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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Marca americana GAP abre primeira loja na capital baiana em julho

Loja ficará no mesmo local onde era a Luiggi Bertolli, no Salvador Shopping
Gabriela Cruz e Victor Villarpando (gabriela.cruz@redebahia.com.br e victor.villarpando@redebahia.com.br)
Atualizado em 01/04/2015 15:05:05
  
A marca americana GAP, famosa pelo estilo normcore, vai aportar em Salvador até julho. A loja funcionará no espaço que era ocupado pela Luigi Bertolli, no segundo piso do Salvador Shopping. As reformas já começaram e, para dar espaço à novidade, a Luigi transferiu parte de seu funcionamento para a antiga Emme, que fechou.
Loja da GAP funcionará no espaço que era ocupado pela Luigi Bertolli,
no segundo piso do Salvador Shopping.

 (Foto: Divulgação)
A marca de roupas femininas também faz parte do grupo que detém as outras duas franquias no Brasil, a GEP. Procuradas pela coluna, as assessorias de imprensa do Shopping e da GEP não se manifestaram. Quando ficar pronta, a baiana será a décima primeira unidade da GAP no Brasil e terceira no Nordeste. Antes da capital baiana, ela já chegou a Recife (PE) e Fortaleza (CE).

Descubra como a cultura moura influenciou os portugueses, povos da África e ajudou a criar o Brasil

A comunidade islâmica na Bahia tem cerca de 500 pessoas e a busca pela religião, principalmente por parte dos brasileiros, tem aumentado
Ronney Argolo (ronney.argolo@redebahia.com.br)
Atualizado em 02/04/2015 18:18:04
  
O chamado de Salvador ressoou na região de Oxum, na Nigéria, e chegou ao sheikh Ahmad Abdul, 64 anos. Ele foi convidado em 1992 a assumir o Centro Cultural Islâmico da Bahia, em Nazaré. O espaço precisava de um líder religioso, um sheikh, e Abdul aceitou - com ressalvas. Ele veio para a capital baiana mas deixou avisado que, se não gostasse, voltaria para a Nigéria.
A primeira dificuldade foi o português, muito difícil de aprender. Dominada a língua, tudo ficou mais fácil. “Esta cidade é muito semelhante à minha. O povo é acolhedor, as pessoas se parecem, o jeito de falar, de agir, tudo faz a gente se sentir irmão”, conta.

O sheikh Ahmad Abdul nasceu na Nigéria e é o líder espiritual do
Centro Cultural Islâmico da Bahia, em Nazaré.

 (Foto: Angeluci Figueiredo)
Contudo, a história exige mais precisão no parentesco citado pelo sheikh. Acontece que, em relação a cultura da qual ele vem, não seríamos irmãos, mas filhos - ou netos. Hoje, no aniversário de 466 anos de Salvador, o CORREIO reconhece uma outra paternidade da cidade: os árabes e muçulmanos.
Sobre a Nigéria, por exemplo, onde nasceu Abdul e de onde vieram os malês há cerca de 200 anos, até a comida é familiar. Lá existe o acará, que parece muito o acarajé. Já o maimae é uma versão do nosso abará. Até o caruru encontra suas origens nigerianas. Outros hábitos, como vestir branco na sexta-feira, são compartilhados entre baianos e muçulmanos (confira no infográfico).

Tawil é libanês e, após uma visita, quis morar em Salvador.
 (Foto: Angeluci Figueiredo)
Apesar da maioria cristã, Salvador tem muitas referências ao islã, seja nas ruas ou dentro das casas. O Jardim de Alah, explica o sheikh, era um dos pontos preferidos da comunidade islâmica que morava por aqui e por isso ganhou o nome. Já os terraços e varandas fazem parte da tradição arquitetônica muçulmana.
As semelhanças ajudaram Abdul a se adaptar bem em Salvador. Ele sente saudade da família nigeriana, já que é casado por lá, mas resolve viajando com frequência para o país. Não que fique sozinho no Brasil: seus irmãos casaram com brasileiras e ele já tem muitos amigos e sobrinhos que nasceram aqui. 
A comunidade islâmica na Bahia tem cerca de 500 pessoas e a busca pela religião, principalmente por parte dos brasileiros, tem aumentado. O Centro Cultural Islâmico abriga a única mesquita do estado. Nos horários certos, todos se reúnem sobre os tapetes em um espaço sagrado e oram em direção à cidade de Meca, na Arábia Saudita. No mesmo lugar, ouvem as palavras do sheikh Abdul. 

Zeina e Tarik mantêm a tradição árabe no Empório Arabesque.
(Foto: Angeluci Figueiredo)
O começo - As influências árabes e muçulmanas no Brasil aconteceram de três formas: pelas mãos dos portugueses, dos povos africanos que viviam o sincretismo das culturas e dos próprios árabes.
Primeiro, recebemos a herança da herança: bem antes de pensar em colonizar as Américas, Portugal e Espanha foram domínios mouros por quase oito séculos. Isso provocou mudanças nos costumes, na arquitetura, na construção naval e na culinária (veja mais na linha do tempo).
Quando a Península Ibérica se libertou, a população já era bastante moura em seus hábitos. No Brasil, os portugueses deram continuidade a tudo que aprenderam, explica Patrícia El-moor, socióloga e pesquisadora da cultura árabe. A forma de construir as cidades, por exemplo, é pensada sob a ótica moura. Por isso, os centros históricos do país inteiro se parecem entre si, diz Cássia Magaldi, arquiteta que estuda as características da arquitetura árabe no Brasil.
Depois, a influência chegou de navio negreiro, vinda de diversos povos da África. O império Iorubá, que em sua maioria adorava os orixás, teve guerras e trocas constantes com os seguidores do Islã  a partir de 1808. Em consequência, o sincretismo entre eles começou já no continente africano.
Hábitos como usar patuás para proteção, provavelmente, eram comuns às duas culturas desde a África e se mantiveram no Brasil. Nas palavras do escritor João Reis,  uma projeção da história africana na história brasileira.
As peças, claro, tinham suas diferenças: os que acreditavam  nos orixás misturavam a elas materiais como búzios. Já os muçulmanos escreviam trechos do Corão em árabe, explica Lisa Castillo, doutora em Letras que pesquisa a vida dos africanos libertos, incluindo os malês, responsáveis por um dos mais importantes levantes do país contra o governo português em 1835.

Nova colônia - Os avós paternos de Zeina Chalhoub, 57 anos, chegaram ao Brasil vindos do Líbano na época da primeira guerra mundial. Já os avós maternos vieram da Síria. Todos eram cristãos. O pai e a mãe de Zeina, que já eram nascidos antes de cada viagem, acabaram se conhecendo no Brasil.
As influências portuguesas e africanas deram os aspectos mouros que caracterizaram o Brasil colônia. A partir de 1860, os árabes cristãos  começaram a emigrar para cá por diversos motivos, principalmente do Líbano. Na época, os libaneses cristãos eram massacrados em conflitos com os turcos.
A perseguição durou até o fim da primeira guerra mundial, em 1918, mas a emigração não parou mais. Mudou de características após o início da segunda guerra mundial, em 1945, mas permanece. Hoje o Brasil tem a maior colônia libanesa fora do Líbano no mundo, conta a socióloga Patrícia El-moor.
Brasileira criada por pais árabes, Zeina percebia as diferenças entre os costumes. Por exemplo: o pai arrotava depois de comer e isso era um sinal de bem- estar. Quando repetiu a mesma coisa na escola, foi chamada de mal-educada. Mas as semelhanças foram maiores. “Meu pai se sentia tão acolhido em Salvador que costumava dizer que aqui era o melhor lugar do mundo para viver”, lembra.
Amor atual - Alguns chegaram em terras baianas há bem menos tempo, como o libanês Antonio Tawil, 60 anos. Ele veio para Salvador em 1985, visitar um tio. Gostou tanto que casou com uma baiana, teve dois filhos e decidiu ficar.
Aqui encontrou uma cidade tão acolhedora como Beirute, onde morava, com o mesmo clima agradável e praias bonitas. Mas a grande surpresa foi o acarajé, que achou parecido com o falafel, bolinho de grão de bico frito típico dos países árabes.
Descobriu nosso prato feito com dendê por curiosidade. Observou uma baiana e quis experimentar. “O acarajé é muito parecido com o falafel. Quando provei, me devolveu direto para minha terra. Nunca mais parei de comer e hoje prefiro o acarajé (risos)”.

É possível que o falafel, prato tipicamente árabe, tenha inspirado o acarajé feito na Bahia.(Foto: Angeluci Figueiredo)
Sabores irmãos - Sabe o cuscuz? É marroquino. Já o pastel de nata português é filho do pastel árabe. E os doces bem açucarados dos aniversários também são herança moura. Os árabes e muçulmanos influenciaram nossa culinária de dois jeitos: primeiro, os portugueses tiveram sua cozinha modificada pela dominação moura e trouxeram isso para o Brasil. Depois, os africanos que tiveram contato com os seguidores do Islã trouxeram pratos como o cuscuz, explica a socióloga Patrícia El-moor, pesquisadora de cultura árabe. 
Na Bahia, conta-se que o falafel, bolinho frito de grão-de-bico, teria inspirado o acarajé. Não se tem nenhuma prova, mas pela semelhança “é possível que ele tenha sido apresentado pelos mouros aos povos africanos em algum momento entre os séculos 7 e 14”, explica Zeina Chaloub. Filha de árabes, ela e o filho Tarik iniciaram o Empório Arabesque, na Pituba, casa de produtos árabes. Como o paladar baiano também tem DNA mouro, garante que a loja é bem aceita.

Detalhe da camarinha do convento de Santa Clara do Desterro, em Nazaré, construído em 1677.(Foto: Angeluci Figueiredo)
Paisagem árabe - Portais redondos, paredes com arabescos, inscrições em árabe que dizem “Esta é a casa de Deus, esta é a porta do céu”. Não é uma mesquita, mas a Igreja da Lapinha, na Liberdade. Construída em 1771, é toda feita ao modo mourisco - nome dado ao estilo árabe-espanhol.
Um enorme número de influências menos óbvias está espalhado pela cidade. A largura das ruas, os pátios internos das casas, azulejos decorados, chafarizes, terraços: tudo tem inspiração moura. A Igreja da Lapinha, na Liberdade, foi construído no estilo mourisco.
Até o hábito de dar às ruas nomes de ofícios, como “Rua dos Ourives” ou “Rua dos Coureiros”,  é herança da organização das cidades árabes. “Eles eram a civilização mais avançada da época. Tinham conhecimento de arquitetura e passaram aos portugueses. As camarinhas, por exemplo, que fazem uma pequena torre nos telhados, estão em muitos conventos de Salvador”, explica Cássia Magaldi, arquiteta que estuda a influência árabe na cidade.

Prisão de rodoviários gera protesto na Av. Suburbana

Situação começou com desentendimento entre policiais rodoviários da empresa Praia Grande, que faz a linha Alto de Terezinha-Lapa
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 02/04/2015 18:32:56
  
Um grupo de motoristas e cobradores de ônibus fez um protesto na Avenida Suburbana por conta da prisão de dois rodoviários na tarde desta quinta-feira (2). De acordo com a Central de Polícia, a manifestação aconteceu no final de linha do bairro de Terezinha.
(Foto: Leitor Correio24horas)
Segundo informações do subtentente Dias, da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Periperi), a situação foi iniciada quando uma equipe da Polícia Civil passava em um carro e pedia passagem aos ônibus. Não há informações detalhadas sobre as circunstâncias do caso, mas um desentendimento entre policiais e dois rodoviários da empresa Praia Grande, que faz a linha Alto de Terezinha-Lapa, teria se iniciado logo depois. 
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a situação foi entendida como "desacato" e os rodoviários foram colocados na viatura e encaminhados à 29ª Delegacia Territorial de Plataforma. Motoristas e cobradores tentaram impedir a condução dos dois à delegacia, mas não obtiveram êxito. "Entendemos isso como abuso de poder", disse Tiago Ferreira, secretário de informação do sindicato, ao Correio24horas.
Depois de ouvidos, todos os envolvidos foram liberados e a manifestação foi dispersada por volta das 17h20.

Menina nasce sem olhos na Inglaterra; condição é rara e incurável

A doença é conhecida como 'anophthalmia' e atinge um bebê a cada 10 mil no Reino Unido
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 02/04/2015 17:14:06
  
Menina nasce sem olhos na Inglaterra.
(Foto: Reprodução/GoFundMe)
Uma menina nasceu sem olhos, em South Wales, na Inglaterra, no último dia 4 de fevereiro.
Segundo informações do jornal 'Daily Mail', Daisy Smith sofre de uma doença rara, chamada 'anophthalmia', que impede o desenvolvimento de um ou dos dois globos oculares.
A condição é incurável, mas em breve a menina poderá implantar próteses estéticas de vidro. A anophthalmia atinge um bebê a cada 10 mil no Reino Unido.
Danielle Davis, 24 anos, descobriu durante um exame na gravidez de Daisy que a filha tinha um cisto no cérebro.
De acordo com informações do jornal, a jovem se recusou a interromper a gravidez e levou um susto ao ver que a criança tinha nascido sem olhos.
"Foi um choque porque nunca tínhamos ouvido sobre essa doença antes. Mas ela é um bebê lindo e não me arrependo de ter rejeitado o aborto. Queremos que Daisy tenha uma vida normal, na medida do possível, e tenha as mesmas oportunidades que as demais crianças", disse Danielle.
A recém-nascida, agora com quase dois meses de vida, vive em casa com os pais e outros dois irmãos, de 6 e 4 anos. Ainda no final deste mês a bebê será admitida em um hospital da região para implantar as primeiras próteses de vidro nos globos oculares, que serão substituídas quando Daisy tiver um ano e meio.
(Foto: Reprodução/GoFundMe)
DoaçõesPor causa da condição rara da filha, Danielle e o marido criaram uma página de arrecadação de fundos na internet para ajudar uma instituição de caridade inglesa que apoia pessoas com deficiências visuais. Até o momento, mais de R$ 3 mil foram doados.
"Esperamos que, através da conscientização, outros pais não passem pelo mesmo choque que tivemos quando descobrirem que seu filho tem um condição semelhante", disse a jovem.
Daisy, que ainda não teve cisto no cérebro retirado, tem apresentado certo grau de surdez no ouvido direito e, por isso, sua saúde será acompanhada de perto pelos médicos.
Os responsáveis pela saúde da menina garantem, contudo, que não há necessidade de uma cirurgia no cérebro por enquanto.
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Brasil cobra acesso a laudo médico de condenado à morte na Indonésia

Informação é de subsecretário de Comunidades Brasileiras no Exterior.
Se laudo oficial indicar esquizofrenia, Gularte poderá não ser executado.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução TV Globo)O brasileiro Rodrigo Gularte, preso na Indonésia
(Foto: Reprodução TV Globo)
O Brasil cobrará o governo da Indonésia acesso ao laudo médico oficial feito pelo país asiático sobre o estado de saúde do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte por tráfico de drogas, informou nesta terça-feira (2) o subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães.
Gularte foi condenado à execução em 2005 por ingressar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Laudo médico feito a pedido da família do brasileiro apontou que ele tem esquizofrenia, o que, pela lei indonésia, faria com que ele deixasse de ser executado.
“Toda semana a gente nota que há discrepância em termos de declarações públicas [do governo indonésio]. Sob o ponto de vista das atividades do governo brasileiro, estamos insistindo na tese de conhecimento do laudo médico oficial sobre a situação mental do Gularte”, disse o embaixador.
“Foi feita uma análise oficial por médicos vinculados ao governo indonésio e nós não tivemos acesso ao parecer. Então, vamos insistir e pedir acesso a este parecer”, completou Magalhães.
Em fevereiro, ao G1, a prima de Gularte que acompanha o caso na Indonésia, Marlise Gularte de Carvalho, disse que ele está “confuso, atrapalhado e fala algumas coisas que não têm nexo”. “[Rodrigo Gularte] não tem noção do que está acontecendo, a doença não permite isso”, disse, ao informar que ele está “muito magro e debilitado”.
Ele afirmou que o governo indonésio não diz quando o brasileiro será morto e dá informações "contraditórias".
“A situação do Gularte permanece sob o mesmo ponto de vista que todos já conhecem e que já foi amplamente divulgado. Nós temos tido declarações contraditórias das autoridades indonésias e não sabemos se [a execução] será amanhã, daqui a 20, daqui a 30 dias ou se será novamente adiado”, declarou.
Também condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, o brasileiro Marco Archer foi executado em fevereiro deste ano. Embora a presidente Dilma Rousseff tivesse feito apelo ao governo local e acionado o Vaticano para tentar reverter a morte dele, a Indonésia não atendeu aos pedidos de clemência.
Crise diplomática
execução de Marco Archer neste ano gerou crise diplomática entre o Brasil e a Indonésia. Logo após o governo do país asiático informar que não aceitaria os pedidos de clemência, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que a atitude criava “sombras” na relação entre os dois países. A presidente Dilma chegou a afirmar que estava "consternada e indignada" com a morte dele.
Em fevereiro, a presidente decidiu adiar o início da atuação do embaixador da Indonésia em Brasília, Toto Riyanto. Ele entregaria a ela as cartas credenciais – ato de formalidade diplomática – em cerimônia no Palácio do Planalto, o que não ocorreu.
O recebimento das credenciais dos embaixadores pelo presidente da República é uma formalidade que marca oficialmente o começo das atividades dos diplomatas. Na prática, com o ato, o presidente passa a reconhecer que o embaixador representa o Estado no Brasil.

Veja as principais etapas da crise nuclear iraniana desde 2002

O impasse entre Irã e as potências ocidentais já dura quase 12 anos.
Sítios nucleares secretos no Irã foram descobertos em de agosto de 2002.

Da AFP
Potências ocidentais e o Irã anunciaram nesta quinta-feira (2) que concordaram que a capacidade nuclear deste país será limitada e que trabalharão em um acordo até o final de junho. O grupo 5+1, integrado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, França) e a Alemanha estava reunido com o Irã há oito dias em Lausanne, na Suíça, para esboçar os pricípios deste acordo.
A comunidade internacional quer frear o programa nuclear iraniano e controlar de perto para garantir que Teerã não fabricará armas nucleares e bomba atômica. Em troca do cumprimento do acordo, sanções impostas contra o país seriam levantadas. 
O impasse entre Irã e as potências ocidentais já dura quase 12 anos. Confira abaixo as principais etapas da crise nuclear iraniana desde agosto de 2002:
2002-2004 - SÍTIOS SECRETOS
Após a revelação de sítios nucleares secretos em Natanz e Arak (centro) em agosto de 2002, o Irã aceita uma inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A agência descobre vestígios de urânio enriquecido e estabelece um ultimato em setembro de 2003.
Em 21 de outubro de 2003, o Irã se compromete a suspender suas atividades de enriquecimento de urânio durante uma visita inédita a Teerã dos chefes da diplomacia francesa, alemã e britânica. Um acordo é assinado em 7 de novembro de 2004.
2005-2008 - ENRIQUECIMENTO A 3,5% E SANÇÕES
Em 8 de agosto de 2005, o Irã, do novo presidente conservador Mahmud Ahmadinejad, retoma suas atividades de conversão de urânio em Ispahan (centro). Os europeus rompem as negociações.
No final de janeiro de 2006, os cinco grandes (EUA, Grã-Bretanha, França, China e Rússia) decidem pressionar o Conselho de Segurança. O Irã reage. Em 11 de abril, Teerã anuncia ter enriquecido urânio a 3,5% pela primeira vez e rejeita uma oferta do 5+1 (os cinco grandes e a Alemanha) para paralisar o enriquecimento (21 de agosto). O governo iraniano inaugura uma usina de água pesada em Arak.
Em 23 de dezembro de 2006, a ONU aplica suas primeiras sanções, regularmente reforçadas, assim como aquelas decididas pelos Estados Unidos e, depois, pela União Europeia (UE).
As negociações patinam. Em 2007, o Irã anuncia ter ultrapassado a etapa das 3.000 centrífugas. O feito é simbólico, porque pode permitir virtualmente ao Irã fabricar a matéria-prima para uma bomba atômica. Hoje, são quase 20 mil, sendo metade em atividade.
2009-2012 - ENRIQUECIMENTO A 20% E EMBARGO EUROPEU
Em 2009, o novo presidente americano, Barack Obama, estende a mão ao Irã, convidando o governo a superar 30 anos de conflito.
Em 9 de abril, Teerã inaugura uma usina de combustível nuclear em Ispahan (centro). Em 25 de setembro, Obama e os líderes francês e britânico denunciam a construção secreta de um segundo local de enriquecimento em Fordo (centro).
Em 9 de fevereiro de 2010, após o fracasso de um acordo negociado para enriquecer em um outro país, o Irã começa a produção de urânio enriquecido a 20% em Natanz.
Enquanto Israel fala de ataque preventivo, a AIEA publica em 8 de novembro de 2011 um relatório sobre uma "possível dimensão militar" do programa iraniano. Depois disso, em 9 de janeiro de 2012, anuncia que o Irã começa a enriquecer a 20% em Fordo.
Em 23 de janeiro de 2012, a UE decide congelar os bens do Banco Central iraniano e adotar um embargo petrolífero aplicável em 1º de julho. As negociações 5+1 são retomadas em abril, após 15 meses de paralisação.
2013 - ACORDO PROVISÓRIO
Eleito em junho, o presidente iraniano, Hassan Rohani, ex-negociador nuclear, obtém o aval do guia supremo Ali Khamenei para negociar. Washington e Teerã conversam secretamente em Omã.
Em 27 de setembro em Nova York, Rohani e Obama conversam por telefone - pela primeira vez desde 1979 -, depois de um encontro ministerial Irã/P5+1.
Em 24 de novembro, as negociações estreiam em Genebra sobre um acordo por seis meses, que limita a atividades nucleares sensíveis, mediante uma suspensão parcial das sanções.
2014 - NEGOCIAÇÕES PROLONGADAS
As negociações para um acordo definitivo começam em 18 de fevereiro de 2014. Elas continuam sob diferentes formatos. Apesar dos intensos esforços diplomáticos, as discussões fracassam e devem ser prolongadas duas vezes, no total de 11 meses.
Em paralelo, o acordo interino também é prolongado. Em 27 de agosto, o Irã anuncia a modificação do futuro reator de Arak para limitar a produção de plutônio.
2015 - RUMO A UM ACORDO
As negociações são retomadas a partir de janeiro, tendo 1º de julho como prazo-limite e 31 de março como estimativa para a obtenção de um acordo político.
Enquanto Israel continua sua campanha contra um acordo com o Irã, nos Estados Unidos, a oposição republicana ganha o Congresso americano e ameaça o Irã com sanções preventivas. Obama promete vetar qualquer iniciativa nesse sentido, alegando que poderia atrapalhar as negociações em curso.
Os chefes da diplomacia das grandes potências e do Irã se reúnem em 30 de março em Lausanne, com o objetivo de suspender os últimos obstáculos para um acordo de princípios, fundamental para continuar as negociações até um acordo final. O prazo seria 30 de junho.
Em 2 de abril, Barack Obama comemora a conclusão de um acordo "histórico" sobre o programa nuclear do Irã, que será alvo de "verificações sem precedentes".
Da esquerda: Federica Mogherini (representante de assuntos exteriores da UE),  Mohammad Javad Zarif (ministro do extereior iraniano), Philip Hammond (secretário do exterior britânico) e John Kerry (secretário de Estado americano) (Foto: AP)Federica Mogherini (representante de assuntos exteriores da UE), Mohammad Javad Zarif (ministro do extereior iraniano), Philip Hammond (secretário do exterior britânico) e John Kerry (secretário de Estado americano) antes do pronunciamento sobre bases para acordo nuclear com Irã nesta quinta-feira (2) na Suíça (Foto: AP)

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