Polícia Militar teve de ser chamada para controlar a confusão.
Nas primeiras horas da manhã, mais de 250 pessoas já estavam na fila.
O medo da transmissão do vírus H1N1 e a busca pela vacina provocou confusão na manhã desta sexta-feira (1º), em um hospital particular de um plano de saúde em São José do Rio Preto (SP). Até a Polícia Militar teve de ser chamada para controlar a confusão. As vacinas são pagas.
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Nas primeiras horas da manhã, mais de 250 pessoas já esperavam em uma longa fila para receber a vacina. Algumas pessoas chegaram ainda de madrugada e perderam a viagem. Por causa do tumulto, muitos pacientes enviaram vídeos para o WhatsApp da TV TEM.
A assessoria de imprensa do plano de saúde disse que o atendimento foi feito por ordem de prioridade, mesmo para os pacientes que não tinham plano de saúde. São considerados prioridade profissionais da saúde, indígenas, grávidas, crianças de até 5 anos, idosos com 60 anos ou mais, mulheres que acabaram de ter bebê e portadores de doenças crônicas, como cardíaca, renal, hepática, respiratória, neurológica, pessoas com diabetes e obesos.
A dona de casa Milca Sescon diz que o atendimento não estava priorizado. "Não tinha fila separada para as pessoas com prioridade e acredito que eles não tenham efetivo para vacinar todo mundo", afirma a dona de casa.
A empresária Priscila Silva reclama que mesmo sem ser atendida esperava por informações. "Me disseram que a recepção seria aberta às 8h e que me dariam informações, mas a recepção foi aberta e não houve informação sobre a vacinação", diz a mulher.
A aposentada Clair Zocal, de 70 anos, disse que chegou às 6h30 e já tinha fila até do lado de fora do hospital. "Nós ficamos no sol e ninguém veio falar que terminaram as senhas. Teve cadeirante que foi embora, deficiente mental bem comprometido que também foi embora e um senhor que passou mal", conta.
De acordo com o diretor da unidade de vacinação, Fábio Dória, com a antecipação da campanha do governo, a procura pelas doses da vacina é tão grande que foi necessário determinar um limite para o atendimento. Nesta sexta-feira, 250 senhas foram distribuídas. "Houve conscientização que temos de fazer além do que é possível, mas há pessoas exaltadas na fila. Infelizmente, todos os dias deixamos de contemplar algumas pessoas. A impressão que eu tenho é que se tivéssemos mil doses por dia, ainda teríamos pessoas insatisfeitas", diz.
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