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Diante da negativa dos conselhos regionais em
conceder o registro, o governo estuda a emissão de um parecer para
garantir o início dos trabalhos
O atraso de uma semana no início dos trabalhos dos médicos estrangeiros
que participam do programa Mais Médicos se deve a uma batalha jurídica
travada entre o governo e entidades representantes da classe médica. Os
conselhos regionais têm se negado a dar o registro para que os
profissionais atuem no Brasil, sem que passem pelo processo de validação
do diploma.
O cronograma previa o início dos trabalhos dos
estrangeiros na próxima segunda-feira (16). No entanto, o governo já
admitiu que o atendimento só deve acontecer a partir do dia 23 de setembro
.
Apesar de
ter conseguido derrubar na Justiça pelo menos 12 pedidos de liminares
que desobrigavam os conselhos regionais a fornecerem o registro, o
governo tem enfrentado dificuldades em vencer a burocracia imposta por
esses órgãos.
Diante disso, a Advocacia -Geral da União (AGU) está
estudando a emissão de um parecer com o objetivo de garantir o processo
de registro. Os termos do documento ainda não estão definidos.
Por enquanto, a AGU trava a batalha na Justiça contra 64
ações relacionadas ao programa Mais Médicos. Nessa, lista estão 29
mandados de segurança individuais, 27 ações civis públicas, uma ação popular, três mandados de segurança apresentados ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ), além de dois mandados de segurança e duas Ações Direitas de
Inconstitucionalidade (Adins) apresentados ao Supremo Tribunal Federal
(STF).
Entre os 682 médicos estrangeiros, 400 são cubanos. Os demais são médicos formados no exterior,
sendo 116 brasileiros. Eles chegaram ao Brasil no final de agosto e há
três semanas passam por uma fase de acolhimento e treinamento, que
inclui conhecimento da língua portuguesa.
A proficiência na língua portuguesa é um dos quesitos
exigidos para o registro. O treinamento está sendo realizado
simultaneamente em oito capitais. Pronunciamentos de Dilma: ‘Vinda de estrangeiros não é contra médicos brasileiros’ "O governo fará o impossível para garantir médicos" Critérios
Nas ações judiciais dos conselhos regionais de medicina, a
argumentação é que a medida provisória que regulamenta o programa fere
as legislações que dão a essas entidades o poder de fiscalizar o
exercício da medicina. Para eles, todos os registros só podem ser
concedidos quando os profissionais apresentarem revalidação de diploma e
certificado de proficiência em língua portuguesa.
Os registros provisórios para a atuação de médicos, caso
que o Ministério da Saúde deseja enquadrar os participantes do Mais
Médicos, só podem ser dados, de acordo com o Conselho Federal de
Medicina, em duas circunstâncias: em cumprimento a decisões judiciais ou
para médicos estrangeiros em formação (em residência médica), que só
podem trabalhar em unidades hospitalares ligadas a instituições de
ensino superior.
O CFM disse, em nota divulgada no dia 28 de agosto
(último pronunciamento do conselho sobre o tema), que os conselhos
cumprirão a legislação, mas sem “abandonar a busca do convencimento dos
parlamentares durante o processo de discussão da medida provisória”. Leia também: Relator vai sugerir padronizar residência no programa Mais Médicos Segunda etapa do programa Mais Médicos já tem 514 municípios Operação
Para garantir que os médicos estejam prontos para dar
início ao trabalho no dia 23, o governo já acionou a Força Aérea
Brasileira (FAB). No fim de semana que antecede o início dos trabalhos,
os médicos serão levados para mais de 700 municípios mais distantes dos
centros urbanos.
A operação ainda está sendo montada e se assemelha à ação
que geralmente ocorre nas eleições com o objetivo de distribuir e
recolher as urnas eletrônicas utilizadas na votação. Em muitos locais,
principalmente na Região Amazônica, a única forma de acesso é por meio
de aviões ou de barcos.
A construtora Segura foi condenada a pagar R$ 400 mil por danos morais coletivos pela morte de nove operários na queda de um elevador de um prédio em construção, em 2011. A sentença foi dada pela juíza Lucyenne Amélia de Quadros Veigas, da 18ª Vara do Trabalho de Salvador, que também condenou a empresa ao pagamento de uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento das normas de segurança.
O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) não gostou da sentença já que pedia uma indenização por danos morais de R$ 10 milhões. O valor estipulado não corresponde a 4% do requerido pelo órgão, que vai recorrer da decisão assim que for intimado.
Segundo o MPT, a juíza praticamente isentou o responsável técnico e sócio da empresa, Manoel Segura, da responsabilização pelas mortes. Para a procuradora Cleonice Moreira, uma das autoras da ação, a Justiça não poderia tratar o caso de outra forma que não fosse a do rigor da lei. Para ela, uma decisão mais rigorosa pode ajudar a mudar a mentalidade do setor da construção civil sobre as condições de saúde e segurança nos canteiros de obras.
Na ação civil pública, o MPT pediu à Justiça que a empresa cumprisse as normas de segurança listadas em 29 itens e que, em caso de descumprimento de cada ponto, fosse aplicada uma multa de R$ 50 mil. A multa foi reduzida para R$ 1 mil.
A Procuradoria ainda indaga que a sentença coloca todos os sócios (Manoel Segura, Maria Dolores Martinez Perea, Saturnino Segura Matinez) como responsáveis subsidiários, e não solidários, pela indenização. O que, segundo o órgão, na prática significa que os bens deles só serão atingidos caso a empresa não pague a indenização.
Caso
Antônio Elias da Silva, Lourival Ferreira, José Roque dos Santos, Hélio Sampaio, Antônio Luiz A. dos Reis, Manoel Bispo Pereira, Jairo de A. Correia, Martinho F. dos Santos e Antônio Reis do Carmo morreram após o elevador que utilizavam cair do 28º andar do prédio em construção.
O laudo pericial, elaborado pela Coordenação de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), sobre a queda do elevador aponta a falta de manutenção preventiva como causa do acidente.
MOTIVO DA SENTENÇA, O FATO OCORREU EM 2011.
Elevador despenca e mata operários em Salvador,
A polícia técnica confirmou a identidade dos nove operários mortos em um acidente na obra do edifício empresarial Comercial 2, da Construtora Segura, localizado na Rua Saturnino, região do Iguatemi. Os homens estavam em um elevador que despencou do 28º andar do edifício em construção, de uma altura de 90 metros, por volta das 7h30 desta terça-feira (9). Antônio Reis do Carmo, Antônio Elias da Silva, Antonio Luis Alves Santos, Hélio Sampaio, José Roque dos Santos, Jairo Almeida Correia - que operava o elevador -, Lourival Ferreira, Martinho Fernandes dos Santos e Manoel Bispo Pereira são as vítimas fatais do acidente que não deixou sobreviventes.
“Eles estavam subindo para ir trabalhar. O cabo soltou, mas não sabemos o porquê. O elevador era seguro, eu mesmo usava ele todos os dias. Não sabemos como aconteceu”, lamentou o engenheiro responsável pela obra e também proprietário da Construtora Segura, Manoel Segura. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local, além do Salvar, Polícia Militar, equipes do IML e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e da Madeira do Estado da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, afirmou que a categoria lamenta e está abalada com o acidente. O equipamento tinha capacidade para oito homens mais o operador.
A delegada titular da 16ª CP (Pituba), Jussara Souza, explicou que a balança (elevador) tinha capacidade para 1.200 kg, ou 12 pessoas. "A perícia vai verificar o que houve. Se for constatada imperícia, imprudência ou negligência, os culpados podem ser indiciados por homicídio culposo", disse.
Alvará - De acordo com o responsável pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Cláudio Silva, a obra do edifício Comercial 2, da Construtora Segura, era licenciada, tinha alvará e era fiscalizada com regularidade. "É o primeiro acidente que acontece aqui, agora vamos aguardar o laudo técnico. Por enquanto, a obra está totalmente interditada", disse. A obra contava com dois técnicos em segurança: Jadson Silva de Jesus e Josevaldo Almeida Melo.
O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil - Seção Bahia (CTB), Adilson Araújo, que esteve no local, afirmou que 15 operários já morreram e outros 60 ficaram feridos em acidentes na construção civil apenas este ano em Salvador.
"Nós já vínhamos alertando sobre os riscos, mas as medidas não aconteciam", disse. Araújo informou que uma reunião foi agendada para as 15h de hoje entre a CTB, o secretário de Trabalho, Emprego e Renda do Estado, Nilton Vasconcelos, e a Superintendência Regional do Trabalho para discutir o assunto.
Vítimas - Dentre as vítimas identificadas, Antônio Alves Reis, conhecido como Antônio de Itinga, era carpinteiro e estava de férias. "Ele veio na obra para vistar o pessoal", afirmou o irmão da vítima, Adilton, que também trabalha na obra há cerca de um ano e afirma que o elevador vinha apresentando problemas. "Eu não sabia que ele estava no elevador. Quando cheguei aqui embaixo foi que soube", afirmou.
Muito emocionado, Washinton Santana dos Santos, filho de Martinho, acompanha o resgate. “Só queria sair daqui com meu pai”, disse. Ele explicou ainda que outros operários já haviam reclamado da segurança do elevador.
Apoio - O advogado da Construtora Segura, Fernando Magalhães, informou que a empresa enviou assistentes sociais e psicólogos para prestar toda a assistência às famílias das vítimas. O operário Adailton dos Santos, de 44 anos, escapou por pouco. Ele iria entrar no elevador, quando o operador informou que a cabine estava lotada. “O elevador estava mais ou menos na 20ª laje quando a gente viu o fogo”, disse o operário, que completou 44 anos ontem. “Poderia estar morto”, disse.
Também operário, o ajudante de prático Guilherme José da Silva, de 42 anos, exercia a mesma função dos colegas mortos. A esposa dele, Diolena Costa Silva, de 41 anos, ouviu a notícia do acidente quando estava trabalhando. "Peguei um táxi e vim correndo, achei que meu marido tinha morrido", disse.
O tráfego segue interditado no local, a partir da Rua Saturnino, para facilitar o trabalho das equipes de resgate.
SE O HOMEM FOR REALMENTE HOMEM ELE SE UNE A UMA VERDADEIRA MULHER,
PARABÉNS MULHERES PELAS SUAS CONQUISTAS.
Os dias do típico machão provedor estão contados
ou já se foram. Para o psicólogo Antônio Carlos de Araújo , o homem que
está tomando ou vai tomar em breve seu lugar ainda não se encontrou,
está perdido: “Ele está em uma sinuca de bico”. Aparentemente, nem todos.
Para psicólogos e terapeutas, homem está um pouco perdido com a mulher mais independente e decidida
“O que está perdido não sabe como agradar, enquanto o das
antigas, aquele que permanece na década de 40, acomodado no seu papel,
perde a mulher porque nenhuma precisa de um homem para viver
financeiramente. Esse é arredio à terapia, não acredita nela, e quando
vem, vem no desespero, quando a mulher já pediu o divórcio.
Inevitavelmente, este tipo de homem está em extinção.”
É com palavras duras que Antônio Carlos Alves de Araújo, psicólogo e terapeuta de casais
há 25 anos, define o homem que pode nem aparentar ser o típico machão
de sempre, mas que enxerga homens e mulheres com papéis estabelecidos na
sociedade, principalmente quando o assunto é relacionamento: ele
trabalha, ela cuida da casa. LEIA NO DELAS: O novo homem: o que falta para ele chegar lá?
Já os que não se encaixam neste perfil se encontram em uma “sinuca de bico”, defende Araújo. “Ele não sabe o que fazer,
tem medo e receios, não foi criado e educado para isso, e é isso que a
gente tem que mudar”, diz. Acostumado a também tratar jovens, o
psicólogo associa o surgimento de uma mulher independente e decidida com
casos de impotência sexual psicológica masculina: “No ano passado foram
550 casos de disfunção erétil entre homens de até 25 anos. Eles têm
medo de mulher. Esse é o novo homem, um homem absolutamente
fragilizado”. O psicólogo explica que o alto número de pacientes do sexo
masculino se deve à vergonha que eles têm de se consultarem com
profissionais mulheres.
Antônio Carlos acredita que os papéis de homens e mulheres acabaram “distorcidos”. Ailton Amélio, psicólogo e professor do Instituto de Psicologia
da USP, compartilha – e comemora – a opinião. “O novo homem abandonou a
posição do perfil anterior, do provedor, cabeça do casal, sem
sentimentos, racional. Saímos de uma posição definida. Ufa, ainda bem
que abandonamos. O sexo feminino também era definido naqueles papéis
mais tradicionais, de cuidar da casa, dos filhos, mas houve um
movimento. Um movimento justo, por sinal.”
Amélio ressalta que o espaço que as mulheres
ganharam ainda não é suficiente, “basta ver a diferença de salários,
presença em cargos políticos ou na direção de companhias” –
levantamentos recentes feitos com empresas brasileiras apontam que eles
têm 20 vezes mais chances de virarem CEOs e que 23% dos postos
corporativos de liderança são ocupados por elas.
No entanto, ele diz que as conquistas femininas
foram fortes o suficiente para os homens não se sentirem mais
confortáveis defendendo o perfil “machão”. Sobre o sexo masculino estar
perdido, ele concorda com Araújo. “Quando você não sabe os parâmetros, o
que fala, o que não fala, é uma situação incômoda. Não tem um lugar de
conforto, onde você se sinta seguro. Porque por qualquer coisa você
poderá ser acusado de machista, e, por outro lado, se você ficar quieto
pode ser chamado de frouxo.”
SAIR DA ZONA DE CONFORTO NÃO É RUIM
José Borbolla Neto já viveu os dois lados da moeda dela.
Dela porque o gerente de marketing de 31 anos “desconfia” que um dos
fatos que levou ao fim do seu último relacionamento foi o perfil da
então companheira, “mais tradicional, de querer ter filhos”. “Eu tinha
pretensões profissionais, acadêmicas, esse lado de querer realizar
coisas”, explica.
Hoje, ele namora há cerca de um ano uma publicitária com
quem compartilha essas ambições. “Estar ao lado de alguém que tem esse
perfil de querer atingir determinados níveis, profissionais ou
acadêmicos, é muito bom. Você tem uma parceira”, diz. Borbolla confessa
ser fã da “mulher moderna”, e a defende. “Elas não buscam o cara que vai
puxar a carroça, mas o cara que vai ajudar a puxar. Ela conquistou um
espaço e quer usá-lo da maneira como convir. Tem que fazer isso mesmo.”
Na opinião do gerente, tirar os homens “que tem um pé na
modernidade e outro no machismo” da zona de conforto não é ruim “porque
para conquistar essa mulher, o cara vai ter que ser bom, ele vai ter que
melhorar”. E será que a “nova mulher” acaba com as atitudes associadas
ao “cavalheirismo”, como abrir a porta e pagar a conta? “Existe um
componente de espontaneidade na execução desse tipo de coisa que é
importante, não pode ser protocolar. Se for natural, acho que sobrevive
normalmente. Nada te impede de aparecer com uma flor de vez em quando. É
questão de timing”, afirma Borbolla.
“SOU DONO DE CASA E ME ORGULHO DISSO”
Em conjunto com a esposa, Eduardo Moraes, de 39 anos,
decidiu que ela iria deixar o trabalho para ficar com João, filho
recém-nascido do casal, “até o dinheiro acabar”. Essa estratégia durou
por dois anos, e há seis meses é ele quem fica com o garoto pela manhã e
depois o leva à escola. Fotógrafo, ele diz que a agenda flexível
permitiu isso, mas que se trabalhasse em horário comercial eles teriam
que pagar uma babá, algo que eles não querem: “A gente quer criar”.
Além de cuidar do pequeno João, Moraes também se
encarrega de fazer o mercado, o jantar e às vezes dar um jeito na casa.
“Eu sou uma dona de casa e me orgulho disso”, brada. “Gostaria que minha
mulher fosse uma executiva que ganhasse R$ 30 mil por mês, aí eu ficava
em casa, tirava fotos por hobby, fazia a comida, praticava esportes”,
brinca.
Como os pais trabalhavam muito, o fotógrafo, ao lado de
uma empregada, teve que cuidar do irmão mais novo, experiência que ele
acredita ter sido muito útil na hora de tomar conta do rebento.
Foi em um dos momentos de “pai e filho” que ele se
indignou certa vez. “Tem uma cozinha na brinquedoteca do clube, o João
estava brincando de passar roupa, uma babá tirou outro garoto porque
aquilo não era ‘brinquedo de menino’. É um pensamento tão babaca,
retrógrado. Não vai mais ser essa coisa de isso é de homem, aquilo é de
mulher. É coisa da vida. Tem que fazer o que tem fazer. Criança que
cresce com esse tipo de conceito está ‘ferrada’. Nunca me senti perdido
nesse ponto”, completa Edu. “NÃO DEI O PEITO PORQUE NÃO TENHO LEITE”
Homem novo é um assunto velho na casa dos Charbel. “Tenho
uma opinião formada sobre isso, e talvez fuja do padrão estabelecido
desde o meu pai, que já era ‘avançadinho’ na época dele. Filho de
imigrantes libaneses, ele foi o primeira da segunda geração a não se
casar com libanês, casou com filha de imigrantes italianos. Conforme os
filhos – quatro meninos e uma menina – iam crescendo, ele assumiu o
papel de mãe e pai. Eu meio que puxei isso dele, de querer estar
ativamente na criação. Dei o primeiro banho, só não dei o peito porque
não tenho leite”, conta Carlos, de 47 anos, filho do “Carlão” e pai de
Pedro e Marcela.
Apesar da “modernidade” do pai para a época, Charbel
afirma que não vai repetir alguns de seus comportamentos. “Quando fomos
para a faculdade, o sonho dele era me ver médico – Carlos é dentista –,
mas no caso da minha irmã, ele achava que talvez não precisasse. Não
consigo me imaginar dizendo isso para minha filha ou na hipótese dela
não se sustentar ou ser sustentada por um marido rico. Falo para ela
parar de namorar um cara só, namora três, vai viajar. Tem que estar em
uma posição para jamais depender de macho”, diz.
“Quando comecei a namorar a Patricia (sua esposa), eu
dizia que eu era filho de pobre e ela, de rico, e que ia virar pobre
quando casasse comigo”, brinca Charbel. Após a faculdade, os dois –
Patricia também é dentista – abriram um consultório. “Por sermos
profissionais liberais, tínhamos agenda [para cuidar dos filhos], mas
ela trabalhou desde sempre. Não sei se é um modelo espelhado nos meus
pais, mas é uma linha de pensamento, embora as realidades sejam bem
diferentes.”
EXECUTIVO APOSENTADO E DONO DE CASA AOS 53 ANOS
Charbel dá risadas na hora de falar do amigo Afrânio
Camarão, executivo aposentado e seis anos mais velho: “Eu brinco que
quero ser macho igual ele, mas não consigo”. Afrânio conheceu a
aposentadoria neste ano, quatro décadas após se dedicar a uma mesma
empresa, onde começou a trabalhar como office boy, ainda adolescente.
Sem escritório para ir – ele trabalhava até 14 horas por dia –, ele
admite que não era muito fã de cuidar da casa.
“Sempre fui o provedor. Nunca fui cara de arrumar nenhuma fechadura.
Primeiro, nunca me interessei, e segundo, eu procurava praticar esportes
no tempo livre”, afirma.
Se você leu bem, Afrânio não era
dono de casa. Um imprevisto fez com que o ex-executivo tomasse as
rédeas dos afazeres domésticos. “Ele está se achando o dono da casa,
está querendo ser interessado em tudo, faz as compras, assumiu minhas
responsabilidades. Até que ele está se saindo direitinho, só na cozinha
que ele não entra”, revela Cibele, de 53 anos, casada com Camarão há 29.
Ao falar da sua “administração” dentro de casa, Afrânio,
que virou recentemente síndico do condomínio onde mora com a família,
praticamente dá lições de economia. “Meu negócio é gestão e administrar
pessoas, algo que acumulei durante 30 anos de carreira. Ser dono de casa
é uma continuidade, muda o público. É o papel de uma gestão, mas de
intensidade menor.” Parece brincadeira, mas ele destaca que, sob seu
comando, o condomínio reduziu os custos em 28% em manutenção dos
elevadores, limpeza e outros serviços.
Questionado se vai manter as funções quando a esposa
voltar novamente ao controle, ele não se anima muito. “No final do ano
ela volta para a normalidade. Eu saio de férias, e aí no ano que vem eu
volto a fazer outras coisas”, responde. Com “outras coisas” Afrânio quer
dizer investir no setor de gastronomia e mexer com o mercado
financeiro, e dá sua dica: “Não pode trabalhar só com renda fixa, tem
que ter renda variável”.
Embora tenha se dedicado ao trabalho desde cedo, Camarão
aceitaria tranquilamente uma rotina inversa. “O modelo poderia ser
invertido. Se eu casasse com uma vice-presidente eu ia ser madame, faria
academia à tarde e a esperaria bonito à noite. Não me apego. Não tem
problema, é inverter os papéis.” HOMEM + MULHER = EQUIPE
“Não temos desculpas para não fazer tarefas como cozinhar
e levar os filhos à escola, e uma vez que as mulheres trabalham fora, o
ideal é a gente cooperar com o que costumava ser trabalho delas. Só não
poderemos assumir a amamentação”, diz Ailton Amélio. “A parte social,
que é convenção, tem que ser diluída. Homem e mulher podem ser uma
equipe, tem que tirar os preconceitos. As mulheres saíram correndo para
trabalhar fora, os homens ainda não saíram correndo para trabalhar
dentro”, completa o psicólogo.
Nove dos 16 macacos vacinados e infectados depois aparentaram não ter mais imunodeficiência símia.
Uma pesquisa publicada na revista Nature mostrou que uma vacina que age contra um vírus semelhante ao HIV que atinge macacos parece ter conseguido erradicá-lo. Segundo cientistas americanos, nove dos 16 macacos vacinados durante o estudo e infectados depois aparentaram posteriormente não ter mais o vírus da imunodeficiência símia (SIV, na sigla em inglês).
"É sempre difícil afirmar que houve uma erradicação total – sempre pode haver uma célula que não analisamos e que pode conter o vírus. Mas, de uma maneira geral, usamos critérios bem rigorosos e podemos dizer que não havia vírus no corpo desses macacos", disse o coordenador da pesquisa, Louis Picker, do Instituto de Vacinas e Terapia Genética no Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Os estudiosos disseram que agora eles querem usar uma metodologia semelhante para testar uma vacina contra o HIV em humanos.
Pesquisar e destruir
Os pesquisadores analisaram uma forma agressiva do vírus SIV, que chega a ser cem vezes mais letal que o HIV. Normalmente, os macacos infectados costumam morrer em dois anos. Mas, no teste, o vírus não se fixou nos animais que receberam a vacina. A vacina é feita a partir de outro vírus chamado citomegalovírus, que tem semelhanças com o da herpes.
O medicamento usou o poder de infecção do citomegalovírus para fazer uma espécie de varredura no corpo. Mas, ao invés de causar doenças, o vírus foi modificado para estimular o sistema imunológico e combater o SIV. "Ela (a vacina) mantém uma força armada, que patrulha todos os tecidos do corpo, o tempo todo, indefinidamente", explica Picker.
Os pesquisadores vacinaram macacos rhesus e, em seguida, os infectaram com o SIV. Eles descobriram que, primeiro, a infecção começou a se manifestar e a se espalhar. Mas, em seguida os corpos dos macacos começaram a reagir, procurando e destruindo todos os sinais dos vírus. Os macacos que responderam bem à vacina permaneceram livre da infecção entre um ano e meio e três anos depois da aplicação.
Teste em humanos
Picker disse que sua equipe ainda está tentando descobrir por que a vacinação funcionou em apenas pouco mais da metade dos macacos. "Pode ser pelo fato de o SIV ser tão patogênico que isso talvez seja o melhor que se consiga", disse o pesquisador ."Há uma batalha em curso e em metade do tempo a vacina vence e no restante, perde."
O cientista ressaltou que, "para fazer uma versão para humanos da vacina, precisamos ter certeza de que ela é absolutamente segura". "Nós já criamos um citomegalovírus que gera uma resposta imune semelhante (em humanos), mas que foi atenuado ao ponto em que acreditamos que ele é totalmente seguro."
Tal vacina teria que receber o respaldo das autoridades regulatórias. O pesquisador disse que, se isso ocorrer, espera que os primeiros testes clínicos em humanos aconteçam nos próximos dois anos.
Andrew Freedman, médico da Universidade de Medicina de Cardiff, vê com otimismo a nova vacina. "O teste sugere que vacinas profiláticas – criadas para prevenir uma infecção – que usam vetores de citomegalovírus podem se revelar abordagens promissoras para combater o HIV."
"Apesar de não prevenir a infecção inicial, ela pode levar a uma erradicação posterior, em vez de termos um estabelecimento crônico da infecção."
Candidatos precisam gerar o boleto da taxa de inscrição do vestibular ainda nesta segunda, podendo pagar até terça (10).
Acaba nesta segunda-feira (9) o prazo para se inscrever no vestibular
da Fuvest 2014, exame que seleciona candidatos para estudar na USP
(Universidade de São Paulo) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O candidato deve se inscrever pelo site da Fuvest. A taxa de inscrição é de R$ 130, a mesma de 2012, e pode ser paga também pela web ou em agências bancárias até o dia 10 de setembro, com o boleto gerado até o dia 9 de setembro.
A USP oferece 11.057 vagas, enquanto a Faculdade de Ciências Médicas oferece cem vagas. No ano passado, a USP selecionou 10.982. O vestibular de 2012 registrou quase 160 mil inscritos; destes, 21,5 mil eram treineiros. Leia mais notícias de Educação Mais de 500 grávidas poderão dar à luz em dia de prova do Enem
São 249 cursos de graduação em oito unidades distribuídas no Estado
de São Paulo, nas cidades Lorena, Bauru, Piracicaba, Pirassununga,
Ribeirão Preto, Santos e São Carlos, além da capital paulista.
A primeira fase da Fuvest acontece no dia 24 de novembro, com início
às 12h. Serão 90 questões sobre as disciplinas do núcleo comum do ensino
médio: português, história, geografia, matemática, física, química,
biologia, inglês,além de questões interdisciplinares. As questões são em
formato teste. A duração da prova será de cinco horas.
Os
aprovados para a segunda fase farão mais três provas de
analítico-expositivas. No dia 5 de janeiro de 2014; respondem dez
questões de português e fazem uma redação; no dia 6 de janeiro, a prova
constará de 16 questões sobre as disciplinas do núcleo comum obrigatório
do ensino médio (história, geografia, matemática, física, química,
biologia e inglês).
Já no dia 7, os candidatos respondem a 12 questões de duas ou três
disciplinas, a partir da carreira escolhida. Todas as provas terão
quatro horas de duração.
O vestibular acontece em 32 cidades do Estado. Na região
metropolitana haverá exames em Barueri (com Santana do Parnaíba),
Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo André,
São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Taboão da Serra e São Paulo.
No interior do Estado a Fuvest aplicará provas em Barretos, Bauru,
Campinas, Fernandópolis, Franca, Jaú, Jundiaí, Limeira, Lorena, Marília,
Mogi Mirim, Piracicaba, Pirassununga, Presidente Prudente, Ribeirão
Preto, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos,
Sorocaba e Taubaté. Inclusão
Por meio do Inclusp, programa de inclusão social, a USP quer
estimular o ingresso de estudantes que se formaram em escolas públicas.
Para o Pasusp (Programa de Avaliação Seriada da USP) as inscrições
estão encerradas (18 de agosto). A outra forma é o Sistema de Pontuação
Acrescida, que permite aos estudantes que cursaram integralmente o
ensino médio em escolas públicas e que não tenham se inscrito no Pasusp
2013 optar por acréscimo nas notas da 1ª e 2ª fases, segundo cálculo
baseado no desempenho do vestibulando na prova da primeira fase.
A primeira chamada será feita no dia 1° de fevereiro. O candidato
passa a ter, a partir da divulgação da lista dos primeiros aprovados,
acesso ao desempenho no vestibular pelo site da Fuvest, na seção
Usuários.
É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece.
O que é um piercing na boca?
É qualquer tipo de piercing que pode ser na língua, nos lábios ou nas
bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se
tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha,
os brincos e anéis de metal
colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como
pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou
bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes
de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu
dentista.
Foto: Thinkstock
Os piercings bucais oferecem mais riscos do que o colocados na orelha
Quais os riscos deste tipo de piercing?
É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são: Infecção — A boca contém milhões de bactérias que
podem causar infeções depois de um piercing oral. Tocar as partes de
metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se
contrair uma infecção. Sangramento prolongado — Caso um vaso sangüíneo seja
perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver
um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue. Dor e inchaço — São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração. Dentes danificados — O contato com a jóia pode
danificar o dente. Dentes com restaurações - por exemplo, coroas ou
jaquetas - também podem ser danificados pelas peças de metal. Ferimento na gengiva — As peças de metal não só
podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar
retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e
torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite. Interferência com a função normal da boca — As jóias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação. Doenças transmissíveis pelo sangue — O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacionalde Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G. Endocardite — O piercing oral pode causar
endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A
ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de
entrar na corrente sangüínea, podendo chegar ao coração. Quanto tempo dura um piercing?
Se você não contrair nenhuma infeção e seus piercings orais não
interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma
permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de
dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo
depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir
peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer
piercing oral. Leia também: