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quinta-feira, 8 de março de 2018

Monitor da Violência: seis meses depois, apenas um caso de assassinato de mulher foi julgado

Novo levantamento feito pelo G1 mostra que só 1 dos 126 casos de mortes violentas de mulheres de 21 a 27 de agosto no país foi a julgamento; outros 32 viraram processo. Quase a metade (54) continua com investigações em andamento. G1 faz programa ao vivo às 14h desta quinta para debater a violência contra a mulher.

Por Clara Velasco, Gabriela Caesar e Thiago Reis, G1
 
Seis meses depois, apenas um caso de mulher morta de forma violenta de 21 a 27 de agosto do ano passado no Brasil foi a julgamento. É o que mostra um novo levantamento feito pelo G1 tendo como base as 126 mortes de mulheres registradas durante uma semana no país.
Monitor da Violência: 6 meses depois, apenas 1 caso de assassinato de mulher foi julgado
Do total de casos de mulheres mortas, 32 (ou seja, 1/4) viraram processos na Justiça, com os acusados respondendo pelo crime. Quase a metade (54), porém, ainda está com a investigação em andamento.
G1 publica nesta quarta e nesta quinta-feira um material especial sobre violência contra a mulher dentro do Monitor da Violência, uma parceria do portal com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Neste projeto do Monitor da Violência foram registrados todos os casos de homicídio, latrocínio, feminicídio, morte por intervenção policial e suicídio ocorridos de 21 a 27 de agosto no Brasil. Ao todo, foram contabilizadas 1.195 vítimas (destas, 1.069 são homens).
Mais de 230 jornalistas espalhados pelo país apuraram e escreveram as histórias das vítimas. Agora, acompanham o andamento dos casos de mulheres.
METODOLOGIA: Monitor da Violência
O novo levantamento revela que:
  • apenas 1 dos casos com uma vítima mulher foi a julgamento
  • 1/4 dos casos virou processo na Justiça: 32
  • 54 casos ainda estão em andamento, sob investigação da polícia, o que representa 43% do total
  • em 47 casos, a autoria ainda é desconhecida
  • após as investigações, os casos de feminicídio pularam de 9 para 21
  • houve prisões em 34 dos casos
  • 25 casos foram considerados suicídios
Para Giane Silvestre e Ariadne Natal, pesquisadoras do NEV-USP, nas mortes de autoria desconhecida (quando não há flagrante, testemunhas ou evidências óbvias), o ritmo lento das investigações e a falta de prioridade dificultam a elucidação dos crimes.
 (Foto: Alexandre Mauro/G1) (Foto: Alexandre Mauro/G1)
(Foto: Alexandre Mauro/G1)
O único caso julgado é o de Tamires Paula de Almeida, de 14 anos. A adolescente foi morta a facadas por um jovem de 13 anos, que estudava na mesma escola de Tamires, em 23 de agosto de 2017. Eles moravam no mesmo prédio, no setor Jardim América, em Goiânia. O adolescente confessou o crime no mesmo dia.
Em 24 de agosto, o Ministério Público ouviu o jovem e pediu sua internação provisória. Na ocasião, a mãe do garoto também depôs e disse que "teve uma apagão" ao ver Tamires morta. Ela afirmou ainda que acreditava que o filho tinha de "pagar pelo que fez".
Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, o jovem disse que pretendia matar outras duas jovens da mesma escola. “Segundo ele, simplesmente por ser mulher, por ser mais frágil, por ser mais vulnerável”, conta o delegado. O jovem, porém, desistiu do plano e procurou o coordenador da instituição, a quem contou ter cometido o crime.
“Houve a utilização de arma branca, desconfiguração do osso e do corpo da vítima, o que demonstra uma relação de menosprezo, uma relação de ódio do autor em relação à vítima. Nós entendemos por esse conjunto probatório que o adolescente praticou um ato infracional assemelhado ao crime de feminicídio”, afirma Gonzaga Júnior.
Em 21 de setembro, houve uma nova audiência, desta vez de continuação, no Juizado da Infância e do Juventude, em Goiânia. Na ocasião, foram ouvidas testemunhas e apresentadas provas. O jovem de 13 anos foi julgado como menor infrator e vai cumprir medidas socioeducativas equivalentes a 3 anos de internação, o prazo máximo.
Tamires Paula de Almeida foi morta a facadas na escadaria de prédio onde morava em Goiânia (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)Tamires Paula de Almeida foi morta a facadas na escadaria de prédio onde morava em Goiânia (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Tamires Paula de Almeida foi morta a facadas na escadaria de prédio onde morava em Goiânia (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Sem autoria

Segundo o levantamento, 47 das 126 mortes continuam sem autoria identificada. Ou seja, em 37% do total de casos ainda não foi apontado quem cometeu o crime. Se forem desconsiderados os suicídios, o percentual de crimes sem identificação sobe para 46,5%.
Das 126 mortes, apenas 34 resultaram em alguma prisão.
De acordo com o levantamento, são 25 casos de suicídios na semana. Parte desses inquéritos, porém, ainda está em andamento.
Os dados mostram ainda que 43% dos casos ainda estão em andamento, sem o oferecimento de uma denúncia pelo Ministério Público. Isto é, sem réus respondendo pelos crimes na Justiça.
As investigações da morte de Francisca da Costa Lobão Neta, de 30 anos, por exemplo, continuam sem novidade. O corpo dela foi encontrado dentro de um carro abandonado no bairro Água Vermelha, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. A vítima tinha marcas de tiro no olho direito e no tórax.
Até hoje, seis meses após o crime, o caso não foi solucionado. O inquérito que apura a morte ainda está em andamento e não indicou qualquer suspeito do crime. Segundo moradores da região, Francisca era moradora de rua e usuária de drogas. A polícia diz ter encontrado um cachimbo no short da vítima.
O delegado Sandro Moura, de Porto Velho (RO), afirma que a população tem receio de testemunhar ou passar informações para a polícia em muitos dos casos. Segundo ele, mesmo quando há algum vídeo do crime, há resistência em cederem o material para contribuir com a invesitgação. A apuração de crimes também é dificultada pelo baixo efetivo da polícia e pelo desvio de funções dos policiais, conta Moura.
"Isso causa uma dificuldade para a polícia atuar, pois a gente tem que convencer. A população hoje em dia, com aparelho smartphone, acaba filmando determinadas situações e não passa isso pra gente. Isso acaba sendo um pouco ruim. As pessoas podiam usar o Dique Denúncia para facilitar o trabalho da polícia. A segurança pública é responsabilidade de todos, não só do Estado."
Jovem é morta estrangulada e ex-noivo é preso em flagrante no ES
Entre os casos de repercussão concluídos está o de Gabriela Silva de Jesus, de 24 anos, no Espírito Santo. As investigações apontaram que, em 24 de agosto de 2017, a advogada foi assassinada pelo ex-noivo Rogério Costa e pelo motorista Alexandre Santos de Souza, amigo do ex.
A perícia identificou que a vítima tinha marcas de estrangulamento e havia sido morta por asfixia. A dupla ainda forjou um atropelamento e, em seguida, fugiu. Os parentes de Gabriela contaram que Rogério tinha um comportamento possessivo e que suas atitudes despertavam preocupação da família.
"Ela já tinha virado a página, não tinha mais contato com ele. Ele passou a ir à igreja, mas sabíamos que era uma farsa para se aproximar. O namoro deles teve muitas idas e vindas, era conturbado, a gente sabia que ele podia fazer alguma coisa a qualquer momento", relatou um parente que não quis se identificar, na época em que o crime aconteceu.
Em setembro de 2017, a polícia conseguiu um vídeo que mostra o momento em que Gabriela é abordada pelo ex-noivo e pelo amigo dele. A advogada caminhava em direção a um ponto de ônibus. O inquérito foi concluído naquele mês. Os dois suspeitos foram presos em flagrante e viraram réus no processo, mas ainda não foram julgados.
 (Foto: Betta Jaworski/G1) (Foto: Betta Jaworski/G1)
(Foto: Betta Jaworski/G1)

Segredo de Justiça

Dentre as 126 mortes de mulheres, há um caso que tramita em segredo de Justiça. É o de Camila Maria de Moura, assassinada com golpes de faca nas costas. O crime ocorreu em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, e foi enquadrado como homicídio com a qualificadora feminicídio.
Camila era uma adolescente de 16 anos e estava grávida de dois meses. O suspeito do crime tinha 15 anos e era um ex-namorado da irmã de Camila. Ele tinha envolvimento com drogas, segundo a polícia. O suspeito foi detido em flagrante e está em uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
O delegado Victor Leite, de Pernambuco, diz que, para identificar se a mulher foi vítima de feminicídio, a equipe precisa investigar a “vida pregressa” e descobrir o que a vítima fazia, com quem andava e onde trabalhava. Segundo ele, essas informações ajudam a identificar a “verdadeira motivação” por trás da morte.
“Com as primeiras informações da família, a gente já consegue identificar se foi feminicídio, ou seja, se a vítima morreu em decorrência de ser mulher, por acharem que a mulher era inferior. Ou se foi motivada por outra hipótese, por exemplo, se aquela mulher morreu por fazer parte de organização criminosa, ou pertencer a alguma quadrilha”, diz o delegado.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, de Minas Gerais, lembra que o objetivo da qualificadora é evitar que esses crimes caiam em uma “vala comum de homicídio simples”. Assim, diz o promotor, o réu não pode ser condenado a 6 anos, cumprir um ano da pena em regime semiaberto e ter a possibilidade de progressão para o regime aberto.
“Com a qualificadora, nós temos um salto da pena que, inicialmente, seria de 6 a 20 anos para 12 a 30 anos. E mais: o cumprimento dela, inicialmente, em regime fechado, inevitavelmente em regime fechado, e com possibilidade de progressão não em 1/6, mas sim em 1/5 de cumprimento”, diz Wagner.
Em seis meses do Monitor da Violência, o número de casos de feminicídio pulou de 9 para 21 após as investigações.
Um levantamento feito pelo G1, publicado nesta quarta-feira (7), mostra que 946 mulheres morreram por crimes de ódio motivados pela condição de gênero em 2017. A Lei do Feminicídio entrou em vigor há três anos e ainda enfrenta falta de padronização e transparência. Três estados informaram que não contabilizam os números de feminicídio.
Ainda em 2017, foram registrados 4.473 homicídios dolosos contra mulheres – 6,5% a mais que em 2016. Naquele ano, ocorreram 4.201 homicídios dolosos contra mulheres. Os dados do levantamento foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Participaram desta etapa do projeto:
Coordenação: Athos Sampaio e Thiago Reis
Edição: Cida Alves, Clara Velasco, Débora Melo, Elida Oliveira, Felipe Grandin, Gabriela Caesar, Megui Donadoni, Ricardo Gallo e Vitor Sorano (Conteúdo), Rodrigo Cunha (Infografia) e Fabíola Glenia (Vídeo)
Produção:
Aline Nascimento e Janine Brasil (G1 AC)
Andrea Resende e Cau Rodrigues (G1 AL)
Adneison Severiano, Andrezza Lifitch e Leandro Tapajós (G1 AM)
Henrique Mendes (G1 BA)
Cinthia Freitas, Denise Hemily e Marília Cordeiro (G1 CE)
Manoela Albuquerque e Viviane Machado (G1 ES)
Sílvio Túlio e Elisângela Nascimento (G1 GO)
Rafaelle Fróes (G1 MA)
Raquel Freitas e Flávia Cristini (G1 MG)
Juliana Peixoto (G1 Grande Minas)
Zana Ferreira (G1 Vales de Minas)
Lislaine dos Anjos e Pollyana Araújo (G1 MT)
Nadyenka Castro (G1 MS)
Taymã Carneiro e Jorge Sauma (G1 PA)
André Resende, Clara Rezende e Krystine Carneiro (G1 PB)
Bruno Marinho, Marina Meireles e Pedro Alves (G1 PE)
Joalline Nascimento (G1 Caruaru e Região)
Amanda Lima e Emerson Rocha (G1 Petrolina e Região)
Carlos Rocha, Jaqueliny Siqueira e Maria Romero (G1 PI)
Leticia Paris e Aline Pavaneli (G1 PR)
Felipe Grandin e Henrique Coelho (G1 Rio)
Isabel Sodré, Renan Tolentino, Lara Gilly e Rianne Netto (G1 Sul do Rio e Costa Verde)
Ariane Marques, Franklin Vogas e Amaro Mota (G1 Serra, Lagos e Norte)
Anderson Barbosa (G1 RN)
Eliete Marques, Hosana Morais, Jeferson Carlos e Rinaldo Moreira (G1 RO)
Cátia Chagas, Daniel Favero, Janaína Lopes, Luã Hernandez e Rafaella Fraga (G1 RS)
Joana Caldas (G1 SC)
Glauco Araújo e Kleber Tomaz (G1 SP)
Mariana Bonora (G1 Bauru e Marília)
Paola Patriarca (G1 Itapetininga e Região)
Rodolfo Tiengo (G1 Ribeirão e Franca)
Marcos Lavezo e Heloísa Cassonato (G1 Rio Preto e Araçatuba)
Ana Marin e Fernando Bertolini (G1 São Carlos e Araraquara)
Carlos Dias (G1 Sorocaba e Jundiaí)
Alexandre Lopes e Andressa Barboza (G1 Santos)
Vídeo: Beatriz Souza e Eduardo Palácio
Design: Alexandre Mauro, Roberta Jaworski e Igor Estrella

Dia Internacional da Mulher - 8 de março 2018

PARABÉNS MENINAS.

frases dia internacional da mulher

No dia 8 de março comemoramos o dia internacional da mulher, uma data que deve ser comemorada devido as grandes conquistas que as mulheres conseguiram ao longo dos séculos e o mais importante, suas grandes capacidades de se igualarem e serem superiores aos homens. Uma frase para o dia da mulher pode expressar seus sentimentos, suas emoções, seu carinho por uma colega de trabalho, uma amiga, uma namorada, a mãe, a avó.
Neste dia da mulher 8 de março faça uma linda homenagem, compartilhe nas redes sociais, Facebook, Google Plus e Twitter.
MOSTRE QUE VOCÊ É HOMEM, DEMOSTRE QUE VOCÊ AMA.


História do Dia Internacional da Mulher

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8 de março: Dia Internacional da mulher
8 de março: Dia Internacional da mulher

História do 8 de março

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.

No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.


Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.

- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

Você sabia?

- No Brasil, comemoramos em 30 de abril o Dia Nacional da Mulher.

- Hattie Mcdaniel foi a primeira atriz negra a ganhar uma estatueta do Oscar. O prêmio, recebido em 1940, foi pelo reconhecimento de sua ótima atuação como atriz coadjuvante no filme " E o vento levou ...".

quarta-feira, 7 de março de 2018

“Não confunda direitos humanos com defesa de bandido”, alerta Ezequiel Teixeira

Deputado acredita que deveria ter ocorrido uma interferência geral no governo do Rio de Janeiro


"Não confunda direitos humanos com defesa de bandido"
Na noite desta terça-feira (06), foi instalada na Câmara dos Deputados a Comissão Externa que irá acompanhar a execução e os desdobramentos da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Membro titular da Comissão, o deputado federal Ezequiel Teixeira (Podemos/RJ) disse no Plenário da Câmara que está atento aos anseios dos moradores da cidade: “A população pede não somente urgência, mas eficiência nas ações. Considero bendita essa intervenção, apesar de branda, mas aguardávamos muito por isso. No entanto, não podemos aceitar que seja usada como cortina de fumaça ou que continuem a enxugar gelo. É necessário inteligência para combater no foco o problema”.
Para o parlamentar, está claro que o povo do Rio de Janeiro “não aguenta mais tanta violência e tanto descaso do poder público”. Acredita que agora, com a comissão instalada será possível construir propostas para se encontrar uma solução efetiva.
“Vamos trabalhar para isso,” garante o deputado. Ele lembrou a todos que desde o início do seu mandato tem abordado no seu trabalho como deputado questões sobre a segurança pública do Rio, principalmente em relação aos altos investimentos e as vultosas quantias que foram destinadas à segurança pública do Rio de Janeiro.
“Infelizmente, o Rio de Janeiro foi cruelmente massacrado por governos corruptos que durante anos surrupiou o nosso Estado. A meu ver, a  intervenção federal foi bem-vinda, mas ainda considero que foi branda. Pra mim, deveria ter sido uma intervenção geral para tirar de uma vez por todas esse governo desgovernado e corrupto que ainda comanda o nosso Rio de Janeiro,” criticou Teixeira.
Posteriormente, durante a primeira reunião da Comissão, ele ouviu alguns parlamentares, de partidos de esquerda,  fazendo objeções ao trabalho dos militares e criticando a intervenção. Por isso, o deputado fez um protesto: “Não confunda direitos humanos com defesa de bandido”.
O deputado Ezequiel possui larga experiência nessa temática, pois além de secretário de Direitos Humanos do Governo do Rio de Janeiro, integrou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Sua postura, garante, é clara: “Sou a favor de direitos humanos para humanos direitos”.
Veja como foi a manifestação dele no Plenário

Entenda por que há uma guerra na Síria

Conflito começou em 2011 e envolve interesses de várias potências mundiais


Síria, uma guerra de interesses
Embora a guerra na Síria esteja ocorrendo desde 2011, só passou a receber uma cobertura mais ampla da mídia agora, que a UNICEF fez denúncias sobre o massacre de crianças, que já deixou cerca de mil delas mortas desde o início do ano.
Um dos motivos pelos quais ela era amplamente ignorada ou subreportada tem a ver com a questão religiosa. A maioria das milícias que lutam contra o governo sírio são islâmicas e recebem apoio de diferentes países muçulmanos, que as sustentam e armam.
O presidente Bashar al-Assad sucedeu seu pai, Hafez, em 2000. Considerado mais fraco politicamente e com o país com um alto nível de desemprego, denúncias de corrupção em larga escala e falta de liberdade política, começaram a surgir movimentos rebeldes, fortemente reprimidos por governo em Damasco.

Primavera Árabe

Nessa mesma época começavam os movimentos pedindo mais liberdade no Oriente Médio, a chamada Primavera Árabe – manifestações populares que derrubaram governos na Líbia e no Egito.
A diferença é que na Síria, Assad ordenou que as forças de segurança abrissem fogo contra os ativistas – matando vários deles. As tensões se elevaram, mais gente saiu às ruas e a violência escalonou. Em julho de 2011, centenas de milhares ocupavam as ruas em todo o país, exigindo a saída do presidente, considerado um ditador.
Os grupos antigoverno começaram a pegar em armas, primeiramente no interior do país. Assad tentou “esmagar” o que chamava de “terrorismo apoiado por estrangeiros” e tentou restaurar o controle do Estado. Porém as milícias rebeldes se fortaleceram, tomando o controle de cidades e vilarejos.
Em meados de 2012, os combates já tomavam à capital, e Aleppo, segunda maior cidade do país.
O aspecto religioso islâmico tinha um peso determinante na guerra que opunha a maioria sunita do país e os xiitas alauítas, ramo ao qual pertence o presidente.

Guerra Santa

Somente em junho de 2013, as Nações Unidas começaram a falar sobre o assunto, quando o saldo de mortos já chegava a 90 mil pessoas. A maioria das milícias são formadas por jihadistas – defensores da “guerra santa” islâmica.
O grupo que mais se destacava era o autointitulado Estado Islâmico da Síria e do Iraque (ISIS na sigla original) e a Frente Nusra, afiliada à al-Qaeda.
Os soldados do ISIS, que decretou um califado em 2014 e controlava cerca de um terço do território sírio, passaram a reunir também jihadistas estrangeiros, vindos da Europa, dos EUA e até da Austrália. Apesar de negar, seu grande apoiador então era a Turquia, que comprava o petróleo vendido por eles por preços abaixo do mercado.
O EI passou a publicar vídeo brutais de execuções e o foco da mídia mundial passou a ser a região controlada pelo grupo, que incluía parte do Iraque, país também fragmentado por guerras internas desde a retirada da maioria das tropas americanas, que invadiram o país em 2003 e causaram a queda do regime de Saddam Hussein.
Enquanto o Estado Islâmico massacrava sobretudo as minorias (cristãos e yazidis), o governo da Síria continuava focado em manter o controle dos arredores de Damasco. Na região controla pelo EI seu maior opositor era o Exército curdo, um grupo étnico que vivia perto da fronteira com o Iraque, onde mantinham um estado semiautônomo.

EUA-Arábia Saudita e Rússia-Irã

Os Estados Unidos, ainda no governo Obama, apoiavam os curdos e a Frente Nusra (considerada por eles ‘moderada’) com armamentos e até bombardeios aéreos.
A Rússia possui grande interesse comercial no petróleo da Síria e também estratégico. Em 2015 já havia transformado o porto de Tartus, no mar Mediterrâneo, em uma base naval. No mesmo ano começou uma campanha aérea, com o fim de “estabilizar” o governo sírio.
A intervenção russa possibilitou vitórias significativas das forças sírias e fortaleceu as investidas do Irã e do Hezbollah, grupo terrorista libanês.
Formaram-se assim alianças com interesses distintos. Os Estados Unidos exigiam que Assad deixasse o poder como condição para a paz. Eles eram apoiados por forças da Arábia Saudita, aliados históricos do ramo islâmico da família que governa a Síria.
Do outro lado, Rússia, Irã e Líbano (Hezbollah) davam cobertura às tropas leias ao governo, dominado sobretudo a região ao sul de Damasco, até as colinas de Golan, na fronteira com Israel.
Os interesses russos são econômicos, enquanto o Irã, país de maioria xiita, e o Líbano possuem afinidade religiosa. Além disso, a Síria serve como um corredor para o envio armamentos de Teerã para o Líbano.
Ninguém investiu nessa guerra mais que os iranianos, calculado em bilhões de dólares, eles gastaram com armamento, tropas, crédito e construção de estruturas militares.
O papel mais ‘obscuro’ nesse processo é o da Turquia. Oficialmente aliado dos EUA, o governo de Erdogan entrou em conflito com as tropas americanas, a quem critica por darem cobertura às forças curdas, que por sua vez sustem os rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
O apoio militar, financeiro e político das potencias estrangeiras para o governo e para a oposição contribuem diretamente para que os enfrentamentos não cessem. Na prática, a Síria se transformou no maior campo do que é chamado “guerra por procuração”.
A chegada de Trump ao governo ainda não alterou significativamente o conflito nem na Síria nem no Iêmen, onde também ocorre essa “guerra por procuração”, opondo EUA-Arábia Saudita e Rússia-Irã.
O saldo desse complexo jogo de interesses resultou no maior conflito armado de nossos dias.

Os números

Apesar de não serem totalmente confiáveis os números, segundo o Centro Sírio para Pesquisa de Políticas, já morreram cerca de 500 mil pessoas, com mais de 5 milhões de sírios deslocados de suas casas ou fugindo para os países vizinhos (Líbano, Jordânia e Turquia) como refugiados. Cerca de 10% desses refugiados têm conseguido abrigo em alguns países da Europa e até no Brasil.
A população da Síria, 23 milhões antes do conflito, hoje está reduzida à metade. Dentre os cerca de 13,5 milhões de habitantes, 6 milhões são crianças.
Segundo a ONU são necessários US$ 3,2 bilhões para prover ajuda humanitária a todos. Cerca de 70% da população não possui acesso a água potável, uma em cada três pessoas não consegue ter alimentação básica diária e um em cada cinco indivíduos vive em extrema pobreza. Com informações de BBC

Premiê de Israel afirma que “as trevas estão tomando a nossa região”

Benjamin Netanyahu diz que valores de seu país vêm da Bíblia


Premiê de Israel afirma que "as trevas estão tomando a nossa região"
Em visita a Washington esta semana, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu participou da conferência anual do Comitê Israelense-Americano de Assuntos Públicos (AIPAC), o influente grupo político nos Estados Unidos.
Ele fez um discurso contundente, agradecendo ao presidente Donald Trump pelo reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e comemorou a possibilidade de o republicano estar presente na inauguração da embaixada, em 14 de maio.
Afirmou que tinha “boas notícias”, garantindo que “o exército israelense nunca foi tão forte” e que a economia do país está próspera.
Projetando um mapa do Oriente Médio em um telão, também assegurou que tinha “más notícias”, referindo-se a grande porção preta do mapa, que ele identificou como “a influência iraniana”.
“As trevas estão tomando a nossa região”, alegou, referindo-se aos países pintados de preto no mapa: Síria, Iraque, Faixa de Gaza, Iêmen e Líbano. Usando o mapa, destacou que as tropas iranianas estão se espalhando em diversos pontos ao longo da fronteira com Israel, já tendo construído bases militares no sul da Síria.
Netanyahu voltou a lamentar o acordo nuclear das potências ocidentais com o Irã, assinado em 2015. Ele lembrou que isso permitiu que Teerã se tornasse mais perigoso, conforme ele tinha alertado.
O premiê acredita que existe uma grande ameaça para a paz na região pois o regime iraniano continua desenvolvendo mísseis nucleares.
“Devemos parar o Irã e pararemos o Irã”, insistiu, elogiando a disposição de Trump em rever o acordo. Recentemente, o presidente americano ameaçou retirar os Estados Unidos do plano, uma vez que as condições não foram cumpridas.
Lembrou ainda aos presentes que Israel é a única democracia da região e possui laços diplomáticos com 160 países do mundo. Acredita que é uma questão de tempo até todos eles reconhecerem Jerusalém como a capital e isso fará com que as nações islâmicas que vivem ameaçando Israel acabem isoladas.
Um dos momentos de maiores aplausos foi quando Natanyahu garantiu que a “fonte” da amizade duradoura dos EUA com Israel eram seus valores compartilhados, sustentados pela fé em Deus.
“Eles vêm de um certo livro – um ótimo livro, chamado Bíblia”, disse Netanyahu ao público. “Ele diz que todos nós somos criados à imagem de Deus”.
“Esses valores são uma parte inseparável da história da América”, continuou. “São parte inseparável da história de Israel. E queremos escrever um novo capítulo de nossa história – uma história de liberdade, de justiça, de paz e de esperança”. Com informações CBN

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