Foram 3 tiros: 2 na perna e 1 na barriga. Eles atiraram para matar. Depois, viram que erraram", relatou Thayssa Freitas, esposa de Rodrigo Alexandre da Silva Serrano. Na noite da última segunda-feira, o garçom foi morto a tiros no Chapéu Mangueira.
Segundo a família, policiais que estavam na comunidade atiraram após confundir a bolsa canguru na qual ele costumava levar o filho e um guarda-chuva que carregava com um colete à prova de balas e um fuzil.
Thayssa e sua irmã Jamille participaram de uma reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Alerj nesta terça-feira. Elas estiveram com o deputado Marcelo Freixo e, de lá, partiram em direção ao Ministério Público. Apesar de terem estado com Rodrigo logo após ele ser baleado e de terem ido à 12ª DP (Copacabana) por volta de 21h desta segunda-feira, elas ainda não tiveram seus depoimentos colhidos pela polícia.
O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial, já que, em depoimento, os 2 PMs envolvidos afirmaram que reagiram a um ataque de bandidos que estavam na região.
Na volta do passeio, Thayssa subiu a comunidade de kombi e Rodrigo foi à pé. No meio do caminho, o motorista da van percebeu uma movimentação estranha e decidiu deixar primeiro os passageiros do morro da Babilônia. Dez minutos depois, ele chegava ao Chapéu Mangueira, onde Thayssa encontrou Rodrigo baleado.
O garçom foi levado para o hospital Miguel Couto, onde chegou ainda vestindo o canguru, mas morreu logo em seguida. A bolsa na qual ele carregava o filho desapareceu.
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