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sábado, 29 de outubro de 2016

Redação no Enem: veja dicas para escrever um texto nota 1000


Nota é composta por cinco competências analisadas por avaliadores, cada uma valendo 200 pontos. Confira quais são elas.


Por G1
29/10/2016 às 07:03 · Atualizado há 7 horas
A redação do Enem é tipicamente um dos componentes do exame mais temido pelos estudantes. Realizada no domingo, o que confere uma hora adicional de duração à prova, ela é composta por cinco competências que valem 200 pontos cada e compõem sua nota máxima de 1000 pontos.
Realizado nos próximos dias 5 e 6 de novembro (veja data, hora e local da prova), o Enem 2016 reunirá mais de 9,2 milhões de inscritos em busca de uma boa performance na redação. Por isso, o G1 reuniu dicas para valiosas que podem fazer a diferença na hora da escrita.
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Esteja bem informado
A redação do Enem é sempre estruturada de forma a produzir um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema, proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaionais (Inep), ligado à atualidade. Por conta disso, procure estar atualizado com o conteúdo dos grandes veículos de imprensa, em especial, as discussões sociais e políticas do momento, no Brasil e no mundo.
Lembre-se das competênciasNa hora de entrar para fazer a prova, é importante que o candidato ou a candidata tenha, fresca na memória, a estrutura básica de um texto dissertativo-argumentativo. Mas quem quiser ter certeza de estar pensando em tudo, deve também tentar decorar os critérios dos avaliadores, para se assegurar que não há distanciamento entre o que eles esperam de você e o que seu texto entrega:
  1. Domínio da norma padrão da língua escrita.
  2. Compreensão da proposta.
  3. Capacidade de organizar e relacionar informações.
  4. Construção da argumentação.
  5. Elaborar proposta de intervenção ao problema exposto.
Não se preocupe apenas com a ortografiaO cuidado com a ortografia é sempre muito importante (evite repetições, revise sua escrita e tome cuidado com o que colocar no papel, final, o exame todo deve ser respondido à caneta preta), mas não é o único detalhe que pode custar pontos na hora da escrita. Para se garantir no domínio da língua escrita é imprescindível demonstrar:
  • Domínio da pontuação (variedade de pontuação bem empregada).
  • Riqueza de vocabulário.
  • Tom formal, fugindo dos recursos da oralidade.
  • Uso de termos específicos para a temática.
  • Domínio das relações sintáticas, unindo orações de forma a fazer sentido e construir um pensamento mais complexo, enfático.
  • Uso correto dos pronomes relativos, como que, do qual, da qual, à qual, a quem, etc...
  • Respeito às normas de regência verbal e nominal, atentando-se ao emprego da crase, por exemplo.
Não fuja ao tema propostoTodo ano, um tema referente à atualidade é eleito como central à redação do Enem. É a partir dele que os inscritos no exame devem desenvolver um pensamento argumentativo e, para que isso seja feito com sucesso, é extremamente importante que não se perca o foco em relação à proposta original. Para isso:
  • Seja direto: não enrole para abordar o tema, pois isso facilita o desvio da discussão.
  • Empregue conhecimentos de outras áreas que sejam pertinetes à proposta de redação.
  • Demonstre sua opinião pessoal sobre o assunto, apoiando-a em fatos atuais ou referências teóricas como grandes pensadores ou até produções culturais de relevância.
  • Sintetize o que foi elaborado em uma proposta de solução voltada à problemática central do tema abordado. Seja claro e conciso.
Faça uma boa introduçãoO cartão de visitas do seu texto tem de ter de tudo um pouco: apresentar o contexto do tema, oferecer uma visão geral do que será abordado no texto e mostrar sua relevância e atualidade por meio da citação de casos recentes.
Além disso, ele deve interessar o leitor na sua redação. Uma boa ferramenta para isso pode ser destacar a questão central à problemática do tema abordado já no primeiro parágrafo, inserindo nele uma pergunta a ser respondida pelo texto.
Faça com que seu texto chame a atenção do avaliadorCada avaliador do Enem corrige, em média, 74 redações por dia. Isso faz com que ele desprenda aproximadamente 6 minutos para cada texto, o que pode fazer a diferença se sua redação tiver aquele "algo a mais". Mas como consegui-lo?
  • Siga ao máximo o padrão e estilo do texto dissertativo-argumentativo. Não é hora de inventar moda, afinal, a maior parte dos avaliadores deve valorizar uma conformidade com modelos.
  • Evite ao máximo erros gramaticais graves (e tente revisar para evitar aqueles deslizes de caligrafia também).
  • Faça com que seu texto chame atenção de alguma forma. Avaliado entre outras 74, sua redação pode ser aquela que conquista realmente o avaliador, caso tenha um diferencial característico.
Textos de apoio: eles podem te salvarAcredite: eles não servem só para te dar alguns argumentos de última hora. Os textos de apoio, além de servirem como inspiração, são como guias para a perspectiva de reflexão esperada pelos avaliadores. Por meio de uma boa interpretação deles, é possível inferir de onde deve partir uma argumentação e como ela deve ser sustentada pelo inscrito.

NEM TUDO QUE PARECE SER E'

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A cientista de 13 anos que descobriu como criar energia limpa por apenas R$ 16

Americana Maanasa Mendu venceu concurso ao desenvolver equipamento que permite gerar eletricidade de forma simples e econômica.

Da BBC
 Maanasa Mendu se inspirou em problema vivenciado por sua família na Índia para criar dispositivo que venceu concurso (Foto: Discovery Education)Maanasa Mendu se inspirou em problema vivenciado por sua família na Índia para criar dispositivo que venceu concurso (Foto: Discovery Education)
A americana Maanasa Mendu, de 13 anos, ganhou um prêmio de US$ 25 mil dólares (R$ 80 mil) em um concurso de jovens talentos por ter inventado um equipamento que permite gerar energia renovável de forma acessível - ao custo aproximado de R$ 16.
A jovem contou à BBC como funciona sua criação:
"O dispositivo captura a energia que está constantemente disponível ao nosso redor para criar energia limpa", explicou Mendu ao programa Newsday.
O dispositivo se chama "Harvest" ("colheita", em inglês) e utiliza uma espécie de "folha solar", capaz de obter energia de precipitações, do vento e do sol, graças a pequenas células solares.
 Menina diz que pretendia "impactar o mundo" com sua criação (Foto: Discovery Education)Menina diz que pretendia "impactar o mundo" com sua criação (Foto: Discovery Education)
A princípio, sua ideia era focar unicamente na energia eólica, mas com a ajuda de sua mentora, a engenheira Margaux Mitera, a jovem descobriu que poderia aproveitar também outros tipos de energia natural.
A energia é gerada graças ao uso de um material piezoelétrico, que gera eletricidade a partir de uma força mecânica, acoplado ao aparelho.
O dispositivo da jovem no estágio inicial do trabalho (Foto: Discovery Education)O dispositivo da jovem no estágio inicial do trabalho (Foto: Discovery Education)
O dispositivo é um pouco rudimentar, mas cumpre o objetivo de produzir energia limpa de forma econômica.
Essa técnica não é nova, mas o interesse nela vem crescendo nos últimos anos. Há esperanças de que essa seja uma forma de lidar com o problema do abastecimento energético a longo prazo.
Após vencer o concurso, a jovem espera desenvolver um protótipo mais complexo, que possa ser comercializado.
 Aparelho utiliza material piezoelétrico para gerar energia limpa (Foto: Discovery Education)Aparelho utiliza material piezoelétrico para gerar energia limpa (Foto: Discovery Education)
Um problema global
Mendu diz que teve a ideia de fazer o aparelho durante sua última viagem à Índia.
"Todos os anos, a minha família, que é indiana, tem que conviver com apagões recorrentes", conta.
"Para mim, isso significa não ter acesso temporariamente ao ar-condicionado ou à eletricidade. Mas, para mais de um quinto da população mundial, os apagões são uma realidade permanente", conta ela.
A menina afirma querer desenvolver um sistema de iluminação que possa solucionar esse problema.
"O que realmente me motivou foi criar um dispositivo que poderia impactar o mundo," afirma ela.
O concurso teve nove finalistas dispostos a usar a criatividade para propor soluções a problemas reais
Esse é justamente o espírito da competição, de acordo com Bill Goodwyn, diretor executivo da Discovery Education, a organização que promoveu o concurso.
"A cada ano, esse concurso nos relembra a ingenuidade inspiradora que obtemos ao colocar a nossa geração mais jovem para aplicar a ciência, o pensamento crítico e a criatividade com o objetivo de sugerir soluções para problemas do mundo real", afirmou Goodwyn.
Mendu competiu com outros nove finalistas, que se mostraram como jovens talentos podem mudar o mundo.
Entre os projetos participantes, eles apresentaram bactérias geradoras de energia, um sensor para ajudar pessoas com dificuldades físicas, um simulador de reanimação cardiopulmonar e um dispositivo para controlar a poluição.
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