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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Leopoldo López e Antonio Ledezma voltam a ser detidos na Venezuela, diz oposição

Opositores cumpriam prisões domiciliar e foram levados na madrugada desta terça-feira (1º). União Europeia condenou as detenções.

Por G1
 

EUA congelam bens do presidente Nicolás Maduro
O Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) da Venezuela voltou a deter na madrugada desta terça-feira (1º) os políticos opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, que estavam em regime de prisão domiciliar, informaram fontes próximas aos dois dirigentes. (Veja no vídeo acima)
Os dois líderes opositores fizeram apelos na última semana para que as pessoas não votassem no domingo na eleição da polêmica Assembleia Constituinte, convocada por Maduro e rejeitada pela oposição e por vários países.
"Acabam de levar Leopoldo de casa. Não sabemos onde ele está, nem para onde o levaram. (Nicolás) Maduro é responsável se algo lhe acontecer", escreveu Lilian Tintori, a esposa de López, no Twitter. A oposição vem convocando manifestações pelo país contra a instalação da Assembleia Constituinte após a eleição realizada no último domingo (30).

 se acaban de llevar a Leopoldo de la casa. No sabemos donde está ni a dónde lo llevan. Maduro es responsable si algo le pasa.
A União Europeia condenou as detenções, de acordo com a France Presse.



12:27 de la madrugada: Momento en el que la dictadura secuestra a Leopoldo en mi casa. No lo van a doblegar!
O deputado Richard Blanco, coordenador do partido Alianza Bravo Pueblo (ABP), indicou por sua vez através desta mesma rede social que o Sebin também levou "o prefeito Ledezma" nesta madrugada, segundo a Efe.
Vários representantes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) divulgaram no Twitter um vídeo que mostra Ledezma sendo retirado de sua residência por funcionários do Sebin.
Alguns dirigentes do Vontade Popular (VP), o partido de López, bem como do ABP, a legenda de Ledezma, reiteraram essas informações, responsabilizaram o presidente Nicolás Maduro pela integridade física de ambos e asseguraram desconhecer o local para onde eles foram levados.

Prisões anteriores

Ledezma, de 62 anos, foi detido em fevereiro de 2015 acusado de conspiração e formação de quadrilha e, após dois meses na prisão militar de Ramo Verde, nas proximidades de Caracas. Ele recebeu uma "medida cautelar" e, por motivos de saúde, passou a cumprir a pena em sua residência desde 2015. Quase dois anos e meio após sua detenção, Ledezma ainda não foi condenado.
López, de 46 anos, por sua vez, passou mais de três anos na mesma prisão e seus advogados denunciaram que ele foi torturado em várias ocasiões. Ele cumpria prisão domiciliar desde 8 de julho, depois de passar três anos e cinco meses na mesma prisão militar. López cumpria uma pena de quase 14 anos, condenado pela acusação de instigar a violência nos protestos de 2014 contra Maduro, que deixaram 43 mortos, de acordo com a a France Presse.
A ONG Foro Penal afirma que a Venezuela tem 490 "presos políticos", após a onda de detenções nos protestos iniciados em abril para exigir a saída de Maduro.
Leopoldo López em sua casa em Caracas, no dia 8 (Foto: JUAN BARRETO / AFP)Leopoldo López em sua casa em Caracas, no dia 8 (Foto: JUAN BARRETO / AFP)
Leopoldo López em sua casa em Caracas, no dia 8 (Foto: JUAN BARRETO / AFP)

Escalada na tensão

No domingo (30), 545 deputados foram eleitos para compor a Assembleia Constituinte que redigirá a nova constituição para substituir a que foi aprovada em 1999, durante o governo do antecessor de Maduro, o presidente Hugo Chaves.
A proposta de promover a constituinte é, segundo Maduro, uma maneira de consolidar as conquistas do chavismo e trazer paz à Venezuela. Para a oposição, o objetivo é manter Maduro no poder. Na prática, a constituinte deve atrasar a próxima eleição, que está prevista para 2018.
A Constituinte será instalada na quarta-feira (2), dia em que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou um grande protesto em Caracas para denunciar sua "ilegitimidade".
A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e um aprofundamento da crise política nos últimos meses. As manifestações são diárias desde de abril, após o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) assumir as funções do Parlamento, que é de maioria opositora. Com a forte oposição interna e da comunidade internacional, a medida foi revista, mas o clima seguiu tenso.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, divulgou afirmou que 121 pessoas morreram, incluindo as 10 deste domingo (quando aconteceu a votação da constituinte) e quase 2 mil ficaram feridas.
Segundo ela, há evidências de que 25% das 121 mortes ocorridas desde 1º de abril nos protestos contra o governo resultaram da “ação das forças de segurança". Já 40% dessas mortes foram provocadas por civis armados que atuam contra os manifestantes.
Eleição de Assembleia Constituinte na Venezuela foi marcada pela violência

Sanções americanas

Na segunda-feira (31), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o presidente Nicolás Maduro. Segundo comunicado, todos os ativos de Maduro que estejam sujeitos à jurisdição dos EUA estão congelados, e todos os americanos estão proibidos de fazer negócios com ele. Ao anunciar as sanções, as autoridades americanas chamaram Maduro de ditador. O presidente venezuelano rejeitou as sanções, dizendo que não recebe "ordens imperialistas".

Gabriela Pugliesi se diz pioneira no Instagram: 'Quando comecei, ninguém publicava rotina. Só tinha paisagens'

Influenciadora digital analisa mudança de posts, que rendem cifras como 3,5 milhões de seguidores e ganhos de até R$ 200 mil por mês.

Por Marília Neves, G1
 

Gabriela Pugliesi: conheça a rotina da musa fitness do Instagram
Gabriela Pugliesi é uma das principais influenciadoras do mercado fitness no Brasil. E, levando em conta o discurso dela, dá para usar aquela brincadeira do "quando eu cheguei na internet, isso aqui era tudo mato".
"Quando comecei com redes sociais, ninguém publicava rotina no Instagram. Na época, as pessoas gostavam de postar fotos de paisagens, algo mais artístico", recorda.
(G1 publica nesta semana uma série de entrevistas com as influenciadoras digitais que são musas fitness no Instagram)
“Comecei a postar o que eu comia, o que eu levava de marmita para o trabalho e meu treino na academia”, relembra Gabriela.
"Quando completei mais ou menos 20 mil seguidores, me pararam na academia que eu frequentava na época e pediram uma foto. Foi aí que a ficha começou a cair", conta.
"Mas confesso que só hoje, depois de quatro anos, tenho mais noção disso, mesmo que ainda não totalmente”, conta ela, que conta com quase 3,5 milhões de seguidores. "Nunca fui uma pessoa muito conectada. Da turma, sempre era a última a saber das coisas".
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)

O quanto vale a pena um #publi?

Antes dos fãs, a musa de 31 anos já havia começado suas primeiras parcerias publicitárias. “Algumas marcas que eu usava começaram a querer patrocinar meu blog (Tips 4 Life). Um tempo depois, consegui largar meu emprego".
"Hoje, consigo viver fazendo o que eu mais gosto, compartilhar e incentivar as pessoas. Porque tudo o que me faz bem, eu compartilho”, afirma ela.
Gabriela deixa claro para seus seguidores quando o post é patrocinado usando a hashtag “Publi”. E garante só fazer parcerias com marcas e serviços nos quais ela "acredita".
O G1 apurou que Gabriela fatura cerca de R$ 200 mil por mês, cifra que ela não confirma ou desmente. “Não abrimos valores, até porque depende da proposta do cliente. Muitas vezes o post está atrelado ao pacote de ações. Os valores são diferenciados.”
Gabriela também ganha produtos e viagens. E não esconde que seu trabalho como blogueira fitness a ajudou a realizar um de seus maiores sonhos: conhecer as Ilhas Maldivas. “Não ganhei a viagem completa, mas tive descontos, upgrade e regalias”, conta.
Os posts de viagem surgiram com decorrer do tempo, assim como o dia a dia com o atual marido. Foi por meio dos Instagram que os internautas viram a musa fitness se separar do primeiro marido, engatar e encerrar um polêmico romance, ser criticada por possível atuação ilegal de profissão, aumentar a família com dois cachorrinhos, iniciar um novo romance, se casar em Trancoso (BA)...
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)

Vida pessoal x vida fitness

Assim, as postagens envolvendo a manutenção da boa forma acabaram se tornando secundárias diante de sua vida pessoal: "A ideia inicial sempre foi compartilhar o que eu gosto e me faz bem. Com o tempo, fui abrindo o leque e compartilhando experiências da minha vida pessoal, então é natural a curiosidade".
"As pessoas acompanham tudo e até perguntam quando eu dou umas sumidas, mas sou uma pessoa normal, tenho meus dias bons e ruins como qualquer um.”
Mas por que a musa do Instagram não se aventura por outras redes? “É surreal a velocidade como as coisas evoluem né? Mas não me programo muito, vou acompanhando naturalmente. Não uso o Twitter, o Facebook uso pouco. O YouTube criei porque queria compartilhar mais vídeos e o Instagram tem limite. Mas vou utilizando esses aplicativos e essas inovações de forma orgânica e não porque todo mundo está usando.”
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)
Gabriela Pugliesi (Foto: Reprodução/Instagram)

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