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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Romero compensa apatia de Messi e garante Argentina na final após 24 anos.

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Goleiro defendeu duas cobranças na disputa por pênaltis diante da Holanda e encara a Alemanha na decisão, no Maracanã, em jogo com clima tenso na arquibancada pelas provocações entre as torcidas

Michael Dalder/Reuters
Romero foi o grande nome da classificação argentina para a final da Copa do Mundo
“Brasil, decime que se siente.” Não houve um argentino, autêntico ou simpatizante, que não gritou essa frase a plenos pulmões antes e durante a partida contra a Holanda, nesta quarta-feira, na Arena Corinthians, pelas quartas de final da Copa do Mundo. A música, uma provocação direta aos brasileiros, ganhou mais força nas arquibancadas por conta da vexatória eliminação da seleção treinada por Luiz Felipe Scolari, que levou 7 a 1 da Alemanha.
“O Messi você vai ver / A Copa vai nos trazer”, diz outro trecho da música. E eles seguem com motivos para cantar, para desespero dos brasileiros. Foi nos pênaltis, após um 0 a 0 de poucas emoções na fria noite de Itaquera, que Romero compensou a apatia do camisa 10 argentino e pegou duas cobranças para eliminar a Holanda.
A desejada final entre Brasil e Argentina não aconteceu. E os hermanos disputam com a Alemanha, no próximo domingo, no Maracanã, uma final de Copa do Mundo que não vinha desde 1990, quando perderam para a mesma Alemanha. À Holanda, caberá disputar o prêmio de consolação, o terceiro lugar do torneio, com o Brasil no sábado, em Brasília.
E aí, Argentina, diga o que sente?
Mascherano leva entrada dura de Georginio Wijnaldum durante a decisão da semifinal. Foto: AP Photo/Hassan Ammar
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Provocação x vaias
A disputa por superioridade no primeiro tempo foi intensa dentro e fora de campo. Nas arquibancadas, brasileiros devolviam as provocações dos argentinos com vaias e gritos de “olé” quando a Holanda tocava a bola.
Entre os jogadores, muita força defensiva mas poucas chances para abrir o placar. O primeiro chute a gol ocorreu aos 12 minutos, com Sneijder mandando por cima da meta de Romero. Messi deu a resposta logo depois em cobrança de falta defendida por Cillesen.
Atrações antes de a bola rolar, Messi e Robben foram discretos na etapa inicial. O argentino até encontrou certo espaço para atuar, mas optou por acionar os jogadores mais abertos pelas pontas, Lavezzi e Perez, que cruzavam na área em busca de Higuaín. O holandês recebia marcação dupla de Zabaleta e Demichelis e não encontrava espaços para suas arrancadas.
Com apenas três chances de gol criadas em 45 minutos, as duas seleções proporcionaram algumas cenas lamentáveis, como o chute de Demichelis em Sneijder, que sequer foi advertido pelo árbitro turco Cuneyt Çakir, e o choque de cabeça entre Mascherano e Wijnaldum, que deixou o volante argentino atordoado.
Nas arquibancadas, a chance de cenas lamentáveis crescia, com a troca de provocações cada vez maior entre argentinos e brasileiros.
À flor da pele
Enquanto Argentina e Holanda seguiam pouco operantes ofensivamente, esfriados também pela fina garoa em São Paulo, o segundo tempo acirrou ainda mais os ânimos do público. A troca de xingamentos era inevitável. “Siete! Siete!”, diziam e gesticulavam os argentinos enquanto os brasileiros tentavam rebater com gritos de “pentacampeão”. A movimentação dos stewards, os seguranças privados que a Fifa utiliza nos jogos, foi mais intensa do que as Messi e Robben em campo. Um deles, em vez de apaziguar os ânimos, subiu o tom de voz e apontou o dedo para um torcedor próximo à tribuna de imprensa da Arena Corinthians.
O grito de gol não substituiu as ofensas por pouco aos 29 minutos, quando Pérez avançou pela direita e achou Higuaín na área, mas o camisa 9 mandou a bola na rede pelo lado de fora. Emoção igual apareceu novamente aos 45, com Robben dentro da área em finalização bloqueada por Mascherano.
Milton Trajano
Lista de cobradores
Os mais atuantes
Após 90 minutos sem gols, o foco na troca de farpas ficou menor, dando lugar à tensão e às tentativas de incentivo. Com ataque novo, formado por Palacio e Aguero (que entraram no fim do segundo tempo), a Argentina seguiu bloqueada pela boa atuação da zaga adversária. Com Huntelaar no lugar de Van Persie (em atuação pífia), a Holanda buscou mais presença de área mas seguia apostando na individualidade de Robben.
O holandês passou a se movimentar mais em campo e, pela direita, tentou um chute de longa distância aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação, mas Romero segurou. Messi seguiu mais centralizado na tentativa de acionar seu ataque dentro da área, mas sem sucesso. Nem o fato de ter seu nome gritado pela torcida acordou o camisa 10.
Enquanto isso, os stewards seguiam em movimentação intensa pelas arquibancadas. Antes do fim da primeira etapa extra, dois torcedores foram retirados pela segurança nas cadeiras localizadas atrás do gol defendido por Cillesen.
Em campo, nova cena lamentável, com Kuyt nocauteando Zabaleta após uma trombada. Nas arquibancadas, a faísca entre os rivais se reacendeu. Um rapaz com a camisa do Corinthians xingava todos os argentinos que mostravam em sua direção o número sete com as mãos. Gol que é bom, nada. Palacio e Maxi Rodriguez contribuíram para o 0 a 0 ao arrematarem fraco nas mãos de Cillesen as melhores chances sul-americanas.
Herói não entrou
O goleiro Krul, que foi a campo nas quartas de final contra a Costa Rica apenas para as penalidades e garantiu a Holanda na semifinal, desta vez ficou no banco, já que o técnico Louis Van Gaal já havia usado as três substituições. O titular Cillesen bem que tentou, mas não parou as quatro cobranças argentinas.
Sorte melhor teve Romero, que compensou a apatia de Messi e fez a diferença ao defender as cobranças de Vlaar e Sneijder, garantindo seu país na decisão e levando à loucura os argentinos entre os 63.267 presentes na Arena Corinthians, novo recorde de público do estádio.
FICHA TÉCNICA
HOLANDA 0 X 0 ARGENTINA
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Data: 9 de julho de 2014, quarta-feira
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Cuneyt Çakir (Turquia)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (ambos da Turquia)
Cartões amarelos: Huntelaar e Martins Indi (Holanda); Demichelis (Argentina)
HOLANDA: Cillesen, Vlaar, De Vrij e Martins Indi (Janmaat); De Jong (Clasie), Blind, Kuyt, Wijnaldum e Sneijder, Robben e Van Persie (Huntelaar).
Técnico: Louis Van Gaal
ARGENTINA: Romero, Zabaleta, Garay, Demichelis e Rojo; Mascherano, Biglia e Perez (Palacio); Lavezzi (Maxi Rodriguez), Messi e Higuaín (Aguero).
Técnico: Alejandro Sabella.

terça-feira, 8 de julho de 2014

PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILEIRO 7 X 1.







Garotos Mundialistas: Veja tudo que a jovem Alemanha ensina para o Brasil e à CBF.





POR DASSLER MARQUES
Depois de alguns meses, a seção Garotos Mundialistas chega ao 32º país retratado e em momento especial. Nesta terça-feira, o Brasil tem seu maior desafio nesta Copa do Mundo diante da Alemanha, em semifinal no Mineirão. Mesmo desfalcada de um de seus maiores valores, o meia-atacante Marco Reus (89), a equipe alemã voltou à semifinal com um futebol rápido, direto, tecnicamente notável e líder em passes na competição. Com referências com três torneios no currículo, como Phillip Lahm e Bastian Schweinsteiger, ambos ainda com 30 e 29 anos respectivamente.
Enquanto o Brasil tem média de 27,8 anos, a Alemanha tem elenco com 25,7 anos, fruto de um trabalho com 14 anos de duração e sem paralelos na CBF. Veja cinco pontos abaixo em que os alemães têm a ensinar aos brasileiros, ocorra o que ocorrer em Belo Horizonte. 
Escolher os melhores no berço
Em 2011, a Alemanha Sub-21 bateu a Inglaterra por 4 a 0 na decisão do Europeu da categoria. Ali, os alemães unificaram a conquista continental no Sub-17, Sub-19 e Sub-21, equipe base para a Copa do Mundo 2010. Quatro seguem titulares: Neuer, Boateng, Khedira e Özil. Identificar os melhores jogadores desde o berço e formá-los pode auxiliar em muitos aspectos.
Como é no Brasil? Cinco dos titulares prováveis do Mineirão nunca jogaram pela base da CBF.
Investimento e participação na formação
A Federação Alemã criou mais de 360 centros de formação integrados a escolas para jogadores até os 14 anos – e abertos inclusive a garotos de outras nacionalidades que moram no país. Assim, a Alemanha consegue participar do processo com os jovens desde cedo, oferecer maior atenção a seus estudos e ajuda-los no encaminhamento às academias dos clubes.
Como é no Brasil? não existe nada semelhante.
Academias viraram obrigação nos clubes
Todos os clubes das duas primeiras divisões, obrigatoriamente, tiveram que estabelecer academias de formação para os garotos a partir dos 14 anos. Mesmo equipes tradicionais, como o Borussia Dortmund, não preenchiam os requisitos. Em paralelo, a Federação Alemã também estabeleceu maior controle sobre os treinadores e demais profissionais que participam das divisões de base. O investimento em uma década superou R$ 1,4 bilhão.
Como é no Brasil? Há menos de dois anos, a CBF recebeu via emenda na Lei Pelé a determinação de criar o Certificado de Clube Formador para tentar assegurar algumas dessas diretrizes. Ainda hoje, porém, há grandes clubes brasileiros sem cumprir esse protocolo.
Mapear jogadores com dupla nacionalidade
Já tem mais de uma década o trabalho alemão de buscar jogadores com dupla nacionalidade e tratar de acrescentá-los à seleção. Presente no Mundial 2002, por exemplo, o polonês Miroslav Klose foi um caso embrionário. Mas com os centros para jovens de até 14 anos, também, a Alemanha trouxe para perto de si os milhões de filhos de imigrantes que chegaram ao país. Com origem turca, por exemplo, Mesut Özil foi uma das maiores vitórias.
Como é no Brasil: A primeira ação a ser feita nesse sentido foi há alguns meses. O coordenador de base, Alexandre Gallo, viajou pela Europa para visitar garotos brasileiros que jogam nos clubes europeus. Alguns deles foram convocados pela primeira vez.
Escolher um treinador que participe desse processo
Joachim Löw iniciou sua carreira como treinador de base e se demonstra alinhado ao projeto que a Federação Alemã instituiu em 2000. É por isso que se mantém no cargo há praticamente oito anos, mesmo sem um grande título, mas com um time que tem seu estilo, encanta e não está interessado em vencer a qualquer custo. A renovação é constante, por vezes até exagerada.
Como é no Brasil: Luiz Felipe Scolari já chegou a dizer que o papel da CBF deve se restringir apenas a escolher os melhores jogadores. De seus 23 convocados, 17 terão 30 anos ou mais em 2018. Assim, será difícil mudar o panorama atual de que só seis presentes neste Mundial têm experiência de Copa.
O prodígio: Julian Draxler
Eleito pelo jornal inglês Guardian em janeiro como um dos dez jogadores mais promissores da Europa, Draxler (93) já parece pronto para romper a fronteira e se tornar realidade. Mais jovem entre os convocados de Joachim Löw para o Mundial, ainda espera uma oportunidade para estrear, mas a concorrência em seu setor tem sido enorme. Mesmo sem jogar no Brasil, o meia-atacante rápido, prático e habilidoso apresenta suas credenciais a serviço do Schalke 04 para justificar o cartaz. Já são 101 jogos, com 15 gols marcados e 17 assistências, mesmo após temporada marcada por lesão. 
Veja outras seleções na série Garotos Mundialistas:

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