EMPREENDEDOR DE SUCESSO

sábado, 14 de julho de 2018

Iceberg gigante ameaça vilarejo na Groenlândia

Receio de que o bloco de gelo se parta e provoque um tsunami fez com que moradores fossem retirados de perto do iceberg.

Por BBC
 
Um iceberg gigante, com rachaduras e buracos, ameaça um vilarejo no oeste da Groenlândia, que está em estado de alerta.
Moradores foram retirados de suas casas com o receio de que o enorme bloco de gelo se parta, provocando tsunamis e inundações. Apesar de assustar os moradores da vila de Innaarsuit, o iceberg não se moveu à noite, segundo a imprensa local.
No ano passado, quatro pessoas morreram depois que ondas inundaram casas na Groenlândia, após um tremor.
Blocos de gelo que se desprendem do círculo polar durante o verão passam com frequência pela Groenlândia, região autônoma da Dinamarca que é banhada pelo Oceano Glacial Ártico. Mas autoridades da Groenlândia afirma que nunca viram um bloco de gelo tão grande e tão perto.
Os 169 moradores cujas casas estavam mais perto do iceberg foram levados para áreas mais seguras, segundo informou a agência de notícias dinamarquesa Ritzau.

Rachaduras e buracos no iceberg

"Há rachaduras e buracos (no iceberg) que nos fazem temer que possa partir a qualquer momento", disse Susanne Eliassen, membro do conselho local, ao jornal Sermitsiaq.
A estação de energia do vilarejo fica perto da costa, assim como tanques de combustível. Por isso, o receio de que o iceberg gigante cause danos ainda maiores à região.
Em junho, cientistas da Universidade de Nova York divulgaram imagens de um imenso iceberg que se desprendeu de uma geleira no leste da Groenlândia.
Alguns especialistas alertaram que o desprendimento de grandes blocos de gelo pode se tornar cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas. Isso, por sua vez, aumenta o risco de tsunamis e inundações.

Saiba o que fazer em caso de picada de escorpião

Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, a maioria delas em SP e MG, picada já mata mais no país que picada de cobra.

Por Tatiana Regadas, G1
 
As picadas de escorpião já são responsáveis por mais mortes no Brasil do que as picadas de cobra. Encontrados em áreas urbanas, os escorpiões se reproduzem com facilidade e costumam se abrigar da luz escondidos sob pedras, entulhos, lenha, material de construção, encanamentos, dentro de calçados e roupas, no interior das casas e em seus arredores.
Em caso de picada, a orientação de especialistas é de que a pessoa procure o serviço médico mais próximo para que a dor seja controlada e, em casos necessários, o soro seja administrado.
Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, o escorpião ultrapassou as serpentes no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No mesmo ano, foram registrados 105 casos de morte por veneno de cobra.
De 2013 para cá, aumentou em 163% o número de óbitos causados por esse artrópode; naquele ano, eram apenas 70. A proporção no aumento das mortes é muito maior do que a dos casos notificados de escorpionismo, ou seja, situações em que o escorpião injeta veneno em uma pessoa através do ferrão, sem necessariamente levá-la à morte. Eles somaram 125.156 no ano passado, diante de 78.363 em 2013, um aumento de quase 60%.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais exibem a situação mais alarmante nas tabelas do Ministério da Saúde. Ambos registraram, respectivamente, 26 e 22 mortes por picada de escorpião em 2017.
Os escorpiões são carnívoros. Alimentam-se de insetos, como cupins, grilos e baratas (especialmente), mas podem sobreviver longos períodos sem comida e sem água.

Quais os sintomas da picada?

Segundo a médica Ceila Malaque, do hospital Vital Brazil, logo após o acidente ocorre dor no local da picada, que pode ser de forte intensidade ou, em alguns casos, apenas uma sensação de formigamento no local da picada.
"Com menor frequência, a pessoa que sofreu a picada pode apresentar manifestações como: vômitos, suor pelo corpo todo, aumento dos batimentos cardíacos, salivação aumentada, falta de ar, pressão arterial baixa. Essas manifestações sistêmicas aparecem de minutos a poucas horas após a picada. Essas alterações sistêmicas são observadas com maior frequência em crianças que em adultos".

Como é feito o tratamento?

O tratamento depende das manifestações que o paciente apresenta. No caso do quadro local, que é a grande maioria, o tratamento é voltado para controlar a dor, e as medicações utilizadas dependem da intensidade da dor.
Malaque explica que nestes casos não há necessidade de administrar o antiveneno (o soro específico). Somente quando o paciente apresenta as manifestações sistêmicas o antiveneno está indicado, além de outras medidas de suporte a vida.

Existe algum tratamento caseiro?

Não existe tratamento caseiro para a picada de escorpião.

Aplicar gelo na picada pode ajudar?

Sobre o gelo, um método divulgado na internet, Malaque faz um alerta: "O gelo não deve ser utilizado no local da picada porque piora a dor. O uso de calor local (morno e não quente) às vezes pode auxiliar no manejo da dor".

Após post viralizar, blogueira com deficiência física contesta fim de canudos de plástico: 'Uso é essencial para alguns'

Cadeirante e tetraparésica, Marina Batista Francisco diz que precisa do utensílio e ainda não encontrou alternativa viável; especialistas explicam necessidades e aplicações.

Por Régis Melo, Campinas, SP
 
Uma postagem de uma blogueira de Campinas (SP) colocou mais fogo no debate sobre a luta para o fim dos canudos plásticos no país e no mundo. Marina Batista Francisco tem uma deficiência física que a impede, entre outras coisas, de levantar o copo para ingerir os alimentos e contestou nas redes sociais o banimento do utensílio.
A postagem viralizou e gerou diversos tipos de reações. Enquanto uns defendem o banimento do canudo, outros passaram a apontar alternativas ou a necessidade de se mantê-lo disponível para as pessoas com deficiência. Pivô da nova discussão, Marina é cadeirante e tetraparésica por doença degenerativa (atrofia muscular espinhal tipo 2) e explicou ao G1 porque o item é tão importante no seu cotidiano.
"O canudo tem que ser flexível, porque a gente bota na boca de um jeito diferente. A gente usa o canudo de um jeito diferente. Não é só colocar na ponta da boca e já foi. O apoio que a gente faz é outro. A gente ajeita o canudo, fixa ele dentro, deixa ele encostar no céu da boca. E só quando a gente está seguro, a gente suga. E suga com cuidado, tentando não deixar ele mexer", afirma a blogueira que, além de muito ativa no mundo online, é graduada em design.
Segundo ela, a ideia de diminuir o uso do canudo por causas ambientais é válida, mas é preciso pensar também que, para muitas pessoas com deficiência, ele ainda é a melhor solução.
"Por que as pessoas, ao invés de quererem banir, não cobram às empresas que treinem para quando você recusar o canudo, o funcionário vai lá e coloca na bandeja do mesmo jeito? Quer o canudo? Não quer? Deixar de usar o canudo, diminui o consumo, mas não acaba com a produção. Tem gente que precisa, o uso é essencial para alguns", ressalta.

Necessidade e alternativas

O plástico não é o único tipo de canudo. Diversas opções foram apontadas para Marina assim que a postagem começou a repercutir. Entre elas, alternativas como os tubos de vidro, metal, bambu e diferentes materiais que poderiam ser usados como substitutos. No entanto, muitas vezes, eles não são adequados para o usuário, como explica Rita de Cássia Ietto Montilha, terapeuta ocupacional e professora na Unicamp.
"Se você pegar um de metal, uma bebida quente, o calor fica mantido. A questão dos materiais mais rígidos, você tem uma dificuldade de posicionar para a pessoa. De acordo com a sua deficiência ou limitação motora, você não consegue posicionar de acordo com a necessidade dela. Porque tem que ter uma maleabilidade", diz.
Além da questão da facilidade de uso, a terapeuta destaca a preocupação com a higienização dos canudos reutilizáveis.
"Pessoas que têm esse tipo de doença são também mais suscetíveis a outros tipos de doenças, e a gente tem que cuidar. O que acontece? Se ele for descartável, ele é mais fácil do que o reusável, porque ele não depende de uma higienização para estar sendo mantido", exemplifica.
Materiais alternativos muitas vezes não suprem demanda de pessoas com deficiência (Foto: Reprodução/ TV Globo)Materiais alternativos muitas vezes não suprem demanda de pessoas com deficiência (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Materiais alternativos muitas vezes não suprem demanda de pessoas com deficiência (Foto: Reprodução/ TV Globo)
A terapeuta, porém, acredita que é necessário desenvolver um produto que atenda aos usuários e que não seja agressivo ao meio ambiente. É o mesmo caso da professora e doutora em saúde da criança e do adolescente Maria Fernanda Bagarollo, que vê na parceria entre pesquisa acadêmia e empresarial um caminho para essa solução.
"A questão é que vai ter que ter um meio termo nessa questão, porque o canudo descartável, que é usado poucas vezes e já descartado, pode ser substituído, por exemplo, por um outro canudo, também de plástico, e de uso mais prolongado. Isso minimizaria, por exemplo, esse desperdício constante do material", explica.
"Eu fico pensando que a universidade tem que trabalhar junto com as empresas e junto com o usuário, para com o trabalho conjunto entre a pesquisa, aquilo que é evidenciado cientificamente, possa fomentar as produções nas empresas. E o usuário podendo direcionar se está sendo ou não confortável é um triângulo necessário para essa discussão", acrescenta.

Solução e inclusão

Seja qual for a solução encontrada pelo mercado, Marina indica que é preciso pensar não só no material, mas também no acesso que os usuários terão a ele, uma vez que o preço alto pode ser uma barreira para pessoas que já têm diversos outros gastos com a própria condição.
"Quando você está falando de acessibilidade, você tem que falar de custo para consumidor final, desde o doméstico até o comercial. Então é inviável [um produto caro]. Eu acho que tem que ter mais parcerias de biotecnologia, empresas que invistam em biotecnologia [para chegar a esse produto]", diz a blogueira.
"Tem casos de pessoas realmente que tem a alimentação só por meio de canudo, que ela só consegue fazer a sucção para se alimentar. Senão ela vai ter que ser mais dependente, colocar uma sonda, por exemplo, para se alimentar", pontua Rita de Cássia.
Marina é acompanhada pela mãe, que a auxilia no dia a dia (Foto: Régis Melo/G1)Marina é acompanhada pela mãe, que a auxilia no dia a dia (Foto: Régis Melo/G1)
Marina é acompanhada pela mãe, que a auxilia no dia a dia (Foto: Régis Melo/G1)
Além disso, Marina afirma que mesmo um canudo reutilizável pode ser um obstáculo a mais para quem tenta se encaixar em bares e restaurantes que, na maioria das vezes, não são projetados para receber pessoas com deficiência.
"Então, assim, é um canudo para botar na mochila? Eu vou ter que levar uma mochila? Tirando a questão de higiene, vamos esquecer isso, é um stress. O meu stress para sair já começa um dia antes. Não é tão simples assim quando a sua deficiência é severa. E quanto mais severa ela é, mais difícil é ficar na sociedade", afirma a blogueira, que estava acompanhada pela mãe e cuidadora durante a entrevista.
"Eu não estou inserida. Eu estou inserida no computador, eu tenho contatos, eu tenho amigos, eu faço a minha vida lá. Não é uma limitação física. É uma limitação de vontade das pessoas entenderem que a pessoa com deficiência não tem acesso", completa.

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL, NO CONFORTO DO SEU LAR, COM SEU ESCRITÓRIO VIRTUAL

SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL

  SEJA UM EMPREENDEDOR DIGITAL Tenha sua  Página Lucrativa  Online e Fature Dezenas ,  Centenas  ou  Milhares  de PAGAMENTOS  de  R$ 50,...