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segunda-feira, 13 de março de 2017

Justiça de SP concede liminar que suspende cobrança extra por despacho de bagagem


      






Justiça de SP concede liminar que suspende cobrança extra por despacho de bagagem

Nova regra havia sido aprovada pela Anac, com entrada em vigor na terça-feira.



Liminar da Justiça Federal suspende novas regras para viagens de avião
A Justiça Federal de São Paulo concedeu na tarde desta segunda-feira (13) liminar que suspende a cobrança extra pelo despacho de bagagem. A norma havia sido aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e entraria em vigor no dia 14.
Pela decisão do juiz, ficam mantidas as regras atuais para o despacho de bagagens. Pela regra atual, os passageiros podem despachar um volume de até 23 kg nos voos nacionais e dois volumes de até 32 kg nos internacionais.
A Anac vai recorrer da decisão da Justiça. Em comunicado, a agência informou que "respeita as instituições, mas adotará as providências necessárias para garantir os benefícios que acredita que as novas regras oferecem a toda a sociedade brasileira. As novas normas buscam aproximar o Brasil das melhores práticas internacionais, trazendo novos estímulos para a competição entre as empresas aéreas, com mais opções de preços aos passageiros e seus diferentes perfis, como aqueles que pretendem transportar apenas os 10 kg na bagagem de mão."
Cobrança de bagagem é alvo de disputa judicial entre Anac e Ministério Público de São Paulo (Foto: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo) Cobrança de bagagem é alvo de disputa judicial entre Anac e Ministério Público de São Paulo (Foto: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo)
Cobrança de bagagem é alvo de disputa judicial entre Anac e Ministério Público de São Paulo (Foto: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo)
O pedido de anulação havia sido feito pelo Ministério Público de São Paulo na quinta-feira (9). Segundo o MPF, a nova regra contraria o Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor, além de ferir a Constituição por promover a perda de direitos já adquiridos pelos consumidores.
Na decisão desta segunda, o juiz José Henrique Prescendo afirma que "as alegações do MPF são relevantes". O magistrado afirma que as novas regras "deixam o consumidor inteiramente ao arbítrio e ao eventual abuso econômico" por parte das companhias aéreas. "Mesmo o dispositivo que amplia de 5 quilos para 10 quilos a franquia de bagagem de mão não representa uma garantia ao consumidor, uma vez que esta franquia pode ser restringida pelo transportador, fundamentado na segurança do voo ou da capacidade da aeronave."
Pela regra aprovada pela Anac e suspensa nesta segunda, o passageiro passaria a pagar à parte por bagagens despachadas em voos nacionais e internacionais. Hoje, esse serviço não tem taxa extra. O limite de peso de bagagem de mão passaria de 5 para 10 quilos. Na prática, a medida permitiria que as empresas criem suas próprias regras sobre o despacho de bagagens.
A decisão, no entanto, suspende apenas as normas relativas às bagagens. Outras medidas, como regras a respeito de informações e cancelamento de voos, não foram atingidas. Veja quais são as mudanças aqui.

Companhias já haviam decidido preços

 (Foto: Arte/G1)  (Foto: Arte/G1)
(Foto: Arte/G1)
As companhias aéreas já haviam divulgado os preços que cobrariam pelo despacho de bagagens. A primeira delas foi a Gol, que informou que valor cobrado por mala seria maior de acordo com a quantidade de itens que cada passageiro despachar. "A primeira será mais barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira. E assim por diante", afirmou a Gol, em comunicado.
A Latam informou que passaria a cobrar partir de R$ 50 por mala despachada em voo nacional. Para voos na América do Sul, a cobrança só seria feita pela segunda bagagem despachada. Em outros voos internacionais, o despacho seria gratuito em até duas malas com o limite de 23 quilos cada.
A Azul disse que criaria uma nova classe tarifária promocional, mais barata que a atual, para os passageiros que viajarem sem mala despachada. Se eles quiserem levar uma mala de até 23 kg, terão de pagar uma tarifa de R$ 30.
Já a Avianca Brasil havia informado que "decidiu não cobrar por despacho de bagagens no início da vigência da nova resolução, em 14 de março, pois prefere estudar essa questão mais profundamente durante os próximos meses" .

Outros processos

As mudanças nas regras do transporte aéreo estão em estudo na Anac há cinco anos. A agência disse que fez estudos de mercado, debates públicos e recebeu mais de 1.500 contribuições sobre o assunto.
Desde que a medida foi aprovada, em 13 de dezembro de 2016, diversas entidade tentaram barrar a mudança.
No dia seguinte, o Senado aprovou um projeto de decreto legislativo para derrubar a regra da Anac. Para ter vigor, o decreto teria que ser votado e aprovado também na Câmara dos Deputados.
Na Justiça, a ação do MPF de São Paulo não foi a primeira tentativa de barrar a medida da Anac. A OAB ingressou em dezembro do ano passado com uma ação civil pública contra a decisão.
O Procon de Fortaleza também foi a Justiça no Ceará. A decisão saiu no último dia 10 e considerou improcedente o pedido, com vitória à Anac.

Idoso leva 7 carteiras de trabalho para sacar FGTS e descobre não ter saldo

Ele diz que empresas em que trabalhou não depositaram o fundo, em Goiás.
Caixa fará atendimento para consultas das 8h às 10h até terça-feira (14).

Murillo VelascoDo G1 GO
Geraldo Medeiros, aposentado, em Goiânia, Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)Geraldo Medeiros mostra as caterias de trabalho de 40 anos de contribuição (Foto: Murillo Velasco/G1)
O aposentado Geraldo Medeiros, de 72 anos, foi até uma agência da Caixa, nesta segunda-feira (13), em Goiânia, e descobriu que as empresas onde ele trabalhou como servente de pedreiro, ao longo de quase 40 anos, nunca fizeram depósitos do FGTS. Com sete carteiras de trabalho na mão, o idoso diz que ficou decepcionado ao consultar o saldo das contas inativas e ver que não tinha nada para receber.

“Eu trabalhei como servente em sete empresas na minha vida. Muitas delas faliram e nem pagaram meus direitos. Agora, é procurar alguma ajuda, um advogado, pra tentar descobrir se tem um jeito de reivindicar. Muito ruim saber que a gente serviu tanto tempo um lugar e, na hora do ‘vamos ver’,  de receber um dinheiro para dar aquela aliviada nas contas, ficar na mão”, disse ao G1.
O movimento nas agências da Caixa foi tranquilo nesta manhã, na capital. Ao contrário da última sexta-feira (10), as senhas de atendimento foram distribuídas sem grandes filas na agência central do banco, na Alameda dos Buritis, no Centro. As agências funcionam com atendimento exclusivo para assuntos de FGTS das 8h às 10h até a terça-feira (14).

De acordo com a assessoria de comunicação do banco, a partir da quarta-feira (15), os beneficiários poderão continuar recebendo atendimento sobre o saque das contas inativas, mas durante o expediente normal do banco, entre as 10h e 16h, de segunda a sexta-feira.

Geraldo conta que foi atendido em menos de 5 minutos na agência central da Caixa. “Foi bem rápido. Vi gente que demorou um pouco mais quando veio na semana passada. Ainda bem que não demorou, porque esperar muito tempo e descobrir que não tem dinheiro nenhum ia ser ruim”, desabafou.

Diferente do aposentado, o vigilante desempregado Miguel Martins foi até a agência e descobriu que tem mais de R$ 800 para receber. Segundo ele, o dinheiro já está na conta dele, que descobriu que o cartão da conta está vencido.

“Vou ter que ir até a minha agência mesmo para só pegar o cartão novo e sacar. Pelo menos já tenho um dinheiro garantido lá, já é meu”, brincou.
Miguel Martins diz que vai receber mais de R$ 800 de FGTS, em Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)Miguel Martins diz que vai receber mais de R$ 800 de FGTS, em Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)
Cronograma de saques
O calendário para o recebimento dos valores foi divulgado no último dia 14 de fevereiro. Desde sexta-feira, podem sacar os benefícios os trabalhadores que nasceram nos meses de janeiro e fevereiro. Pessoas nascidas em março, abril e maio poderão sacar em abril.
Quem faz aniversário em junho, julho e agosto, poderá sacar em maio. Nascidos em setembro, outubro e novembro poderão fazer o saque em junho. Em julho, deverão sacar os nascidos em dezembro.

A Caixa ressalta que não é preciso uma "corrida às agências", pois o resgate pode ser feito até o mês de julho, quando se encerra o calendário para todos os aniversariantes do ano.
Calendário de sques do FGTS inativo (Foto: G1)Calendário de sques do FGTS inativo (Foto: G1)
Regras
Têm direito ao saque os trabalhadores que foram dispensados por justa causa ou pediram demissão até 31 de dezembro de 2015.

Saiba como consultar o saldo inativo das contas do fundo de garantia.

Antes, os valores das contas inativas só podiam ser sacados por quem estivesse desempregado por, no mínimo, três anos ininterruptos. Agora, quem está atualmente empregado passa a poder sacar o valor de uma conta inativa, desde que o afastamento do emprego anterior tenha ocorrido até o fim de dezembro de 2015.
O trabalhador, no entanto, não pode sacar o FGTS de uma conta ativa, ou seja, depositado pelo empregador atual.
O gerente regional da Caixa Econômica Federal em Goiás, Jonatas Ferreira de Oliveira, explicou quais são dos documentos necessários para o saque. "Os trabalhadores devem ir até uma agência com a Carteira de Trabalho. Caso não possua, pode apresentar o termo de rescisão contratual", disse.
Segundo ele, todos os trabalhadores que foram demitidos ou pediram demissão até 31 de dezembro de 2015 terão direito ao saque. "Vale ressaltar que apenas nesses casos os trabalhadores serão enquadrados. Quem está encostado e recebe auxílio-doença, por exemplo, ainda tem o contrato considerado como vigente e não tem direito. Já quem foi demitido ou pediu para sair da empresa, esse sim vai receber", explicou.
Agência central da Caixa teve movimentação tranquila nesta segunda-feira, em Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)Agência central da Caixa teve movimentação tranquila nesta segunda, em Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)

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Time cigano, ajuda da Prefeitura e cota de 5 milhões na Série B: como é o time que contratou o goleiro Bruno

Bruno Goleiro Boa Esporte 10/03/2017© Divulgação Bruno Goleiro Boa Esporte 10/03/2017

Duas semanas após sair da prisão, o goleiro Bruno já conseguiu um emprego. A contratação do atleta pelo Boa Esporte causou polêmica e muita gente se revoltou com os dois anos de contrato oferecidos pelo clube. O time da pequena Varginha-MG pode não ser tão conhecido, mas também tem sua dose de controvérsias.
Por dinheiro, a equipe já mudou de cidade e até de nome. Sua primeira aparição profissional foi em 1998, quando ainda se chamava Ituiutaba Futebol Clube e estava sediado na cidade de mesmo nome. A equipe chegou a disputar a 1ª divisão do Campeonato Mineiro e a Série C nacional.
Em 2011, porém, o clube deixou a região do triângulo mineiro e se mudou para o sul do estado, quando reuniões entre diretoria e a prefeitura de Varginha selaram o acordo.
O Ituiutaba virou Boa Esporte Clube, nome relacionado ao apelido do time, que havia sido fundado em 1947 como Boa Vontade Esporte Clube.
E a verba envolvida no acordo é pública: a lei 5.669 de 2013 define que a cidade de Varginha poderia apoiar financeiramente o clube com até R$ 24,5 mil por mês. Com a correção anual pela inflação, o valor máximo de contribuição mensal no ano de 2017 está na casa dos R$ 32 mil.
O apoio financeiro divide opiniões na cidade e é fornecido com várias ações. A prefeitura disponibiliza o estádio e o campo de treinamento, pagando as contas de água, luz e manutenção. Além disso, oferece profissionais da área da saúde, como médicos, fisioterapeutas e dentistas, também pagando pelos exames.
O alojamento dos atletas também fica por conta da cidade, assim como o transporte dos jogadores e da comissão técnica. Desde 2016, a prefeitura também disponibiliza transporte para membros de torcida organizada comparecerem aos jogos fora de casa.
Em pleno Brinco de Ouro, Boa Esporte foi campeão da Série C em 2016© Luciano Claudino/Gazeta Press Em pleno Brinco de Ouro, Boa Esporte foi campeão da Série C em 2016
E o que a cidade ganha com esse acordo? Um time para torcer. O Boa Esporte é uma das poucas equipes profissionais de futebol da região - e a de mais sucesso. O sul de Minas Gerais conta com outros dois clubes profissionais: o Tricordiano, de Três Corações, e a Caldense, de Poços de Caldas.
Para Gian, caso Bruno é questão de Justiça e código penal: 'Não me interessa como atleta'
Além de divulgar o nome de Varginha, o Boa Esporte também tem a função de trabalhar o esporte com crianças e adolescentes na comunidade.
A chegada do goleiro Bruno traz mais visibilidade e foi auxiliada pela cota de TV que o clube passará a receber em 2017: R$ 5 milhões. O Boa Esporte conseguiu o acesso à Série B após ser campeão da terceira divisão nacional em 2016, batendo o Guarani-SP na final, e agora terá renda pela comercialização dos direitos de transmissão de suas partidas.

domingo, 12 de março de 2017

Filha de Adriana Bombom e Dudu Nobre é internada às pressas no Rio

Filha de Adriana Bombom e Dudu Nobre é internada às pressas no Rio© Reprodução Filha de Adriana Bombom e Dudu Nobre é internada às pressas no Rio

Uma das filhas de Adriana Bombom e Dudu Nobre, Olívia, foi internada às pressas no início deste semana após desmaiar duas vezes durante um treino de crossfit.
De acordo com o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, a adolescente de 14 anos está no Hospital Barra D'Or, na Zona Oeste do Rio.
"Levamos ela para o hospital. Fizeram uma série de exames. Ela está com muita falta de ar e pode ser uma arritmia no coração", disse Bombom em entrevista à coluna.
A jovem teria reclamado a amigos sobre a ausência do pai durante a internação. Eles afirmam que o sambista só foi uma vez ao hospital durante a semana.
Ainda segundo Leo Dias, Olívia deve receber alta nesta sexta (10). Por enquanto, ela permanece num quarto, monitorado por aparelhos.

“Na Venezuela não há comida, no Brasil sim”: a fuga da fome na fronteira do norte

Indígenas venezuelanos no abrigo improvisado em Boa Vista.© Leonardo Costa Indígenas venezuelanos no abrigo improvisado em Boa Vista.

Esse pequeno grupo de indígenas forma parte de um fluxo de imigrantes venezuelanos, que também é feito de não indígenas, que atravessam a fronteira em busca de alimentos, empregos e melhores condições de vida no Brasil. Muitos não querem mais voltar ao país de origem. A maioria chega pelo pequeno município de Pacaraima, com 16.000 habitantes, e depois seguem para a capital Boa Vista. Entre os indígenas, o movimento, na maioria dos casos, implica em ir para as cidades, receber doações, ganhar dinheiro com o artesanato e a mendicância, e depois voltar para sua comunidade. Já os não indígenas buscam se regularizar no Brasil, trabalhar e começar uma nova vida longe da escassez da Venezuela.
Ambos os casos têm em comum a fuga da fome. “Na Venezuela, com um salário você consegue comer por apenas três dias”, disse Freiomar Viana, 41. “Se você tem família, como vai fazer para comer?”. Há um ano, ele trouxe a família de Caracas para o Brasil e hoje trabalha em uma lanchonete em Boa Vista.
Desde o ano passado, a cidade de Pacaraima, acostumada ao fluxo de venezuelanos que vão até lá para comprar alimentos e produtos de necessidades básicas, viu sua rotina mudar. Os habitantes do país vizinho passaram a cruzar a fronteira não somente para fazer compras, mas para tentar permanecer no ali. Segundo a Defesa Civil, em agosto, um dos meses mais críticos, havia 177 venezuelanos vivendo nas ruas da cidade em situação precária. Em dezembro, a cidade decretou emergência na saúde pública
A crise econômica e política da Venezuela é a grande responsável por esse êxodo. A socióloga e professora de estudos sobre fronteiras da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Francilene Rodrigues, explica que, historicamente, a Venezuela é um país que recebe imigrantes e não o contrário. Mas foi no início da gestão de Hugo Chávez (1999-2013) que o movimento imigratório também começou, primeiramente encabeçado pela classe média, que passou a deixar o país rumo aos Estados Unidos e à Espanha, principalmente. Depois, os mais pobres passaram a seguir o mesmo caminho. “Esse processo aumenta a partir de 2010”, diz. “O alto custo de vida na Venezuela, atrelado à queda no preço do petróleo causou um baque na economia de lá”.
Para María Pérez, indígena warao, a morte do ex-presidente Hugo Chávez, em 2013, foi um marco econômico. “Depois da morte de Chávez, acabou a comida e chegou a crise”, contou. “Não há nada para comprar, e quando há, é muito caro”. Segundo a professora Francilene Rodrigues, a maioria dos imigrantes venezuelanos é feita de jovens em idade produtiva, além dos indígenas, que chegam com as famílias inteiras. Os dois grupos fazem um movimento migratório que é, em sua essência, por uma distância pequena de onde vivem. “Os venezuelanos têm um orgulho muito grande da sua nação”, diz. “O fato de estarem em um lugar muito próximo com a fronteira dá a eles a oportunidade de voltar para a Venezuela a qualquer momento”.
A fala da professora Marjorie González, 41, deixa claro esse orgulho venezuelano. “Estou a somente 24 horas do meu país”, disse. “Eu amo meu país. Mas, ainda assim, é melhor estar aqui no Brasil, porque tenho mais tranquilidade”. De Caracas, ela veio para Boa Vista depois que ladrões invadiram sua casa e levaram quase tudo. “Colocamos as mãos na cabeça e pensamos ‘o que vamos fazer agora?”, indagou. Veio com o marido e a filha, de seis anos, que, por não ter documentos ainda, está sem estudar. Ainda assim, não quer voltar tão cedo para a Venezuela. “A culpa por nosso país estar assim é nossa", afirmou. "Nós permitimos que fizessem o que quisessem com o nosso país. Os valores acabaram”.
Marjorie vende no Brasil roupas e perfumaria comprados na Venezuela. Está esperando a resposta do seu pedido de refúgio, que é uma forma de se estar regular no país. Esse pedido é válido para pessoas que sofrem perseguições políticas ou vivem situações de ameaças, mas, ao menos até o momento, a situação econômica de um país não se configura ameaça diante da lei brasileira. Portanto, não é possível saber se o pedido de Marjorie será aceito pelas autoridades brasileiras. Em 2014, nove venezuelanos fizeram o pedido de refúgio no Brasil. Em 2015, esse número subiu para 234. Já no ano passado, foram 2.230. Neste ano, até a última quarta-feira, esse número já chegava a 1.035.

Missão Roraima

A capital de Roraima viveu o auge dessa chegada de imigrantes venezuelanos no final do ano passado. Como os indígenas chegam e se instalam em terrenos, calçadas e praças, e praticam a mendicância como parte da cultura de subsistência, Boa Vista acabou tomada por pessoas nas ruas. A iniciativa do município foi então tentar realizar uma deportação em massa, planejando levá-los de ônibus até a fronteira. Mas a legislação brasileira proíbe a deportação em massa e a Defensoria Pública entrou rapidamente com um pedido de liminar suspendendo a deportação. O Ministério Público estadual entrou então com uma ação pedindo o abrigo das crianças indígenas que ficavam nas ruas, mas o juiz entendeu que era preciso abriga-las junto às suas famílias. Por isso, desde o final do ano, muitos indígenas e não indígenas estão abrigados em um ginásio na periferia de Boa Vista.
O local foi batizado de centro de referência ao imigrante, mas está com as instalações precárias, fossas abertas, as pessoas dormem no chão e os alimentos que chegam são de doações. A população do abrigo varia diariamente. No dia em que a reportagem esteve ali, a Fraternidade, que toma conta do local, contabilizava 193 pessoas, sendo 57 não indígenas e o restante, indígenas warao. Mas esse número chegou a quase 300.
Diante do impasse, o Ministério Público Federal decidiu intervir in locuo. Na última semana, realizou uma missão até Roraima para fiscalizar a situação desses imigrantes e propor possíveis medidas para que a situação fosse contornada. A missão de três dias contou com representantes do MPF, da Casa Civil, de organizações nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos e dos imigrantes, como agências da ONU, antropólogos e membros da Polícia Federal. O EL PAÍS acompanhou os três dias da missão, que contou com a visita ao abrigo, à cidade de Pacaraima e instalações como o hospital de lá, e, no terceiro dia, realizou uma audiência pública para debater ações com os imigrantes.
Ao longo da missão encabeçada pelo MPF, houve também uma reunião agendada com a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), que não apareceu. Enviou cinco secretários e foi representada pela procuradora do município, Marcela Medeiros. O discurso, porém, foi um só: a cidade não tem condições financeiras para absorver os imigrantes. “Não temos condições financeiras de assumir a responsabilidade dessas pessoas”, disse a procuradora Marcela Medeiros. As reclamações por parte do município, porém, foram as mais variadas: desde o problema da falta de documentação dos imigrantes, o que impede, por exemplo, que as crianças sejam registradas pelo Governo, e, logo, não entram na contabilidade na hora de distribuir verbas para a educação, até ao problema no trânsito que os imigrantes causam ao pedir dinheiro nos sinais, segundo apontou o secretário de Transportes.
O poder público também afirma que a criminalidade aumentou com a chegada dos venezuelanos às cidades brasileiras. Mas não há dados que associam diretamente os imigrantes à criminalidade. “A Polícia Federal Esteve aqui nos meses de setembro e outubro e produziu um relatório onde afirma categoricamente que não há evidências de que a presença do imigrante venezuelano tenha aumentado a criminalidade no Estado de Roraima.”, disse João Akira Omoto, procurador federal dos direitos do cidadão adjunto, que encabeçou a missão do MPF.
Outra reunião da missão foi agendada com a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), que recebeu parte da delegação, mas a reportagem não pôde participar da conversa. Após a reunião, ela concedeu uma breve entrevista, e afirmou que “não sabe” o que fazer com a situação dos imigrantes no Estado. Assim como no âmbito municipal, o Governo estadual também reclamou da falta de condições financeiras para receber os imigrantes. "O Estado está sozinho nesta demanda grande", disse a governadora. "O Governo Federal precisa chegar até nós para nos ajudar".

domingo, 5 de março de 2017

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