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Presidente da Câmara, que é investigado pelo Conselho de Ética, acredita que houve exageros dos promotores paulistas
Mesmo sem ler detalhes do pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feito pelo Ministério Público de São Paulo, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acredita que aparentemente houve exageros dos promotores paulistas. "Parece um pouco exagerado, pelo que estou vendo de comentários", declarou.
Em um momento de acirramento dos ânimos políticos, o peemedebista criticou ações exageradas. "Tudo aquilo que é exagerado nunca é bom, acho que tudo tem seu ritmo, seu caminho, e dentro tem que se respeitar a legalidade", ponderou.
Ele disse não esperar um clima mais acalorado nas manifestações de domingo (13). "As manifestações vão ocorrer porque já iriam ocorrer. Pode acirrar o clima se isso gerar confronto do outro lado, mas acho que não. Acho que o que está para acontecer já está mais ou menos predeterminado: quem vai, vai", comentou.
Impeachment
Em um dia de reuniões preparatórias para a convenção do PMDB e discussões paralelas sobre a permanência ou não do partido no governo, Cunha afirmou que o prazo de 45 dias para concluir na Câmara o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é possível, desde que não se considere fatores como obstrução ou recursos judiciais.
"Se seguir o rito, interpretar o que está ali, 45 dias é um prazo razoável, mas não dá para afirmar que será em 45 dias", afirmou.
Na próxima quinta-feira (17), assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento dos embargos de declaração do rito do impeachment, o presidente da Câmara dará prosseguimento à eleição da comissão processante.
Veja imagens do protestos após ação da Polícia Federal contra Lula:
Houve briga de manifestantes a favor e contra o ex-presidente em frente à casa de Lula, em São Bernardo do Campo, e a polícia precisou agir. Foto: CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO - 4.3.16
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