Após mais de cinco horas de cirurgia,
as gêmeas siamesas baianas Maria Clara e Maria Eduarda foram separadas nesta quarta-feira (9). O procedimento foi realizado no Hospital Materno Infantil (HMI) da cidade de Goiânia, onde estão internadas desde junho. A cirurgia começou por volta das 8h e foi concluída por volta das 13h.
Segundo informações da unidade médica, o procedimento foi bem sucedido, no entanto as irmãs ainda não têm previsão de alta. Ainda de acordo com o hospital, o caso das gêmeas é considerado mais simples em comparação com a cirurgia dos
irmãos Arthur e Heitor, realizada em fevereiro deste ano.
Maria Clara e Maria Eduarda eram unidas pelo abdômen e compartilhavam o fígado. Elas chegaram em Goiânia no dia 13 de julho, acompanhadas dos pais Denise Borges Oliveira e Caique Santana Barros dos Santos, para serem acompanhadas pela equipe liderada pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, responsável pela separação.
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(Foto: Reprodução/Facebook)
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Durante os exames pré-operatórios, foi diagnosticada uma
hipertrofia (aumento de volume) cardíaca em Maria Eduarda, que também sofre de pressão alta. Em função disso, a equipe precisou substituir uma medicação que vinha sendo utilizada por outra, que auxiliou no tratamento da patologia. Segundo o Dr. Calil era importante combater esse problema cardíaco para reduzir os riscos pós-operatórios.
No dia 10 de agosto, elas foram internadas para realizar a cirurgia de separação, no entanto, por motivos de segurança, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do hospital suspendeu os procedimentos cirúrgicos da unidade que necessitavam de pós-operatório na UTI Pediátrica.
Elas voltaram a ser internadas no dia 24 de agosto para tratar uma infecção urinária em Maria Clara e, desde então, aguardavam a liberação de leitos de UTI Pediátrica, para definir a data da cirurgia de separação.
Em entrevista ao CORREIO, uma tia das crianças, Sandra Maria dos Santos, disse que a família está feliz com o resultado da cirurgia. "Graças a Deus deu tudo certo. Durante esse tempo recebemos muitas mensagens de apoio e isso fortaleceu muito a família. Agora é só esperar elas terem alta", disse Sandra.