Moradores da Rocinha fazem nova manifestação exigindo informações sobre o paradeiro de Amarildo de Souza, o auxiliar de pedreiro de 47 anos, que desapareceu no dia 14 de julho. O protesto fechou duas pistas da auto-estrada Lagoa-Barra, em frente à favela. Apesar de o governador Sérgio Cabral ter garantido que se empenharia neste caso, a polícia ainda não conseguiu descobrir qualquer indício do corpo de Amarildo. Aumentam as chances de ele estar morto, já que o caso saiu da 15ª DP (Gávea) e foi trasnferido para o setor de Desaparecidos da Divisão de Homicídios.
Antes do protesto, parentes do pedreiro reuniram-se com o procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, com o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, e com o promotor de Justiça Homero Freitas, que atua junto àquela especializada. Durante a reunião, o delegado Rivaldo Barbosa ressaltou a importância do trabalho em conjunto entre polícia e Ministério Público para solucionar o desaparecimento de Amarildo.
-- Estamos alinhados com o Ministério Público para procurar a maneira mais rápida de dar uma resposta satisfatória à família, à comunidade e a toda a sociedade -- destacou.
A ONG Rio de Paz, em parceria com o blog Repórter de Crime, lançou no Twitter a campanha "Onde está Amarildo", que ganhou as redes sociais. Anteontem, a ONG levou à Praia de Copacabana um protesto contra o sumiço de outros "Amarildos".
PM de UPP da Rocinha é intimado
após
denúncia do caso Amarildo.
.
PM disse que tio foi obrigado por traficantes a levar corpo ao lixão do Caju.
Divisão de Homicídios vai ouvir Juliano Guimarães na próxima semana.
A Divisão de Homicídios intimou o policial militar Juliano da Silva Guimarães a prestar depoimento após a denúncia feita pelo PM, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha. Guimarães, segundo a Polícia Civil, teria dito que um tio dele, motorista da Comlurb, foi obrigado por traficantes a transportar um corpo ao lixão do Caju, na Zona Portuária do Rio. Em nota divulgada neste sábado (2), a Polícia Civil informou que o PM será ouvido na próxima semana.
A polícia investiga se o corpo pode ser do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, desaparecido desde 14 de julho. Na ocasião, segundo a Polícia Militar, ele foi detido, levado para a sede da UPP da Rocinha e liberado depois da averiguação.
Em nota, a Comlurb informou que a frota da companhia é terceirizada e que a companhia aguarda o desfecho das investigações policiais.
Perícia na UPP
Na manhã deste sábado, agentes e o delegado da A Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barboza, ouviram depoimentos de testemunhas e fizeram uma perícia na sede da UPP na comunidade. Peritos usaram luminol – sustância química que permite encontrar vestígios de sangue, mesmo que o local tenha sido limpo – na sede da UPP. No entanto, o resultado do exame não foi divulgado.
Na manhã deste sábado, agentes e o delegado da A Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barboza, ouviram depoimentos de testemunhas e fizeram uma perícia na sede da UPP na comunidade. Peritos usaram luminol – sustância química que permite encontrar vestígios de sangue, mesmo que o local tenha sido limpo – na sede da UPP. No entanto, o resultado do exame não foi divulgado.
Mais de dez pessoas prestaram depoimento na delegacia, entre elas, a mulher e filhos de Amarildo de Souza.
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GPS e câmeras desligados
Os investigadores querem saber o motivo de os aparelhos de GPS dos carros da UPP, e duas câmeras de segurança da comunidade não estarem funcionando no do desaparecimento de Amarildo. Policiais tentam encontrar imagens de câmeras de prédios e de pontos comerciais de São Conrado que possam ajudar a esclarecer o caso.
Os investigadores querem saber o motivo de os aparelhos de GPS dos carros da UPP, e duas câmeras de segurança da comunidade não estarem funcionando no do desaparecimento de Amarildo. Policiais tentam encontrar imagens de câmeras de prédios e de pontos comerciais de São Conrado que possam ajudar a esclarecer o caso.
Na quinta-feira (1º), moradores da Rocinha fizeram uma passeata para cobrar uma resposta sobre o caso e criticaram a ação da PM. No Leblon, o grupo se juntou a manifestantes que acampam próximos à casa do governador Sérgio Cabral.
Em Brasília, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, considerou apolícia como a principal suspeita do crime. Em resposta à declaração, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que é prematuro apontar culpados já que a investigação ainda está em curso