo cansados, encontram um tempo para conversar, assistir a um filme juntos e brincar com as crianças. Esses merecem o meu respeito.
Mas a realidade é que a maioria das mulheres ainda tem que dar conta de tudo sozinha, mesmo tendo um marido em casa. E que o dizer daquelas que não têm um companheiro ao seu lado? São as famosas “chefes do lar”, verdadeiras “mulheres de ferro”. Têm dupla jornada de trabalho, sustentam a casa, levam e buscam os filhos na escola, participam da reunião de pais, levam as crianças ao médico, educam com esforço e dedicação e ainda com toda paciência do mundo acolhem seus filhos quando passam por alguma dificuldade. Tentam proporcionar à sua família tudo do bom e do melhor, dentro de suas condições. E quando surge algum problema, querem resolvê-los rapidamente e fazem isso com “classe” e de cabeça erguida!
E depois de tudo isso ainda ouço dizer que mulheres são “o sexo frágil”. Frágil? É isso que muitos pensam. Mas ao contrário, somos assim:
Mesmo  bravas, somos lindas,
Mesmo tristes, sabemos sorrir,
Mesmo alegres, sabemos chorar,
Mesmo irritadas, sabemos encantar,
Mesmo nervosas, sabemos dosar,
Mesmo apaixonadas, sabemos ignorar,
Mesmo frágeis, sabemos ser fortes
E mesmo exageradas, somos demais!

(*) Daniele Vilela Leite é Coordenadora de Operações na empresa Planneta (www.plannetaeducacao.com.br). Graduada em Serviço Social, tem grande experiência em trabalhos relacionados à Educação (daniele.leite@vitaebrasil.com.br).
Tags: . sociedade, aberta, coluna, daniela, vilela

Famosos fazem homenagens ao Dia Internacional da Mulher em redes sociais

Taís Araújo, Paolla Oliveira, Luciano Huck e outras celebridades lembraram o dia com posts.
Do Ego

Brincar só de casinha compromete o futuro profissional da mulher

Mulheres estudam mais, ganham menos e são minoria nas áreas técnicas de áreas como engenharia, ciência e tecnologia

As mulheres representam 57,1% dos estudantes entre 18 e 24 anos que frequentam o ensino superior. Ainda assim, optam por carreiras que proporcionam os menores salários, nas áreas de humanidades e educação – a presença feminina é rara em áreas como ciência, tecnologia e exatas. Uma explicação para esse cenário são os papéis sociais de gênero impostos desde a infância por uma sociedade conservadora.
"Na infância, nas datas comemorativas os meninos ganham carrinhos, caminhão, brinquedos associados a tecnologia de ponta, que é o que a gente associa socialmente à masculinidade em um padrão que vem sendo construído há anos. Já as meninas ganham as bonecas, que emulam o cuidado das mães com as crianças, e uma série de outros brinquedos, como fogões e panelas", compara Bárbara Castro, professora da Unicamp que se dedica à pesquisa na área de sociologia do trabalho, tecnologia e estudos de gênero.
Brinquedos infantis femininos impõem a meninas os papéis de mãe e dona de casa
Getty Images
Brinquedos infantis femininos impõem a meninas os papéis de mãe e dona de casa

Para Maíra Liguori, diretora da ONG Think Olga, que discute temas femininos, a pouca exposição a outras opções dificulta que as mulheres façam escolhas diferentes. "As meninas brincam de cuidar e os meninos brincam de fazer, conquistar. Os meninos podem sonhar em ser astronauta. A gente é privada disso desde cedo, por que não tem esse contato. Você não pode se apaixonar por algo que não conhece."
Os padrões do que é feminilidade ou masculinidade chegam à escola também. Segundo Bárbara, os livros escolares reforçam esse estereótipo. "Nos problemas de matemática, nas histórias, você sempre vê o Joãozinho fazendo o que a sociedade acha que é masculino. Isso não facilita a identificação das mulheres com essas atividades", afirma.
Há ainda a questão dos professores. "Geralmente, homens dão aulas de disciplinas de exatas, enquanto as mulheres lecionam português e história. Isso influencia nas escolhas profissionais dos estudantes", explica Maíra.
MAIS: A liderança feminina engaja mais o funcionário, diz Claudia Sender, da TAM
Ambiente masculino pode intimidar
Quando Melanie Oliveira, de 26 anos, entrou na faculdade para cursar engenharia, teve a companhia de várias amigas mulheres. Já no segundo ano, quando os estudantes precisam decidir no que querem se especializar – e ela escolheu a área de elétrica –, dividiu a sala de aula com cerca de 30 homens e apenas três mulheres.
Para Maíra, o ambiente dos cursos de exatas, tecnologia e ciência pode não ser muito convidativo para as mulheres. "Já ouvi de uma menina, em uma palestra, que o sonho dela era fazer engenharia, mas que o pai nunca deixaria porque ela teria de ficar num ambiente cheio de homens", conta.
Além disso, algumas mulheres podem se sentir desconfortáveis no ambiente predominantemente masculino. "O entorno é desconvidativo e não estimula a mulher a ir por essa direção. Não tem um programa de inclusão, é o clube do bolinha e a mulher não se sente à vontade, muitas vezes ela tem que abrir mão das caracterisicas femininas e se comportar como homem", diz.
Silvia Valadares, responsável por programas de apoio a empreendedores digitais na Microsoft Brasil, conta que, para ela, o caminho em direção à tecnologia foi bastante natural. "Venho de Recife e nasci nesse ambiente de tecnologia e inovação, com minhas amizades e relações profissionais. Quando entrei na faculdade, havia muitas meninas cursando Ciência da Computação, o que diminuiu bastante hoje", diz.
Precisamos mostrar para as meninas que elas estão perdendo uma área legal e uma chance de fazer uma boa carreira
Ela afirma que, ainda assim, as empresas de tecnologia estão em busca de mulheres para compor seus quadros de funcionários e liderança. "É fundamental ter um equilíbrio de gênero nas empresas, principalmente na diretoria. O gargalo das empresas vem da faculdade. Precisamos mostrar para as meninas que elas estão perdendo uma área muito legal, uma chance de fazer carreira e se desenvolver em cenário de inovação e criatividade onde as coisas acontecem."
MAIS: "É inútil achar que as mulheres vão subir ao topo naturalmente"
Presença feminina é menor nas áreas técnicas
Bárbara, que em sua tese de doutorado estou as relações entre trabalho e gênero no setor de tecnologia da informação, conta que as mulheres que se formam na área não conseguem posições no campo técnico do setor e acabam direcionadas a cargos de gestão.
"Temos na cabeça aquelas características que achamos que são inatas do gênero. Mulheres sempre são mais comunicativas, melhores gestoras. São muitos artifícios que montam essa eliminação e acabamos fora do 'núcleo duro' dessas profissões, como a área de programação, onde estãos maiores salários", explica.
Melanie chegou a estagiar na área técnica do setor de engenharia elétrica, mas, depois que se formou, acabou partindo para a área de gestão. "A maioria das minhas amigas também fez isso. Tenho apenas uma amiga que está na área mais técnica."
Estereótipo que não é real realça a cadeia de discriminação, que acaba na diferença salarial
"A gente pensa que a mulher é mais apta para a culinária, mas quando pensamos em gastronomia, só vemos homens ganhando altos salários e prêmios. É um estereótipo que não é real e realça a cadeia de discriminação que acaba na diferença salarial", explica a socióloga Bárbara.
Segundo dados de 2014 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), as mulheres recebem, em média, 73,7% do salário dos homens. No grupo com 12 anos ou mais de estudo, o rendimento feminino cai para 66% da renda masculina.
"Pesquisei mulheres na TI e as entrevistas eram desabafos. Elas ficavam contando que queriam programar, pediam demissão dos empregos porque viravam gerente de projetos, líderes de equipe, e não era o que queriam", conta a professora.
As mulheres recebem, em média, 73,7% do salário dos homens
Thinkstock/Getty Images
As mulheres recebem, em média, 73,7% do salário dos homens
O que fazer, então?
Para Silvia, os pais precisam ficar atentos às oportunidades de inserir as meninas nesses cenários. "Existem escolas de programação. A Microsoft fez uma campanha mundial e lotou o auditório da garotada que queria programar, várias meninas. Os pais não precisam fazer um esforço gigantesco, é só correr atrás."
Segundo uma pesquisa da empresa de tecnologia, 51% das mulheres dos países em desenvolvimento têm interesse em ingressas em áreas de ciência, tecnologia, engenharia ou matemática - 46% delas se sentem encorajadas. Nos países em desenvolvimento, os números são 79% e 77%, respectivamente.
"É preciso ampliar a oferta de brinquedos, brincadeiras, informação para as meninas para que elas possam sonhar o que quiserem. Existem iniciativas legais, brinquedos que trazem perspectivas de gênero diferentes", diz Maíra.
Nos Estados Unidos, a GoldieBlox produz brinquedos para futuras engenharias. O kit da marca é composto por um livro protaganizado pela Goldie, uma menina que adora construir, combinado com um peças de construção que auxiliam nas habilidades espaciais e com os conceitos de engenharia.
Leia tudo sobre: mulherescarreirasprofissõesmachismogênero

sábado, 7 de março de 2015

Quer ser um smartparent? Faça um contrato com o seu filho

 
Janell e os cinco filhos
Janell e os cinco filhos Janell Burley Hofmann

Janell Burley Hofmann teve medos quando o filho lhe pediu o primeiro telemóvel. Fez um contrato que chega agora a Portugal em formato de livro
O contrato foi parar ao Huffington Post e tornou-se viral. Nasceu iRules, um livro que chega este mês a Portugal, pela mão da editora Pergaminho, com regras para que a tecnologia não seja invasiva quando somos jovens.

Nas noites anteriores à “grande decisão” – dar ou não um iPhone ao filho, então com 13 anos –, Janell Burley Hofmann pesou os prós e os contras. “Os dias avançam para o Natal e eu perco o sono à noite, na esperança de que ele esteja preparado para lidar com esse acesso ao mundo inteiro, numa privacidade inédita, numa altura do desenvolvimento adolescente em que o risco é a própria recompensa”, conta a coach, conferencista e jornalista especializada em temas de parentalidade e tecnologia no livro iRegras, Como educar o seu filho na era digital.

Se para alguns pais dar um telemóvel a um filho é quase obrigatório, por uma questão de segurança ou controlo, para Janell era pôr nas mãos de Gregory algo que tinha tanto de fantástico como de assustador. Decidiu aproveitar uma promoção e comprar o telemóvel e redigir um contrato de utilização. “Espero que compreendas que a minha função é fazer de ti um jovem íntegro e sadio que saiba mover-se no mundo e coexistir com a tecnologia, e não que se deixe manipular pela tecnologia”, começou por escrever.

Gregory estendeu o enorme sorriso que fez quando abriu a caixa do iPhone às regras propostas pela mãe. “Ena, mãe tens mesmo jeito para isto. Não deve faltar aqui nada”. O rapaz, o mais velho de cinco irmãos, tem agora 15 anos e, segundo conta Janell ao Life&Style, continua a seguir as 18 regras para usar o seu iPhone. “Ele continua a seguir as regras no nosso contrato original iRegras apesar de terem mudado e adaptado ao seu crescimento. Por exemplo, em vez de ter que desligar o telemóvel às 19h30 durante a semana, pode desligá-lo entre as 21h e as 21h30. Ele considera que as regras no contrato são justas e razoáveis”.

Regras simples
Desligar o telemóvel a determinadas horas durante a semana e no fim-de-semana é uma das regras simples instituída pela autora. Também há a regra de que o pin e a password são do conhecimento dos pais e que o iPhone não vai para a escola. Também não se pesquisa pornografia nem se envia ou recebe fotografias de partes íntimas. Não é ainda preciso estar sempre a documentar tudo com vídeos e fotos. A regra 18 fala na possibilidade de castigo quando as normas são quebradas mas em troca é prometida uma conversa para discutir ideias e recomeçar.

Foi através dessas conversas, que Janell chama de “tecno-conversas”, que Gregory conseguiu que os pais o autorizassem a ter o telemóvel ligado durante mais duas horas durante a semana, por exemplo. Houve também tecno-conversas para criar uma conta no Instagram ou partilhar determinadas fotografias online.

Mas isto de ser um smartparent (pai inteligente) é exigente e é preciso estar a par das novas tecnologias e estabelecer muita comunicação com os filhos, como defende Janell. “Penso que um smartparent tem um entendimento sobre tecnologia – como funciona e como os seus filhos a usam. Também têm de ter uma comunicação fantástica com os seus filhos. Falam sobre vários temas, principalmente porque a tecnologia muda tão depressa, temos de nos manter ligados com as nossas crianças. Os smartparents também sabem o que é importante. Determinam quem querem que use a tecnologia e como ter espaço e tempo sem ela”, defende a autora.

Regras para outros gadgets
Neste momento, apenas Gregory tem um telemóvel. Os restantes filhos dos Hofmann partilham aparelhos como o iPad ou Xbox e para os utilizarem também seguem regras. Uma das regras básicas é que ninguém joga durante a semana de escola. “O meu outro filho Brendan, que tem 12 anos, tem uma conta no Instagram e também criámos algumas iRegras para essa conta. Penso que é um excelente caminho encorajar comportamentos saudáveis com a tecnologia”, diz ao Life&Style.

No último ano, Janell Burley Hofmann habituou-se a ver o livro iRegras adaptado à realidade das escolas e das famílias. “Adoro ver o que os outros criam e ver como funciona bem com eles”, confessa.

Em iRegras, como educar o seu filho na era digital, Jannell Hofmann desenvolve cada uma das 18 regras do contrato que fez com Gregory. No último capítulo deixa um conselho aos pais que receiam ser acusados de controladores e defende a insistência para se receber compreensão e aceitação.

“Comece um diálogo com os seus filhos, elabore um contrato iRegras, atrapalhe-se. Fique constrangido com conversas sobre pornografia ou nudies ou cyberbullying. Confrangedor, pois é… Aprenda a usar as redes sociais, abra contas, siga e seja amigo dos seus filhos. Deixe-os revirar os olhos. Imponha-se quanto à linguagem que lhe desagrade, selfies que dão vontade de fugir, comunicação social que os leva aos arames. Conheça a sua família. Largue os aparelhos, mesmo que dê trabalho e as mensagens fiquem por responder e a sua filha não fale consigo. Há-de falar. É para isso que isto serve”.

Obama: marcha de Selma ainda "não acabou", mas já fez um longo caminho

Presidente norte-americano discursou neste sábado na cidade-símbolo da luta pelos direitos cívicos na América. Há vários sinais de que “o trabalho ainda não acabou”, 50 anos depois de Selma e Luther King, e Obama relembrou-os apesar de recusar a ideia de que nada mudou.
“A marcha ainda não acabou” mas já fez um longo caminho. Barack Obama celebrou neste sábado em Selma, Alabama, a marcha pelos direitos cívicos que marcou uma viragem na história dos Estados Unidos ao garantir o direito de voto aos afro-americanos dos Estados do Sul do país.
O primeiro Presidente negro da história dos EUA pronunciou um discurso junto à ponte Edmund Pettus, onde no dia 7 de Março de 1965 várias centenas de manifestantes pacíficos foram violentamente travados pela polícia, num ataque que traumatizou a América e que iria levar, alguns meses mais tarde, ao nascimento do Voting Rights Act que reafirmou o direito de voto a todos os americanos.
Sobre os heróis da luta pelos direitos cívicos que marcharam em Selma e fizeram crescer um movimento de direitos humanos irreversível, Obama começou por dizer que “a vitória deles não está completa, mas eles mostraram que a mudança sem violência é possível”.
A pensar no presente, num discurso de homenagem a figuras heróicas da luta pelos direitos cívicos na América, o Presidente citou a constituição — “Nós o povo” — para reafirmar que está nas mão dos americanos lutar para corrigir o que está mal, para mudar o que está errado, para impor a justiça. Foi o que fizeram os homens e as mulheres que marcharam em Selma há 50 anos. E é, insistiu Obama, o que os homens e mulheres têm que continuar a fazer hoje, seja “na associação de bairro local, seja na Casa Branca”.
O Presidente avisou: “Não podemos baixar a guarda.” Mas também se recusou a aceitar que “nada mudou nos últimos 50 anos”, apesar dos acontecimentos recentes de violência policial contra negros. “Perguntem aos habitantes do Alabama, perguntem às mulheres, perguntem aos latinos, aos homossexuais.” E eles “vão responder-vos” que muito mudou na América nos últimos 50 anos.
“A marcha ainda não acabou”, mas a mensagem que Obama quis deixar é que cabe aos americanos e ao seu sentido de cidadania e respeito pelas leis a responsabilidade de levar a marcha a bom termo. “A América é o que nós fizermos dela.” A responsabilidade continua, insistiu o Presidente. “Vocês são a América.” E, insistiu Obama, “vocês têm que votar” e “ninguém tem o poder de vos impedir de votar”.
A 15.ª emenda da Constituição americana de 1870 proíbe a recusa do direito de voto a qualquer cidadão “com base na sua raça ou na sua cor”. Mas em vários Estados do Sul foi sempre ignorada. Foi necessário o movimento dos direitos cívicos lançado por Martin Luther King e a tragédia de Selma — ninguém morreu mas as imagens da brutal carga policial contra os manifestantes correram os jornais e as televisões da América e do mundo — para forçar o então Presidente Lyndon Johnson a agir.
Forçado por uma tragédia e um movimento social com uma dinâmica imparável, o Presidente democrata submeteu ao congresso um projecto-lei que iria tornar-se no Voting Rights Act, uma legislação que levantava as barreiras que impediam os negros de votar em vários Estados do Sul do país. Uma lei que foi sendo contestada ao longo dos anos por republicanos, que tentavam assim limitar os votos de um eleitorado maioritariamente democrata.
Há vários sinais de que “o trabalho ainda não acabou”, 50 anos depois de Selma e Luther King, e Obama relembrou-os apesar de recusar a ideia de que nada mudou. Uma sondagem do Pew Research Center de Agosto de 2012 mostrava que 79% dos negros norte-americanos consideravam que ainda há muito a fazer para atingir a igualdade racial da América. E, dois anos depois, um polícia branco matou um jovem negro em Ferguson, Missouri, o que levou a uma vaga de motins na cidade e a protestos um pouco por todo o país, onde se gritou “as vidas dos negros também contam”. Um relatório publicado esta semana revelou um comportamento racista e discriminatório generalizado na polícia de Ferguson. Obama insistiu que Ferguson é a excepção, não é a regra, como era no Sul da Améria há 50 anos.
Mas em Selma, cidade que tem uma taxa de desemprego superior a 10% (o dobro da média nacional) e onde quase 40% dos lares vivem abaixo do limiar da pobreza, a luta é também pela igualdade de oportunidades.
Para Letasha Irby, 36 anos, que trabalha numa fábrica de peças automóveis, “hoje há outros combates para travar” no Alabama. “Se eles se conseguiram unir há 50 anos numa frente conjunta, isso também podia acontecer agora”, diz esta mulher que ganha 12 dólares por hora e elege como prioridade actual das minorias mais desfavorecidas “a luta por salários decentes”.
Se Letasha falou de “eles”, Obama falou do “nós” como essa palavra que define a América e os americanos. Ontem e hoje: “Nós o povo” (“We the people”), “Nós vamos conseguir” (“We shall overcome”), “Sim, nós conseguimos” (“Yes we can”).

Universidade desenvolve banheiro químico que gera energia a partir da urina


Equipamento, feito na Inglaterra, pode ser útil em campos de refugiados onde não há eletricidade, avalia ONG de caridade

BBC
Banheiro gera eletricidade a partir da urina
BBC
Banheiro gera eletricidade a partir da urina
Um banheiro químico revolucionário poderá mudar totalmente a vida de quem vive em campos de refugiados.
Desenvolvido na Universidade do Oeste da Inglaterra, ele foi criado para aproveitar a urina para produzir energia própria.
O banheiro foi inaugurado na quinta-feira (5) e gerou grandes expectativas.
"Se isso funcionar, vai ser uma mudança na vida daquelas pessoas, porque nos campos de refugiados na África, não há nenhuma eletricidade e fica muito escuro. Isso pode representar a forma mais sustentável e barata de gerar energia", disse Andy Bastable, da Organização Internacional de caridade, Oxfam.
Universidade desenvolve banheiro químico que gera energia a partir da urina

Com dois de Cirino, Flamengo vence Friburguense e volta ao G4

O Flamengo se recuperou dos últimos resultados e derrotou por 2 a 0 o Friburguense, neste sábado, no estádio Nilton Santos. Com o resultado, os rubro-negros voltaram ao G4 da competição e vão dormir na vice-liderança, com 17 pontos. Já a equipe da região Serrana permanece com oito, no meio da tabela de classificação.
O destaque da partida foi o atacante Marcelo Cirino, autor dos dois gols do Flamengo na partida. O primeiro saiu logo nos primeiros minutos, ao aproveitar cruzamento de Pará. Já o segundo veio ainda na etapa inicial, ao receber passe de Gabriel e tocar na saída do goleiro Marcos. Com esses gols, Cirino chegou a seis no Campeonato Carioca e assumiu a artilharia.
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Volta Redonda, no Maracanã, na quarta-feira. No dia seguinte, o Friburguense encara o Madureira, na serra fluminense.
O jogo - O Flamengo começou a partida com disposição e quase abriu o placar logo com um minuto. Após cruzamento rasteiro de Gabriel, Marcelo Cirino escorou para trás e Lucas Mugni finalizou colocado, vendo o goleiro Marcos se esticar para fazer a defesa e colocar para escanteio. Só que o Friburguense não se intimidou e respondeu aos cinco, quando Caíque arriscou de longe e acertou o travessão de Paulo Victor.
Os rubro-negros se recuperaram rápido do susto, e chegaram ao gol e aos seis minutos. Pará cruzou para Marcelo Cirino, na segunda trave, finalizar com estilo sem chance para Marcos.
O Flamengo não diminuiu o ritmo e quase ampliou aos nove minutos, quando o goleiro Marcos cortou mal a bola com os pés e Marcelo Cirino arriscou de longe, mas viu o arqueiro do Friburguense fazer a defesa. No minuto seguinte, os visitantes tiveram a chance de empatar. Paulo Victor saiu mal do gol, mas Ziquinha finalizou mal, nas mãos do goleiro rubro-negro.
Depois disso, os flamenguistas melhoraram a marcação na defesa e pararam de permitir os bons avanços do Friburguense. O Flamengo seguia com facilidade de chegar ao ataque, mas tinha problema nas finalizações. Com isso, o jogo caiu de rendimento. No entanto, aos 31 minutos, o Flamengo chegou ao segundo gol. Gabriel passou para Marcelo Cirino, que saiu da marcação e chutou na saída do goleiro Marcos.
Com boa vantagem no marcador, os rubro-negros diminuíram o ritmo e permitiram que o Friburguense buscasse o ataque com mais intensidade na parte final. Os visitantes chegaram aos 39 minutos, em chute de longe de Felipe que parou em Paulo Victor. Depois, foi a vez de Zé Victor assustar o goleiro flamenguista e outro chute. Assim, o placar seguiu o mesmo até o intervalo.
No segundo tempo, o Flamengo veio com mais vontade e criou a primeira boa chance logo com quatro minutos. Marcelo Cirino recebeu passe de Eduardo da Silva e, na entrada da área, acertou belo chute na trave. Só que o lance foi o único dos rubro-negros, que viram o Friburguense também acertar a trave aos 11 minutos, em chute de longe de Léo.
Com o passar do tempo, os rubro-negros novamente diminuíram o ritmo. Mesmo assim, os flamenguistas continuavam com o controle da partida. O Friburguense era pouco efetivo no ataque e não incomodava mais o goleiro Paulo Victor.
Somente aos 32 minutos, o Flamengo criou boa jogada. Alecsandro tocou para Luiz Antônio, que chutou para boa defesa de Marcos. Na parte final, os rubro-negros permaneceram com a posse de bola no ataque, mas não chegaram a mais nenhum gol. Mesmo assim, a equipe da Gávea saiu de campo com os três pontos.

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL, NO CONFORTO DO SEU LAR, COM SEU ESCRITÓRIO VIRTUAL

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL

  SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL Tenha sua  Página Lucrativa  Online e Fature Dezenas ,  Centenas  ou  Milhares  de PAGAMENTOS  de  R$ 50,...