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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Mate 8 e Nexus 6P com nova cor são os destaques da Huawei na CES 2016

destaques da Huawei na CES 2016

Huawei Mate 8, o tablet MediaPad M2 e o Nexus 6P foram as grandes novidades da Huawei na CES(Consumer Electronics Show), maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas. O Mate 8, novo top da fabricante chinesa, traz uma superbateria, sensor de digitais para tirar selfies e possui encriptação total. Já o Nexus, fabricado em parceria com o Google, foi apresentado em uma nova cor.
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O diretor da Huawei, Richard Yu, subiu ao palco para apresentar números impressionantes da companhia. Embora pouco conhecida no Brasil, a empresa é a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, com 9,7% dos aparelhos do mercado, superando a MicrosoftXiaomiLG e outras concorrentes. Em seguida, a empresa começou a revelar suas novidades.

Huawei Mate 8

O Mate 8 é um aparelho top de linha, com tela de seis polegadas e que roda o Android Marshmallow 6.0. Apesar do tamanho, a Huawei promete tanto conforto quanto um iPhone 6S Plus, que é 0,5 mm menor, já que as bordas do aparelho são bastante finas. O smart é sucessor do Mate S, lançado na IFA 2015.
Huawei Mate 8 (Foto: Divulgação)Mate 8 é o novo smartphone da Huaewi (Foto: Reprodução/YouTube)


O aparelho da chinesa chega ainda com um processador próprio, o Kirin 950, que conta com oito núcleos de processamento, sendo quatro de 2,3 GHz e outros quatro de 1,8 GHz. Além disso, a empresa promete que ele não terá problemas de aquecimento como o rival Snapdragon 810.

O Huawei Mate 8 vem com uma bateria de 4000mAh, até 70% mais eficiente que o antecessor. São 20 horas de navegação ininterrupta em 4G e até 28 horas em ligações 3G. E o carregamento é rápido: apenas meia hora deve garantir um dia inteiro de uso, no entanto as condições não foram reveladas. A autonomia de energia deve ser suficiente para durar o total de dois dias de uso. Vale lembrar que a Huawei tem uma tradição com superbaterias - vale lembrar o Ascend Mate 7, que chegava a carregar iPhones.
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No quesito segurança, o aparelho virá equipado com um sensor de digitais na parte traseira para desbloqueio do aparelho com bastante velocidade. O botão também vai servir para tirar selfies. Fora isso, todo o disco do aparelho é encriptado e o cartão de memória pode ser travado para impedir roubo de informações. 
O Mate 8 possui três microfones de grande alcance na parte inferior para boa captação de som, especialmente em chamadas de conferência. Há ainda o escaneamento de quadros por meio da câmera, printscreen de uma página inteira e sem se limitar ao que é exibido na tela. Por fim, a empresa investiu em alguns truques com toques na tela para editar fotos e vídeos.
Huawei Mate 8 (Foto: Divulgação)Huawei Mate 8 terá cinco opções de cores (Foto: Reprodução/YouTube)


A câmera do aparelho é fabricada pela Sony e tem 16 megapixels de resolução, com estabilização óptica (OIS) para fotos e deixar os vídeos menos tremidos. 
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O Mate 8 chegará com corpo metálico e em cinco cores: branco, prato, preto, dourado e marrom Mocha. O aparelho custará US$ 599 (cerca de R$ 2.400 sem impostos) na versão com 3GB de RAM e 32 GB de armazenamento. Já o aparelho com 4GB + 64 GB terá um preço de US$ 699 (aproximadamente R$ 2.800, sem juros). Não há previsão para o Brasil, mas a Huawei promete o aparelho em países vizinhos como a Argentina e Colômbia.

MediaPad M2

A Huawei também investiu em um tablet. O MediaPad M2 tem quatro alto falantes, feitos em parceria com a Harmon Kardon para garantir reprodução de músicas e sons de alta qualidade.
MediaPad M2 (Foto: Divulgação)MediaPad M2 tem tela de 10 polegadas (Foto: Reprodução/YouTube)


Equipado com uma tela de 10,1 polegadas, o aparelho tem resolução de 1920 x 1200 pixels e vem equipado com uma canetinha similar à S Pen, com alta sensibilidade. Fora isso, ele tem um leitor de digitais e suporte a gestos: toque para desbloquear o aparelho e faça um "swipe" para navegar.
O MediaPad M2 tem preço inicial de US$ 349 (aproximadamente R$ 1.400) no modelo mais simples com Wi-FI e US$ 469 (cerca de R$ 1.850) no aparelho com 4G e mais potente.
Relógios femininos

A Huawei lançou versões do seu Watch voltadas especificamente para o público feminino. Batizados de Jewel e Elegant, os aparelhos chegam com cristais Swarovski e um design mais delicado do que o modelo masculino. O dispositivo chega equipado com o Android Wear e máscaras exclusivas para os ponteiros.
Relógio Feminino (Foto: Divulgação)Relógio Feminino vai custar US$ 499 (Foto: Reprodução/YouTube)


Os novos relógios chegarão custando US$ 499 (por volta de R$ 2.000) para o Elegant e US$ 599 (quase R$ 2.400) para o Jewel. Os preços são superiores ao do Apple Watch e são voltados para quem busca um produto com a aparência mais luxuosa.
Nexus 6P em nova cor

A Huawei encerrou a coletiva falando sobre o Nexus 6P, lançado em parceria com o Google. Enquanto não chega no Brasil, o aparelho com Android Puro vai ganhar uma nova cor: dourado. As configurações do Nexus 6P, que foi lançado em setembro de 2015, são as mesmas dos demais Nexus.
Nexus 6p (Foto: Divulgação)Nexus 6p ganha nova coloração (Foto: Reprodução/YouTube)

Polêmicas do novo currículo de história serão temas de seminários

Documento criticado por professores é parte da nova Base Nacional.
Associação Nacional de História prepara encontro no fim de fevereiro.

Do G1, em São Paulo
O futuro do ensino de história no Brasil é a principal polêmica na atual fase de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), conduzida pelo Ministério da Educação (MEC). Acusada de nacionalista, mal organizada e negligente com períodos da história mundial, a primeira versão do documento com as diretrizes para a disciplina será debatido em seminário promovido pela Associação Nacional de História (ANPUH) em fevereiro.
Além do debate promovido de forma independente pela ANPUH com seus especialistas, o MEC também prevê seminários em cada estado para que secretarias estaduais e municipais façam contribuições antes de fechar o documento que será levado para avaliação final e que vai nortear o ensino nas escolas.
A BNCC deve ser concluída até o fim de junho.
Desde outubro historiadores se levantaram contra o documento apresentado pelo então ministro Renato Janine Ribeiro.
Já como ex-ministro Janine admitiu falhas na proposta. Para ele, a "falta de repertório básico" foi notada já na versão preliminar, mas não foi corrigida satisfatoriamente no texto que atualmente está aberto para consulta pública.
A atual direção do MEC confirma a versão de Janine e ressalta que o papel do ministério foi de condutor do processo e não de autor do texto. E rebate as críticas de especialistas que acusam o governo de privilegiar uma história focada em temas de esquerda e minorias. "Jamais existiu qualquer viés ideológico", afirmou ao G1 o secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.
Não tem uma proposta do MEC, tem uma coordenação para que saia a melhor proposta. O que não podemos é desqualificar o processo"
Luiz Cláudio Costa,
secretário executivo do MEC
"Não tem uma proposta do MEC, tem uma coordenação para que saia a melhor proposta", disse. "O que não podemos é desqualificar o processo." Luiz Cláudio lembrou que a BNCC está prevista na lei do Plano Nacional de Educação e que todos os passos do cronograma estão sendo seguidos.

Entenda os passos da BNCC
O secretário também reafirma que a primeira versão tinha falhas que levaram até mesmo a travar sua publicação à época do lançamento da proposta preliminar. Mas Luiz Cláudio prevê que o resultado da primeira rodada de debates corrija as principais críticas. Uma delas é que o documento seja mais específico listando temas ausentes já identificados por professores e especialistas.
Construção da base
No ar desde 15 de setembro de 2015, o portal da Base recebeu, até o começo do ano cerca de 9,5 milhões de contribuições. A proposta preliminar foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do Brasil.
Entre setembro de 2015 e março de 2016, o governo federal realiza a segunda fase, de consulta pública. Em abril, a segunda versão do documento será divulgada, e serão realizados seminários em todos os estados, para que as secretarias estaduais e municipais deem suas últimas contribuições.
Entre maio e junho, a comissão fará a última versão, que será apresentada, avaliada e votada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). De acordo com MEC, o CNE já tem sido envolvido nas discussões, para que a avaliação do documento pelos conselheiros não seja restrita à fase final. O prazo para que ela esteja pronta é 24 de junho de 2016.
A gente entende que ela (proposta para história) está mal estruturada. Não estamos combatendo os princípios. (...) É um momento oportuno, queremos que o ensino de história tenha uma mudança"
Circe Maria Fernandes Bittencourt,
historiadora
Acadêmicos se movimentam
De acordo com a professora Circe Maria Fernandes Bittencourt, presidente da Associação Nacional de História - Seção São Paulo (ANPUH-SP), grupos regionais da entidade tem se reunido para analisar a BNCC e devem fechar propostas em um seminário nacional previsto para o fim de fevereiro.
No ano passado, associados da ANPUH no Rio de Janeiro chegaram a divulgar notas contra a base, classificando-a de nacionalista e desarticulada.
" (...) apesar das boas intenções da proposta do componente de História na BNCC para o rompimento com uma perspectiva eurocêntrica e quadripartite, não há nada novo e realmente significativo no campo da pesquisa na área sendo incorporado ao documento apresentado. Apenas uma inversão dos parâmetros eurocêntricos por um conhecimento histórico com centralidade em uma História do Brasil. Portanto, a dimensão temporal precisa ser reelaborada e colocada enquanto eixo definidor da  área, de forma semelhante ao que ocorre com a proposta de Geografia, que definiu o espaço como seu eixo fundamental", criticaram os historiadores em nota da seção Rio de Janeiro da ANPUH.
Agora, segundo Circe, o grupo está focado em contribuir com a sua reestruturação e não propriamente com seus eixos. "A gente entende que ela está mal estruturada. Não estamos combatendo os princípios", afirma Circe Bittencourt.
Apesar das polêmicas, o momento é de otimismo. "É um momento oportuno, queremos que o ensino de história tenha uma mudança", afirma Circe.
Segundo ela, o diálogo com o MEC tem sido produtivo e recentemente a pasta aceitou a inclusão de representantes da ANPUH na equipe responsável por redigir a proposta de história para a BNCC. "Esperamos que haja uma aceitação", afirma Circe.
Nosso ensino hoje dá uma carga imensa à história europeia. Concordo que há um desequilíbrio. Mas é preciso harmonizar"
Joelza Ester Domingues,
historiadora
Cronologia e preconceito
A professora Joelza Ester Domingues, historiadora e autora de livros didáticos pela FTD, também critica o fato de o currículo se organizar ignorando o aspecto cronológico da disciplina, além de apresentar um viés ideológico. "Nosso ensino hoje dá uma carga imensa à história europeia. Concordo que há um desequilíbrio. Mas é preciso harmonizar", afirma Joelza.
"(A base) se orienta por uma única visão de história. Nacionalista, centrada no Brasil, como se não tivesse relações internaiconais importantes desde o inicio. Mostra um país forjado sob exploração continua, vitimiza o explorado e demoniza o explorador", comenta a professora. "É simplista, nacionalista, xenófaba e preconceituosa."
É um desserviço. É uma proposta panfletária, anti civilizatória. Há um conjunto de erros, mas o mais grave é que apaga nossa tradição, nossa formação, aquilo que é fundamental para a compreensão do Brasil de hoje"
Marco Antônio Villa,
historiador
O historiador Marco Antonio Villa, que escreveu artigo no jornal "O Globo" com o título "A Revolução Cultural do PT" criticando a BNCC, diz que a atual versão do conteúdo de história é panfletária. "É um desserviço. É uma proposta panfletária, anti civilizatória. Há um conjunto de erros, mas o mais grave é que apaga nossa tradição, nossa formação, aquilo que é fundamental para a compreensão do Brasil de hoje", apontou Villa em entrevista à Globo News.
"História Antiga: não tem Egito, não tem Mesopotâmia, aquilo que nós estudamos, não tem Grécia, Roma. Por exemplo, qual a importância de Grécia e Roma? Democracia ateniense, filosofia grega, (...) todo esse arcabouço que formou o mundo ocidental no campo da religião, da política, da ética, da moral, da história, da literatura, tudo isso é omisso. Apagaram. E colocaram no lugar o que? História da África, o que eles chamam de Ameríndia, uma história indígena mal feita porque exclui, por exemplo, toda a América do Norte, e a questão da Afro América, que a gente não sabe bem o que eles conceituam de Afro América", afirma Villa.
Alfabetização
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves, criticou outra área em entrevista à Globo News. "Acho que trata a alfabetização de forma muito tardia. E a alfabetização é a pedra angular de toda educação. Então nós precisaríamos ter colocado com clareza na educação infantil, especificamente na pré-escola, quais são os direitos de aprendizagem dessas crianças de 4, 5 anos, do ponto de vista da alfabetização. E não esperar que chegue aos seis anos", afirma.
Sobre história, ele diz que a crítica foi generalizada. "A área de história mereceu uma crítica generalizada de todo o país. Olha muito determinados aspectos da história deixando outros que são fundamentais para dar uma visão sistêmica e complementar aos alunos da educação básica", disse Neves.
"Precisa organizar melhor a ordem desses conteúdos para que não haja uma dificuldade no processo de ensino e aprendizagem", defende Neves.
A gente tem que celebrar o fato de que finalmente a gente tem um texto concreto para ser avaliado. Isso era previsto, um monte de gente vai ter crítica porque nenhum texto vai falar exatamente aquilo que cada um prevê."
Priscila Cruz,
presidente do Todos pela Educação
Para a presidente do Todos pela Educação, Priscila Cruz, é importante ressaltar que finalmente há um texto concreto para ser avaliado. "É importante frisar que é um texto preliminar. Ele está ainda em consulta pública, ele não é um texto definitivo. A gente tem que celebrar o fato de que finalmente a gente tem um texto concreto para ser avaliado. Isso era previsto, um monte de gente vai ter crítica porque nenhum texto vai falar exatamente aquilo que cada um prevê. (...) É um momento muito especial que não podemos desperdiçar", afirma Priscila.
"Tem várias lacunas, várias coisas que precisamos avançar. Mas esse é o texto inicial que foi apresentado pelo MEC para consulta pública. É hora de mais gente se engajar e de fato apontar falhas", disse. "O que a gente não pode é desperdiçar essa oportunidade."
(Veja abaixo reportagens especiais da GloboNews sobre as polêmicas da BNCC)

Teori Zavascki dá 10 dias para Cunha se manifestar sobre afastamento

Prazo só começará a contar em fevereiro, na volta do recesso do Judiciário.
PGR alega que presidente da Câmara atrapalha investigações da Lava Jato.

Andrea Sadi e Renan Ramalho *Da GloboNews e do G1, em Brasília
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um prazo de 10 dias – que deverão começar a contar em fevereiro –, para que ele se manifeste sobre um pedido de afastamento do cargo feito em dezembro pela Procuradoria Geral da República (PGR).
No último dia 16 de dezembro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu oafastamento de Cunha do mandato e da presidência da Câmara sob o argumento de que ele vem usando o cargo para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e as apurações do Conselho de Ética da Câmara, que analisa pedido de cassação de seu mandato. Para a PGR, a saída de Cunha é necessária para preservar as investigações contra o parlamentar.

Por meio de sua assessoria, Cunha informou que ainda não foi notificado. A notificação deve ocorrer a partir da próxima quinta-feira (7), quando oficiais de Justiça retornam ao plantão do STF. Ainda que receba a notificação, o período de 10 dias para respondê-la só pode ser contado a partir do dia 1º de fevereiro, após o fim do recesso, que paralisa os prazos processuais.
Ao deixar a Câmara nesta terça-feira, Cunha afirmou que seu advogado apresentará a defesa. "Na medida que for notificado, vou responder tranquilamente. O advogado fará isso", disse Cunha.
No pedido, Janot pediu uma decisão liminar (provisória), em geral, concedida de forma imediata e sem ouvir a parte prejudicada. Como o pedido foi feito a poucos dias do recesso do Judiciário, iniciado no dia 19, Zavascki deixou a análise do pedido para fevereiro, quando o STF volta ao funcionamento normal. Ainda assim, no dia 18, ele mandou notificar o presidente da Câmara para se manifestar sobre o pedido de afastamento.

Nos bastidores, Cunha calcula junto a aliados que terá até o dia 20 de fevereiro para apresentar a sua defesa prévia ao Supremo. Ele também prepara junto a seus advogados uma peça jurídica contestando a petição de Rodrigo Janot. Segundo a GloboNews apurou, o deputado tem avaliado para interlocutores que a peça de Janot é "fraca" e diz que irá "desmontá-la". Ele acredita que o STF irá indeferir o pedido.

Em dezembro, Cunha afirmou que ação da PGR é uma "cortina de fumaça" e que o procurador-geral da República tenta "tirar o foco" do julgamento do rito de impeachment da presidente Dilma Rousseff no STF.
Ainda em dezembro, Cunha disse ao G1 que o documento, além de “ilações”, traz “agressões” contra ele. “Isso só demonstra o que venho acusando. Ele [Janot] é o procurador-geral da Rousseff. Além das ilações, a peça dele tem agressões dessa natureza contra mim. Não sou réu em nenhuma ação. Logo, o que ele está fazendo merecerá a resposta devida na forma legal”.

Pedido de Janot
O pedido contra Cunha contém 190 páginas e nele, Janot lista 11 motivos para afastá-lo do cargo. A PGR sustenta que o presidente da Câmara usa o comando da Casa para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos. Além disso, diz que ele conta com aliados para pressionar colaboradores da Lava Jato por meio de requerimentos de fiscalização ou convocação ou quebra de sigilos de familiares.
Eduardo Cunha, diretamente ou por meio de seus aliados, vem se valendo das prerrogativas do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados para pressionar testemunhas e, assim, tentar evitar que as investigações que correm contra si e outros delinquentes se desenvolvam segundo o devido processo”, diz um trecho.
Entre os fatos, Janot faz referência a requerimentos supostamente ordenados pelo deputado para fiscalizar a empresa Mitsui, que teriam por objetivo pressionar o empresário Julio Camargo a retomar pagamento de propina a ele. Cunha já negou estar por trás dos pedidos.
A PGR também aponta o mesmo tipo de procedimento para pressionar o grupo Schahin, cujos sócios já admitiram pagamento de propina a partir de desvios da Petrobras. Os requerimentos foram assinados por aliados do deputado, registra a PGR.
Além disso, Janot também menciona a convocação, pela CPI da Petrobras, da advogada Beatriz Catta Preta, que defendia e negociava delações na Lava Jato. Para a PGR, Cunha "valeu-se de seus aliados para constranger e intimidar quem ousou contrariar seus interesses". Ao Jornal Nacional, a advogada declarou que se sentia intimidada e constrangida na sua atuação, o que a levou a deixar a profissão.

Outro motivo apresentado pelo procurador-geral da República é a contratação da empresa Kroll, que realiza investigação financeira, para auxiliar os trabalhos da CPI. Para a PGR, o objetivo não foi apurar crimes contra a Petrobras, mas descobrir algo que pudesse comprometer as colaborações com a Operação Lava Jato.

O quinto motivo alegado foi a convocação, também pela CPI, de sócios do grupo Schahin e do doleiro Alberto Youssef, colaborador das investigações, com quebra de sigilos fiscal, telefônico e telemático de seus familiares.

Colaborou Fernanda Calgaro

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