E EM NOTA SEMPRE A PM DIZ, QUE FOI UMA FATALIDADE OU ESTAVA PERSEGUINDO-O PORQUE O MENOR ESTAVA TROCANDO TIRO COM A PM, SERÁ?.
Os policiais militares que perseguiram Nadson Almeida disseram que o menor,
morto em perseguição neste domingo (16), não foi atropelado. Todos que estavam na viatura do Ceto foram ouvidos pelo comandante do Policiamento Regional Sul, Antônio José Reis, de onde saíram para prestar depoimento no Complexo Policial de Itabuna. Os nomes dos PMs não foram divulgados.
Os policiais descreveram a perseguição até o momento em que Nadson, de apenas 13 anos, perdeu a direção da moto. Nadson, tido como habilidoso, acabou batendo contra um carro que estaria estacionado na Rua Jorge Amado, no Bairro Lomanto. O veículo contra o qual se chocou teria sido um GM Astra. A reforçar o depoimento dos policiais, o laudo da polícia técnica não teria verificado sinais de atropelamento. O resultado do laudo ainda não foi comunicado oficialmente.
De acordo com informação obtida pelo PIMENTA, o comando regional deverá emitir nota nesta manhã de segunda-feira (17) quanto às circunstâncias do acidente e as providências tomadas. Mais cedo, o comandante do 15º Batalhão da PM, Ubiraci Barbosa, falava em fatalidade no caso e anunciava a abertura de inquérito militar para apurar o caso.
PM ABRIRÁ INQUÉRITO PARA INVESTIGAR MORTE DE NADSON ALMEIDA.
Um inquérito militar será aberto para investigar as circunstâncias da morte do garoto de 13 anos, atropelado por uma viatura da PM hoje pela manhã em Itabuna. Pelo menos esta é a garantia do comandante do 15º Batalhão da PM, Ubiraci Barbosa, durante entrevista.
Para o tenente-coronel, a morte do menor Nadson Pereira de Almeida foi uma fatalidade. Ubiraci falou ao Correio. Moradores do Lomanto dizem que a viatura da guarnição que fazia abordagens no Lomanto teria passado duas vezes por cima do corpo do menor, na Rua Jorge Amado. Os policiais que estavam na viatura negam que tenha ocorrido atropelamento.
Logo após a tragédia, populares interditaram a Avenida J.S. Pinheiro, no Lomanto, e ainda tocaram fogo em um ônibus da Rota que fazia a linha Itabuna-Buerarema. O veículo foi interceptado no Viaduto Paulo Souto.
Os manifestantes deram ordem para que passageiros e motorista deixassem o ônibus. “Assim que eles saíram, jogaram gasolina e atearam fogo”, disse um funcionário da Rota ao PIMENTA. A empresa calcula em aproximadamente R$ 200 mil o prejuízo.
Um Ford Mondeo foi incendiado por manifestantes na J.S. Pinheiro, em frente a um posto de combustível. Durante protesto, houve tentativa de atear fogo em um caminhão de combustível que estava estacionado em frente a loja de peças automotivas.
Manifestantes atearam fogo em veículos e carcaças no pátio da Setran, localizado no aeroporto (Foto Pimenta).
20 MOTOS ROUBADAS DO PÁTIO DA SETTRAN
Um balanço preliminar da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settran) revela que 11 carros e 10 motocicletas velhas, pelo menos, foram incendiados durante protesto. Estes veículos estavam no pátio da Settran, localizado no Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho, no Lomanto.
Um grupo aproveitou o protesto para roubar cerca de 20 motos estacionadas no pátio da Settran. O secretário de Transporte e Trânsito, Clodovil Soares, disse ao PIMENTA que parte dos veículos atingidos iria a leilão.
Homens do Batalhão de Choque da PM, da Cipe Cacaueira, do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizados para liberar a J.S. Pinheiro, o que ocorreu somente por volta das 15h. Mesmo assim, apenas ônibus intermunicipal passava pela avenida.
Cerca de 40 homens da PRF chegaram à avenida em oito viaturas e um furgão de apoio, auxiliados por homens da Caerc e do Choque. A PRF ainda utilizou um helicóptero para dar suporte aos policiais na movimentação dentro do bairro e na ação no aeroporto.
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