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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Entenda a complicada relação entre Uber, 99 e a chinesa Didi

Entenda a complicada relação entre Uber, 99 e a chinesa Didi

Uber, Didi, 99. Talvez nem todos os nomes lhe sejam familiares, mas tratam-se de três empresas de transporte que basicamente apostam na mesma ideia: permitir uma alternativa aos serviços de táxis convencionais, integrando motoristas e passageiros. A lógica diria que todos esses serviços seriam concorrentes, mas a coisa não é bem assim. As três companhias estão mais enroladas do que parece à primeira vista.
A notícia de que a 99 teve parte majoritária de suas ações compradas pela chinesa Didi leva o usuário a pensar que a empresa brasileira pode se fortalecer na disputa contra a Uber no disputado mercado de transporte por aplicativos no país. O que pouca gente sabe é que a Uber também tem uma participação minoritária indireta na 99.
Sim, o caso é meio complicado. Tudo começa na China, terra da Didi Chuxing, o app de transporte que domina o país. A Uber, no entanto, cria que poderia romper o domínio da Didi no território chinês e lançou a iniciativa UberChina para tentar penetrar naquele mercado tão desejado por empresas de tecnologia.
No entanto, o domínio da Didi era forte demais, e a Uber não conseguiu ter o mesmo impacto que teve quando chegou em tantos outros países. Assim, a joint venture UberChina (formada por Uber como majoritária, Baidu e outros investidores) decidiu poupar esforços e parar de prestar serviços no país.
Acontece que, em vez de simplesmente encerrar as operações, a UberChina vendeu suas operações locais para a Didi. Como pagamento, a Didi ofereceu 20% de suas ações. Além disso, ficou acordado que a Didi também investiria US$ 1 bilhão na Uber global. Desta forma, a Uber tem participação na Didi e a Didi tem participação na Uber.
Assim, a situação entre as duas empresas ficou bastante estranha, tornando-se companheiras na China, com a Uber tendo enorme participação na Didi, ao mesmo tempo em que ainda disputavam mercado em vários outros países. A chinesa já investiu em concorrentes da Uber em várias regiões, incluindo Estados Unidos e o Brasil. E é aí que entra a 99.
A startup brasileira começou a receber investimentos da Didi em 2017. A mesma Didi que tem a Uber em sua composição acionária e que investiu diretamente na Uber em 2016. Na prática, isso significa que a Uber também tem participação indireta na 99, mesmo sendo concorrentes diretos no Brasil.  Com o anúncio de que a Didi passou a ser a acionista controladora da 99, é interessante notar que a participação indireta da Uber na 99 também aumenta.
Uber, Didi, 99. Talvez nem todos os nomes lhe sejam familiares, mas tratam-se de três empresas de transporte que basicamente apostam na mesma ideia: permitir uma alternativa aos serviços de táxis convencionais, integrando motoristas e passageiros. A lógica diria que todos esses serviços seriam concorrentes, mas a coisa não é bem assim. As três companhias estão mais enroladas do que parece à primeira vista.
A notícia de que a 99 teve parte majoritária de suas ações compradas pela chinesa Didi leva o usuário a pensar que a empresa brasileira pode se fortalecer na disputa contra a Uber no disputado mercado de transporte por aplicativos no país. O que pouca gente sabe é que a Uber também tem uma participação minoritária indireta na 99.
Sim, o caso é meio complicado. Tudo começa na China, terra da Didi Chuxing, o app de transporte que domina o país. A Uber, no entanto, cria que poderia romper o domínio da Didi no território chinês e lançou a iniciativa UberChina para tentar penetrar naquele mercado tão desejado por empresas de tecnologia.
No entanto, o domínio da Didi era forte demais, e a Uber não conseguiu ter o mesmo impacto que teve quando chegou em tantos outros países. Assim, a joint venture UberChina (formada por Uber como empresa majoritária, Baidu e outros investidores) decidiu poupar esforços e parar de prestar serviços no país.
Acontece que, em vez de simplesmente encerrar as operações, a UberChina vendeu suas operações locais para a Didi. Como pagamento, Didi ofereceu 20% de suas ações. Além disso, ficou acordado que a Didi também investiria US$ 1 bilhão na Uber global. Desta forma, a Uber tem participação na Didi e a Didi tem participação na Uber.
Assim, a situação entre Uber e Didi ficou bastante estranha. As duas empresas tornaram-se companheiras na China, com a Uber tendo enorme participação na Didi, ao mesmo tempo em que ainda disputavam mercado em vários outros países. E é aí que entra a 99.
A startup brasileira começou a receber investimentos da Didi em 2017. A mesma Didi que tem a Uber em sua composição acionária e que investiu diretamente na Uber em 2016. Na prática, isso significa que a Uber também tem participação indireta na 99, mesmo sendo concorrentes diretos no Brasil.  Com o anúncio de que a Didi passou a ser a acionista controladora da 99, é interessante notar que a participação indireta da Uber na 99 também aumenta.

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