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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Transgênero sofre perseguição depois de fazer alistamento militar em SP

Jovem recebeu ligações de desconhecidos e teve suas fotos viralizadas na rede
Da Redação (redacao@redebahia.com.br)
Atualizado em 28/09/2015 17:46:02
  
Uma jovem transgênero de 17 anos denunciou ter sido alvo de uma perseguição de militares depois de comparecer ao Exército para resolver questões referentes ao alistamento militar. O caso aconteceu na última quarta-feira (23), em São Paulo, onde Marianna Lively mora.
Fotos de Marianna Lively na base militar foram feitas por soldado que a atendeu para resolver problemas relativos ao alistamento militar; capitão confirmou suspeita (Foto: Reprodução/Facebook)
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"Me trataram normalmente, sem preconceito e com educação. Porém, no mesmo dia quando era 14h começaram algumas ligações estranhas em minha residência, pessoas desconhecidas do RJ, SP, Brasília e Ceará, procuravam por David (meu nome de registro)", escreveu em um desabafo publicado no Facebook.
A jovem conta que essas pessoas desconhecidas que ligavam para sua casa, caçoavam dela por ser trans, outras diziam terem gostado dela e queriam manter contato, além disso, Marianna foi avisada por uma amiga que mora em São Paulo, que suas fotos estavam circulando por redes sociais e aplicativos de mensagens.
(Foto: Reprodução/Facebook)
Foi nesse momento que ela teve a dimensão do que estava acontecendo. Pelas fotos que a amiga mandou, Marianna concluiu que foi o soldado que a atendeu nas dependências do quartel quem tirou as fotos e viralizou o caso.
No dia seguinte, a jovem resolveu pedir esclarecimentos sobre o caso na base militar onde havia feito o alistamento.
O capitão admitiu o acontecido, pediu desculpas pelo transtorno e prometeu punir o responsável. Como conselho, sugeriu que a garota "trocasse o número do telefone".
Insegura, Marianna prestou queixa na delegacia, mas foi advertida pelo delegado que não teria muito o que se fazer, uma vez que o ocorrido foi dentro de uma unidade militar e ela teria que procurar a Polícia do Exército.
Revoltada, a jovem escreveu sobre o caso no Facebook e se disse disposta a ir até a última instância para esclarecer essa questão.
"Não deixarei passar batido, pois não quero que outras pessoas passem pelo mesmo, ou até pior", escreveu. Até o momento a assessoria do Exército não se pronunciou.


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