Diretor do FBI admitiu pela primeira vez esta segunda-feira a realização desta investigação.
O diretor da Polícia Federal americana (FBI), James Comey, afirmou nesta segunda-feira (20) que a eventual interferência da Rússia na campanha presidencial norte-americana está sendo investigada. Essa foi a primeira vez que o FBI admitiu essa investigação.
O FBI "está investigando os esforços do governo russo para interferir na eleição presidencial de 2016", declarou Comey, durante a abertura de uma audiência sobre o envolvimento da Rússia nas eleições de 2016. O diretor disse que "isso inclui investigar a natureza dos laços entre indivíduos associados à campanha de Trump e o governo russo e se houve alguma coordenação entre a campanha e os esforços da Rússia".
Na mesma audiência, Comey declarou não haver evidências de espionagem contra a campanha de Trump durante o governo Obama, como o atual presidente chegou a dizer no Twitter (saiba mais abaixo).
Por sua vez, o diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Michael Rogers, também negou que o governo de Obama tenha pedido à inteligência britânica que fizesse escutas sobre Trump. Já o deputado republicano que preside o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Devin Nunes, afirmou que não houve grampo telefônico na Trump Tower.
A declaração de Comey a respeito da investigação sobrea Rússia confirmou informações divulgadas pela imprensa americana segundo as quais o FBI investigava a explosiva acusação de que a surpreendente vitória de
Trump sobre a democrata Hillary Clinton, em novembro, contou com a ajuda de Moscou.
As agências americanas de inteligência concluíram em janeiro que o presidente russo,
Vladimir Putin, esteve por trás das tentativas de interferência. Mas não haviam comentado publicamente se estavam sendo examinados os laços entre os integrantes da campanha de Trump e funcionários russos.
O chefe da comissão, o deputado republicano Devin Nunes, iniciou a sessão, a primeira audiência pública sobre o tema, afirmando que este painel "não havia visto evidências até a data de que membros da campanha conspiraram com agentes russos".
Mas o democrata Adam Schiff detalhou uma lista de supostos vínculos e comunicações entre a equipe de Trump e a Rússia. "É possível que todos estes eventos e relatos sejam completamente desconexos e apenas uma infeliz coincidência? Sim, é possível", disse.
"Mas também é possível, talvez mais que possível, que não sejam uma coincidência, que não estejam desconectados e não sejam desconexos", acrescentou Schiff.
O diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Michael Rogers, negou que o governo de Obama tenha
pedido à inteligência britânica que realizasse qualquer tipo escuta sobre Trump. "Nunca vi na NSA alguém envolvido em uma atividade assim", afirmou.
Na mesma audiência, o deputado republicano que preside o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Devin Nunes, afirmou que não houve grampo telefônico na Trump Tower.
Porém ele não descartou que outro tipo de vigilância possa ter sido usado contra o atual presidente americano.
"Deixem-me ser claro: sabemos que não houve uma escuta na Trump Tower, mas é possível que outras atividades de vigilância fossem usadas contra o presidente Trump e seus sócios", questionou o deputado.
O chefe do FBI disse
não haver evidências. "O departamento (de Justiça) não tem informações que apoiam esses tuítes", declarou James Comey durante a audiência na Câmara de Representantes.
Donald Trump afirmou ter sido vítima de um
grampo telefônico por parte de seu antecessor, Barack Obama, mas não apresentou provas.
O ex-chefe de inteligência dos Estados Unidos
James Clapper já tinha negado a acusação do presidente americano.