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sexta-feira, 4 de março de 2016

Grupos anti e pró Lula brigam na casa do ex-presidente e em aeroporto de SP

Sindicalistas agrediram um fotógrafo durante um protesto em São Bernardo.
PF cumpriu mandado de condução coercitiva pela Operação Lava Jato.

Tatiana Santiago, Kleber Tomaz e Tahiane StocheroDo G1 São Paulo

A notícia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conduzido coercitivamente por policiais federais para prestar depoimento pela 24ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta sexta-feira (4) se espalhou rapidamente e movimentou a frente do prédio onde reside o petista, em São Bernardo do Campo, no ABC, e o saguão do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, onde Lula prestou depoimento por cerca de três horas.
Houve tumulto e diversos confrontos entre manifestantes pró e contra Lula. A Polícia Militar precisou intervir e pelo menos três pessoas foram detidas.
A confusão começou quando vários manifestantes se reuniram em frente ao edifício de Lula, na Avenida Prestes Maia, desde cedo. Enquanto a vizinhança gritava "Fora Lula" e "Fora PT", carros passavam buzinando em apoio à manifestação. A via está totalmente bloqueada, nos dois sentidos. Por volta das 7h30, um grupo de sindicalistas que apoiam o ex-presidente agrediu um fotógrafo que apoiou o protesto. "Levei socos, tapas e chutes", contou o fotógrafo independente, de 50 anos, que não quis se identificar.
Com a chegada da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e Polícia Federal os ânimos se acalmaram um pouco. Mas a tranquilidade não durou muito tempo. Uma mulher que passava pelo local de carro teve o veículo atingido por arranjo de flores, jogado por um grupo pró Lula. Os manifestantes contrários ao ex-presidente reagiram e ocorreu mais uma briga.
Fogos de artifício também foram soltos em frente ao prédio de Lula. Segundo os manifestantes, foi um ato em comemoração à condução coercitiva do ex-presidente para prestar depoimento à PF. Por volta das 9h50, houve um tumulto generalizado e mais briga. Policiais militares usaram cassetetes e pelo menos um homem foi ferido.
De acordo com o major da PM Fábio, dois homens também foram detidos. Um deles por racismo, por ter chamado um petista de "macaco", e outros dois por agressão - um por ter batido em manifestante e outro por ter agredido um policial. Os três detidos foram levados para a delegacia.
Homem foi ferido em ação da polícia para dispersar confusão de manifestantes em frente ao prédio onde vive ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo (SP) (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Homem foi ferido em ação da polícia para dispersar confusão de manifestantes em frente ao prédio onde vive ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo (SP) (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Homem fica ferido após tumulto em frente à casa de Lula (Foto: Tatiana Santiago/G1)Homem fica ferido após tumulto em frente à casa de Lula (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Grupo pró-Lula protesta em frente da casa do ex-presidente em São Bernardo do Campo (Foto: Tatiana Santiago/G1)Grupo pró-Lula protesta em frente da casa do ex-presidente em São Bernardo (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Confusão em Congonhas
Cerca de 50 pessoas se reuniram em frente à delegacia da Polícia Federal, no Aeroporto de Congonhas, na manhã desta sexta-feira fazendo fotos e gritando frases contra o PT, como "ladrão", "algema" e "a bandeira nunca será vermelha". Um homem começou a fazer um "L" com as mãos e começou a bater no peito, demonstrando orgulho por ter votado em Lula.
Em seguida, ele começou a ser criticado e trocar insultos com pessoas que se manifestavam contra o ex-presidente. Houve um tumulto e seguranças da PF separaram os grupos. A PM  informou ao G1 que está com 50 policiais militares no aeroporto, incluindo os que estão no prédio das autoridades.
O vereador do PCdoB Jamil Murad foi até a frente da delegacia e começou a ser chamado de "vagabundo" e "bandido" pelos manifestantes. "O Brasil está entrando em um regime de golpe, isso aqui é um golpe, um golpe jurídico contra quem foi eleito legitimamente presidente. Eles querem interromper o mandato da presidente e querer cassar aqueles que defendem o Brasil", disse ele.
O político filiado ao PT Devanir Ribeiro esteve na delegacia e também saiu protegido por policiais, porque as pessoas começaram a gritar contra ele. Dois grupos fazem protestos no local, contra o ex-presidente Lula. Um deles no saguão, e outro em frente ao prédio onde autoridades são recebidas e onde o petista é ouvido pela PF.
Assim que souberam que o depoimento de Lula havia acabado, no fim da manhã, os manifestantes pró-governo federal saíram do aeroporto e seguiram até a porta do Saguão das Autoridades, que fica a cerca de 1 km da entrada principal do terminal.
Lá, o grupo entrou em confronto com manifestantes contrários ao PT que protestavam na avenida. A PM interveio (assista ao vídeo acima). Depois de passar mais de uma hora lá, os manifestantes retornaram ao saguão de Congonhas e novamente houve bate-boca.

24ª Lava Jato
A Operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegou à 24ª fase nesta sexta-feira. Segundo a PF, a operação ocorreu na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação da PF.
O ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e foi levado para prestar esclarecimentos no posto da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na Zona Azul da capital. Às 8h41, ele foi levado para depor à PF em um carro descaracterizado. O Instituto Lula disse que vai divulgar uma nota ao longo do dia sobre a operação desta sexta. O Instituto também afirmou que a entidade e o presidente Lula "sempre prestaram todas as informações solicitadas pelas autoridades".
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, também é alvo de outro mandado de condução. A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula, na casa e empresa dos filhos dele e no sítio que era constantemente frequentado por Lula, em Atibaia.
Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de “Aletheia”. O termo é uma é uma referência a uma expressão grega que significa “busca da verdade”.
No Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos na capital, assim como na Bahia. Já em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.
Confusão envolvendo apoiadores e pessoas contrárias ao governo do PT em frente ao prédio onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista (Foto: Reprodução/GloboNews)Confusão envolvendo apoiadores e pessoas contrárias ao governo do PT em frente ao prédio onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (Foto: Reprodução/GloboNews)
Investigações
De acordo com o Ministério Público Federal (PMF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao Lula e pessoas associadas.
Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e do sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-Presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.
No dia 29 de fevereiro, o procurador da República Deltan Dallagnol enviou uma manifestação à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja mantida dentro da Operação Lava Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Dallagnol destacou que possíveis vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido repassadas durante o mandato presidencial do petista.
 
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Morre Tony Dyson, que construiu o original R2-D2 de 'Star Wars'

Ele foi contratado para fazer oito robôs R2-D2 para a saga de George Lucas. Professor britânico de 68 anos foi encontrado morto em sua casa.
04/03/2016 11h04 - Atualizado em 04/03/2016 11h16

Do G1, em São Paulo

Tony Dyson, que construiu o original R2-D2 de 'Star Wars' (Foto: Divulgação)
Tony Dyson, que construiu o original R2-D2 de 'Star Wars' (Foto: Divulgação)
O professor Tony Dyson, que construiu o original robô R2-D2 da saga "Star Wars", morreu em sua casa na ilha de Gozo, no Mar Mediterrâneo, parte da República de Malta.
Segundo o site da BBC, o britânico de 68 anos foi encontrado pela polícia depois que um vizinho ligou preocupado que a porta da casa estava aberta.
Provavelmente Dyson morreu de causas naturais, mas uma autópsia está sendo realizada.
Dyson foi contratado para fazer oito robôs R2-D2 para a saga de George Lucas. Ele disse que trabalhar nisso foi "um dos períodos mais emocionantes da minha vida".
O visual de R2-D2 foi criado pelo designer Ralph McQuarrie, que também criou Darth Vader, Chewbacca e C-3PO.
Dyson também trabalhou em "Superman ll" e "007 Contra o Foguete da Morte", e foi indicado a um Emmy por seu trabalho em efeitos especiais.
Tony Dyson, que construiu o original R2-D2 de 'Star Wars' (Foto: Divulgação/Site oficial)
Tony Dyson, que construiu o original R2-D2 de 'Star Wars' (Foto: Divulgação/Site oficial)

Corpo de Rian Brito, neto de Chico Anysio, chega ao Rio

Velório e cremação, que aconteceriam hoje, foram cancelados pela família. Perícia constatou que causa da morte do rapaz foi asfixia por afogamento
04/03/2016 12h27 - Atualizado em 04/03/2016 13h04

Do G1 Rio


 O corpo de Rian Brito, de 25 anos, neto do humorista Chico Anysio, chegou no fim da manhã desta sexta-feira (4) ao Rio de Janeiro. O rapaz, que estava desaparecido desde o último dia 23, foi encontrado morto na quinta-feira (3), numa praia de Quissamã, município do Norte Fluminense.
Inicialmente previsto para a tarde desta sexta-feira, o funeral de Rian foi cancelado pela família de manhã cedo. Segundo informações do cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio, o corpo de Rian seria velado na capela 1 e depois seguiria para a cremação.
O Cemitério São Francisco Xavier, que também fica no Caju, onde o corpo de Rian também poderia ser velado – seguindo o mesmo ritual fúnebre do avô, em 2012 – também informou que a reserva de capela foi cancelada.
O laudo da necropsia realizada no corpo de Rian aponta como causa da morte asfixia por afogamento, como informou a Polícia Civil na quinta-feira à noite. O corpo, encontrado pela manhã na areia da Praia de Flecheiras, no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, estava em estado avançado de decomposição. Segundo a polícia, a identificação só foi possível por meio de exame papiloscópico - que analisa as impressões digitais.
Uma força-tarefa havia sido montada para localizar Rian, e na segunda-feira (29), roupas e documentos do jovem foram achados na Praia do Paulista, também na restinga.
Rapaz estava em jejum, diz delegada
 De acordo com a delegada Ellen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil, Rian estava jejuando há vários dias quando viajou para Quissamã, o que pode ter colaborado para o afogamento. "Ele tinha o hábito de jejuar. Uma pessoa que estava jejuando há vários dias provavelmente não estivesse suficientemente nutrido", afirmou a delegada nesta sexta-feira, em entrevista coletiva.
Rian está desaparecido desde terça-feira (Foto: Reprodução/Facebook)
Rian Brito estava desaparecido desde o último dia 23 (Foto: Reprodução/Facebook)


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MORTE DE RIAN BRITO
Neto de Chico Anysio tinha 25 anos.
polícia confirma identidade
parentes lamentam
viagem para quissamã
pertences encontrados
últimas imagens

MPF investiga R$ 30 milhões em doações e pagamentos a Lula

O ex-presidente foi levado para prestar depoimento em São Paulo. MPF diz que não há pressupostos para pedir a prisão do ex-presidente.
04/03/2016 10h55 - Atualizado em 04/03/2016 12h56

Do G1, em São Paulo, e do G1 PR


A 24ª fase da Operação Lava Jato investiga a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) encontraram indícios de que Lula recebeu vantagens indevidas, como um apartamento e reformas em imóveis, além de doações e pagamentos por palestras via Instituto Lula e a empresa LILS Palestras, que pertence ao ex-presidente.
O MPF diz que o instituto recebeu de empreiteiras R$ 20 milhões em doações e que a LILS Palestras recebeu R$ 10 milhões. Investigadores querem saber se os recursos vieram de desvios da Petrobras e se foram usados de forma lícita. Parte do dinheiro foi transferido do Instituto Lula para empresas de filhos do ex-presidente, e o MPF apura se serviços foram de fato prestados.
Entenda as suspeitas contra Lula
“São realmente, que nós sabemos, [empresas] que caracterizavam o núcleo duro do cartel que dilapidou o patrimônio da Petrobras. Isso deve ser investigado com o aprofundamento das investigações”, disse o procurador Carlos Fernandes Santos Lima, em entrevista coletiva em Curitiba, nesta sexta-feira (4).
"Os favores são muitos e são difíceis de quantificar", disse ele, sobre relação do ex-presidente com as empreiteiras. "Não há nenhuma conclusão no momento, mas os indicativos eram suficientes."
O Instituto Lula nega envolvimento do ex-presidente em irregularidades apuradas na Lava Jato e diz que ele nunca cometeu qualquer ilegalidade (confira nota ao final do texto).
A defesa de Lula pediu à Justiça a suspensão da nova fase da Lava Jato, que foi batizada de "Aletheia" (busca da verdade).
Lula em Congonhas (Foto: _)
Lula no aeroporto de Congonhas, onde prestou depoimento à PF
RESUMO DA COLETIVA
 O MPF e a PF citaram, em entrevista em Curitiba, as suspeitas sobre o ex-presidente:
- 47% dos recursos recebidos pela LILS Palestras, entre 2011 e 2014, vieram de empreiteiras envolvidas na Lava Jato: Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC, OAS, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
 - 60% dos recursos do Instituto Lula vieram das mesmas empresas.
- A LILS Palestras e o Instituto Lula, que tem isenção fiscal, tinham uma "confusão operacional".
- Cerca de R$ 1 milhão foi transferido do Instituto Lula para a G4, empresa de um dos filhos do ex-presidente, Fábio Luís. A PF apura se serviços foram prestados.
- Da OAS, Lula teria recebido um triplex no Guarujá, além de reforma e móveis de luxo no valor de R$ 1 milhão;
- Ele teria comprado dois sítios em Atibaia, em nome de terceiros, no valor de R$ 1,5 milhão;
 - Crimes investigados na Lava Jato enriqueceram PT, PMDB e PP e financiaram campanhas eleitorais.
- A OAS teria pagado R$ 1,3 milhão para guardar itens retirados do Palácio Planalto quando Lula terminou o mandato;
- MPF apura se o ex-presidente sabia do esquema de desvio de recursos da petrolífera e se foi beneficiado por ele;

DEPOIMENTO DE LULA
 Foi expedido um mandado de condução coercitiva contra o ex-presidente, que foi ouvido no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O procurador afirmou que não quis marcar um depoimento com antecedência para evitar manifestações.
Arte - 24ª fase - VALE ESTA!!! (Foto: Arte/G1)
"Era necessário ouvi-lo. O MPF tem uma investigação, necessitava ouvir o ex-presidente. Não havia como não fazer a oitiva. Se tivéssemos ter marcado com antecedência, teríamos um risco maior de segurança", disse Santos Lima.
O delegado Igor Romário de Paula afirmou que, provavelmente, o depoimento de Lula foi o mais longo de todas as conduções coercitivas cumpridas na Lava Jato. O depoimento começou às 8h e terminou perto das 11h40.
Nesta sexta, três locais onde a PF cumpria mandados de busca e apreensão foram alvo de protestos: o Instituto Lula, a casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, e no aeroporto de Congonhas. Manifestantes pró e a anti-Lula chegaram a se enfrentar em alguns momentos.
A 24ª fase cumpre 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. Duzendo policiais participam da operação.
Em São Paulo, a ação ocorre na capital, em São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri. Agentes também cumprem mandados no Rio de Janeiro e em Salvador.
VAZAMENTOS
 O procurador Carlos Fernandes Santos Lima afirmou que vazamentos estão atrapalhando investigações da força-tarefa da Lava Jato: "Provas são destruídas. [...] Infelizmente, verificamos que houve vazamento e houve prejuízo da atuação da Polícia Federal. Vamos apurar."
O MPF avaliou que não há pressupostos para pedir a prisão do ex-presidente. "Nesse momento, as investigações não são conclusivas ao ponto de pedir a prisão."
Segundo o procurador, a Operação Lava Jato não tem "nenhuma motivação política". “Nós não temos nenhuma, nenhuma, repito, motivação política. A questão, então, portanto, de hoje foi apenas mais uma etapa da Operação Lava Jato. Outras se seguirão, certamente”. "Somos republicanos: não há ninguém isento de ser investigado no país. Lula não tem foro privilegiado."
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
 O procurador afirmou que a Lava Jato investiga uma organização criminosa infiltrada no governo federal que se utilizava da Petrobras e outras empresas para financiamento político (veja no vídeo abaixo).

Estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventualmente consecução de atos no governo"
—  Carlos Fernandes Santos Lima, procurador
"Essa organização criminosa certamente possui um comando. Foi verificado que o ex-ministro José Dirceu fazia parte deste comando, junto com o ex-tesoureiro Vaccari, entre outros. Entretando, mesmo após a prisão do ex-ministro, a organização criminosa continuou a existir."
"Hoje estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventualmente consecução de atos no governo. Isso ainda é uma hipótese investigativa. Não há nenhuma motivação plausível para esse pagamento de vantagens", disse Santos Lima.
Questionado, ele não respondeu se Lula integra o grupo, mas afirmou que o governo dele foi beneficiado. “O governo dele foi um dos beneficiados pela compra do apoio político e partidário. Estamos investigando", afirmou.

SUSPEITAS
 Segundo o procurador Carlos Fernandes, as nomeações na Petrobras estão sob análise. “Está sob análise todos os atos de nomeação de diretores da Petrobras e outros cargos envolvendo outras empresas e órgãos estatais." Ele afirmou ainda que o MPF apura se o ex-presidente sabia do esquema de desvio de recursos da petrolífera.
Roberto Lima, auditor da Receita Federal, afirmou que houve uma confusão operacional entre a LILS Palestra e o Instituto Lula.
Segundo ele, existe a suspeita de que a estrutura do Instituto Lula foi utilizada para atender a LILS, o que é irregular porque o Instituto é uma organização voltada para fins de direito e cidadania e só deve atuar neste ramo. “Provavelmente, as duas entidades – a empresa e o instituto – se misturaram em função de serem ligadas ao ex-presidente.”

Nesta fase da Lava Jato também é investigada a armazenagem de 10 contêineres, com custos bancados pela OAS – empresa investigada por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
“Também se verificou que os custos de armazenagem de bens retirados do Palácio do Planalto, que nós estamos tentando localização, neste momento, foram pagos pela empreiteira OAS. Esses custos decorrem de depósito de contêineres numa empresa de transporte.” Isso seria um suposto favor ao ex-presidente que precisa ser investigado, segundo o procurador. O conteúdo dos contêineres também precisa ser apurado.

DEFESA E NOTAS
 A defesa do ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de procedimentos relacionados às investigações relacionadas a ele dentro da Operação Lava Jato.
A peça diz que a condução coercitiva do ex-presidente (em que é levado à força para depor) é "desnecessária". "O suscitante [Lula] já prestou um depoimento à Polícia Federal quando
 notificado a fazê-lo em inquérito policial que corre em Brasília, deste ano, conforme documento anexo. Portanto, não há nenhuma base para presumir que, regularmente notificado, não iria repetir um ato de cuja realização não relutara", diz o pedido de suspensão.
Em nota, o Instituto Lula afirmou nesta sexta que a ação da Polícia Federal que realizou buscas na casa do ex-presidente e a condução coercitiva foi "arbitrária, ilegal e injustificável".

A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável"
—  Nota do Instituto Lula
"A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal", diz o texto divulgado pelo instituto que representa o ex-presidente.
Em outro trecho da nota, o Instituto Lula diz que o resultado da "violência" desencadeada nesta sexta pela Operação Lava Jato é "submeter o ex-presidente a um constrangimento público".
"Não é a credibilidade de Lula, mas da Operação Lava Jato que fica comprometida, quando seus dirigentes voltam-se para um alvo político sob os mais frágeis pretextos", diz a nota.
A assessoria do ex-presidente reafirmou ainda que Lula não ocultou ser o dono dos imóveis em Atibaia e em Guarujá ou recebeu vantagem indevida antes, durante ou depois do seu mandato como presidente da República. Ele também jamais se envolver, diz o instituto, em qualquer ilegalidade.




24ª FASE DA LAVA JATO
Lula é um dos alvos da operação
R$ 30 mi em doação e repasse
entenda as suspeitas
alvos da operação
instituto lula: 'ação arbitária'
cristiana lôbo: tensão
confronto entre manifestantes
fotos
repercussão internacional
cobertura em tempo real

Ponte Rio-Niterói recebe homenagem do Google nesta sexta-feira

feira

A Ponte Rio-Niterói completa 42 anos nesta sexta-feira, 4 de março de 2016, e o Google prestou uma homenagem a este símbolo do estado do Rio de Janeiro com um Doodle na sua página principal. A imagem é um desenho da ponte com as letras da marca “Google” sendo exibidas como sombras dos famosos pilares do local, construído sobre a Baía de Guanabara para interligar os municípios de Rio de Janeiro e Niterói.
O Doodle de hoje é exclusivo para o Brasil e foi criado pelo ilustrador convidado Patrick Leger. O desenho mostra parte da paisagem da Ponte Rio-Niterói, sobre a Baía com uma mistura entre natureza e prédios ao fundo. Ela tem 13,29 km de tamanho, sendo 8,83 km deles sobre a água e o tempo de travessia é de 13 minutos, sem engarrafamento. A Cartão-postal do Rio de Janeiro, já faz parte da rotina de tantos fluminenses que é chamada simplesmente de “Ponte” por muitas pessoas no estado. 
Doodle do Google tem homenagem a Ponte Rio-Niterói (Foto: Reprodução/Google)Doodle do Google tem homenagem a Ponte Rio-Niterói (Foto: Reprodução/Google)
A história da Ponte Rio-Niterói
A Ponte Rio-Niterói, que na verdade se chama Ponte Presidente Costa e Silva, afinal foi construída pela administração do Presidente, foi autorizada em 23 de agosto de 1968. O seu projeto foi idealizado por Mario Andreazza, então Ministro dos Transportes. A obra teve o seu início simbólico em 9 de novembro daquele ano, com direito à presença da então Rainha do Reino Unido, Elizabeth II.
A obra demorou pouco menos de seis anos para ser concluída, e foi entregue no dia 4 de março de 1974. Ou seja, 42 anos atrás. Considerada a maior ponte em concreto protendido do hemisfério sul e a 11ª maior ponte do mundo, a Ponte Costa e Silva já foi até a segunda maior do planeta, na época de sua construção.
Construção da ponte teve polêmicas (Foto: Antonio Nery/Ag. O Globo)Construção da ponte teve polêmicas (Foto: Antonio Nery/Ag. O Globo)

A Ponte recebe atualmente mais de 150 mil passageiros por dia, segundo informações da concessionária Ecoponte, em fluxos normais. E, além desta conexão Rio-Niterói feita por muitos trabalhadores diariamente, ela também se tornou um símbolo da saída do carioca, nos feriados, para a Região dos Lagos. Afinal, é o caminho para sair da cidade e ir até as rodovias que ligam às praias.
Polêmicas na Construção
A construção da Ponte Rio-Niterói foi um marco para a época. Pelo projeto, preparado por um consórcio formado por Noronha Engenharia que planejou os acessos, e pela Howard, Needles, Tammen and Bergendorf, que idealizou os vãos principais em estrutura de aço, incluindo as fundações e os pilares.
O canteiro principal se localizava na Ilha do Fundão, e alguns outros em Niterói. A grande estrutura foi fabricada na Inglaterra em módulos. A fabricação final se deu na Ilha do Caju, na Baia de Guanabara. Foi um trabalho enorme, especialmente para a época, e que ficou também marcado por um polêmica.
Passaram-se 1.890 dias entre a assinatura da autorização da mesma e a conclusão, mas 80% da obra foi feita nos 720 dias finais, por conta de uma mudança no consórcio que foi responsável. Neste ritmo acelerado e sem condições para se trabalhar como há hoje, os operários da construção enfrentaram diversos problemas.
Trabalhavam em locais muito altos, sobre as águas com até 20 metros de profundidade e poucos cuidados com a segurança. E, claro, houve acidentes. Oficialmente, conta-se 33 mortes durante a obra. Porém, há relatos de que teria havido muito mais, em torno de 400 fatalidades, mas que a maioria foi abafada pelo regime militar.
Presidente Costa e Silva
Artur da Costa e Silva foi o vigésimo sétimo Presidente da República no Brasil, e segundo da ditadura militar. Governou entre 15 de março de 1967 e 31 de agosto de 1969. Foi sob sua administração que foi promulgado o AI-5, que permitiu o fechamento o Congresso e a cassação de políticos, e institucionalizou a chamada repressão.
Posse do Presidente Costa e Silva, em 1967 (Foto: Foto: Arquivo/Agência Senado)Posse do Presidente Costa e Silva, em 1967 (Foto: Foto: Arquivo/Agência Senado)
Pouco antes de falecer, tinha planos de realizar uma reforma da Constituição, que incluiria a extinção do AI-5. Porém, uma semana antes da data prevista para assinar sua emenda, sofreu um derrame cerebral e foi sucedido por uma Junta Governativa Provisória. Veio a falecer poucos meses depois, e o projeto foi esquecido, abrindo caminho para a Emenda Constitucional 1, que deu posse ao general Médici.
Conheça a história dos Doodles do Google: 

quinta-feira, 3 de março de 2016

OAB diz que pedirá acesso à delação de Delcídio do Amaral

Instituição já pediu acesso aos documentos da Operação Lava Jato.
Presidente da OAB não descarta que entidade faça pedido de impeachment.

Roney DomingosDo G1 São Paulo
OAB (Foto: Roney Domingos/G1)Claudio Lamachia, presidente nacional da OAB (Foto: Roney Domingos/G1)
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, disse nesta quinta-feira (3) na sede da OAB em São Paulo que vai protocolar nesta sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) um requerimento buscando informações sobre a delação premiada do senador Delcídio Amaral.
"Entendemos que os fatos que estão noticiados nesta delação premiada, se confirmados, são fatos gravíssimos, e que a sociedade brasileira precisa efetivamente saber o que lá está colocado. Hoje, a sociedade toda está perguntando-se sobre o que está acontecendo, se os fatos são verdadeiros ou não. Os fatos são gravíssimos e merecem uma apuração rigorosa."
Lamachia disse que os se os fatos noticiados forem verdadeiros, "isso será apreciado imediatamente pela Ordem dos Advogados do Brasil" . "Estarei convocando uma sessão extraordinária do pleno do Conselho Federal e dos 27 presidentes de OAB estaduais para que se faça uma apreciação imediata sobre esse tema."
ARTE - Delcídio do Amaral acusa Dilma e Lula na Lava Jato (Foto: Arte/G1)
Na semana passada, a  OAB requereu ao juiz Sérgio Moro acesso aos documentos da Operação Lava Jato para avaliar a possibilidade de um pedido de impeachment contra a presidente da República.
"Se isso que está posto nessa delação premiada, se o que está colocado hoje pela imprensa forem fatos verdadeiros, estamos diante de uma verdadeira agressão ao estado democrático de direito e às instituições brasileiras", disse Lamachia.
O presidente da OAB disse que há mais fatos a serem divulgados. "Eu falo sobre esse fato, sobre outros fatos que estão ali colocados. Falo de uma informação que temos de que mais fatos ainda existem nesta delação premiada que ainda não vazaram e, por isso, mais uma vez reitero que é necessário para a nação brasileira que se tenha conhecimento sobre os termos dessa delação premiada. É o direito do cidadão brasileiro de conhecer esses fatos. A República não pode esconder esses fatos da nação brasileira. Precisamos saber, porque a própria sociedade também deve proferir esse julgamento. "
Lamachia não quis antecipar o posicionamento da OAB antes da reunião do conselho, mas prometeu agir rápido. "Se comprovadas essas informações que foram divulgadas pela imprensa hoje, não posso adiantar uma posição do pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, mas volto a dizer: são situações gravíssimas e que certamente levarão a uma tomada de atitude da OAB. "
Ele não descarta que a entidade faça novo pedido de impeachment, se for o caso. "Se confirmados esses fatos, acreditro que a nossa instituição não faltará ao Brasil e tomará as providências necessárias, até mesmo a abertura de um impeachment, mas isso passará por exame aprofundado, técnico, jurídico, da instituição. Convocarei uma sessão extraordinária do pleno do Conselho Federal imediatamente após recebermos cópia dessa documentação e a comprovação do que está sendo colocado pela imprensa hoje."
Delação
Ex-líder do governo Dilma Rousseff, Delcídio do Amaral (PT-MS) deixou a prisão em 19 de fevereiro, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter ficado 87 dias na cadeia suspeito de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O senador firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR) umacordo de delação premiada em troca de possível redução de pena.
A TV Globo confirmou que o acordo foi assinado, mas que ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de questionamento e ainda está sendo ajustado. Se não for homologado, o acordo perde a validade. A homologação é a validação de que se trata de um acordo que cumpriu todas as normas previstas em lei.
Na delação, Delcídio fez acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente , conforme revelou edição da revista "IstoÉ" que circula nesta quinta-feira. Segundo a publicação, ele disse que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que Dilma agiu para interferir na Lava Jato (veja os principais pontos na imagem ao lado).
Após a divulgação da notícia de que Delcídio havia dado depoimento na delação premiada, Dilmachamou uma reunião com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, dois dos mais próximos da presidente.
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que a presidente Dilma Rousseff recebeu com indignação a notícia sobre a delação do senador Delcídio do Amaral.
Situação de Delcídio
Delcídio ficou 87 dias presos acusado de tentar dificultar a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, que mostra Delcídio oferecendo fuga para o ex-diretor não fazer a delação.
No pedido de prisão, a procuradoria afirma que Delcídio chegou também a oferecer R$ 50 mil mensais para o ex-diretor não citar seu nome na delação premiada.
O senador está afastado temporariamente do PT. O partido decidiu mantê-lo afastado, sem expulsá-lo, até o parlamentar apresentar uma defesa à sigla e o caso ser analisado internamente. Uma comissão com três integrantes vai elaborar um relatório com base na defesa que Delcídio apresentará.
Citados na delação
O G1 fez contato com a assessoria da Presidência da República, mas não obteve resposta.
O Instituto Lula divulgou nota com o seguinte teor: "o ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela Operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo".

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