EMPREENDEDOR DE SUCESSO

domingo, 7 de agosto de 2016

Britânica cai sobre o pescoço, mas se recupera e volta para a competição

Ellie Downie deixa área de competição amparada, mas retorna minutos depois

Por Rio de Janeiro

A equipe britânica de ginástica artística feminina quase perdeu uma peça importante no meio da classificatória dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Durante a apresentação de sua série de solo, Ellie Downie caiu de mau jeito após sua acrobacia no solo e acabou batendo com a cabeça no chão. Um dos nomes mais fortes do time, ela chegou a deixar a área de competição amparada. No entanto, surpreendeu e voltou para a disputa minutos depois.
- Minha rotação estava muito lenta, então pensei: "Vou tentar de todo jeito". Já fiz alguns assim, mas nunca um tão ruim. Minhas pernas fraquejaram e eu estava longe demais, então caí sobre meu pescoço. Pensei em tentar terminar (a série). Fui para minha última acrobacia, mas me senti tonta - contou Ellie.
Elissa Downie cai sobre o pescoço na ginástica artística dos Jogos Olímpicos do Rio (Foto: REUTERS/Damir Sagolj)Ellie Downie cai sobre o pescoço na ginástica artística dos Jogos Olímpicos do Rio (Foto: REUTERS/Damir Sagolj)
Ellie Downie deixa a arena amparada por médicos (Foto: Getty)Ellie Downie deixa a arena amparada por médicos (Foto: Getty)
Aos 17 anos, a atleta é uma das esperanças da equipe que foi medalha de bronze no último Mundial da modalidade. Antes da queda, ela já havia se apresentado na trave e nas assimétricas na Arena Olímpica da Barra. No retorno, ela se apresentou no salto, conseguindo uma boa execução e a nota 14,833, sua maior do dia. 
- Eu estava muito nervosa apenas para ir e fazer meu salto. Eu não sabia o quanto tinha machucado, mas na verdade estava tudo bem. Eu tinha muita adrenalina. Talvez mais tarde fique mais dolorido. Acho que vai ficar bom - contou Ellie.
Ela tem chance de ir à final na trave. Com 14,500 pontos, a ginasta está na quarta posição. Ainda há duas subdivisões para se apresentar neste domingo.

Após fratura exposta, francês passa por cirurgia: “Ocorreu muito bem”

Samir Ait Said sofreu lesão grave no sábado durante apresentação no salto sobre cavalo. Atleta se manifesta em rede social e agradece apoio: “Levantou minha moral”

Por Rio de janeiro


O ginasta francês Samir Ait Said passou por uma cirurgia neste fim de semana, depois de sofrer uma grave lesão na tarde do último sábado, em sua apresentação no salto sobre cavalo, na Rio 2016 (assista ao vídeo acima). Na manhã deste domingo, o atleta se manifestou em uma rede social, afirmou que o procedimento correu bem e agradeceu o apoio recebido, segundo a agência AFP.
- Precisei de uma cirurgia, que ocorreu muito bem. Estarei de pé em não muito tempo. Eu gostaria de agradecer as mensagens de apoio, que me tocaram o coração, que fizeram me sentir melhor, isso realmente levantou minha moral – declarou Said.
O ginasta sofreu uma dupla fratura exposta na tíbia-fíbula na tarde do último sábado, quando aterrissou de mau jeito após executar o salto. As fortes imagens rodaram o mundo e causaram preocupação em atletas e admiradores do esporte.
Samir Ait Said quebra a perna na Olimpíada (Foto: Getty Images)Samir Ait Said quebra a perna na segunda subdivisão da classificatória masculina (Foto: Getty Images)

Apesar da lesão, Said afirmou que pretende voltar ao estádio na Rio 2016. O objetivo: apoiar os compatriotas, Axel Augis e Cyril Tommasone, que estão classificados para a final geral e a final do cavalo com alça.
- Vou voltar ao estádio para incentivar meus amigos, porque a competição ainda não acabou – afirmou.
Com o encerramento da trajetória na Rio 2016, Said não se deixou abater pela gravidade da lesão. O ginasta já mira Tóquio 2020 e garante que vai treinar para brilhar na próxima edição dos Jogos Olímpicos.
- Acreditem em mim, a aventura Tóquio 2020 ainda está viva, e logo eu estarei recuperado. Vamos treinar e buscar este ouro olímpico – concluiu.
O salto foi o segundo aparelho em que Samir competiu no sábado, na segunda subdivisão classificatória masculina. Antes, havia apresentado sua série nas argolas e obtido a nota de 15,533, a mesma do brasileiro Arthur Zanetti na classificatória da manhã. O francês ainda recebeu pelo salto que causou sua lesão nota 12,866.
Samir Ait Said perna quebrada lesão ginástica Olimpíada Rio (Foto: Antonin Thuillier / AFP)De maca, Said foi rapidamente atendido e causou comoção no estádio (Foto: Antonin Thuillier / AFP)
- Foi uma catástrofe. Infelizmente está acabado para nós enquanto equipe, mas não queremos parar. Vamos ver nos próximos dias o que aconteceu com ele. Nosso estado mental está muito ruim, mas temos um objetivo e vamos seguir por nós mesmos. Fizemos o trabalho que tínhamos que fazer. Ficamos todos mal depois e não queríamos continuar - admitiu o ginasta Cyril Tommasone após o incidente.
Samir tem 26 anos e era uma das esperanças da França na modalidade. No ano passado, ele esteve perto de um pódio no Mundial de Glasgow, quando ficou com o quarto lugar na final das argolas. Quando se trata de Jogos Olímpicos, no entanto, o atleta não parece ter muita sorte. Ele sequer conseguiu competir em Londres 2012. Dois meses antes, no Campeonato Europeu,  lesionou a perna direita e deu adeus às aspirações olímpicas naquele ano.

Corpo de Ivo Pitanguy é velado no Rio de Janeiro

Cirurgião plástico, de 93 anos, sofreu parada cardíaca e morreu em casa.
Cerimônia acontece no Memorial do Carmo, neste domingo (7).

Aline PolliloDo G1 Rio
O corpo de Ivo Pitanguy começou a ser velado às 13h deste domingo (7) no Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O cirurgião plástico, de 93 anos, estava em casa e sofreu uma parada cardíaca, na tarde de sábado (6).
Amigos e parentes participam da cerimônia de despedida do cirurgião. Várias coroas de flores foram enviadas, com mensagens de carinho à família. Por volta das 17h, familiares e amigos deIvo Pitanguy participaram de uma cerimônia conduzida pelo padre Omar. Após as orações, eles cantaram a música Peixe Vivo, que segundo o Padre Omar era uma música que Pitanguy gostava muito. Sob aplausos, o caixão com o corpo de Ivo Pitanguy seguiu para a cerimônia de cremação.
Filhos emocionados
Gisela Pitanguy, filha do cirurgião, falou com os jornalistas sobre a importância do pai e seus projetos." São muitas mensagens que ele deixa. A grande contribuição dele é o olhar com o paciente, como um ser humano, não importava o tamanho da dor",  disse
Governador em exercício do Rio chega ao velório de Ivo Pitanguy (Foto: Aline Pollilo/G1)Governador em exercício do Rio chega ao velório
de Ivo Pitanguy (Foto: Aline Pollilo/G1)
Gisela contou que o pai estava escrevendo um livro técnico.  Segundo ela, o trabalho iniciado por Pitanguy na Santa Casa de Misericórdia, onde pacientes de baixa renda são atendidos, vai continuar e deverá ser tocado pelo neto, filho de Gisela.
" O trabalho continua. O meu filho Antônio Paulo está no segundo ano da pós graduação e dará essa continuidade. Ele[ pai] estava escrevendo um livro que será lançado no final de agosto".
Ivo Pitanguy Filho, falou sobre a trajetória do pai. "Meu pai viveu a vida intensamente. Estive com ele ontem, conversamos. Ele faleceu sereno, sem dor e em casa como ele queria. Perdemos uma pessoa imortal. Ele foi muito importante para a família, um grande amigo. Sempre muito otimista. Ele foi um patrimônio brasileiro."
Outro filho de Pitanguy, o artista plástico Bernardo Filho definiu o pai como "fonte" artística, e disse que ele mistura a personalidade de grandes gênios e figuras importantes da humanidade.
"Hoje ele é sem dúvida a estrela que mais brilha no céu.Quando um rei vai, fica o legado. Eu já chamava ele de rei. Ele dizia que quando vai um rei, vem outro. Mas não um rei como ele.
Ele traz a genialidade coletiva dos grandes gênios, como de Michelangelo, de Da Vinci.  A bondade de Madre Tereza e a generosidade de Chico Xavier. Esse foi meu pai" definiu Bernardo.
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, também compareceu ao velório. " Ivo Pitanguy foi uma pessoa fantástica. Ele fez um trabalho fantástico na Santa Casa. O Brasil e o Rio de Janeiro morrem um pouco com a morte de Pitanguy. Ele foi uma pessoa que só tinha grandeza", disse.
Atriz Maria Zilda no velório de Ivo Pitanguy (Foto: Aline Pollilo/G1)Atriz Maria Zilda no velório de Ivo Pitanguy
(Foto: Aline Pollilo/G1)
Homenagem de artistas e personalidades
Alguns artistas também foram prestar homenagens ao cirurgião. A atriz Maria Zilda disse que conhecia Ivo Pitanguy há muitos anos por causa da sua amizade com o filho dele, Helcius e outros amigos em comum.
"O professor sempre foi uma pessoa muito gentil. Eu frequentava a casa dele em Angra dos Reis. Eu tenho uma lembrança dele muito forte e muito grata".
Ela também contou algumas histórias desta convivência. " Eu ia viajar para Portugal para gravar um comercial e eu queimei a minha perna com o cano da motocicleta. Fiz um buraco e fui desesperada falar com ele e ele me curou e eu consegui viajar. Essa gratidão ė uma coisa que a gente não esquece nunca. Eu sempre vou lembrar dele com aquele sorriso".
A escritora e secretária-geral da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon lembrou a generosidade de Pitanguy. "Combinado esse talento ímpar com generosidade, é um homem que semeou bondade, cuidados com o  corpo. Era um  ser humano de grande brasilidade porque ele poderia ter vivido no exterior. Ele amou o Brasil como poucos e deixou uma semente forte e pródiga. Um exemplo para os jovens de hoje ter uma pessoa com um fundamento como ele é extraordinário. Se o Brasil tivesse um panteão, hoje ele estaria sendo conduzido a ele".
O presidente da ABL, Domício Proença Filho, está nos Estados Unidos e divulgou nota sobre a morte de Ivo Pitanguy. Ele determinou luto de três dias e que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro.
"Ivo Pitanguy era uma presença brasileira em todo o mundo, um amigo fraterno, um acadêmico sempre participativo na ABL, uma raríssima figura humana, aberta plenamente à doação dos seus saberes e de sua alta competência."
  •  
Ivo Pitanguy (Foto: Reprodução/Globo)Ivo Pitanguy (Foto: Reprodução/Globo)
Mestre da cirurgia plástica
Pitanguy fez do Brasil a principal referência mundial em cirurgia plástica ao desenvolver técnicas nas áreas de estética e de reparação. Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anônimos. Formou gerações e gerações de alunos, novos cirurgiões que aprenderam com ele a respeitar e valorizar a autoestima dos pacientes.
Além da carreira médica, se destacou também como escritor. Pitanguy foi eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras em 11 de outubro de 1990 e foi o quarto a ocupar a cadeira 22, cujo patrono é José Bonifácio, após Medeiros e Albuquerque, Miguel Osório de Almeida e Luís Viana Filho.
Em seu discurso de posse na ABL, o cirurgião e escritor citou o espanhol Pablo Picasso:  "Picasso dizia que há dois tipos de artista: ‘Aquele que faz do sol uma simples mancha amarela, e o que de uma simples mancha amarela faz o sol’. Creio que escritor é quem transforma manchas amarelas em sóis: tanto é iluminado quanto ilumina. Tem luz própria."
Coroas de flores no velório de Ivo Pitanguy (Foto: Aline Pollilo/G1)Coroas de flores no velório de Ivo Pitanguy (Foto: Aline Pollilo/G1)
Pitanguy amava o trabalho, a harmonia e a natureza. Costumava dizer que nunca conseguia definir o conceito de beleza, mas sempre que a encontrou soube percebê-la. Também falava que a cirurgia plástica é uma tentativa de buscar a harmonia entre corpo e espírito, a emoção e o racional.
Em junho, o cirurgião foi hospitalizado para tratar de uma infecção. A partir de setembro, quando apresentou um problema renal durante uma viagem a Paris, passou a se submeter a sessões de hemodiálise.
Nesta sexta (5), em uma cadeira de rodas, o médico empunhou a tocha olímpica na Gávea, Zona Sul do Rio, bairro onde está localizada sua clínica de cirurgia plástica.
Pitanguy nasceu em Belo Horizonte, em 5 de julho de 1923, filho do médico cirurgião Antonio de Campos Pitanguy e de Maria Stäel Jardim de Campos Pitanguy, e deixa viúva a senhora Marilu Nascimento, com quem era casado desde 1955, quatro filhos - Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo - e cinco netos.
Trajetória profissional
Começou a graduação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e se formou pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1946. Por mais de 10 anos continuou se especializando em cirurgia plástica e fez estágios em serviços de cirurgia plástica nos Estados Unidos e na Europa.

Após uma temporada fora do país, voltou ao Brasil para trabalhar como chefe na 19ª enfermaria do Serviço de Cirurgia da Santa Casa, que foi o primeiro serviço de cirurgia de mão em toda a América do Sul, quando a especialização ainda era incipiente no país.

Um de seus mestres foi o francês Marc Iselin, um dos criadores da cirurgia de mão e referência no atendimento de pessoas mutiladas da 2ª Guerra Mundial, com quem trabalhou como assistente em Paris.

Depois desta experiência, trabalhou como chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar. Também criou a 38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, que atendia pacientes de baixa renda.

Era professor titular do Curso de Especialização em Cirurgia Plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, desde 1960, e de outros cursos em outras instituições. Também foi professor convidado em hospitais, universidades e associações de Cirurgia Plástica de diversos países.
O cirurgião Ivo Pitanguy conduziu a tocha olímpica no Rio na sexta-feira (5) (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)Ivo Pitanguy conduziu a tocha olímpica na sexta (5) (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Tinha o título de doutor honoris causa por diversas universidades, entre elas Universidade de Tel Aviv, Israel (1986), Universidad Autónoma de Guadalajara, Jalisco, México (2002) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (29/04/2016).

Também recebeu uma série de homenagens de diferentes instituições, sendo que neste ano foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cedendo seu nome para o “Museu da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ivo Pitanguy”.

Em 1989, o Papa João Paulo II lhe concedeu o Prêmio Cultura da Paz. Também recebeu da Unesco o Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica.

Era é autor de aproximadamente 800 trabalhos científicos em revistas brasileiras e internacionais, além de diversos livros.
Ivo Pitanguy (Foto: GloboNews)Ivo Pitanguy (Foto: GloboNews)

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL, NO CONFORTO DO SEU LAR, COM SEU ESCRITÓRIO VIRTUAL

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL

  SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL Tenha sua  Página Lucrativa  Online e Fature Dezenas ,  Centenas  ou  Milhares  de PAGAMENTOS  de  R$ 50,...