Greve geral na sexta-feira, 28, protestou contra reformas das leis do trabalho e da Previdência. Considerando 29 manifestações nacionais desde 2015, apenas os atos contra Dilma em 13 de março de 2016 contaram com mais municípios: 337.
A greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária nesta sexta (28) teve manifestações registradas em ao menos 254 cidades, segundo levantamento do G1. Trata-se do segundo maior número de municípios envolvidos em uma manifestação desde 2015. No período, foram registrados pelo G1 29 protestos nacionais. VEJA OS MAPAS DAS MANIFESTAÇÕES
Só em um desses protestos houve mais cidades envolvidas: no ato contra a presidente Dilma, contra o ex-presidente Lula e contra o PT em 13 de março de 2016. Na ocasião, 337 cidades registraram protestos de rua.
Um outro protesto também teve um número de cidades similar ao registrado agora: o de 15 de março de 2015, também contra o governo de Dilma Rousseff. Foram 252 cidades com mobilização à época.
Outros dois protestos contra a ex-presidente, alvo de um impeachment em agosto do ano passado, tiveram mais de 200 cidades participantes: em 12 de abril de 2015 (224) e em 16 de agosto de 2015 (205).
Nesta sexta (28), todos os estados e o DF fizeram paralisações, que foram organizadas por sindicatos e reuniram diversas categorias. Foi o maior protesto contra o governo Temer, que já havia sido alvo de outros sete protestos pelo país desde a posse.
Número de participantes
Apesar do grande número de cidades, o número de participantes (segundo a PM e os organizadores) fica atrás de outras manifestações realizadas no período.
Se forem levadas em conta as estimativas dos organizadores, por exemplo, os atos desta sexta reuniram o 5º maior contingente de pessoas dentre os 29 protestos: 1,3 milhão (número igual ao dos protestos contra Dilma em 15 de março de 2015 e em 17 de abril de 2016).
Outros quatro protestos contaram com mais gente, sendo o do dia 13 de março de 2016 o recordista: 6,9 milhões, de acordo com os organizadores dos atos.
Se for levada em conta a projeção das autoridades, o protesto desta sexta fica apenas em 10º lugar, com 97 mil pessoas. Uma ponderação a fazer é que a polícia tem se eximido de fazer a contagem em vários locais, especialmente em grandes cidades, como Rio e São Paulo – o que prejudica a comparação.