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quinta-feira, 3 de março de 2016

Temos respeito pelas leis do Brasil, diz executivo do Facebook que foi preso

Diego Dzodan foi preso após Facebook descumprir uma ordem da Justiça. 
Facebook recebeu ordem judicial para enviar dados de conta no WhatsApp.

Do G1, em São Paulo
Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para América Latina, em evento da rede social de 2015. (Foto: Arquivo Pessoal/Diego Dzodan)Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para América Latina, em evento da rede social de 2015. (Foto: Arquivo Pessoal/Diego Dzodan)
Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina, já estava de volta ao trabalho e às postagens na rede social nesta quarta-feira (2), poucas horas após deixar o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo.
“Nós temos o maior respeito pelo Brasil e por suas leis”, escreveu o executivo em seu perfil pessoal, após passar uma noite no presídio porque a empresa descumpriu a decisão judicial de enviar à polícia informações que circularam no aplicativo de mensagens WhatsApp e que abasteceriam uma investigação sobre tráfico de drogas. Veja abaixo a íntegra da publicação do executivo
A publicação foi feita pouco antes das 20h30 e agradecia as mensagens “calorosas de todo o mundo”. “Cada uma das notas de vocês fez grande diferença e eu as levo no meu coração”, escreveu.
A prisão
Após passar a noite em uma cela para presos temporários, separada dos demais presos, Dzodan foi liberado habeas corpus assinado pelo desembargador Ruy Pinheiro da Silva, do Tribunal de Justiça de Sergipe.
Facebook comemorou a soltura de Dzodan. Anteriormente, a empresa classificara a medida como "extrema" e "desproporcional". "Estamos desapontados com a medida extrema e desproporcional de ter um executivo do Facebook escoltado até a delegacia devido a um caso envolvendo o WhatsApp, que opera separadamente do Facebook.”
O WhatsApp reafirmou que opera de forma independente ao Facebook e que a prisão do executivo "não se justifica". Disse ainda que não armazena os dados dos usuários e que não pode "fornecer informações que não temos".
O caso
Dzodan foi preso a pedido da Justiça de Sergipe na terça-feira, 1º. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz da comarca de Lagarto, Marcel Montalvão.
Segundo a Polícia Federal em Sergipe, o representante descumpriu ordens de repassar informações armazenadas em serviços do Facebook, "imprescindíveis para produção de provas a serem utilizadas em uma investigação de crime organizado e tráfico de drogas".
A investigação foi iniciada após uma apreensão de drogas na cidade de Lagarto, a 75 km de Aracaju. Montalvão pediu há quatro meses que o Facebook informasse o nome dos usuários de uma conta no WhatsApp em que informações sobre drogas eram trocadas.
A empresa não atendeu a Justiça, que aplicou há dois meses multa diária de R$ 50 mil. Como ainda assim o Facebook não cumpriu a determinação, o valor foi elevado para R$ 1 milhão há 30 dias. O processo corre em segredo de justiça.
Veja abaixo a íntegra da publicação de Diego Dzodan:
Eu estou de volta ao meu escritório e queria agradecer a todos vocês por todo a imensa demonstração de suporte recebida durante as últimas 24 horas. Minha caixa de mensagens foi inundada com mensagens calorosas de todo o mundo – cada uma das notas de vocês fez grande diferença e eu as levo no meu coração.
As pessoas no Brasil se importam profundamente com serviços como o Facebook e nós nos importamos profundamente com as pessoas no Brasil. Nós temos o maior respeito pelo Brasil e suas leis, e sempre foi nosso objetivo ter um diálogo construtivo com as autoridades. Diálogo traz compreensão e ajuda todos a se beneficiarem das oportunidades que a internet oferece.
Então agora, de volta ao trabalho – ajudando as pessoas a se conectarem e compartilhar, e ajudando negócios a construir valor e criar oportunidades. Você pode contar comigo.

Pesquisador maranhense testa ‘armadilha’ para Aedes aegypti

Técnica é de baixo custo e de fácil montagem, usando materiais simples.
Experimento auxilia também no entendimento do ciclo de vida do mosquito.

Do G1 MA
Pesquisador maranhense testa ‘mosquitoeiro’ para capturar Aedes aegypti (Foto: Divulgação / IFMA)Pesquisador maranhense testa ‘mosquitoeiro’ para capturar Aedes aegypti (Foto: Divulgação / IFMA)
Que tal criar uma ‘armadilha’ para o mosquito Aedes aegypti usando apenas materiais simples? No Maranhão, um pesquisador testa um sistema batizado como ‘mosquitoeiro’ confeccionado apenas com garrafa de plástico, fitas isolante e adesiva e um pedaço de tela. Weverson Almagro é professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), do campus Maracanã, em São Luís (MA), e acredita que o sistema possa levar a bons resultados na prevenção e no combate ao mosquito transmissor da dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika.
“Qualquer pessoa pode fazer o ‘mosquitoeiro’, que tem custo muito baixo, e associado a isso está também o despertar da consciência. Temos que ser educadores e trabalhar informações mais precisas para encerrar ou diminuir a população de mosquitos”, diz Almagro, que também coordena o curso de Aquicultura.
Funcionamento da ‘isca’
O sistema usa arroz como atrativo da fêmea do mosquito, que coloca os ovos na armadilha. Quando eclodem, as larvas passam são atraídas pela força da gravidade até um recipiente com água. Quando viram mosquitos adultos, eles ficam presos por uma tela, e morrem. Segundo o pesquisador, a isca é capaz de atingir uma área de até 100 m².
O professor, no entanto, alerta que o uso de sistemas como o ‘mosquitoeiro’ não substitui as medidas básicas de higiene e os cuidados que todos devem ter no combate ao mosquito, como evitar o acúmulo de água parada, que servem de criadouros para o Aedes aegypti.
Vídeo mostra passo a passo para construção de ‘mosquitoeiro’ (Foto: Divulgação / IFMA)Vídeo mostra passo a passo para construção de ‘mosquitoeiro’ (Foto: Reprodução)
A técnica testada por um grupo de funcionários e alunos do IFMA baseia-se em uma experiência testada no Rio de Janeiro. O passo a passo de montagem do ‘mosquitoeiro’ foi disponibilizado em vídeo pela internet (veja o vídeo aqui).
Ao longo de 15 dias, o experimento será acompanhado para que os pesquisadores entendam o processo de colocação de ovos pela fêmea, eclosão e formação das larvas e crescimento do inseto dentro do ‘mosquitoeiro’. Se o experimento for bem-sucedido, o próximo passo é instalar uma unidade de demonstração nos campi do instituto, escolas e em outras instituições.

Em ruínas, Hotel Glória, no Rio, se torna criadouro de mosquitos

Prédio, cuja reforma parou há seis anos, preocupa moradores do entorno.
Ex-proprietário Eike Batista reconhece transtorno para a população do bairro

Do G1 Rio
Abandonado há seis anos, desde que o projeto de reforma iniciado pelo empresário Eike Batista foi paralisado, o Hotel Glória se transformou em uma gigantesca dor de cabeça para os moradores da região. No terreno que abrigou o primeiro hotel cinco estrelas do país, há hoje muito material de construção abandonado e poças formadas pelo acúmulo de água da chuva, o que favorece a proliferação de mosquitos.
Em vídeo postado numa rede social, uma mulher que mora em um prédio bem ao lado do hotel relata que o local é hoje um enorme criadouro de mosquitos. O presidente da associação de moradores do bairro, Marconi Andrade, diz que o problema vem se agravando.
"O local está cheio de focos de mosquito e já temos relatos de casos de zika, além de algumas pessoas internadas por causa da dengue. O problema é sério e até agora ninguém fez nada, nem proprietários, nem o poder público".
Ex-proprietário do hotel, Eike Batista disse, em nota, que reconhece e lamenta os transtornos causados aos moradores da região. O empresário afirma ainda que os novos proprietários estão em busca de uma solução definitiva para recuperar o hotel.
Eike disse também que decidiu investir no Glória por ter entendido que a revitalização do hotel seria "um marco" para a atividade turística no Rio, gerando milhares de empregos e recuperando uma área importante da cidade. Porém, segue o texto, as obras tiveram de ser interrompidas por falta de recursos. Em janeiro, o empresário vendeu o hotel para o fundo de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi.
O fundo Mubadala não quis comentar o assunto. Eike, por sua vez, garantiu que o local é dedetizado duas vezes por semana e que uma empresa será contratada para drenar a água acumulada. Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que o prédio passa por vistoria a cada 15 dias e tem nova inspeção agendada para esta quinta-feira (3).
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Justiça da França condena Maluf a três anos de prisão por lavagem

Família foi condenada a multa e teve valores confiscados, mas já recorreu. PGR pediu à França para Maluf continuar respondendo a ação no Brasil.
02/03/2016 09h49 - Atualizado em 02/03/2016 14h08

Por Mariana Oliveira
Da TV Globo. em Brasília


A 11ª Câmara do Tribunal Criminal de Paris condenou o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a três anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro em território francês entre os anos de 1996 e 2005. De acordo com a sentença, proferida no fim do ano passado e informada à Procuradoria Geral da República no último mês, a lavagem foi fruto de corrupção e desvio de dinheiro público no Brasil.
A TV Globo entrou em contato com a assessoria do deputado, e aguarda resposta.
O tribunal francês condenou pelo mesmo crime a mulher dele, Sylvia Lutfalla Maluf, e o filho Flávio Maluf. Eles já recorreram da condenação, e a decisão está pendente de decisão na Corte de Apelação de Paris.
Após ser informada da condenação, a PGR pediu a transferência da ação criminal que corre na França para o Brasil e também requereu a repatriação dos valores confiscados na ação penal contra o parlamentar.
A Justiça francesa também confiscou 1,8 milhão de euros que estavam em contas da família e valores em espécie, além de impor multas aos três que somam 500 mil euros. A 11ª Câmara ordenou ainda que sejam mantidos mandados já expedidos anteriormente de captura internacional contra os três.
A Procuradoria quer que ele seja julgado no Brasil porque, como é brasileiro, a Constituição veda extradição para cumprir a pena na França. Ainda não há decisão sobre o pedido de transferência e de repatriação dos valores.
A apuração na França se baseou no compartilhamento de provas da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público do Estado de São Paulo em razão de ações contra o parlamentar.
Segundo a PGR, a Justiça francesa afirmou que os três agiram para ocultar a origem de recursos oriundos de corrupção e peculato e enviar valores para empresas offshore (firmas criadas para fazer investimentos no exterior) e contas em bancos no exterior. Na sentença, são citados processos no Brasil como beneficiário de fundos no exterior.
Ações contra Maluf no Brasil
 No Supremo, o deputado é alvo de ações penais que o acusam de desvios quando era prefeito de São Paulo.
Entre as obras suspeitas está a construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho. Ele é acusado do crime de corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro. A suspeita é que o prejuízo aos cofres públicos tenha seja de US$ 1 bilhão.
Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro desviado teria sido entregue a um doleiro que fez remessas para uma conta de um banco em Nova York, nos Estados Unidos. De lá, os recursos teriam sido enviados para contas em paraísos fiscais.
O passo seguinte, segundo a acusação foi reutilizar parte do dinheiro com a compra de ações de empresas da família Maluf no Brasil, entre 1997 e 1998. O MPF calcula que, até janeiro de 2000, os fundos supostamente abastecidos pela família Maluf teriam movimentado mais de US$ 172 milhões.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Destroço que seria de avião sumido da Malaysia é achado na costa africana

Objeto poderia ser estabilizador de cauda de um Boeing 777.
Voo da Malaysia Airlines sumiu em março de 2014 com 239 a bordo.

Da Reuters
Um destroço que seria de um Boeing 777 foi encontrado ao longo da costa africana, entre Moçambique e Madagascar, e as autoridades acreditam que poderia ser da aeronave da Malaysia Airlines que desapareceu há quase dois anos, segundo a TV "NBC News".
Peça que seria de avião sumido da Malaysia Airlines é achado na costa africana (Foto: Tomasz Bartkowiak/Reuters)Peça que seria de avião sumido da Malaysia Airlines teria sido achado na costa africana (Foto: Tomasz Bartkowiak/Reuters)
            
Citando os investigadores dos EUA, da Malásia e da Austrália, que analisaram as fotos, a NBC destacou que o destroço poderia ser um estabilizador de cauda de um Boeing 777, mesmo tipo de aeronave da Malaysia Airlines que desapareceu em 2014.
             
A Reuters destacou que não conseguiu confirmar as informações, e as autoridades moçambicanas disseram desconhecer qualquer avistamento de tal objeto ao longo da costa da província de Inhambane, de acordo com Ministério do Interior.
             
Segundo a NBC, o objeto teria sido encontrado no canal de Moçambique por um americano que vem acompanhando as investigações sobre o voo MH370. Os engenheiros que analisaram a peça disseram que há uma boa chance de ser do Boeing da Malaysia.
             
O voo MH370 da Malaysia Airlines que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo. Apesar das operações de busca, a aeronave não foi encontrada e seu desaparecimento continua um mistério.

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