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sábado, 10 de junho de 2017

FGTS: Caixa antecipa resgate das contas inativas para sábado

Saque das contas inativas do FGTS© Ricardo Matsukawa Saque das contas inativas do FGTS

A Caixa anunciou que vai antecipar a quarta etapa do resgate das contas inativas do dia 16 de junho para o próximo sábado (10). No dia, o banco também terá 2015 das suas agências abertas entre as 9 horas e as 15 horas para atendimento exclusivo ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As agências da Caixa terão o horário de abertura antecipado em duas horas entre os dias 12 e 14, para tratar das contas inativas.
Leia a cobertura completa do saque do FGTS
Segundo o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, a antecipação dos pagamentos para trabalhadores nascidos entre setembro e novembro foi feita em razão do feriado de Corpus Christi, que acontecerá na próxima quinta-feira. O depósito automático para quem tem conta no banco será feito também no sábado.
A instituição calcula que serão liberados cerca de 11 bilhões de reais nesta etapa. Os trabalhadores nascidos em dezembro poderão fazer os saques no mês que vem, e o limite para todos os saques, é de 31 de julho.
Até o momento, cerca de 27,6 bilhões de reais foram sacados de contas inativas, por 16,3 milhões de trabalhadores, segundo balanço divulgado nesta terça. Os números correspondem a 81% das pessoas e 95% dos recursos previstos para o período. Segundo Occhi, o número de trabalhadores que acessaram os recursos está dentro do previsto.
A diferença entre os totais se dá porque houve muitos contas que não foram incluídas no balanço inicial por serem consideradas ativas, mas a informação estava desatualizada e elas foram consideradas como inativas após o trabalhador levar a documentação.
Podem ser sacadas as contas de FGTS que deixaram de receber depósitos a partir de 31 de dezembro de 2015 de trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa (veja como). Fora dessa regra, prevista na MP 763/2016, o saldo das contas inativas só pode ser sacado em ocasiões especiais, como compra da casa própria ou aposentadoria.
Governo vai dividir com os trabalhadores o lucro obtido pelo FGTS (via SBT)

Gilmar esmaga a lei para salvar a elite política no TSE

Gilmar Mendes salvou a elite política do País, defende articulista.© Fornecido por Abril Comunicações S.A. Gilmar Mendes salvou a elite política do País, defende articulista.

"Os partidos que encabeçaram a coligação Com a Força do Povo [PT e PMDB] acumularam recursos de 'propina-gordura', ou 'propina-poupança', que lhes favoreceram na campanha eleitoral de 2014. Trata-se de abuso de poder político e ou econômico em sua forma continuada, cujos impactos sem dúvida são sentidos por muito tempo no sistema político-eleitoral.''
Ministro Herman Benjamin, relator do processo de cassação da chapa Dilma-Temer
Após quatro dias de duração, o julgamento mais assistido da História do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acabou com o placar de 4 a 3 pela absolvição da chapa presidencial. Com seu voto de Minerva, o ministro Gilmar Mendes deu o recado: a elite política tem aliados no alto escalão do Judiciário para se blindar da Operação Lava Jato.
A farta lista de delações e provas sobre os repasses milionários de propina da Odebrecht para a campanha do PT e do PMDB não foi desmentida pelos que defenderam a impunidade: ela foi simplesmente ignorada.
Com ministros se irritando pela mera exposição de fatos, o Brasil notou como havia pressa no TSE para sacrificar a verdade no altar do poder.
Existe evidência maior dessa impaciência que o conhecimento público, com semanas de antecedência, de que Gilmar aceitaria absolver Dilma Rousseff para salvar Michel Temer?
A mensagem passada pela absolvição da chapa presidencial vai contra tanto a Lava Jato quanto o impeachment: dá-se novo respiro à impunidade enquanto se afoga a aplicação da lei.
O episódio prejudica a própria agenda de reformas, já que Temer e a base aliada tendem a conceder privilégios a grupos de interesse, como sindicatos e grandes empresários, em prol de facilitar a governabilidade de uma presidência desmoralizada. A liberalização do Brasil sai prejudicada, com o cidadão comum tendo que continuar sustentando um Estado inchado.
A única estabilidade conquistada quando se poupam lideranças corruptas da punição é a tranquilidade delas para continuarem saqueando os bolsos do povo. Do mesmo jeito que o impeachment de Dilma foi uma vitória para o Brasil, a absolvição da chapa Dilma-Temer é uma derrota nacional.
Os brasileiros devem aceitar a turbulência como um preço a pagar para se fazer justiça e remover os velhos caciques do comando do País. Este norte moral é a esperança de um desfecho digno para a crise política.
A reação popular à decisão do TSE e a pressão sobre os três poderes serão fundamentais para impedir que o acordão presenciado nesta semana impulsione outros retrocessos contra o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz Sérgio Moro.
Perdemos uma batalha contra a Organização Criminosa. Segue a guerra pelo destino do Brasil.
*Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do HuffPost Brasil e não representa ideias ou opiniões do veículo. Mundialmente, o HuffPost oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.
LEIA MAIS:
- Renúncia de Temer e eleições indiretas: Sigamos a Constituição
- Os aposentados de amanhã dependem das reformas de hoje

Os advogados dos integrantes da chapa pedem que os depoimentos de delatores da Odebrecht e do casal de publicitários sejam retirados por não fazerem parte do objeto inicial do processo. A avaliação é que sem esses depoimentos, a ação se esvazia, não haveria indícios nem provas formais para uma condenação. A defesa de Temer pede ainda que as contas do PT e do PMDB sejam separadas com a justificativa de que não tem relação com os pagamentos suspeitos. Na foto, Gustavo Guedes, advogado de Michel Temer.
" />Apesar de ter sofrido impeachment em maio do ano passado, os direitos eleitorais de Dilma Rousseff foram assegurados. O parecer do Ministério Público Eleitoral, de maio deste ano, porém, pede a cassação da chapa e inelegibilidade da petista.
" />Se cassado, o cenário é nebuloso para Temer. Ele poderá ser afastado imediatamente. O presidente terá que recorrer tanto ao TSE quanto ao STF (Supremo Tribunal Federal). Caso permaneça no cargo, a situação de Temer segue delicada. A expectativa é que a denúncia contra ele com base na delação da JBS seja apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda na primeira quinzena de junho. No inquérito, o presidente é investigado por obstrução à Justiça, corrupção e associação criminosa.

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