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terça-feira, 30 de julho de 2013

Fim de mês quente.

Dólar fecha em alta e volta a atingir a maior cotação do ano

Moeda norte-americana avançou 0,45%, a R$ 2,2805 na venda.
Alta ocorre um dia antes de reunião do Banco Central dos EUA.

O dólar fechou em alta ante o real nesta terça-feira (30) e voltou a alcançar o maior valor do ano. Com isso, a moeda se mantém no maior nível desde 1º de abril de 2009. Na segunda-feira (29) a moeda já tinha fechado na maior cotação de 2013.
O dólar avançou 0,45%, a R$ 2,2805 na venda.

Vem aí mais uma superquarta-feira. Além da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), evento que condiciona o comportamento dos mercados mundo afora, o dia marca o encerramento de julho.
Será a última oportunidade para "comprados" e "vendidos" no mercado futuro de dólar da BM&F influenciarem a formação da taxa de câmbio oficial do mês, a que irá servir como parâmetro para a liquidação dos contratos.

A expectativa é de que os próximos três dias serão caracterizados por ferozes batalhas cambiais capazes de distorcer o preço do dólar no mercado à vista. Na sexta-feira, o dólar já não respeitou os seus fundamentos.

Subiu 0,76%, cotado a R$ 2,2560, apesar de o yield do T-Note de 10 anos ter caído de 2,59% para 2,57% e de o Dollar Index ter se desvalorizado 0,38%. Na semana passada, a moeda acumulou alta de 0,71%. No mês sobe 1,08% e 10,43% no ano. 

A semana está repleta de eventos importantes. Além da reunião do FED, na quinta-feira acontecem as reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).
 
Os analistas esperam a manutenção das taxas básicas de juros, em ambos os casos em 0,50%.E reforço das expectativas de que as duas políticas acomodatícias não têm hora para acabar.

No mesmo dia do encontro do FED, o governo divulga o desempenho do PIB no segundo trimestre do ano. A previsão média é de avanço de 1%. Junto com o PIB, sai o índice de inflação mais observado pelo FED, o de deflator implícito. 

Fechando a semana, o sempre aguardado payroll, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho. A expectativa é de que a taxa de desemprego caia de 7,6% para 7,5%. Como os sinais são de que o FED pode diminuir o gatilho de emprego - de 6,5% para 6% - que irá disparar a redução dos estímulos monetários, o mercado terá novos elementos para calcular o momento em que isso ocorrerá. Poderá dispor de mais tempo para realocar as carteiras aplicadas em mercados emergentes. 

Um dos fatores que iriam animar os folguedos especulativos pré-vencimento dos contratos futuros de dólar foi retirado de cena pela presidente Dilma Rousseff, em entrevista à Folha de S. Paulo. Ao bancar de novo, e de forma definitiva, a permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Dilma soterrou os fortíssimos rumores que circundaram as mesas de operações na sexta-feira, de que a substituição estaria para ser anunciada. E o sucessor seria alguém pró-mercado.

Por trás dos frequentes rumores está o raciocínio de que um ministro da Fazenda do agrado das instituições poderia, ao restaurar a confiança na economia - cuja diminuição compromete a retomada do crescimento econômico, segundo diagnóstico da última ata do Copom do Banco Central --, moderar a tendência primária de alta do dólar.

Este sobe porque grandes fundos globais estão realocando portfólios pelo mundo, porque o baixo crescimento se associa à alta inflação, porque o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos superou 3% do PIB e irá requerer aportes de capital de investimento financeiro para o seu financiamento, porque o rating de risco soberano pode ser reduzido e porque há muito especulador tentando tirar vantagem das fragilidades brasileiras.

A reunião do Fed de depois de amanhã poderá apenas adiar um evento inevitável: a retirada gradual dos estímulos monetários ao crescimento e início de um aperto monetário para valer. Restabelecida a confiança, o Brasil ganhará mais tempo para proceder aos ajustes internos antes de os juros básicos começarem a subir nos EUA. E o país poderá atrair os investimentos estrangeiros diretos (IED) necessários para fechar o déficit em transações correntes, sem depender das incertas aplicações de portfólio. Os dólares de longo prazo do IED ajudariam a suavizar o viés básico de valorização do dólar.

Isso seria uma bênção para o BC, cujos esforços de contenção da taxa de câmbio não têm se revelado muito produtivos. O seu principal instrumento de intervenção consiste em oferecer hedge cambial por meio da venda de swaps. Na sexta-feira, ele vendeu US$ 993,5 milhões desses contratos, o suficiente para concluir a rolagem dos US$ 5,72 bilhões que irão vencer na semana que vem e colocar liquidamente mais US$ 248,3 milhões.
 
Mesmo assim, o dólar fechou em alta. O total já vendido pelo BC se eleva a US$ 26,85 bilhões. Esse montante deverá crescer mais ainda se tiver sucesso a estratégia de atrair os bancos para a montagem de posições vendidas à vista em dólar.

É essencial que os bancos continuem oferecendo dólares a importadores e investidores estrangeiros. As instituições dispunham em caixa de um pouco mais de US$ 3 bilhões no início do mês e foram abastecendo o mercado, já que o fluxo cambial mostrou-se negativo. Até o dia 19, a balança cambial revelou saldo negativo de quase US$ 2,5 bilhões.

Os US$ 500 milhões que restavam nas posições compradas à vista dos bancos já podem ter sido consumidos na semana passada.
 
A aposta agora é a seguinte: atenderão ao chamado do BC e passarão a assumir posições vendidas? O BC facilitou a decisão ao zerar as exigências do requerimento de capital necessário para os empréstimos externos entre matriz e filial. A tendência é que venham a montar posições vendidas, mas não há garantia.

Não há garantia porque toda posição vendida implica em assumir o risco de a valorização do dólar engolir a rentabilidade da operação. O banco capta recursos a um custo total muito baixo de 0,50% (Libor mais spread) e aplica os reais resultantes da conversão dos dólares em ativos atrelados à Selic, ganhando 8,5%.
 
Mas como a tendência primária do dólar é de alta, ele precisa ou "hedgear" ou "travar" a operação. Isso reduz muito o ganho. Há duas maneiras de fazer isso, segundo o economista César Locatelli, diretor da F2 Formação Financeira.

A primeira é comprando os swaps cambiais do BC. Ao fazer o empréstimo externo, o banco assume um passivo em dólar mais 0,5% ao ano e um ativo em Selic. E, ao adquirir esses swaps de proteção, o banco agrega a isso um passivo em Selic e um ativo em câmbio mais o cupom de 1,63% pago pelo BC. Ele não irá mais se importar com o risco cambial, mas seu ganho cairá.

"O ativo em Selic zera, é anulado, com o passivo em Selic do swap. Na ponta do câmbio ele deve câmbio mais 0,5% para quem emprestou dinheiro para ele lá fora e tem a receber do BC câmbio mais 1,63% de cupom. Grosso modo, ele travou seu ganho em algo próximo a 1% ao ano e não tem mais risco de variação do câmbio", explica Locatelli.

A segunda opção, o hedge no mercado futuro de dólar ou no de cupom cambial, pode render um pouco mais, dependendo das condições de mercado. Se o dólar futuro projeta uma variação cambial de 6% para o período de vigência do empréstimo externo, o banco ganha a diferença entre a Selic e a alta do dólar mais o custo total do financiamento, o que dá uns 2%.

Resta saber se este rendimento entre 1,6% e 2% ao ano é interessante a ponto de levar as instituições a montar posições vendidas. Se não for, sobram duas opções ao BC: ou aumentar a atratividade dos swaps, elevando o cupom, ou vender dólares das reservas cambiais.
Fonte: Brasil económico

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