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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Família de noiva que morreu em helicóptero tinha plano para levá-la de carro a festa

Esse era o "plano B" caso céu estivesse encoberto. Jovem, porém, acabou decolando em aeronave que caiu perto do local da festa, em meio à neblina.

Especialista aponta falhas que levaram a queda do helicóptero com noiva a bordo
A vendedora Helaine Aparecida Alves Silva ainda lembra do dia 4 de dezembro de 2016, em que casaria a cunhada Rosemeire Silva, de 32 anos. Foi Helaine quem fez grande parte dos preparativos para a festa, inclusive a contratação do voo de helicóptero que levaria Rosemeire para o local da celebração, um buffet na Grande São Paulo. A aeronave caiumatando os quatro ocupantes. “Era para ser um casamento que, de uma forma inesperada, virou um funeral”, disse ao G1.
Um vídeo que mostra o voo desde o início até a queda e foi achado por um irmão da noiva, quatro dias após o acidente, está sendo usado nas investigações da Polícia Civil e da Aeronáutica. As imagens foram registradas por uma câmera levada pela fotógrafa do casamento, que também morreu no acidente.
Os vídeos desta reportagem contêm trechos do acidente. ATENÇÃO: as imagens são fortes.
Helaine conta que a família tinha um “plano B” para caso o voo não pudesse ser realizado devido a problemas no tempo naquele dia. Um carro levaria a noiva ao local do casamento. Segundo a cunhada, a empresa Voenext, que intermediou a realização do percurso aéreo para o casamento, havia informado que, se o tempo estivesse encoberto e sem sol, a aeronave não decolaria.
“Eles inclusive me ligaram no dia anterior, informando que a previsão é que o tempo poderia mudar, e que éramos para ter um plano B caso não pudesse decolar por tempo ruim. E nós tínhamos. Ela iria de carro”, relembra Helaine.
O buffet de festas Recanto Beija-Flor, alugado pela família em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, fica a dois quilômetros de onde a aeronave acabou caindo. Além da noiva, morreram no acidente também o marido de Helaine e irmão de Rosemeire, Silvano Nascimento da Silva, a fotógrafa Nayla Cristina Neves Lousada, contratada pela família para registrar o momento, e o piloto, Peterson Pinheiro.
A aeronave decolou na base aérea da empresa proprietária do helicóptero em Osasco, por volta das 16h. O voo duraria 25 minutos e foi praticamente este o período até a queda.
Helaine afirma que está passando por um processo desgastante e que sente um descaso grande à morte dos quatro ocupantes do helicóptero. “Meu marido era uma pessoa centrada, correta e muito prudente. Se ele percebesse que este voo tinha algum risco de não chegar, seja por causa do tempo ou qualquer outro motivo, ele não iria forçar a realização do voo por helicóptero, ele era muito responsável”, diz Helaine.
Para evitar que o futuro marido descobrisse da surpresa - já que o noivo Udirley Damasceno não tinha conhecimento de que Rosemeire chegaria voando ao local do casamento - Helaine é que fazia os arranjes. A cunhada de Rosemeire tinha, inclusive, arrumado a mala de lua de mel da noiva. Os noivos namoraram por um ano e dois meses, segundo a cunhada, e estavam havia algum tempo guardando recursos para a festa.
Câmera dentro de helicóptero que levava noiva registra acidente em SP

Perda

Segundo ela, o filho de 7 anos que tem com Silvano ainda pede todos os dias pelo pai. “Eram 13 anos de casamento, de convivência. Não se supera, é um dia por vez. O meu filho ainda pede pelo pai, pergunta, ele não se recuperou. Tem noites que chora”, afirma.
Helaine lembra que Rosemeire teve a ideia inicial de chegar voando ao casamento quando, em visita ao local onde a festa seria celebrada, viu uma foto de uma noiva junto ao helicóptero. Depois que chegou em casa, comentou com a cunhada e com o irmão que pretendia chegar ao seu casamento assim. A primeira opção da noiva era levar o irmão e o sobrinho de 7 anos em sua companhia no helicóptero. Mas ela mudou de ideia um mês antes da celebração, optando por levar a fotógrafa Nayla.
“Rose sempre chegava atrasada nos lugares. Chamávamos ela até de ‘dinha’, em referência a ‘atrasadinha’. Todo mundo comentava que ela iria chegar atrasada ao próprio casamento e eu dizia que não, ela não iria chegar atrasada, porque sabia que ela iria vir de helicóptero. O Silvano inclusive me ligou quando estavam decolando em Osasco, me disse para dar andamento ao casamento, que iriam chegar no horário”, lamenta Helaine.
A cunhada lembra que a noiva estava muito feliz com a decisão de chegar ao casamento de helicóptero. “Ela me dizia assim: ‘na segunda-feira, todo mundo vai estar dizendo que sou rica’”, diz, referindo-se aos cerca de 250 convidados que aguardavam no buffet em São Lourenço da Serra.
Helaine afirma que

Investigação

Neblina e nuvens fortes encobrindo a visibilidade do piloto são alguns dos fatores que estão sendo analisados pelas investigações da Polícia Civil de São Lourenço da Serra e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre as possíveis causas da tragédia. O vídeo sobre o acidente mostra a mudança brusca de tempo nos cinco minutos finais do voo e erros do piloto na condução da aeronave, segundo um especialista independente ouvido pela reportagem.
Para Helaine, o piloto foi “imprudente em seguir o voo” com o tempo fechado.
O vídeo mostra Nayla sentada ao lado do piloto do helicóptero Robinson 44, prefixo PR-TUN, e foi fixada, durante o voo de pouco mais de 25 minutos, à sua frente, virada para a noiva e seu irmão. Os dois estavam sentados nos bancos traseiros do helicóptero. Nayla estava grávida de 6 meses e tinha também duas filhas.
Nos 5 minutos finais de voo, quando o piloto Peterson Pinheiro começa a ter dificuldades de controlar a aeronave, realizando manobras, Nayla vira com frequência o equipamento, mostrando o painel de navegação. As imagens retratam ainda o cenário de neblina forte e pouca visibilidade do ambiente externo.
O advogado da família de Rosemeire e Silvano, Fernando Reis, afirma que as imagens mostram erros do piloto e comprovam a responsabilidade das empresas pela queda, já que Peterson Pinheiro era funcionário da HCS. “As imagens mostram o desespero dos passageiros e o erro crasso do piloto. Ele não tinha ideia do que estava fazendo”, aponta o advogado das famílias, Fernando Henrique dos Reis, em relação às manobras realizadas por Pinheiro nos momentos que antecedente a queda.
A defesa dos familiares da noiva e de seu irmão pretende ingressar com um processo na Justiça pedindo indenização por danos morais e materiais contra as empresas envolvidas no acidente. “Iremos pontuar no processo que a empresa Voenext funciona apenas como intermediadora e não tem autorização para fazer voos de translados e de táxi aéreo, assim como a HCS, pois o helicóptero era registrado para uso privado. Isso só agrava mais a responsabilidade das empresas, que não poderiam efetuar este tipo de serviço”, salientou.

Empresas

Procurada pelo G1, a empresa proprietária do helicóptero, a HCS, informou que não iria se manifestar sobre a investigação. Já a companhia que intermediou o voo, a Voenext, disse que não cabe a ela analisar questões técnicas, que mostrou solidariedade e se colocou à disposição da famílias.
Tanto a empresa dona do helicóptero quanto a que intermediou o voo são investigadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que a aeronave estava registrada apenas para serviço aéreo privado e não poderia ser utilizada para táxi-aéreo ou serviço remunerado.

Mãe de bebê baleado no útero recebe alta e diz que gostaria de 'tocar' o filho

Claudinéia recebeu alta no fim da manhã desta quinta e deixou o hospital Moacir do Carmo por volta das 12h45. Bebê permanece internado em estado gravíssimo.

Mãe de bebê atingido por uma bala perdida no útero recebe alta do hospital em Caxias
Claudinéia dos Santos Melo, a mulher baleada com o filho ainda no útero, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu alta médica no fim da manhã desta quinta-feira (6). Por volta das 12h45, ela deixou o Hospital Moacir do Carmo, acompanhada de familiares.
O bebê Artur permanece internado em estado gravíssimo no hospital Adão Pereira Nunes, o hospital de Saracuruna, em Caxias. "Não consigo nem explicar", disse Claudinéia sobre a situação do filho recém-nascido. Questionada sobre o que mais queria fazer, respondeu: "Tocá-lo".
A mulher estava grávida de nove meses quando foi atingida por uma bala perdida na Favela do Lixão. A criança nasceu após uma cesariana de emergência.
O disparo, que deixou o bebê paraplégico, também arrancou um pedaço da orelha dele e criou um coágulo na cabeça. O tiro atravessou o quadril da mãe e atingiu a criança - perfurando os pulmões e provocando uma lesão na coluna. O bebê, no entanto, pode recuperar os movimentos.
Bebê baleado ainda dentro da barriga da mãe, em Caxias (Foto: Reprodução TV Globo) 
Claudinéia deixou o hospital por volta das 12h40 desta quinta (Foto: Gabriel Barreira / G1)
"Não temos como medir a capacidade de evolução desta criança no momento. Devemos agora manter o suporte à vida e aguardar. Quanto à paraplegia, é um quadro que pode até se reverter, caso não haja lesão medular", explicou o neurologista Eduardo França.
"Nesse momento, trata-se de uma criança muito grave, com ventilação mecânica, o que tem que fazer é o suporte à vida. A gente não pode mensurar a capacidade de uma criança em evoluir", acrescentou o médico.


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