EMPREENDEDOR DE SUCESSO

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Bebê de 2 anos sobrevive à acidente que deixou carro completamente destruído em SP

Motorista ficou gravemente ferida após bater de frente com carreta
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 15/09/2015 17:02:42
  
Um bebê de apenas 2 anos conseguiu sair ileso após o carro em que estava bater frontalmente com uma carreta. O acidente aconteceu na manhã desta terça-feira (15), na rodovia Marechal Rondon, em Botucatu, em São Paulo.
Carro ficou totalmente destruído após colisão envolvendo um caminhão. (Foto: Felipe Pugliese/TV TEM)
(Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária)
Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária, a mulher ficou gravemente ferida após a colisão. Já a criança, que estava na cadeirinha, teve apenas arranhões. Ainda de acordo com a polícia, a colisão aconteceu na altura do Km 243, em um trecho simples da pista, e deixou o carro completamente destruído.
Mãe e filha foram socorridas e encaminhadas para o Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu. A mulher continua internada em estado grave. De acordo com a polícia, o motorista do caminhão não ficou ferido.
Caminhoneiro não ficou ferido após acidente na rodovia Marechal Rondon, em Botucatu (Foto: Felipe Pugliese/TV TEM)
Motorista de caminhão não se feriu em batida
(Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária)

Sirenes e drones vão monitorar áreas de risco de deslizamento em Salvador

Medida faz parte do plano de reestruturação da Defesa Civil, divulgado pela prefeitura
Amanda Palma (amanda.palma@redebahia.com.br)
Atualizado em 15/09/2015 15:59:28
  
O período de chuvas do próximo ano terá um novo sistema de prevenção em Salvador, que vai utilizar sirenes para alertar os moradores das áreas de risco sobre a necessidade de evacuar o local. A implantação do sistema deve começar a ser implantado ainda este ano.
Moradores vão receber sinal de alerta para evacuar área de risco em Salvador
(Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO)
O sistema de alerta é semelhante ao implantado no Rio de Janeiro. “Nós pesquisamos no Brasil quais as tecnologias disponíveis, o que se aproxima com o que está implantado no Rio. A partir de uma situação evidenciada, a sirene dispara para que as pessoas tenham condições de evacuar o maior rápido aquela área”, explicou o prefeito. 
As sirenes vão ser instaladas em várias regiões da cidade, junto com um medidor do acúmulo de água naquela área e o avanço da umidade no solo. A partir de certo nível, a sirene dispara automaticamente. Além disso, a rede integrada de alertas vai enviar mensagens de textos aos moradores informando sobre o risco de permanecer no local.
Nas mensagens, os moradores também vão receber orientações de como proceder em caso de emergência. “Nossa ideia é que haja uma integração em toda comunidade, para que todas as pessoas sejam avisadas”, explicou o prefeito durante a apresentação do plano. 
Os planos de Defesa Civil foram elaborados em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, de São Paulo, e com a Escola Politécnica da Ufba, com investimento de R$2,65 milhões. No total, os investimentos programados na modernização da Defesa Civil de Salvador serão de R$7,8 milhões até dezembro de 2016.
Nesta manhã, o prefeito assinou o decreto que institui o Programa de Voluntariado da Defesa Civil de Salvador e a mensagem do projeto de lei que reorganiza a estrutura da Codesal e dá outras providências, documento este que será encaminhado à Câmara de Vereadores ainda nesta terça.
PrevençãoAinda dentro da atuação na comunidade, haverá capacitação, chamada de exercícios simulados de desocupação nas áreas de risco. “Vamos fazer todo o treinamento nas comunidades que oferecem maior risco, para que os moradores saibam o que fazer quando o risco for eminente, se devem se abrigar em uma escola ou ginásio de esportes, por exemplo. O que levar de casa, como retirar crianças”, completou o prefeito. 
Dentro das comunidades também serão formados núcleos comunitários de proteção e defesa civil, com a participação de voluntários, que terão um contato direto com a prefeitura para trabalhar nas ações de prevenção. 
Os voluntários também vão atuar como vigilantes pluviométricos, que vão estar treinados para informar à Defesa Civil quando o acúmulo de chuva for maior que o limite de segurança estabelecido em cada área. De acordo com a prefeitura, os pluviômetros vão ter o mesmo padrão dos equipamentos do Cemaden, que já funcionam na cidade. 
Segundo o diretor geral da Defesa Civil, Álvaro Silveira Filho, drones serão utilizados no monitoramento de encostas e também na elaboração de projetos. “Eles vão ser utilizados no acidente e na prevenção e em projetos de contenção de encostas, são equipamentos de última geração que estão sendo trazidos para salvar vidas”, afirmou. Os drones já estão em fase de licitação e os equipamentos devem chegar em breve. 
Já o sistema de alerta e alarme não tem fornecedor na Bahia, e devem demorar um pouco mais para começarem a ser implantados. As comunidades que foram atingidas pelas chuvas com maior intensidade esse ano terão prioridade na instalação dos equipamentos. Segundo Álvaro, os equipamentos também devem ser deslocados. “Essas áreas vão ter intervenção com obras. Então, quando percebermos que não há mais risco nessas áreas, os equipamentos vão ser retirados e colocados em outros locais da cidade”, explicou. 

Mototaxistas fazem protesto contra projeto de regulamentação em Amaralina

Manifestação começou pouco depois das 16h30, em frente a sede da Semob
Eduardo Bittencourt (eduardo.bittencourt@redebahia.com.br)
Atualizado em 15/09/2015 18:35:23
  
Cerca de 50 mototaxistas realizam uma manifestação na tarde desta terça-feira (15) no bairro de Amaralina. De acordo com informações da Central de Polícia, a manifestação começou pouco depois das 16h30, na Rua Visconde Itaboraí, em frente a sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
De acordo com informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), a manifestação acontece próxima a uma blitz da Polícia Militar. Uma viatura do órgão foi enviada ao local para acompanhar o protesto. Ainda segundo a Transalvador, os manifestantes não chegaram a invadir a via.
Segundo o presidente do Sindicato dos Motociclistas, Motoboys e Mototaxistas (Sindmoto), Henrique Balthazar da Silveira, a manifestação é contra alguns itens do projeto de regulamentação dos mototaxistas. Entre esses itens, estão a exigência de que os mototaxistas atuem em trajetos mais curtos e a obrigatoriedade das motocicletas terem uma idade máxima de quatro anos. 
"Nós não aceitamos de jeito nenhum que o mototaxista esteja proibido de rodar a cidade inteira. Mototaxista tem que funcionar igual a táxi. Não trabalhamos com frota", disse Henrique ao CORREIO.
O presidente do Sindmoto se diz preocupado com as consequências caso esse item permaneça no projeto de lei. "Mototaxista trabalha para si mesmo, inclusive utiliza as motos para passeios domésticos. Daqui a pouco um mototaxista vai estar saindo com a esposa e ter o veículo apreendido, por acharem que ele está rodando a trabalho", afirma Henrique. 
Ao chegarem em frente a Semob, os manifestantes foram levados para o auditório da pasta. Eles se reuniram com a Semob para discutir alguns pontos do projeto de regulamentação. A reunião terminou por volta das 18h30. Não há informações sobre as decisões tomadas após o encontro entre o Sindmoto e a Semob. 
No próximo dia 2 de outubro, uma audiência pública vai discutir a proposta da prefeitura e definir como vai acontecer a regulamentação dos mototaxistas. Em contato com o CORREIO, a Semob informou que vai enviar uma nota à imprensa sobre o assunto ainda na noite desta terça-feira. 
Projeto de lei
Novo projeto de lei para a regulamentação dos mototaxistas, elaborado pela Semob, será encaminhado à Câmara Municipal para votação.  
Segundo o titular da Semob, Fábio Mota, os mototaxistas terão 120 dias após a aprovação da lei para se adequar às normas, mas o regulamento já está quase pronto, em fase de ajustes finais. No novo projeto, as motos terão a cor amarela, placa vermelha, e devem ter, no máximo, quatro anos de uso. De acordo com o  secretário, existe o entendimento de que esse tipo de transporte deve ser feito apenas em trajetos curtos.

Xuxa vai ser substituída em programa na Record após morte de irmão

O irmão da apresentadora morreu aos 57 anos, após sofrer um infarto fulminante
Das redações Correio e iBahia (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 14/09/2015 09:17:13
  
A apresentadora Xuxa Meneghel vai ser substituída em seu programa na Record, que vai ao ar na noite desta segunda-feira (14), por conta da morte do seu irmão, Cirano Rojabaglia, de 57 anos. De acordo com o colunista Flávio Ricco, os apresentadores Ticiane Pinheiro, Rodrigo Faro e Marcos Mion serão os responsáveis por comandar o programa durante a ausência da loira. 
Fotos: Divulgação
O velório do irmão de Xuxa aconteceu na tarde do domingo (13) no cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Acompanhada por parentes e amigos, a rainha dos baixinhos se emocionou muito durante a cerimônia. 
(Foto: Ag.News)
Cirano Rojabaglia morreu aos 57 anos, neste último sábado (12). Ele estava em Ilha Grande com o filho, Pedro, e sofreu um infarto fulminante. Luciano Szafir, com quem a apresentadora foi casada e que é pai de sua filha, Sasha, também esteve no local.
Xuxa chegou por volta das 15h45, com o rosto abatido coberto por óculos escuros e acompanhada do namorado, Junno Andrade, e da filha. Após o velório e antes do cortejo começar, Xuxa foi fotografada sem os óculos escuros, chorando e com os olhos muito vermelhos, e foi amparada pelo irmão, Blad, e pelo namorado, Junno.
(Foto: Ag.News)
Sasha também estava visivelmente abalada e foi acompanhada pelo pai, Luciano Szafir. Fisicamente debilitado, o pai da apresentadora deixou a capela em uma cadeira de rodas.

SALVADOR; Empresa que exigia recepcionista “branca” assina acordo com MPT

Caso não cumpra acordo, empresa terá que pagar R$3 mil de multa por cada item descumprido e por cada empregado prejudicado
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 15/09/2015 17:20:40
  
A empresa CM Morgado Produções assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a um anúncio de emprego considerado racista. 
No TAC, a CM Morgado Produções se comprometeu a produzir 3.500 cartilhas informativas contra assédio moral e práticas discriminatórias, além de ser obrigada a não mais tornar público qualquer tipo de anúncio de emprego que contenha exigências ilegais.A impressão das cartilhas é uma espécie de indenização por danos morais coletivos.
O MPT irá utilizar as cartilhas em campanhas de conscientização da sociedade. No acordo, a CM Morgado Produções se comprometeu a dar ampla visibilidade ao material, seja com seus empregados ou com as empresas parceiras. Ela deve manter sempre uma cópia do docuemtno em local visível e de fácil acesso e também publicar nas redes sociais. 
Caso não cumpra as obrigações, a empresa terá que pagar R$3 mil de multa por cada item descumprido e por cada empregado prejudicado. Caso a multa seja aplicada, o dinheiro pode ser revertido para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), destinada à promoção de eventos, seminários, publicação de cartilhas ou para doação de bens a entidades públicas ou privadas.
Anúncio racistaPublicado na rede social Facebook, o anúncio pedia por recpecionistas para eventos, de 18 a 25 anos, acima de 1,70m, bonitas e “somente de pele branca”. O anúncio gerou reações de internautas por ter caráter preconceituoso. Com a repercussão do caso, a empresa apagou a publicação e se retratou com a população baiana, dizendo ter sido vítima de má interpretação.
Apesar da justificativa da empresa, o produrador Pedro Lino de Carvalho Júnior instaurou um inquérito para apurar o caso. 
Segundo o MPT, racismo "consiste em uma atitude depreciativa não baseada em critérios científicos em relação a algum grupo social ou étnico, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano". 

Reforma política oculta origem das doações a candidatos, dizem analistas

Para juiz da Ficha Limpa, mudança foi aprovada em reação à Lava Jato. Relator do projeto na Câmara culpa Senado; Dilma tem poder para vetar regra.
14/09/2015 16h02 - Atualizado em 14/09/2015 16h48

Por Renan Ramalho e Vitor Matos
Do G1, em Brasília*

Um trecho do projeto de lei da reforma política recém-aprovado pelo Congresso deverá impedir que os eleitores saibam quais empresas financiam a campanha de candidatos, segundo especialistas ouvidos pelo G1.
Caso o texto seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff como aprovado pelo Legislativo, alertam, ficará oficializada a chamada "doação oculta", confrorme destacou a edição desta segunda-feira do jornal "O Estado de S. Paulo".
 As mudanças aprovadas pelo Congresso limitaram as doações de empresas somente aos partidos políticos, vedando aquelas feitas diretamente aos candidatos, como permitido atualmente. Mesmo com a possibilidade de doar aos políticos, muitas empresas doam aos partidos, que, por sua vez, repassam os valores aos candidatos.
Uma resolução aprovada no ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, exige que, nesses casos, a origem da doação repassada pelo partido ao candidato seja identificada, permitindo que se saiba quais empresas financiaram a campanha do político individualmente.
A redação final do texto, aprovada na Câmara, acaba com esse rastreamento. Pelo texto, ficou definido que os valores repassados pelos partidos aos candidatos serão declarados somente como doação das próprias legendas, "sem individualização dos doadores".
 O ministro do TSE João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, afirmou, em entrevista à TV Globo, que o texto prejudica a transparência, pois não impede a empresa de combinar com o partido a quem repassar a doação, sem que o candidato precise declarar o repasse em sua prestação de contas.
“É preciso verificar se houve algum tipo de benefício prometido ou realizado pelo parlamentar em troca da doação. Já é um trabalho muito difícil de realizar. Se o investigador não saber quem doou para o candidato, fica impossível de saber. Vai se apagar um dos aspectos mais importantes da investigação”, afirmou o juiz.
"O que vai acontecer agora é que um doador vai dar R$ 1 milhão para o partido, mas R$ 900 mil era para fulano de tal, determinado candidato. Acho que isso [não declarar a origem do dinheiro] compromete a transparência. Você não vai saber para quem a empresa doou. Prejudica o princípio da transparência e mascara de uma certa forma a doação", complementou o ministro.
 Presidente do TSE, o ministro Dias Toffoli, declarou ser contra a alteração e que o tema será debatido pelo tribunal novamente no ano que vem. "Penso que o certo era manter a obrigação em sempre informar a origem dos recursos. Isso será debatido pela Corte quando da votação das resoluções para 2016", disse.
 
Críticas
 O juiz eleitoral Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa e integrante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, diz que a nova legislação foi aprovada com o "propósito claro" de impedir os eleitores de saberem quem os financiou.
 "Se impede que um candidato tenha o nome vinculado a empresas envolvidas em escândalos e vice-versa. Impede identificar empresas não querem ver seu nome ligada a políticos comprometidos", diz o juiz. "Impede que as pessoas saibam as empresas da Lava Jato que doarão para políticos em 2016", completa.
 Reis lembra que uma das principais investigações da Operação Lava Jato se dá sobre as doações eleitorais feitas por grandes empreiteiras a políticos. Em várias delas, o Ministério Público suspeita que elas são oriundas de valores desviados da Petrobras, pagos em forma de propina aos políticos, por permitirem sua contratação.
 O presidente Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, contrário à própria doação por empresas, também criticou a mudança, classificando-a de "desserviço ao Brasil".
"A resolução do TSE implementou uma antiga aspiração da sociedade brasileira assegurando transparência nas doações de campanhas. A nova lei vai na contramão da história e é um desserviço ao Brasil justamente num momento em que queremos aprofundar o conhecimento sobre doadores", disse.


Aprovação
 Questionado pelo G1 sobre a aprovação da regra, o relator do projeto da reforma na Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), culpou o Senado pela redação. Ele disse que, como não houve "polêmica" durante sua votação final pelos deputados, acabou sendo aprovado.
"Foi um tema que não gerou polêmica, como ninguém tratou dele comigo, ficou. Não houve polêmica com ele na Câmara por ter sido a votação muito rápida. Cabe agora à presidente decidir", disse o parlamentar, em relação à possibilidade de veto pela presidente Dilma Rousseff.
Ele admitiu, no entanto, ter notado a inclusão dele no texto que veio do Senado. "Eu vi. Eu só tratei do que teve polêmica. Me concentrei naquilo que teve polêmica. Como não teve polêmica, deixei".
Durante a votação final do texto no Senado, o relator do projeto na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu que mudanças propostas ao texto que permitiam identificar as doações fossem rejeitadas, porque, na versão aprovada pelos senadores, as empresas sequer poderiam doar para campanhas eleitoais, de partidos ou de candidatos.
 Autor das propostas, o senador Antônio Reguffe (PDT-DF) defendeu na sessão que a rastreabilidade fosse mantida, mesmo que somente para doações de pessoas físicas. Mesmo assim, Jucá se manteve contrário.
 "Eu vou dar um parecer contrário, porque acho que uma pessoa física que doa um recurso para um partido não pode ter seu nome seguido para um candidato a vereador na ponta, que ele não conhece, porque ele não doou para aquele vereador. Como é que a pessoa física vai estar ligada a isso?", afirmou Jucá durante a discussão no plenário do Senado.
 "Se o candidato aceita o recurso, é justo que o eleitor desse candidato saiba qual é a origem desse recurso. Apenas isso", rebateu Reguffe. Ao final da votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sequer colocou as propostas de identificação em votação, por considerá-las "prejudicadas", já que a doação por empresas estava sendo rejeitada.
* Colaboraram Lucas Salomão, do G1 em Brasília, e Mariana Oliveira, da TV Globo


REFORMA POLÍTICA
Entenda as mudanças debatidas
principais pontos

Ex-jogador Edílson é indiciado por quatro crimes em investigação da PF

Entre os crimes estão lavagem de dinheiro e tráfico de influência; ele nega. Ex-jogador prestou depoimento e, segundo delegada, segue em liberdade.
14/09/2015 19h21 - Atualizado em 14/09/2015 21h31

Por Sílvio Túlio e Elisângela Nascimento
Do G1 GO



 Investigado na operação contra fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), o ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como Edílson Capetinha, foi indiciado, nesta segunda-feira (14), por crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Em depoimento à Polícia Federal, nesta tarde, ele negou as acusações e segue em liberdade.
"Edílson foi indiciado com as provas contidas na investigação e que são corroboradas com o material apreendido na casa de alguns investigados. Isso reforça o contato direto entre ele e os principais investigados", disse a delegada Marcela Siqueira, responsável pelas investigações.
Ela explicou que a participação dele era no recrutamento e acesso aos gerentes da Caixa para participarem do esquema, mas, por enquanto, não há ordem judicial para prisão do ex-jogador.

Às vezes, a gente sofre por ser uma pessoa famosa"
—  Edílson
"Agora vamos confrontar os depoimentos, e o material apreendido será periciado. Depois, com a investigação concluída, será encaminhada ao Ministério Público", acrescentou.
Um dos advogados de Edílson, Wilson Ribeiro afirmou ao G1 que "não há nada comprovado" contra o ex-jogador. Segundo ele, o processo ainda está em fase de investigação.
Depoimento
Edílson prestou depoimento, por mais de três horas, na sede da Polícia Federal, em Goiânia, na tarde desta segunda-feira. Ao sair, disse que está "com a consciência tranquila" e que acredita que os fatos serão esclarecidos.
"Fiz o meu papel de cidadão. Fiz questão de vir a Goiânia para ajudar na investigação. Não ia deixar meu nome ser jogado no lixo", afirmou o ex-jogador.
Ele lamentou ter o nome ligado a uma denúncia de fraude. "Não tenho participação nenhuma nesse esquema. Às vezes, a gente sofre por ser uma pessoa famosa. Muita gente liga oferecendo coisas. Isso tudo é prejudicial a mim e à minha carreira. Tenho serviços prestados ao Brasil. Estou com a consciência tranquila", ressaltou.
Conforme a assessoria de imprensa da PF, Edílson chegou às 14h10 à sede do órgão, no Setor Bela Vista, em Goiânia, acompanhado de dois advogados e um assessor. Ele foi ouvido pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.
A assessoria da PF informou ao G1 que foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do ex-jogador, na Bahia. Mesmo assim, o próprio Edílson se dispôs a prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal em Goiás, estado que comanda a investigação.
A imprensa não foi autorizada a acompanhar o depoimento.
Também advogado de Edílson, Thiago Phileto informou ao G1 nesta tarde que o ex-jogador desembarcou em Goiânia no início da manhã desta segunda-feira para prestar depoimento. Ele disse que seu cliente também deve se apresentar à PF da Bahia.
"Eu vou levá-lo amanhã ou quarta-feira na PF de Salvador para ser interrogado. Vamos levar extrato de movimentação financeira e outros documentos pra provar que ele não tem nada a ver com isso", afirmou o defensor.
Escutas telefônicas
 De acordo com o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), Edílson tinha um “relacionamento próximo” com um dos chefes da quadrilha investigada na Operação Desventura. Ele foi flagrado em escutas telefônicas conversando com integrantes do grupo.
“As conversas mostram que ele tinha um relacionamento próximo com um dos líderes, inclusive, de negócios. Mas a função do ex-jogador era apenas a de usar da fama e as grandes movimentações financeiras que fazia para aliciar gerentes do banco para as fraudes. Por isso, consideramos que ele atuava no escalão inferior da organização”, afirmou ao G1 o procurador Hélio Telho.
Ex-jogador Edílson depõe na sede da PF em Goiânia, Goiás, sobre fraudes em loterias (Foto: Vanessa Martins/G1)
Ex-jogador Edílson negou ligação com fraudes em
 loterias (Foto: Vanessa Martins/G1)
Segundo ele, o ex-jogador foi flagrado em escutas, autorizadas pela Justiça Federal, no início deste ano. “Nessas conversas ele recebe instruções de como deveria proceder para aliciar os gerentes”.
O MPF chegou a pedir a prisão do ex-jogador, mas a Justiça Federal negou. “Ainda não tive acesso ao teor do documento para saber o motivo da negativa. Mas foram realizadas buscas na casa de Edílson e ele deverá ser ouvido para prestar esclarecimentos. Se os elementos comprovarem a participação dele nas fraudes, ele poderá responder por organização criminosa e estelionato”, destacou o procurador.
Na última sexta-feira (12), o advogado Thiago Phileto disse que a polícia pode, de fato, ter encontrado nas escutas telefônicas algum contato do ex-jogador com um dos presos na operação, de prenome Eduardo. "Ligação telefônica pode ter. [Eduardo] procurou por ele [Edílson] propondo assessoria jurídica e de imagem. É um caça-artistas", disse Phileto, ao destacar que o contato foi profissional e não relacionado às fraudes denunciadas.
Operação Desventura
 O ex-jogador está entre os investigados pela Polícia Federal na Operação Desventura, deflagrada na última sexta-feira (11). Agentes da PF estiveram na residência do ex-jogador para cumprir mandado de busca e apreensão e apreenderam discos rígidos e computadores. Ele negou qualquer envolvimento.
No total, foram expedidos 54 mandados judiciais contra o grupo em Goiás, na Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Segundo assessoria de imprensa da PF, até o início da tarde desta segunda-feira (14), destes, 13 eram para prisões preventivas e temporárias, sendo os seis em Goiás. No total, 10 pessoas já foram detidas, incluindo as três no estado. Já das do total de 22 mandados de conduções coercitivas, 19 foram cumpridos. Os 19 de busca e apreensão foram todos realizados.
PF apreendeu cartões bancários com suspeitos de fraudes na loteria (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
PF apreendeu cartões bancários com suspeitos
 de fraudes (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Segundo a corporação, a investigação, iniciada em outubro do ano passado, apontou que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam os responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.
 Ainda segundo a PF, quando os criminosos estavam de posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.
 "A fraude não está no sorteio, ela está na validação fraudulenta dos bilhetes. Qualquer bilhete premiado tem o prazo de 90 dias para ser retirado. O sistema da Caixa emite um alerta quando faltam oito dias para prescrever esse bilhete. Com base nessas informações privilegiadas, servidores da Caixa repassavam quais seriam esses bilhetes para membros da quadrilha", explicou a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira.
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que “já vem colaborando com as investigações da Operação Desventura” e que “manterá cooperação integral com as investigações em curso”. A instituição destacou, ainda, que “está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco”.
Financiamentos
 Segundo a delegada, o grupo também alterava o sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de vários estado e conseguia retirar financiamentos ainda não quitados do registro de veículos.“De posse de informações sigilosas, eles obtinham senhas de gerentes específicos, entravam em um sistema que migra para o do Detran e, com isso, conseguiam tirar gravames de veículos de diversas instituições financeiras”, explicou.
Além disso, a delegada explicou que a quadrilha usava cartões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e do ConstruCard, que é o financimento da Caixa para a compra de materiais de construção, para cometer o crime.
“A fraude não é estrutural, ela é na comprovação da obtenção do dinheiro nos estabelecimentos. Eles [quadrilha] entravam em contato com os comerciantes e empresários para passar esses cartões e simular compras inexistentes”, relatou.
 Em nota enviada ao G1, na última sexta-feira, a assessoria de imprensa do BNDES informou que está buscando mais informações sobre a investigação em curso para avaliar que medida deverá adotar em relação ao caso.
Sede da Polícia Federal em Goiânia, Goiás (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Edílson depõe na sede da Polícia Federal, em Goiânia (Foto: Sílvio Túlio/G1)

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