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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Advogado envolvido em acidente que matou publicitário é indiciado

Roberto João Starteri Sampaio Filho, 39 anos, foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal grave e crime de trânsito;
Diogo Costa (diogo.santos@redebahia.com.br)
Atualizado em 16/09/2015 20:20:15
  
Publicitário morreu em acidente
(Foto: Reprodução/Facebook)
O advogado e professor universitário Roberto João Starteri Sampaio Filho, 39 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de homicídio doloso, crime de trânsito e lesão corporal grave por envolvimento no acidente que matou o publicitário Daniel Prata e deixou sequelas na médica Luciana Tavares, em novembro do ano passado na avenida ACM, no Itaigara.
O inquérito, conduzido pelo titular da 16ª Delegacia (Pituba), delegado Nilton Tormes, foi finalizado no início deste mês, e divulgado nesta quarta-feira (16). O advogado estava a cerca de 140 km/h no momento do acidente. 
Segundo Bruno Nova, advogado de defesa da família do publicitário, o resultado da investigação policial já foi encaminhado ao Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA), que será responsável por oferecer denúncia à Justiça, em caso de concordância com o parecer policial.
Segundo o MPE, o caso será analisado pela promotora Rita Marcia Leite, que terá 30 dias para conclusão. Caso o dolo seja acatado, Roberto poderá ir a júri popular. Se condenado, poderá cumprir até 25 anos de prisão. 
“A perícia técnica feita sobre as imagens do acidente foi conclusiva, foi firme em apontar como causa para o acidente, causa para a colisão, a forma como o acusado (Roberto) estava dirigindo o veículo.  A forma como ele estava conduzindo o veículo impossibilitou qualquer ponto de escapada. Então, da forma como dirigia, ele não tinha como escapar do acidente”, explicou o Nova.
Alta velocidadeDe acordo com o inquérito policial, no momento do acidente, “a caminhonete dirigida pelo acusado (Roberto) possuía velocidade entre 135,60 km/h e 140,12 km/h”, enquanto “o veículo da vítima teria imprimido velocidade não inferior a 9,70 km/h e não superior a 9,96 km/h”. A velocidade permitida na via era de 70km/h, dobro da que se encontrava o veículo do professor universitário no momento da colisão. 
Advogado Roberto João Starteri
(Foto: Reprodução)
Ainda segundo Nova, pelo fato de as imagens serem conclusivas, não foi considerada na perícia o estado de embriaguez do acusado, que havia consumido bebida alcoólica antes do acidente.
Ele acredita que o Ministério Público dará parecer favorável a investigação policial. “O nosso entendimento é de que o inquérito está bastante robusto, bastante equilibrado. Não há como chegar, diante de uma conjuntura fática e técnica do serviço investigatório, a uma outra conclusão. Efetivamente, o acusado assumiu o risco e se mostrou indiferente a provocação desse resultado, que foi a morte e a lesão corporal grave”, avaliou.  
Procurado pelo CORREIO, Sérgio Habib, advogado de Roberto Starteri, informou que aguardará o parecer do MPE para organizar a defesa do cliente.
“O que há, no momento, é o que a polícia concluiu. Temos que aguardar o Ministério Público. Nós usaremos as provas periciais. O sinal estava aberto para ele (Roberto). Além disso, ele deu sinal de luz para, freou o veículo”, disse. Nas imagens anexadas ao inquérito, não é possível, no entanto, visualizar frenagem do veículo conduzido por Roberto nem sinais de luz.
Antes de se envolver no acidente que matou o publicitário e lesionou a médica, Roberto Starteri já havia se envolvido em outro acidente de trânsito, na cidade de Palmeiras, na região da Chapada Diamantina. Na ocasião, o advogado estava embriagado e deixou uma pessoa ferida. 
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