Segundo o MPF, invasores que ocupam reserva indígena Trincheira-Bacajá têm o prazo de sete dias para deixar a localidade. Decisão ainda cabe recurso.
Por G1 PA — Belém
Indígenas denunciam ação de invasores em reserva no PA. — Foto: Reprodução / MPF
A Justiça Federal expediu uma liminar ordenando a retirada de madeireiros e grileiros que ocupam, de forma ilegal, a reserva indígena Trincheira-Bacajá, que fica entre os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. De acordo informações divulgadas pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (9), os invasores que ocupam a reserva têm o prazo de sete dias para deixar a localidade. A decisão ainda cabe recurso.
Segundo a Justiça Federal, a liminar foi favorável a um pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai), que questionava a presença de invasores em uma área de reserva indígena. Após investigações realizadas pelo MPF, a Justiça comprovou que houve invasão. Caso a saída dos ocupantes não seja realizada de forma voluntária, o juiz do caso, Hallison Glória, autorizou o "emprego da força" por parte da Polícia Federal.
De acordo com o MPF, a terra indígena está invadida desde 2018, mas a situação se agravou em 2019, quando lideranças Xikrin foram ameaçadas de morte pelo grupo de madeireiros. As ameaças vieram após uma expedição realizada pelos próprios indígenas para apreender motosserras e exigir a retirada pacífica dos grileiros. Segundo o grupo, cerca de 300 invasores, fortemente armados, construíram casas dentro da reserva e estão fazendo queimadas na região.
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