Com investimento de R$10 milhões, o programa vai atender bibliotecas da capital e do interior
Num mundo cada vez mais digital, as bibliotecas passaram a ser vistas como ambientes afastados da tecnologia dos tempos atuais.
O programa Recode, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e executado pela organização social CDI, quer reverter esse quadro usando a tecnologia para incentivar a leitura e disseminar cidadania entre as comunidades através de bibliotecas públicas brasileiras.
(Foto: Léo de Azevedo/ Divulgação)
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A expectativa é que 300 mil usuários de bibliotecas sejam impactados pela iniciativa. “As bibliotecas competem hoje com uma era de shoppings, smartphones e redes sociais. Elas ainda não conseguiram acompanhar essa aceleração. Temos que agregar essa questão tecnológica à biblioteca, que precisa se abrir mais. Se não, ficamos parados no tempo”, disse a professora Hildenise Ferreira Novo, diretora do Instituto de Ciência da Informação da UFBA.
Com um investimento de R$10 milhões, o programa vai capacitar 48 bibliotecários de todo o país para que eles desenvolvam projetos que envolvam tecnologia e leitura em suas comunidades. “Os projetos têm que envolver inovação e tecnologia.
A ideia é que os bibliotecários pensem ‘o que eu posso fazer com essa tecnologia que vai ampliar, não só o número de usuários das bibliotecas mas também trazer novos serviços e de mais qualidades para as bibliotecas’”, afirmou Edson Alves, coordenador do projeto. A primeira fase de capacitação dos bibliotecários participantes da região Nordeste ocorreu nesta terça-feira (29).
A Bahia é o estado com maior participação no programa. Ao todo, oito bibliotecas baianas – localizadas nas cidades de Mata de São João, Salvador, Candeias e Alagoinhas - vão integrar a iniciativa, que prevê, além da capacitação dos bibliotecários, a doação de 10 computadores à cada biblioteca participante.
As bibliotecas participantes foram escolhidas através de um edital que exigiu, entre outros itens, que as unidades estivessem instaladas em municípios com mais de 30 mil habitantes. “O objetivo é que o bibliotecário se torne o representante daquele equipamento público naquela comunidade e que ele consiga não só encher a biblioteca de gente mas que dê significado e crie uma relação de pertencimento com a comunidade, que as pessoas construam suas histórias com as bibliotecas”, disse Edson.
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