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sexta-feira, 1 de abril de 2016

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No Sul da Bahia, a Prefeitura de Itabuna oferece mais de 600 vagas para cargos de níveis fundamental, médio e superior.

'Chapas' sofrem com crise econômica e ainda enfrentam preconceito

Movimentadores de carga relatam queda dos serviços nos últimos anos.
Trabalhadores vivem à espera por caminhoneiros às margens de rodovias.

Valmir CustódioDo G1 Presidente Prudente
Chapas aguardam serviço na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente (Foto: Valmir Custódio/G1)'Chapas' aguardam serviço na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente (Foto: Valmir Custódio/G1)
Eles ficam frequentemente às margens das rodovias em bancos e cabanas improvisadas. Sempre “vivendo pela fé”, que é como estes trabalhadores mesmos definem sua rotina, precisam da sorte para conseguirem algum serviço e, consequentemente, levarem o sustendo para as suas famílias. Muitas vezes incompreendido e até discriminado, o “chapa” encara o dia a dia com bom humor, apesar de a crise econômica que atinge o país também ter afetado a profissão.
Popularmente conhecidos como “chapas”, os movimentadores de cargas, como também são chamados, vivem do trabalho informal. Normalmente são encontrados às margens das rodovias e estão sempre à disposição dos caminhoneiros que precisam de mão de obra para o descarregamento dos veículos pesados.
João Aparecido Orlandi e João Gilberto Caravina em um ponto de chapa  (Foto: Valmir Custódio/G1)João Aparecido Orlandi e João Gilberto Caravina em
um ponto de chapa (Foto: Valmir Custódio/G1)
“Vivemos pela fé. Ficamos na rodovia acenando para os motoristas que passam pela pista. Os que precisam de ajuda param e a negociação é feita na hora. Normalmente recebemos R$ 100 por serviço”, explicou João Aparecido Orlandi, de 57 anos, que há 15 anos trabalha como "chapa" na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), na altura do distrito de Espigão, no município de Regente Feijó.
O caminhoneiro José Félix dos Santos, de 54 anos, mora em São Paulo (SP) e contratou, por R$ 100, o "chapa" Valdinei Gonçalves, de 46 anos, para ajudá-lo a descarregar caixas com tampas de garrafa pet em uma empresa de Presidente Prudente. “Eu venho de Recife [PE] e não conheço bem a cidade, então, o 'chapa' também me ajuda a dirigir pelo local”, destacou Santos ao G1.
Para atrair a atenção, muitos "chapas" acenam para os caminhoneiros. Mas o que para muitos seria apenas um educado cumprimento, para eles, é uma demostração de disposição. “O movimento que fazemos com o braço é para conquistar o motorista, porque senão ele pode interpretar que estamos cansados e pegam outro 'chapa' mais para frente”, explicou Juliano dos Santos, de 37 anos, que há 11 anos trabalha na Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Prudente.
Chapas acenam para oferecer serviço aos caminhoneiros (Foto: Valmir Custódio/G1)'Chapas' acenam para oferecer serviço aos caminhoneiros (Foto: Valmir Custódio/G1)
Urna funerária
Ao G1, os movimentadores de mercadorias revelaram que carregam e descarregam todo tipo de material. “O mais difícil de descarregar é roda de caminhão. São pesadas, difíceis de pegar e cansam a gente”, pontuou Júlio César Frank Linho, de 57 anos, que há 30 anos trabalha nesta área.
“Descarregamos muitos caixões funerários. Eles são fabricados longe, até mesmo em outro estado, e, quando o motorista chega aqui, nos chama para descarregar as urnas na cidade. Isso é bem comum”, revelou João Gilberto Caravina, de 53 anos, que há 21 anos trabalha como "chapa".
Lírio Fagundes Jaques estava às margens da rodovia há 10 horas sem serviço (Foto: Valmir Custódio/G1)Lírio Fagundes Jaques passou 10 horas sem serviço às margens da rodovia (Foto: Valmir Custódio/G1)
Dificuldades
Além de os trabalhadores enfrentarem condições climáticas adversas nas rodovias e da incerteza do serviço, um dos fatores que têm dificultado a renda dos movimentadores de carga é a crise econômica que o país enfrenta. Para eles, os anos de 2015 e 2016 têm sido os piores para a função.
“Com essa crise, muita gente deixou de comprar. Se a população não compra, não tem transporte. Há três anos nós fazíamos cerca de quatro serviços por dia, enquanto hoje é difícil de fazer dois por semana. Estou aqui no meu ponto há 10 horas e não consegui nenhum serviço. Desse jeito, fica difícil sustentar a família”, desabafou Lírio Fagundes Jaques, de 59 anos, que trabalha na área há 20 anos.
Chapa negocia serviço com caminhoneiro (Foto: Valmir Custódio/G1)'Chapa' negocia serviço com caminhoneiro
(Foto: Valmir Custódio/G1)
“Antes, a gente conseguia tirar mais de R$ 3 mil por mês. Hoje, a gente se esforça para chegar a R$ 2 mil”, completou Gilberto Caravina ao G1.
Outro problema enfrentado são os populares "calotes". “Tem motorista que leva a gente para longe e depois diz que vai tomar banho e some sem pagar nada. Ai temos de voltar para casa com o nosso próprio dinheiro ou por carona”, revelou Alcides Pereira Neto, de 46 anos, que trabalha como "chapa" há 35 anos.
A falta de reconhecimento e o preconceito são dificuldades também apontadas pelos trabalhadores. “Nossa profissão não é reconhecida, mas ela é muito importante. Quando o consumidor vai pegar o produto na gôndula, aquela mercadoria pode ter chegado pelas mãos de um 'chapa'. Muitos olham para a gente na rodovia e pensam que a gente não faz nada, mas fazemos muito. Nosso trabalho é pesado. Às vezes, somos agredidos verbalmente, mas nosso objetivo é trabalhar e estamos todos os dias aqui para isso”, concluiu Emerson Ricardo Ramos de Azevedo, de 46 anos, que há 14 trabalha como "chapa".
Trabalhadores aguardam por serviço às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270)  (Foto: Valmir Custódio/G1)Trabalhadores aguardam por serviço às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) (Foto: Valmir Custódio/G1)
Legislação
A lei nº 12.023/2009 dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso, que são as desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho para execução das funções.
A lei também diz que a remuneração, a definição das funções, a composição de equipes e as demais condições de trabalho serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos tomadores de serviços.
São atividades da movimentação de mercadorias em geral: cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; operações de equipamentos de carga e descarga e pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade.
Em busca de trabalho, movimentador de carga sinaliza para caminhoneiro na Rodovia Raposo Tavares (Foto: Valmir Custódio/G1)Em busca de trabalho, movimentador de carga sinaliza para caminhoneiro na Rodovia Raposo Tavares (Foto: Valmir Custódio/G1)
Júlio César Frank Linho e Alcides Pereira Neto aguardam por trabalho na Rodovia Raposo Tavares (Foto: Valmir Custódio/G1)Júlio César Frank Linho e Alcides Pereira Neto aguardam por trabalho na Rodovia Raposo Tavares (Foto: Valmir Custódio/G1)
Chapas improvisam abrigos às margens das rodovias (Foto: Valmir Custódio/G1)'Chapas' improvisam abrigos às margens das rodovias (Foto: Valmir Custódio/G1)
Lírio Fagundes Jaques estava às margens da rodovia há 10 horas sem serviço (Foto: Valmir Custódio/G1)Lírio Fagundes Jaques estava às margens da rodovia 10 horas sem serviço (Foto: Valmir Custódio/G1)
Emerson Ramos de Azevedo acena para atrair a atenção de caminhoneiros (Foto: Valmir Custódio/G1)Emerson Ramos de Azevedo acena para atrair a atenção de caminhoneiros (Foto: Valmir Custódio/G1)
Negociação entre caminhoneiros e chapas é feita à beira das rodovias  (Foto: Valmir Custódio/G1)Negociação entre caminhoneiros e chapas é feita à beira das rodovias (Foto: Valmir Custódio/G1)

Procura por vacina contra H1N1 vira tumulto em hospital de Rio Preto

Polícia Militar teve de ser chamada para controlar a confusão.
Nas primeiras horas da manhã, mais de 250 pessoas já estavam na fila.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
O medo da transmissão do vírus H1N1 e a busca pela vacina provocou confusão na manhã desta sexta-feira (1º), em um hospital particular de um plano de saúde em São José do Rio Preto (SP). Até a Polícia Militar teve de ser chamada para controlar a confusão. As vacinas são pagas.
Nas primeiras horas da manhã, mais de 250 pessoas já esperavam em uma longa fila para receber a vacina. Algumas pessoas chegaram ainda de madrugada e perderam a viagem. Por causa do tumulto, muitos pacientes enviaram vídeos para o WhatsApp da TV TEM.
A assessoria de imprensa do plano de saúde disse que o atendimento foi feito por ordem de prioridade, mesmo para os pacientes que não tinham plano de saúde. São considerados prioridade profissionais da saúde, indígenas, grávidas, crianças de até 5 anos, idosos com 60 anos ou mais, mulheres que acabaram de ter bebê e portadores de doenças crônicas, como cardíaca, renal, hepática, respiratória, neurológica, pessoas com diabetes e obesos.
Pessoas na espera pela dose da vacina no hospital (Foto: Reprodução / TV TEM)Pessoas na espera pela dose da vacina no hospital
(Foto: Reprodução / TV TEM)
A dona de casa Milca Sescon diz que o atendimento não estava priorizado. "Não tinha fila separada para as pessoas com prioridade e acredito que eles não tenham efetivo para vacinar todo mundo", afirma a dona de casa.
A empresária Priscila Silva reclama que mesmo sem ser atendida esperava por informações. "Me disseram que a recepção seria aberta às 8h e que me dariam informações, mas a recepção foi aberta e não houve informação sobre a vacinação", diz a mulher.
A aposentada Clair Zocal, de 70 anos, disse que chegou às 6h30 e já tinha fila até do lado de fora do hospital. "Nós ficamos no sol e ninguém veio falar que terminaram as senhas. Teve cadeirante que foi embora, deficiente mental bem comprometido que também foi embora e um senhor que passou mal", conta.
De acordo com o diretor da unidade de vacinação, Fábio Dória, com a antecipação da campanha do governo, a procura pelas doses da vacina é tão grande que foi necessário determinar um limite para o atendimento. Nesta sexta-feira, 250 senhas foram distribuídas. "Houve conscientização que temos de fazer além do que é possível, mas há pessoas exaltadas na fila. Infelizmente, todos os dias deixamos de contemplar algumas pessoas. A impressão que eu tenho é que se tivéssemos mil doses por dia, ainda teríamos pessoas insatisfeitas", diz.
Mais de 250 pessoas enfrentaram fila para tomar vacina (Foto: Reprodução/TV TEM)Mais de 250 pessoas enfrentaram fila para tomar vacina (Foto: Reprodução/TV TEM)

Dilma desapropria terras para reforma agrária em ato com o MST no Planalto

Evento faz parte da estratégia do governo de pautar uma 'agenda positiva'. 
Entidades de trabalhadores do campo manifestaram apoio à presidente.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (1º), em evento no Palácio do Planalto, decretos que desapropriam terras para a reforma agrária e regularização de quilombos.
O evento faz parte de estratégia do governo de organizar atos positivos para a presidente, a chamada "agenda positiva", para contrabalancear a turbulência enfrentada por Dilma com o pedido de impeachment em trâmite na Câmara. É o terceiro dia seguido que Dilma realiza eventos no palácio.
Ao todo, a presidente Dilma assinou 25 decretos na cerimônia desta sexta - 21 referentes à desapropriação de terras para a reforma agrária nos estados de Goiás, Pernambuco, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pará, Ceará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Paraíba e Paraná.
Outros quatro decretos foram assinados para a regularização de quatro comunidades quilombolas nos estados de Sergipe, Pará, Rio Grande do Norte e Maranhão (nas quais estão presentes 799 famílias).
No evento, o governo também lançou o edital do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), por meio do qual serão disponibilizados R$ 4 milhões para projetos de promoção da igualdade racial no país.
Discurso
Após assinar os decretos, a presidente fez um discurso no qual, inicialmente, defendeu ações do governo na promoção da reforma agrária e da igualdade racial, como a política de cotas nas universidades públicas.
Na parte final da fala, Dilma fez uma defesa da democracia no país, que, segundo ela, está ameaçada. Ao contrário do que fez em outros discursod na semana, a presidente não mencionou diretamente o processo de impeachment.
"Temos que entender que democracia tem forma e conteúdo. Hoje, o Brasil tem os dois aspectos da democracia ameaçados. O aspecto formal, aquele que as leis garantem, que as leis regulam, é como se fossem as regras do jogo. As regras do jogo não podem ser rompidas, porque se se rompem, comprometem o jogo, torna o jogo suspeito, torna a relação entre as pessoas problematizada", afirmou a presidente.
Ela ainda afirmou que é preciso oferecer resistência ao que chamou de "tendências anti-democráticas" e ressaltou que é contrária à violência e à perseguição de autoridades.
"Nós hoje precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistência a tendências antidemocráticas. Oferecer resistência também a provocações. Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade que pensa assim ou assado", completou Dilma.
Apoio a Dilma
A cerimônia de assinatura dos decretos teve representantes de movimentos de trabalhadores do campo na plateia. Líderes das entidades discursaram em favor do governo da presidente e contra o impeachment.
Antes, Dilma recebeu representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Confederação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Ocupação de terras
Em seu discurso, diante da presidente, o secretário de Finanças da Contag, Aristides Santos, defendeu a ocupação de propriedades rurais. Segundo ele, "vai ter reforma agrária, vai ter luta e não vai ter golpe".
"Vamos ocupar as propriedades deles, as casas deles no campo. É a Contag e os movimentos sociais que vão fazer isso. Vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles. Se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, vamos incomodar as casas deles, as fazendas e as propriedades deles. Vai ter reforma agrária, vai ter luta e não vai ter golpe"

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