EMPREENDEDOR DE SUCESSO

domingo, 15 de setembro de 2013

VEJA COMO A COCA COLA EMBRIAGA AS PESSOAS, NÃO INFORMANDO-AS.

NESTE LINK VOCÊ CLICA PORÉM ELE TE LEVA PARA AS NOTÍCIAS QUE NÃO TEM NADA HAVER COM A NOTÍCIA DE CONSUMIDOR QUE BEBEU DO REFRIGERANTE E FICOU DOENTE, VEJA, CONFERE?

 Homem Bebe Coca Cola E Fica Deficiente
   http://rjalerta.com/posts/homem-bebe-coca-cola-e-fica-deficiente


VEJA A REPORTAGEM NA INTEGRA EM

sábado, 14 de setembro de 2013

Novidade para vacina contra o HIV é esperança de pesquisador brasileiro.


Vacina nacional utiliza conceito diferentes das testadas até agora em outros estudos; testes com humanos deverão ter início nos próximos anos.

 

A partir dos próximos meses, uma vacina brasileira contra o vírus HIV, causador da aids, será testada em macacos. Uma abordagem diferente no desenvolvimento da vacina, que visa as regiões constantes do vírus e se mostrou eficaz em camundongos, é a esperança do pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Edecio Cunha Neto, um dos responsáveis pelo projeto denominado HIVBr18, patenteado por ele e seus colegas Jorge Kalil e Simone Fonseca.

Uma vacina efetiva é vista hoje com muita cautela pelo pesquisador. “O que podemos afirmar é que as premissas para o conceito e a elaboração da vacina são diferentes das utilizadas pelas vacinas contra o HIV testadas até o momento”, afirma Cunha Neto, em entrevista ao Terra.

De acordo com o pesquisador, o motivo para que ainda não se tenha uma vacina contra o HIV reside em sua alta taxa de mutação. “Isso gera alta diversidade (até 20%) e ‘escape’ da resposta imune; além disso, ataca justamente os linfócitos T CD4+, os mais importantes para potenciar a resposta imune global. Com esses dois mecanismos, fica muito dificil uma vacina conseguir proteger contra o vírus em uma pessoa - e pior ainda, em uma comunidade, já que cada soropositivo carrega um vírus um pouco diferente do outro”.

Diferencial
Assim, a ideia dos pesquisadores brasileiros é que a vacina se foque apenas nas regiões mais conservadas (constantes) do HIV, que são iguais para pessoas diferentes e não apresentam mutação. Além desse aspecto primordial, segundo Cunha Neto, a vacina foi desenvolvida para desencadear respostas imunes na grande maioria dos indivíduos e desenhada para estimular as células T CD4+. “Todas essas características visam a contornar problemas das vacinas já testadas”, explica.

Essas regiões constantes foram identificadas através de bancos de dados de sequências de DNA do HIV. “Depois de identificadas essas regiões, usamos um algoritmo para identificar as regiões que provavelmente seriam reconhecidas pelo maior número de pessoas, e chegamos assim aos 18 fragmentos do HIV contidos na vacina”, revela Cunha Neto.

Após verificações bem-sucedidas com camundongos, o próximo passo terá testes com macacos, que podem começar já no próximo mês. Inicialmente, serão usados quatro animais em um protocolo piloto, no Instituto Butantan. No primeiro semestre de 2014, devem ter início verificações com vetores diferentes, a fim de escolher aquele que oferece a resposta imune mais forte.

Depois de dois anos, se tudo der certo, chegará a vez dos testes com humanos. O ensaio clínico de fase 1 terá uma população saudável, com baixo risco de contrair o HIV, que será acompanhada por vários anos. Nesse primeiro momento, além de avaliar a segurança do imunizante, o objetivo é verificar a magnitude da resposta imune que ele é capaz de desencadear e por quanto tempo os anticorpos permanecem no organismo.

“Nossa expectativa é que a HIVBr18 se torne uma vacina definitiva contra o HIV”, afirma Cunha Neto. “A vacina pode ser utilizada isoladamente ou junto com outras vacinas contra o HIV convencionais - o que já testamos com camundongos. Mas são várias etapas ainda antes que se possa dizer qualquer coisa”.

Para as fases finais, porém, os pesquisadores precisarão contar com aporte financeiro, já que os custos estimados até a terceira fase clínica somam R$ 250 milhões. Até agora, desde 2002, o projeto recebeu cerca de R$ 1 milhão, do governo federal e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Desafio
Desde a identificação do retrovírus, passaram-se 30 anos. Embora o ritmo de novas infecções tenha diminuído, o vírus HIV é portado hoje por aproximadamente 35 milhões de pessoas no mundo. Do início da década de 1980 até junho de 2012, o Brasil teve 656.701 casos registrados de aids (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico.
Cientistas anunciam cura funcional do HIV em criança nos EUA
Cientistas anunciam cura funcional do HIV em criança nos EUA

Se uma previsão de 1984 estivesse correta, esses números seriam bem menores. Em abril daquele ano, a então secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Margaret Heckler, deu uma declaração otimista a respeito de uma vacina contra o HIV, após conversa com o codescobridor do vírus, Robert Gallo. Em coletiva de imprensa, anunciou: "Esperamos ter uma vacina pronta para testes em dois anos".

Os fracassos desde então foram inúmeros. Mas há um motivo recente para otimismo: em 2009, os resultados do maior teste de vacina contra HIV, com mais de 16 mil participantes, na Tailândia, apresentaram nível de eficácia de 31% em uma combinação de duas vacinas. O projeto RV144, no entanto, não atingiu a eficácia necessária para garantir seu uso fora de testes clínicos. Mesmo assim, foi a primeira vez que uma vacina resultou em proteção contra o vírus.

GHX Comunicação

Mega-Sena paga R$ 15 milhões a dois apostadores de SP neste sábado.


foram: 10-16-28-33-48-53

A Mega-Sena saiu para dois ganhadores neste sábado (14). O concurso nº 15309 teve as seguintes dezenas sorteadas:
10 - 16 - 28 - 33 - 48 - 53
Dois apostadores de Estado de São Paulo, um da cidade de Guarulhos e o outro de Ribeirão Preto, acertaram as seis dezenas e levaram, cada um, o prêmio de R$ 7.800.140,92. Outros 138 acertaram cinco dezenas e fizeram a quina, que pagou R$ 15.973,07 para cada apostador.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 9.644 fizeram a quadra e levarão prêmio de R$ 326,52 cada.
A Caixa Econômica Federal informa ainda que o sorteio da próxima quarta-feira (18) pode pagar R$ 2,5 milhões.
Leia tudo sobre: loteriasmega-senamega sena
 

Eles foram premiados, mas perderam tudo

Ex-milionário, Antonio Domingos é garçom e vive com salário de R$ 500,00

 

Muitas pessoas ficaram chocadas recentemente com a história do lixeiro inglês que, após ganhar o equivalente a R$ 26 milhões na loteria, virou notícia no mundo todo ao pedir seu antigo emprego de volta. Michael Carroll gastou tudo o que recebeu em 2002 em bebida, drogas e mulheres.
Mas não é necessário ir tão longe para conhecer dramas como o de Carroll. O baiano Antônio Domingos, de 46 anos, vivenciou uma história muito parecida. Quando em 1983 ganhou na loto o equivalente hoje a R$ 30 milhões, pensou que o dinheiro não acabaria nunca. A primeira providência que tomou foi pedir demissão do emprego de zelador que tinha em um condomínio da capital baiana.
“Chegou uma época em que eu agia como se carros, motos e roupas fossem descartáveis”, conta Antônio, que hoje trabalha como garçom em um restaurante de comida natural e ganha cerca de R$ 500,00 por mês.
A vida de conforto e fartura, como define o soteropolitano, durou apenas cinco anos. Em vez de comprar uma casa, Antônio preferiu morar por um tempo na suíte presidencial do hotel mais luxuoso de Salvador na época. Restaurantes caros também faziam parte de sua rotina.
Hoje, o que restou daquele tempo são apenas fotos, lembranças e o arrependimento não ter proporcionado uma vida melhor para a mãe que, segundo ele, passa necessidades até para colocar comida na geladeira.
Antônio continua fazendo suas apostas com frequência, mas diz que se ganhasse hoje faria tudo de maneira diferente. “Além de ajudar minha mãe, tenho vontade de criar uma instituição de caridade para cuidar de crianças e idosos carentes”.
Diferentemente de Antônio, o baiano Nivaldo Eduardo, de 62 anos, diz que não se arrepende de ter gastado todo o dinheiro que recebeu em 1972, quando foi um dos primeiros brasileiros a ganhar na Loteria Esportiva. Hoje aposentado, ele sobrevive com a ajuda de amigos e o pouco dinheiro que ganha tomando conta de carros nas ruas de Salvador.
Entre as histórias de excessos cometidos que conta da época em que era rico, Nivaldo lembra-se com saudade de quando chegou a fretar aviões para acompanhar como amigos alguns jogos do Bahia, seu time do coração, em cidades de todo o país. O dinheiro, que veio fácil, foi embora em apenas cinco anos.
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

EX-ALUNO DA USP QUE INVADIO CAMPUS A TIROS DEIXA A PRISÃO APÓIS 1 DIA.


Ex-aluno da USP se entrega 14 dias após atirar em alojamento

 Disparo atingiu janelas de alojamento no campus da USP em São Carlos


O ex-aluno de ciências exatas da Universidade de São Paulo (USP) de 23 anos, que agrediu um estudante e fez quatro disparos em um alojamento do campus São Carlos (SP) no dia 28 de agosto, se entregou à Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (11). A prisão temporária de Alexandre José Coutinho da Rocha Lima foi decretada pela Justiça no último dia 2 e, até então, ele estava foragido. Ele disse ao G1 que o bullying que sofria na universidade motivou o ataque.
O rapaz compareceu ao 3º Distrito Policial, que investiga o caso, acompanhado de um advogado. Ele entregou a arma usada para efetuar os disparos, que na ocasião não atingiram ninguém.
Após prestar depoimento, ele foi levado para o Centro de Triagem de São Carlos. O período da prisão temporária é de cinco dias e pode ser prorrogado por mais 30 dias. O advogado de Lima não foi encontrado para comentar a prisão. A Polícia Civil ainda não se pronunciou.
Em uma das entrevistas que concedeu ao G1 no início deste mês, o ex-aluno já havia manifestado a intenção de se entregar. Ele disse ter conversado com algumas pessoas e até com o próprio advogado, que apontaram essa como a melhor alternativa. “Disseram que é melhor do que eu ficar foragido. Eu quero voltar à minha vida normal e acho que se me entregar e pagar pelo que fiz que vai ficar mais fácil recomeçar. Pretendo colaborar com a polícia”, disse na ocasião.
O caso
No dia 28 de agosto, o ex-aluno invadiu o alojamento do campus com uma arma, agrediu um estudante com coronhadas e fez vários disparos. Ninguém foi atingido pelos tiros. O suspeito é o rapaz que denunciou ter sido vítima de um suposto abuso sexual durante um trote com veteranos, em março.
Segundo testemunhas, o ex-aluno ainda fez disparos que acertaram as paredes e as janelas do alojamento. Alguns alunos disseram que ele dizia que queria vingança. Em entrevista exclusiva ao G1 no dia 29 de agosto, o ex-aluno do curso de Ciências Exatas disse que sofre bullying dos estudantes na universidade e na internet há pelo menos seis meses, desde que denunciou o abuso no trote. Ele afirmou que foi armado à universidade porque estava com raiva. "Eu estava totalmente desequilibrado", disse na ocasião.
As aulas da graduação foram suspensas no dia seguinte ao ocorrido e a ação do ex-calouro deixou muitos estudantes com medo. “Pensei que fosse morrer, porque ele estava armado e era fácil pegar a gente”, disse um dos estudantes que estava no alojamento e não quis se identificar.
Os estudantes retornaram ao campus na sexta-feira (30), mas relataram que a sensação ainda era de insegurança. Desde o ataque, uma viatura da guarda universitária fica de plantão em frente ao alojamento onde tudo aconteceu. A universidade reforçou a segurança com a ajuda da Polícia Militar.
Depressão
O ex-aluno do curso de ciências exatas trancou a matrícula alegando que sofre bullying, desde a denúncia do assédio, supostamente ocorrido em março. Ele disse que estava depressivo pelo fato de ter abandonado a faculdade. “Praticamente, eu me entreguei mesmo. Eu não fazia mais nada, absolutamente nada. Acordava, dormia e não saía da cama Ficava ali o dia inteiro. Pedi ajuda várias vezes para a universidade. Pedi para passar com um médico. Pedi para trocar a minha receita, porque a médica da outra vez receitou antidepressivo e tudo. Eu pedi para que eu tivesse esse tipo de suporte, mas eles negaram. Eu estava totalmente abalado e descontrolado, acabei entrando e fazendo aquilo”, contou.
Disparo atingiu janelas de alojamento no campus da USP em São Carlos (Foto: Maurício Duch)Disparo atingiu janelas de alojamento no campus
da USP em São Carlos (Foto: Maurício Duch)
Universidade
O estudante acusa a USP de ter sido negligente na apuração do suposto abuso sexual. “A universidade deveria ter tomado alguma providência, afastado essas pessoas pelo menos enquanto ocorria a sindicância. E não foi feito absolutamente nada”, declarou.

A assessoria da USP informou que a universidade ofereceu ao ex-aluno atendimento psicológico e também os auxílios que dispõe para garantir a permanência dele no curso, mas, mesmo assim, ele optou por sair da USP.
Ainda de acordo com a assessoria, a sindicância aberta para apurar o caso da suposta agressão sexual foi concluída e deu origem a um processo administrativo que está em trâmite na universidade.


Um dia após se entregar à polícia, o ex-aluno da Universidade de São Paulo  (USP) Alexandre José Coutinho da Rocha Lima deixou o Centro de Triagem de São Carlos na quinta-feira, beneficiado por um alvará de soltura expedido pela Justiça paulista. Alexandre teve a prisão temporária decretada no dia 3 de setembro, após invadir o campus de São Carlos da USP e ferir três pessoas ao efetuar disparos com uma arma de fogo, em agosto.
Alexandre invadiu o alojamento de estudantes da USP em São Carlos no dia 28 de agosto e agrediu com coronhadas um dos alunos que estava no local. Após a agressão, ele efetuou três disparos, que não acertaram ninguém. No momento dos tiros, outros dois alunos que estavam no alojamento saíram correndo e acabaram se machucando com vidros quebrados durante a fuga.
No dia 4 de março, o estudante envolvido na agressão teria sido vítima de abuso sexual durante o trote da universidade. Na ocasião, a USP informou que o aluno fez a denúncia à universidade e que "todas as ações e procedimentos pertinentes foram realizados pelos profissionais do setor, respeitando o sigilo próprio da atividade".
Ainda por comunicado, a instituição alegou que, "com o registro do Boletim de Ocorrência e a verificação de algumas incongruências dos relatos, o Presidente do Conselho Gestor do Campus acionou (no dia 14 de março) os setores competentes da Universidade para as providências cabíveis ao caso, tendo como decorrência, em primeira instância, a instauração de uma sindicância".
Em entrevista ao Jornal EPTV, o agressor afirmou que efetuou os disparos porque sofria bullying e ameaças de outros alunos da USP. "A violência lá dentro da universidade é uma coisa bastante descarada lá, bastante vulgar. A universidade, ela tem conhecimento disso e não toma providência, (é) bastante negligente e (esse) foi um dos motivos que me fez desistir da universidade. Foi o bullying e ameaças", afirmou o estudante.
O jovem afirmou ainda que era vítima de brincadeiras "sem graça" após a denúncia do suposto abuso. "Eu dei minha opinião lá sobre determinado assunto, e me disseram assim: 'estupra mas não mata', né? Foi por isso que eu fui me revoltando, né?"
Ainda segundo o estudante, os disparos foram efetuados acidentalmente. "Quando eu fui eu não pensei em atirar, eles que se movimentaram lá de uma forma que me assustou, eu peguei... Era muita gente, tinha umas quatro, cinco pessoas, então eu me assustei. (...) Fui dar uma coronhada para me defender e acabou da forma que eu bati, eu apertei e atirou, né?", relatou.

Batalha judicial atrasa início do Mais Médicos .

NEM TODOS OS MÉDICOS ESTÃO INTERESSADOS A TRABALHAREM. ALGUNS TRABALHAM TRÊS DIAS E PEDEM FÉRIAS, SERÁ QUE TEM COMPROMISSOS?

Conselhos regionais recusam o registro de profissionais estrangeiros, sem que passem pelo processo de validação do diploma. Governo estuda a emissão de parecer para garantir o começo do programa.


Diante da negativa dos conselhos regionais em conceder o registro, o governo estuda a emissão de um parecer para garantir o início dos trabalhos

O atraso de uma semana no início dos trabalhos dos médicos estrangeiros que participam do programa Mais Médicos se deve a uma batalha jurídica travada entre o governo e entidades representantes da classe médica. Os conselhos regionais têm se negado a dar o registro para que os profissionais atuem no Brasil, sem que passem pelo processo de validação do diploma.

O cronograma previa o início dos trabalhos dos estrangeiros na próxima segunda-feira (16). No entanto, o governo já admitiu que o atendimento só deve acontecer a partir do dia 23 de setembro .
Agência Brasil
Médicos participam do módulo de acolhimento e avaliação após a chegada ao País
Apesar de ter conseguido derrubar na Justiça pelo menos 12 pedidos de liminares que desobrigavam os conselhos regionais a fornecerem o registro, o governo tem enfrentado dificuldades em vencer a burocracia imposta por esses órgãos.
Diante disso, a Advocacia -Geral da União (AGU) está estudando a emissão de um parecer com o objetivo de garantir o processo de registro. Os termos do documento ainda não estão definidos.
Por enquanto, a AGU trava a batalha na Justiça contra 64 ações relacionadas ao programa Mais Médicos. Nessa, lista estão 29 mandados de segurança individuais, 27 ações civis públicas, uma ação popular, três mandados de segurança apresentados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de dois mandados de segurança e duas Ações Direitas de Inconstitucionalidade (Adins) apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os 682 médicos estrangeiros, 400 são cubanos. Os demais são médicos formados no exterior, sendo 116 brasileiros. Eles chegaram ao Brasil no final de agosto e há três semanas passam por uma fase de acolhimento e treinamento, que inclui conhecimento da língua portuguesa.
A proficiência na língua portuguesa é um dos quesitos exigidos para o registro. O treinamento está sendo realizado simultaneamente em oito capitais.
Pronunciamentos de Dilma:
‘Vinda de estrangeiros não é contra médicos brasileiros’
"O governo fará o impossível para garantir médicos"
Critérios
Nas ações judiciais dos conselhos regionais de medicina, a argumentação é que a medida provisória que regulamenta o programa fere as legislações que dão a essas entidades o poder de fiscalizar o exercício da medicina. Para eles, todos os registros só podem ser concedidos quando os profissionais apresentarem revalidação de diploma e certificado de proficiência em língua portuguesa.
Os registros provisórios para a atuação de médicos, caso que o Ministério da Saúde deseja enquadrar os participantes do Mais Médicos, só podem ser dados, de acordo com o Conselho Federal de Medicina, em duas circunstâncias: em cumprimento a decisões judiciais ou para médicos estrangeiros em formação (em residência médica), que só podem trabalhar em unidades hospitalares ligadas a instituições de ensino superior.
O CFM disse, em nota divulgada no dia 28 de agosto (último pronunciamento do conselho sobre o tema), que os conselhos cumprirão a legislação, mas sem “abandonar a busca do convencimento dos parlamentares durante o processo de discussão da medida provisória”.
Leia também:
Relator vai sugerir padronizar residência no programa Mais Médicos
Segunda etapa do programa Mais Médicos já tem 514 municípios
Operação
Para garantir que os médicos estejam prontos para dar início ao trabalho no dia 23, o governo já acionou a Força Aérea Brasileira (FAB). No fim de semana que antecede o início dos trabalhos, os médicos serão levados para mais de 700 municípios mais distantes dos centros urbanos.
A operação ainda está sendo montada e se assemelha à ação que geralmente ocorre nas eleições com o objetivo de distribuir e recolher as urnas eletrônicas utilizadas na votação. Em muitos locais, principalmente na Região Amazônica, a única forma de acesso é por meio de aviões ou de barcos.
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Construtora condenada a pagar R$ 400 mil por mortes em obra.


A construtora Segura foi condenada a pagar R$ 400 mil por danos morais coletivos pela morte de nove operários na queda de um elevador de um prédio em construção, em 2011. A sentença foi dada pela juíza Lucyenne Amélia de Quadros Veigas, da 18ª Vara do Trabalho de Salvador, que também condenou a empresa ao pagamento de uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento das normas de segurança.
O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) não gostou da sentença já que pedia uma indenização por danos morais de R$ 10 milhões. O valor estipulado não corresponde a 4% do requerido pelo órgão, que vai recorrer da decisão assim que for intimado.
Segundo o MPT, a juíza praticamente isentou o responsável técnico e sócio da empresa, Manoel Segura, da responsabilização pelas mortes. Para a procuradora Cleonice Moreira, uma das autoras da ação, a Justiça não poderia tratar o caso de outra forma que não fosse a do rigor da lei. Para ela, uma decisão mais rigorosa pode ajudar a mudar a mentalidade do setor da construção civil sobre as condições de saúde e segurança nos canteiros de obras.

Saiba mais

Na ação civil pública, o MPT pediu à Justiça que a empresa cumprisse as normas de segurança listadas em 29 itens e que, em caso de descumprimento de cada ponto, fosse aplicada uma multa de R$ 50 mil. A multa foi reduzida para R$ 1 mil.
A Procuradoria ainda indaga que a sentença coloca todos os sócios (Manoel Segura, Maria Dolores Martinez Perea, Saturnino Segura Matinez) como responsáveis subsidiários, e não solidários, pela indenização. O que, segundo o órgão, na prática significa que os bens deles só serão atingidos caso a empresa não pague a indenização.
Caso 

Antônio Elias da Silva, Lourival Ferreira, José Roque dos Santos, Hélio Sampaio, Antônio Luiz A. dos Reis, Manoel Bispo Pereira, Jairo de A. Correia, Martinho F. dos Santos e Antônio Reis do Carmo morreram após o elevador que utilizavam cair do 28º andar do prédio em construção.
O laudo pericial, elaborado pela Coordenação de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), sobre a queda do elevador aponta a falta de manutenção preventiva como causa do acidente.

MOTIVO DA SENTENÇA, O FATO OCORREU EM 2011.

Elevador despenca e mata operários em Salvador, 

 
A polícia técnica confirmou a identidade dos nove operários mortos em um acidente na obra do edifício empresarial Comercial 2, da Construtora Segura, localizado na Rua Saturnino, região do Iguatemi. Os homens estavam em um elevador que despencou do 28º andar do edifício em construção, de uma altura de 90 metros, por volta das 7h30 desta terça-feira (9). Antônio Reis do Carmo, Antônio Elias da Silva, Antonio Luis Alves Santos, Hélio Sampaio, José Roque dos Santos, Jairo Almeida Correia - que operava o elevador -, Lourival Ferreira, Martinho Fernandes dos Santos e Manoel Bispo Pereira são as vítimas fatais do acidente que não deixou sobreviventes.
“Eles estavam subindo para ir trabalhar. O cabo soltou, mas não sabemos o porquê. O elevador era seguro, eu mesmo usava ele todos os dias. Não sabemos como aconteceu”, lamentou o engenheiro responsável pela obra e também proprietário da Construtora Segura, Manoel Segura. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local, além do Salvar, Polícia Militar, equipes do IML e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e da Madeira do Estado da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, afirmou que a categoria lamenta e está abalada com o acidente. O equipamento tinha capacidade para oito homens mais o operador.
A delegada titular da 16ª CP (Pituba), Jussara Souza, explicou que a balança (elevador) tinha capacidade para 1.200 kg, ou 12 pessoas. "A perícia vai verificar o que houve. Se for constatada imperícia, imprudência ou negligência, os culpados podem ser indiciados por homicídio culposo", disse.
Alvará - De acordo com o responsável pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Cláudio Silva, a obra do edifício Comercial 2, da Construtora Segura, era licenciada, tinha alvará e era fiscalizada com regularidade. "É o primeiro acidente que acontece aqui, agora vamos aguardar o laudo técnico. Por enquanto, a obra está totalmente interditada", disse. A obra contava com dois técnicos em segurança: Jadson Silva de Jesus e Josevaldo Almeida Melo.
O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil - Seção Bahia (CTB), Adilson Araújo, que esteve no local, afirmou que 15 operários já morreram e outros 60 ficaram feridos em acidentes na construção civil apenas este ano em Salvador.
"Nós já vínhamos alertando sobre os riscos, mas as medidas não aconteciam", disse. Araújo informou que uma reunião foi agendada para as 15h de hoje entre a CTB, o secretário de Trabalho, Emprego e Renda do Estado, Nilton Vasconcelos, e a Superintendência Regional do Trabalho para discutir o assunto.
Vítimas - Dentre as vítimas identificadas, Antônio Alves Reis, conhecido como Antônio de Itinga, era carpinteiro e estava de férias. "Ele veio na obra para vistar o pessoal", afirmou o irmão da vítima, Adilton, que também trabalha na obra há cerca de um ano e afirma que o elevador vinha apresentando problemas. "Eu não sabia que ele estava no elevador. Quando cheguei aqui embaixo foi que soube", afirmou.
Muito emocionado, Washinton Santana dos Santos, filho de Martinho, acompanha o resgate. “Só queria sair daqui com meu pai”, disse. Ele explicou ainda que outros operários já haviam reclamado da segurança do elevador.
Apoio - O advogado da Construtora Segura, Fernando Magalhães, informou que a empresa enviou assistentes sociais e psicólogos para prestar toda a assistência às famílias das vítimas. O operário Adailton dos Santos, de 44 anos, escapou por pouco. Ele iria entrar no elevador, quando o operador informou que a cabine estava lotada. “O elevador estava mais ou menos na 20ª laje quando a gente viu o fogo”, disse o operário, que completou 44 anos ontem. “Poderia estar morto”, disse.
Também operário, o ajudante de prático Guilherme José da Silva, de 42 anos, exercia a mesma função dos colegas mortos. A esposa dele, Diolena Costa Silva, de 41 anos, ouviu a notícia do acidente quando estava trabalhando. "Peguei um táxi e vim correndo, achei que meu marido tinha morrido", disse.
O tráfego segue interditado no local, a partir da Rua Saturnino, para facilitar o trabalho das equipes de resgate.

“Saímos de uma posição definida. Ainda bem”, diz psicólogo sobre "novo homem".

SE O HOMEM FOR REALMENTE HOMEM ELE SE UNE A UMA VERDADEIRA MULHER,
PARABÉNS MULHERES PELAS SUAS CONQUISTAS.

Os dias do típico machão provedor estão contados ou já se foram. Para o psicólogo Antônio Carlos de Araújo , o homem que está tomando ou vai tomar em breve seu lugar ainda não se encontrou, está perdido: “Ele está em uma sinuca de bico”. Aparentemente, nem todos.

 

 

Para psicólogos e terapeutas, homem está um pouco perdido com a mulher mais independente e decidida
“O que está perdido não sabe como agradar, enquanto o das antigas, aquele que permanece na década de 40, acomodado no seu papel, perde a mulher porque nenhuma precisa de um homem para viver financeiramente. Esse é arredio à terapia, não acredita nela, e quando vem, vem no desespero, quando a mulher já pediu o divórcio. Inevitavelmente, este tipo de homem está em extinção.”
É com palavras duras que Antônio Carlos Alves de Araújo, psicólogo e terapeuta de casais há 25 anos, define o homem que pode nem aparentar ser o típico machão de sempre, mas que enxerga homens e mulheres com papéis estabelecidos na sociedade, principalmente quando o assunto é relacionamento: ele trabalha, ela cuida da casa.
LEIA NO DELAS: O novo homem: o que falta para ele chegar lá?
Já os que não se encaixam neste perfil se encontram em uma “sinuca de bico”, defende Araújo. “Ele não sabe o que fazer, tem medo e receios, não foi criado e educado para isso, e é isso que a gente tem que mudar”, diz. Acostumado a também tratar jovens, o psicólogo associa o surgimento de uma mulher independente e decidida com casos de impotência sexual psicológica masculina: “No ano passado foram 550 casos de disfunção erétil entre homens de até 25 anos. Eles têm medo de mulher. Esse é o novo homem, um homem absolutamente fragilizado”. O psicólogo explica que o alto número de pacientes do sexo masculino se deve à vergonha que eles têm de se consultarem com profissionais mulheres.
Antônio Carlos acredita que os papéis de homens e mulheres acabaram “distorcidos”. Ailton Amélio, psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da USP, compartilha – e comemora – a opinião. “O novo homem abandonou a posição do perfil anterior, do provedor, cabeça do casal, sem sentimentos, racional. Saímos de uma posição definida. Ufa, ainda bem que abandonamos. O sexo feminino também era definido naqueles papéis mais tradicionais, de cuidar da casa, dos filhos, mas houve um movimento. Um movimento justo, por sinal.”
Amélio ressalta que o espaço que as mulheres ganharam ainda não é suficiente, “basta ver a diferença de salários, presença em cargos políticos ou na direção de companhias” – levantamentos recentes feitos com empresas brasileiras apontam que eles têm 20 vezes mais chances de virarem CEOs e que 23% dos postos corporativos de liderança são ocupados por elas.
No entanto, ele diz que as conquistas femininas foram fortes o suficiente para os homens não se sentirem mais confortáveis defendendo o perfil “machão”. Sobre o sexo masculino estar perdido, ele concorda com Araújo. “Quando você não sabe os parâmetros, o que fala, o que não fala, é uma situação incômoda. Não tem um lugar de conforto, onde você se sinta seguro. Porque por qualquer coisa você poderá ser acusado de machista, e, por outro lado, se você ficar quieto pode ser chamado de frouxo.”
Arquivo pessoal
José Borbolla diz que suas amigas buscam um homem para ajudar a puxar a carroça, não a carroça inteira
SAIR DA ZONA DE CONFORTO NÃO É RUIM
José Borbolla Neto já viveu os dois lados da moeda dela. Dela porque o gerente de marketing de 31 anos “desconfia” que um dos fatos que levou ao fim do seu último relacionamento foi o perfil da então companheira, “mais tradicional, de querer ter filhos”. “Eu tinha pretensões profissionais, acadêmicas, esse lado de querer realizar coisas”, explica.
Hoje, ele namora há cerca de um ano uma publicitária com quem compartilha essas ambições. “Estar ao lado de alguém que tem esse perfil de querer atingir determinados níveis, profissionais ou acadêmicos, é muito bom. Você tem uma parceira”, diz. Borbolla confessa ser fã da “mulher moderna”, e a defende. “Elas não buscam o cara que vai puxar a carroça, mas o cara que vai ajudar a puxar. Ela conquistou um espaço e quer usá-lo da maneira como convir. Tem que fazer isso mesmo.”
Na opinião do gerente, tirar os homens “que tem um pé na modernidade e outro no machismo” da zona de conforto não é ruim “porque para conquistar essa mulher, o cara vai ter que ser bom, ele vai ter que melhorar”. E será que a “nova mulher” acaba com as atitudes associadas ao “cavalheirismo”, como abrir a porta e pagar a conta? “Existe um componente de espontaneidade na execução desse tipo de coisa que é importante, não pode ser protocolar. Se for natural, acho que sobrevive normalmente. Nada te impede de aparecer com uma flor de vez em quando. É questão de timing”, afirma Borbolla.
Arquivo pessoal/Julia Contier
Eduardo Moraes e o filho: "Nunca me senti perdido"
“SOU DONO DE CASA E ME ORGULHO DISSO”
Em conjunto com a esposa, Eduardo Moraes, de 39 anos, decidiu que ela iria deixar o trabalho para ficar com João, filho recém-nascido do casal, “até o dinheiro acabar”. Essa estratégia durou por dois anos, e há seis meses é ele quem fica com o garoto pela manhã e depois o leva à escola. Fotógrafo, ele diz que a agenda flexível permitiu isso, mas que se trabalhasse em horário comercial eles teriam que pagar uma babá, algo que eles não querem: “A gente quer criar”.
Além de cuidar do pequeno João, Moraes também se encarrega de fazer o mercado, o jantar e às vezes dar um jeito na casa. “Eu sou uma dona de casa e me orgulho disso”, brada. “Gostaria que minha mulher fosse uma executiva que ganhasse R$ 30 mil por mês, aí eu ficava em casa, tirava fotos por hobby, fazia a comida, praticava esportes”, brinca.
Como os pais trabalhavam muito, o fotógrafo, ao lado de uma empregada, teve que cuidar do irmão mais novo, experiência que ele acredita ter sido muito útil na hora de tomar conta do rebento.
Foi em um dos momentos de “pai e filho” que ele se indignou certa vez. “Tem uma cozinha na brinquedoteca do clube, o João estava brincando de passar roupa, uma babá tirou outro garoto porque aquilo não era ‘brinquedo de menino’. É um pensamento tão babaca, retrógrado. Não vai mais ser essa coisa de isso é de homem, aquilo é de mulher. É coisa da vida. Tem que fazer o que tem fazer. Criança que cresce com esse tipo de conceito está ‘ferrada’. Nunca me senti perdido nesse ponto”, completa Edu.
“NÃO DEI O PEITO PORQUE NÃO TENHO LEITE”
Homem novo é um assunto velho na casa dos Charbel. “Tenho uma opinião formada sobre isso, e talvez fuja do padrão estabelecido desde o meu pai, que já era ‘avançadinho’ na época dele. Filho de imigrantes libaneses, ele foi o primeira da segunda geração a não se casar com libanês, casou com filha de imigrantes italianos. Conforme os filhos – quatro meninos e uma menina – iam crescendo, ele assumiu o papel de mãe e pai. Eu meio que puxei isso dele, de querer estar ativamente na criação. Dei o primeiro banho, só não dei o peito porque não tenho leite”, conta Carlos, de 47 anos, filho do “Carlão” e pai de Pedro e Marcela.
Apesar da “modernidade” do pai para a época, Charbel afirma que não vai repetir alguns de seus comportamentos. “Quando fomos para a faculdade, o sonho dele era me ver médico – Carlos é dentista –, mas no caso da minha irmã, ele achava que talvez não precisasse. Não consigo me imaginar dizendo isso para minha filha ou na hipótese dela não se sustentar ou ser sustentada por um marido rico. Falo para ela parar de namorar um cara só, namora três, vai viajar. Tem que estar em uma posição para jamais depender de macho”, diz.
“Quando comecei a namorar a Patricia (sua esposa), eu dizia que eu era filho de pobre e ela, de rico, e que ia virar pobre quando casasse comigo”, brinca Charbel. Após a faculdade, os dois – Patricia também é dentista – abriram um consultório. “Por sermos profissionais liberais, tínhamos agenda [para cuidar dos filhos], mas ela trabalhou desde sempre. Não sei se é um modelo espelhado nos meus pais, mas é uma linha de pensamento, embora as realidades sejam bem diferentes.”
Divulgação
Carlos Charbel não é profissional como Jamie Oliver, mas compartilha da sua paixão pela cozinha
EXECUTIVO APOSENTADO E DONO DE CASA AOS 53 ANOS
Charbel dá risadas na hora de falar do amigo Afrânio Camarão, executivo aposentado e seis anos mais velho: “Eu brinco que quero ser macho igual ele, mas não consigo”. Afrânio conheceu a aposentadoria neste ano, quatro décadas após se dedicar a uma mesma empresa, onde começou a trabalhar como office boy, ainda adolescente. Sem escritório para ir – ele trabalhava até 14 horas por dia –, ele admite que não era muito fã de cuidar da casa. “Sempre fui o provedor. Nunca fui cara de arrumar nenhuma fechadura. Primeiro, nunca me interessei, e segundo, eu procurava praticar esportes no tempo livre”, afirma.
Se você leu bem, Afrânio não era dono de casa. Um imprevisto fez com que o ex-executivo tomasse as rédeas dos afazeres domésticos. “Ele está se achando o dono da casa, está querendo ser interessado em tudo, faz as compras, assumiu minhas responsabilidades. Até que ele está se saindo direitinho, só na cozinha que ele não entra”, revela Cibele, de 53 anos, casada com Camarão há 29.
Ao falar da sua “administração” dentro de casa, Afrânio, que virou recentemente síndico do condomínio onde mora com a família, praticamente dá lições de economia. “Meu negócio é gestão e administrar pessoas, algo que acumulei durante 30 anos de carreira. Ser dono de casa é uma continuidade, muda o público. É o papel de uma gestão, mas de intensidade menor.” Parece brincadeira, mas ele destaca que, sob seu comando, o condomínio reduziu os custos em 28% em manutenção dos elevadores, limpeza e outros serviços.
Questionado se vai manter as funções quando a esposa voltar novamente ao controle, ele não se anima muito. “No final do ano ela volta para a normalidade. Eu saio de férias, e aí no ano que vem eu volto a fazer outras coisas”, responde. Com “outras coisas” Afrânio quer dizer investir no setor de gastronomia e mexer com o mercado financeiro, e dá sua dica: “Não pode trabalhar só com renda fixa, tem que ter renda variável”.
Embora tenha se dedicado ao trabalho desde cedo, Camarão aceitaria tranquilamente uma rotina inversa. “O modelo poderia ser invertido. Se eu casasse com uma vice-presidente eu ia ser madame, faria academia à tarde e a esperaria bonito à noite. Não me apego. Não tem problema, é inverter os papéis.”
HOMEM + MULHER = EQUIPE
“Não temos desculpas para não fazer tarefas como cozinhar e levar os filhos à escola, e uma vez que as mulheres trabalham fora, o ideal é a gente cooperar com o que costumava ser trabalho delas. Só não poderemos assumir a amamentação”, diz Ailton Amélio. “A parte social, que é convenção, tem que ser diluída. Homem e mulher podem ser uma equipe, tem que tirar os preconceitos. As mulheres saíram correndo para trabalhar fora, os homens ainda não saíram correndo para trabalhar dentro”, completa o psicólogo.

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