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quinta-feira, 12 de maio de 2016

AFASTAMENTO DA PRESIDENTE POR ATÉ 180 DIAS, VEJA OS SENADORES A FAVOR DO GOLPE.

Senadores decidem abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff

  • São necessários 40
    para aprovar o pedido

Lista por senadores

SENADOR
VÍDEO
PARTIDO
UF
COMO VOTOU
 Renan Calheiros *
Não discursou na sessão
PMDB
AL
NÃO VOTOU
 Acir Gurgacz
PDT
RO
 SIM
 Aécio Neves
PSDB
MG
 SIM
 Aloysio Nunes Ferreira
PSDB
SP
 SIM
 Álvaro Dias
PV
PR
 SIM
 Ana Amélia
PP
RS
 SIM
 Angela Portela
PT
RR
 NÃO
 Antonio Anastasia
PSDB
MG
 SIM
 Antonio Carlos Valadares
PSB
SE
 SIM
 Armando Monteiro
PTB
PE
 NÃO
 Ataídes Oliveira
PSDB
TO
 SIM
 Benedito de Lira
PP
AL
 SIM
 Blairo Maggi
PR
MT
 SIM
 Cássio Cunha Lima
PSDB
PB
 SIM
 Ciro Nogueira
PP
PI
 SIM
 Cristovam Buarque
PPS
DF
 SIM
 Dalirio Beber
PSDB
SC
 SIM
 Dário Berger
PMDB
SC
 SIM
 Davi Alcolumbre
DEM
AP
 SIM
 Donizeti Nogueira
PT
TO
 NÃO
 Edison Lobão
PMDB
MA
 SIM
 Eduardo Amorim
PSC
SE
 SIM
 Eduardo Braga
Não discursou na sessão
PMDB
AM
AUSENTE
 Elmano Férrer
Não discursou na sessão
PTB
PI
 NÃO
 Eunício Oliveira
Não discursou na sessão
PMDB
CE
 SIM
 Fátima Bezerra
PT
RN
 NÃO
 Fernando Bezerra Coelho
PSB
PE
 SIM
 Fernando Collor
PTC
AL
 SIM
 Flexa Ribeiro
PSDB
PA
 SIM
 Garibaldi Alves Filho
PMDB
RN
 SIM
 Gladson Cameli
PP
AC
 SIM
 Gleisi Hoffmann
PT
PR
 NÃO
 Hélio José
PMDB
DF
 SIM
 Humberto Costa
PT
PE
 NÃO
 Ivo Cassol
PP
RO
 SIM
 Jader Barbalho
Não discursou na sessão
PMDB
PA
AUSENTE
 João Alberto Souza
Não discursou na sessão
PMDB
MA
 NÃO
 João Capiberibe
PSB
AP
 NÃO
 Jorge Viana
PT
AC
 NÃO
 José Agripino
DEM
RN
 SIM
 José Maranhão
PMDB
PB
 SIM
 José Medeiros
PSD
MT
 SIM
 José Pimentel
PT
CE
 NÃO
 José Serra
PSDB
SP
 SIM
 Lasier Martins
PDT
RS
 SIM
 Lídice da Mata
PSB
BA
 NÃO
 Lindbergh Farias
PT
RJ
 NÃO
 Lúcia Vânia
PSB
GO
 SIM
 Magno Malta
PR
ES
 SIM
 Marcelo Crivella
PRB
RJ
 SIM
 Maria do Carmo Alves
DEM
SE
 SIM
 Marta Suplicy
PMDB
SP
 SIM
 Omar Aziz
PSD
AM
 SIM
 Otto Alencar
PSD
BA
 NÃO
 Paulo Bauer
PSDB
SC
 SIM
 Paulo Paim
PT
RS
 NÃO
 Paulo Rocha
PT
PA
 NÃO
 Raimundo Lira
PMDB
PB
 SIM
 Randolfe Rodrigues
REDE
AP
 NÃO
 Regina Sousa
PT
PI
 NÃO
 Reguffe
sem partido
DF
 SIM
 Ricardo Ferraço
PSDB
ES
 SIM
 Roberto Requião
PMDB
PR
 NÃO
 Roberto Rocha
PSB
MA
 SIM
 Romário
PSB
RJ
 SIM
 Romero Jucá
PMDB
RR
 SIM
 Ronaldo Caiado
DEM
GO
 SIM
 Rose de Freitas
Não discursou na sessão
PMDB
ES
 SIM
 Sérgio Petecão
PSD
AC
 SIM
 Simone Tebet
PMDB
MS
 SIM
 Tasso Jereissati
PSDB
CE
 SIM
 Telmário Mota
PDT
RR
 NÃO
 Valdir Raupp
PMDB
RO
 SIM
 Vanessa Grazziotin
PCdoB
AM
 NÃO
 Vicentinho Alves
Não discursou na sessão
PR
TO
 SIM
 Waldemir Moka
PMDB
MS
 SIM
 Walter Pinheiro
sem partido
BA
 NÃO
 Wellington Fagundes
PR
MT
 SIM
 Wilder Morais
PP
GO
 SIM
 Zeze Perrella
PTB
MG
 SIM
* O presidente do Senado, Renan Calheiros, só ia votar caso houvesse empate
Obs.: com a cassação de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), há uma cadeira vaga no Senado; o suplente ainda não assumiu

A votação no Senado por partido

DEM
  • 4
PCdoB
  • 1
PDT
  • 2
  • 1
PMDB
  • 13
  • 2
  • 1
  • 2
PP
  • 6
PPS
  • 1
PR
  • 4
PRB
  • 1
PSB
  • 5
  • 2
PSC
  • 1
PSD
  • 3
  • 1
PSDB
  • 11
PT
  • 11
PTB
  • 1
  • 2
PTC
  • 1
PV
  • 1
REDE
  • 1
Sem Partido
  • 1
  • 1

Veja a repercussão do afastamento de Dilma entre países e líderes

Chancelarias comentaram a votação ocorrida no Senado.
Secretário da ONU pede calma e diálogo; Unasul cita 'cláusula democrática'.

Do G1, em São Paulo
No decorrer desta quinta-feira (12), alguns países, instituições e líderes internacionais começaram a se manifestar a respeito da aprovação do afastamento de Dilma Rousseff no Senado. Veja abaixo o que disseram:
Unasul
O secretário-geral da Unasul, o colombiano Ernesto Samper, afirmou que uma possível destituição de Dilma poderia levar a uma ruptura do sistema democrático no Brasil. "Se se continuar neste processo (...), poderíamos chegar a uma ruptura que seria preciso levar os países a analisar a aplicação ou não da cláusula democrática", disse em coletiva de imprensa no Equador. Esta cláusula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) contempla impor sanções ao membro que romper a ordem democrática. Samper já havia apoiado Dilma anteriormente.
"Até o momento, não há uma ruptura da continuidade democrática", afirmou Samper, acrescentando que Dilma Rousseff "continua na condição de presidente constitucional, enquanto se resolve o julgamento que a afastou temporariamente de suas responsabilidades de caráter administrativo, não como chefe de Estado".

Ainda segundo o secretário-geral da Unasul, "até o momento, não recebemos nenhuma solicitação" para convocar uma cúpula da Unasul para examinar a situação política no Brasil.

ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está monitorando os acontecimentos no Brasil e pede calma, depois que o Senado autorizou a abertura de processo de impeachment contra Dilma,  disse o porta-voz da ONU Stephane Dujarric. "O secretário-geral faz um apelo por calma e diálogo entre todos os setores da sociedade", disse o porta-voz a repórteres. "Ele confia que as autoridades do país vão honrar o processo democrático, cumprindo com o Estado de Direito e a Constituição".
Argentina
O Ministério das Relações Exteriores argentino disse que "respeita o processo institucional que se desenvolve e confia que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira". Os argentinos afirmam que seguirão dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional.

Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, postou em sua conta no Twitter uma mensagem de solidariedade à presidente Dilma Rousseff, e afirmou que sente sua mesma indignação frente "ao golpe congressista e judicial".
"Irmã presidenta @dilmabr, sentimos a mesma indignação que a senhora e seu povo frente ao golpe congressista e judicial", afirmou o presidente. Morales acrescentou que os "povos humildes" condenam "o atentado contra a democracia e a estabilidade econômica do Brasil e a região".
Chile
A chancelaria chilena divulgou nota afirmando que o país acompanhou com atenção os acontecimentos recentes no Brasil, país que considera de histórica relevância econômica, diplomática e cultural, "inclusive no períoo da administração da amiga presidenta Dilma Rousseff, com a qual mantivemos excelentes relações".
"O governo do Chile expressa sua preocupação pelos acontecimentos dos últimos tempos nesta nação irmã, os quais geraram incertidão em nível internacional, considerano a gravitação do Brasil no âmbito regional", diz a nota. "Sabemos que a democracia brasileira é sólida e que os próprios brasileiros saberão resolver seus desafios internos. Ao mesmo tempo, o Chile reafirma seu decidido respaldo ao Estado de Direito, aos processos constitucionais e a instituições democráticas no Brasil e em cada um dos países da América do Sul", afirma.
Colômbia
O governo da Colômbia fez votos para que se preserve "a estabilidade" e a "institucionalidade democrática" no Brasil. "Na atual conjuntura, a Colômbia confia na preservação da institucionalidade e da estabilidade, fundamentos indispensáveis do Estado de Direito", diz um comunicado da chancelaria colombiana. "A estabilidade do Brasil é muito importante para toda a região por sua influência e liderança", também destacou o texto, no qual o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia garante ter "seguido de perto o transcurso dos fatos ocorridos nas últimas semanas" no país.
Cuba
O governo cubano se manifestou por meio de nota: "Cuba tem repetidamente denunciado o estado golpe de Estado parlamentar-legal, disfarçado de legalidade, que está se gestando durante meses no Brasil. Hoje foi consumado um passo fundamental para os objetivos golpistas".
Na visão do governo cubano, o processo de impeachment é "um artifício armado por setores da oligarquia no país, apoiados pela grande imprensa reacionária e o imperialismo, a fim de reverter o projeto político do Partido dos Trabalhadores, derrubar o governo legítimo e usurpar o poder que não puderam ganhar com o voto eleitoral". "O que acontece no Brasil é parte da contra-ofensiva reacionária do imperialismo e da oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas na América Latina e no Caribe", afirma o comunicado de Havana. "Dilma, Lula, o Partido dos Trabalhadores e o povo do Brasil têm e sempre terão toda a solidariedade de Cuba", termina a  nota.
Equador
O Equador falou em "alteração da ordem constitucional" em um comunicado divulgado pela chancelaria. "Diante da ameaça de uma grave alteração da ordem constitucional, de profundas consequências para o conjunto da região, o Equador apela à plena vigência de preservação das instituições democráticas e os valores que a sustentam", expressou o governo equatoriano.
Também demonstrou sua "profunda preocupação" com a situação política no Brasil e apoiou o governo de Dilma Rousseff, "legítima depositária do mandato popular expresso nas últimas eleições democráticas e conta a qual não pesa, até o momento, uma única acusação que a vincule com a prática de um crime comum".

Estados Unidos
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, expressou confiança em que as instituições democráticas do Brasil são suficientemente "sólidas" para enfrentar a crise. "Pretendemos respeitar as instituições, tradições e procedimentos do governo", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Ele afirmou que as instituições brasileiras são "suficientemente maduras e sólidas para resistir à crise política".
Portugal
"Se o Brasil passa por momentos difíceis, do ponto de vista económico e da estabilidade político-institucional, é nestes momentos que Portugal deve reafirmar, sem nenhuma espécie de reserva, a sua solidariedade", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em Lisboa.
Ele destacou que Portugal respeita as decisões internas do Brasil: "Respeitamos e cooperaremos com o novo presidente brasileiro e o seu governo, da mesma forma leal e empenhada como colaboramos com o Governo de Dilma Rousseff e com os governos anteriores a esse".

Rússia
O Ministério das Relações Exteriores russo informou por meio do Twitter que considera o processo de impeachment um assunto interno do Brasil e que deve ocorrer em estrita concordância com a Constituição brasileira. "A Rússia quer ver um Brasil estável e vibrante desempenhando um papel importante nas relações internacionais", disse a porta-voz do ministério Maria Zakharova, segundo o Twitter oficial da pasta.
Venezuela
A ministra de relações exteriores Delcy Rodríguez postou no Twitter um convite para que a população de Caracas compareça a uma manifestação de apoio a Dilma Rousseff.

Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado condenando o impeachment e classificando-o como "golpe de Estado": "A Venezuela rejeita categoricamente o golpe de Estado feito pelo parlamento que está ocorrendo no Brasil, o qual, via farças judiciais das forças oligárquicas e imperiais, visa derrubar a presidente e derrubar a soberania popular", afirma a nota.

"A presidente legítima, Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, enfrenta um ataque motivado por vingança dos elementos que perderam as eleições e são incapazes de assumir o poder por qualquer outro caminho que não seja à força", acrescentou o governo.
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